Tuesday, June 2, 2009

FAN FICTION: Batman: Sob O Domínio Da Face Oculta - Capítulo 06

A grande caçada

Mais tarde, passando de carro pelos arredores da Rua O'Neal, William Border investiga a vizinhança. Harvey Bullock está a seu lado.

- Eu vou te falar uma coisa Will, os meus amigos tão na sua cola.

Esta noite, Border está de bom humor, pois responde as perguntas de Bullock.

- Hum…

- Dizem que você anda estourado, obsessivo, às vezes até ME assusta…

-Hum…

- Mas sabe… eu te entendo. Com esse orelhudo solto por aí… eu falo para Gordon, mas ele…

William faz a curva e repentinamente breca o carro, sem deixar tempo pra Bullock completar a frase. Quando pára, vira-se para ele com um olhar em brasa, decidido.

- Você fala com Driscoll, eu revisto o local.

Bullock masca seu palito de dente, pensando "que maníaco. Daria pra pensar que ele é o Batman".

Bullock bate na porta de Driscoll, o assistente de produção das indústrias Janus. Quando percebe que é a polícia, Driscoll, dentro de seu escritório grita um "já vai" e tira alguns papéis de uma gaveta, colocando-os em seu casaco, e vai atender a porta. Quando atendido, Bullock diz o motivo de estar lhe fazendo uma visita tão tarde da noite. Ao entrarem, Bullock começa uma série de perguntas.

- Tem notado alguma coisa estranha aqui pelos arredores, Sr. Driscoll?

- Nada além do usual, pelo que eu saiba. Gangues, mortes…

- … ameaças…?

- Não, não que eu saiba.

Border parece impaciente.

- Se importa se eu der uma olhada por aí, Dr.?

- Não, fique a vontade.

Bullock coça a cabeça.

- A quanto tempo conhecia Wienne?

- Há alguns anos, o conhecia de vista, nunca pessoalmente, trabalhávamos em setores diferentes, mas eu admirava seu trabalho.

- Tem ouvido algo fora do normal no trabalho, algum… bochico ou algo assim? Fique tranqüilo, não vou espalhar. Rotina policial.

- Hum… não que eu saiba.

- O Dr. Wienne ocupava um cargo importante, você acha que isso possa ter sido o motivo de ele ter sido morto?

Driscoll pensa por um instante, por fim se manifesta.

- Qualquer pessoa que ocupe uma posição privilegiada pode estar sujeito a isso, não é detetive?

Enquanto Bullock tenta tirar alguma informação de Driscoll, Border revista seu escritório, tentando encontrar qualquer coisa que explique sua ligação com Wienne. Foi Border que sugeriu vir à residência de Driscoll, porque de alguma forma, ele sabia que tudo aquilo tinha ligação com ele. Border reconheceu aquele emblema na blusa de Wienne, sabia quem estava por trás dele, ficou nesse lugar por dois anos até que… de repente resolve se concentrar novamente. Então vê uma fotografia na parede. Havia o Dr. Wienne, Driscoll e mais alguns colegas de trabalho, Christopher Kane, Max Willard, todos mortos segundo a última ocorrência policial.

Dentre esses rostos, havia um último rosto bastante conhecido. Border fixou seu olhar nesse rosto por vários instantes, franziu a testa, sabia que tinha achado alguma coisa. Era ele! E então, aquele olhar cheio de ódio novamente. Border pegou a fotografia, se dirigiu para a saleta que se encontravam Bullock e Driscoll e virou-se para o Dr, impaciente.

- Quem é esse homem?

- O quê? Ah, esse? Esse é o responsável pela ruína de uma das mais promissoras indústrias de cosméticos aqui na cidade, a Janus. Eu e Wienne trabalhávamos para esse tratante, era filho de Charles Sionis, dono da…

- …Roman Sionis? É esse seu nome?

- Exato. Não me pergunte o paradeiro desse calhorda porq…

- Bullock, vamos.

- Sionis? Eu conheço esse…

- ABAIXA! – gritou William.

Bullock não teve tempo de completar a frase. No mesmo instante um foguete voou em direção a janela, direto para dentro do recinto, explodindo tudo. Bullock e Border escapam por pouco da morte, mas o pobre Driscoll sofre o impacto do potente míssil e morre na explosão. Border, atordoado olha para Driscoll e observa que alguns documentos caíram de seu paletó. Rapidamente ele os pega e chama a atenção de Bullock, correndo para fora da casa.

- Vamos, depressa!

Já do lado de fora, Border pega o carro e vê dois sujeitos com máscaras e um lança-foquetes entrando em um carro. Uma perseguição em alta velocidade tem início, Border está desesperado, ensandecido, puto da vida e não pensa duas vezes em atravessar pelas calçadas se necessário. Eles seguem até o final da Rua O'Neal, viram a direita e passam em direção a Robbinsville, que desemboca no porto de Carmine.

Border pisa cada vez mais fundo no acelerador, os pneus uivam, a mente do tira está a mil. Conseguindo chegar mais perto do outro carro, Border vai fechando e empurrando numa tentativa de parar a perseguição frenética. Então, num salto espetacular, ele consegue agarrar a porta do outro carro e o seu cai no porto. Quando dá meia volta, quase joga Border para fora, mas o habilidoso tira se segura e força sua entrada no veículo, socando o motorista. Quando a porta se abre, ele consegue agarrar o motorista e jogá-lo para fora do veículo. O outro ainda se encontra no banco do passageiro, mas tenta assumir o volante. Uma briga tem início. Súbito, Batman pousa no capô do veículo e distrai o capanga tempo suficiente para que Border acerte uma poderosa esquerda em seu oponente. Para garantir, esmurra a cabeça dele no volante e toma a direção, mas o carro gira e vai parar na água do porto.

Dentro do carro, Border tem dificuldade para abrir a porta e sair. Mas isso não deteria o intrépido detetive. Com uma cotovelada, ele arrebenta o vidro, pega seu prêmio e atravessa a janela, e com o pouco ar que lhe resta, sobe para a superfície. Após emergir da água com o bandido em mãos, Border, sentindo o gosto de óleo das águas do porto de Gotham nada até uma margem e escapa da morte. Toma um gole de seu Whisky para tirar o gosto ruim da boca e, com sua mão trêmula, respiração ofegante, pega o celular e liga para o Departamento de Polícia.

- Aqui é Border… mandem uma unidade para Robbinsville… peguei um suspeito. Aguardo em frente ao porto – ao desligar o aparelho, põe a mão dentro do seu casaco – Ahhh, merda!

Border percebe que os papéis que pegou estão encharcados, terá que tomar atenção especial com eles se quiser apresentá-los como evidência. Enquanto tenta recuperar seu fôlego, Border fita uma mulher e uma garota abraçadas do outro lado da rua. A mulher parecia ter uma atitude fraterna com a criança, como mãe e filha, e pareciam bastante assustadas após presenciarem o ocorrido. Border então sente engulhos e uma profunda tristeza lhe abala, uma tristeza dolorida, misturada com angústia e raiva.

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