Minutos depois, Border acorda em uma cama do hospital municipal. Gordon, Bullock e até Bruce Wayne estão ao seu redor. Ao despertar sua plena consciência e se deparar com o que está acontecendo, Border, ainda tonto pela toxina questiona seus visitantes.
- O… o que houve? Eu senti um cheiro muito forte e então…
- Você teve sorte. Quase morreu com aquela toxina – adianta-se Gordon.
- Difícil de acreditar Will, mas o morcego que te trouxe pra cá – continua Bullock.
- Então agora eu devo a minha vida ao morcego gigante?
- Pois é, é o que parece – diz Gordon – inclusive Batman nos deixou uma amostra do antídoto que sintetizou, mas disse que você terá que tomar mais algumas doses, pois o veneno pode voltar a fazer efeito de meia em meia-hora.
- William Border?
- Sr. Wayne?
- Eu soube do ocorrido e resolvi ver como você está. Não gostaria de deixar um de meus melhores ex-funcionários e policiais da cidade na mão.
Gordon resolve dar as boas notícias.
- Terá que ficar sob observação médica por enquanto Border, mas assim que estiver bem e tudo isso estiver resolvido, gostaríamos muito de recebê-lo de volta.
Border sentiu-se amargurado. Queria morrer, ali mesmo. Tudo o que queria, tudo que pensava, era em pegar Máscara Negra.
- Me deixem sozinho – responde lacônico.
Teimoso, Gordon se aproxima dele e resolve dar um conselho.
- Tente descansar agora, filho. Não quero que faça nada nessas condições. Por favor, se não por você mesmo, faça isso por mim.
Então Gordon sai pela porta. Bruce Wayne antes de sair resolve deixar alguma coisa.
- Ah, a Dra Thompkins me disse que encontrou isso lá em frente a seu apartamento. Parece endereçado a você. Não sei do que se trata, então resolvi deixar pra você mesmo abrir. Até logo!
Era um bilhete e um pequeno recipiente. Border estremeceu. Seria mais uma ameaça? Impaciente, resolve abrir o envelope.
O bilhete dizia:
Máscara Negra quer matá-lo. Eu consegui sintetizar um antídoto, o que lhe apliquei na noite passada. Levará alguns dias antes que o efeito da toxina passe totalmente. Se mudou de idéia, ainda preciso de sua ajuda para pegar os documentos originais que podem incriminar Roman Sionis. Porto de Carmine, 02:30 hs, a cinco quarteirões das Corporações Janus.
Ao final do bilhete, havia o desenho de um morcego, demonstrando quem era o remetente da carta. Border pensou por alguns minutos e ponderou se Batman, mesmo não sendo confiável, não poderia ser um poderoso aliado nesse caso. Afinal de contas Border se sentia abandonado mesmo por seus amigos da polícia. Após meia hora, começou a sentir dores novamente em decorrência da toxina do Espantalho. O frasco deveria então conter a solução que Batman lhe enviou para combater os efeitos do veneno. Sem pensar duas vezes, injetou-se uma dose, o bastante para conter a dor e se levantar. Já eram duas da madrugada, teria que levar o frasco consigo. Imaginava o que poderia haver mais no porto que pudesse ter escapado de seu conhecimento. Outra carga? Aparentemente era improvável, mas Border estava disposto a morrer se isso significasse vingar a morte de sua família.
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