Tuesday, June 2, 2009

FAN FICTION: Batman: Sob O Domínio Da Face Oculta - Capítulo 02


Noite, 3:00 hs da madrugada. William em seu apartamento do lado leste de Park Row, o lado mais violento, recebe uma chamada de Gordon. Há um caso não resolvido de tráfico de entorpecentes envolvendo um dos mais perigosos chefões do crime organizado de Gotham.

Border se levanta, olhar perdido, revólver ao lado. Havia tido outro pesadelo, daqueles em que algo absurdo pode ser tão real que fica difícil acordar. Atordoado pelo efeito do Whisky, pega seu casaco preto de couro e desce as escadarias. Chegando à rua, se depara com a sombra de uma estranha criatura que havia acabado de cruzar os céus. Com os olhos cheios de ódio, um ódio abafado, misturado com angústia, liga seu Ford e parte para a Rua O'Neal.

Enquanto isso, não muito longe, Leslie dialoga com Batman:

- Não é do seu feitio pedir ajuda para a polícia. Andou tomando os remédios que receitei?

Batman tenta se justificar, meio que desconversando.

- Border é um homem obstinado. Além disso, ele anda tão obsessivo em desmascarar a máfia que posso trocar informações em relação ao último contrabando que ele fez questão de investigar.

- Ouvi dizer que isso quase custou a sanidade do último capanga que ele interrogou. Leslie ironiza: Ah, mas com quem eu estou falando sobre obsessão...

E sem responder a essa ironia, Batman simplesmente ergue a mão para o céu e sai voando com seu gancho automático, se adiantando em relação à Border para chegar ao local do crime, incógnito.

Neste mesmo local, uma investigação de provável homicídio está acontecendo. Gordon, Bullock, Sgto. Montoya e demais policiais estão diante de uma cena terrível: um corpo com aparência carbonizada no chão, faltando um braço da vítima.

A imagem parecia dizer tudo... O prédio foi incendiado. Os bombeiros tiveram um grande trabalho para extinguir o fogo e a vítima não conseguiu escapar a tempo. Gordon e sua equipe estavam olhando para o corpo quando tomam suas atenções para a chegada de Border. Este se dirige para a cena do crime, olhar perdido, mas atento. Gordon percebe que ele teve outra noite ruim.

- Você está com uma aparência horrível. Quando foi a última vez que dormiu?

Border, ignorando a pergunta, retruca:

- O que temos aqui?

- Alguém resolveu usar a torradeira e acabou se queimando, é o que parece - Bullock estava terminando de devorar seu 20º donnut. Gordon não estava tão confiante desse diagnóstico.

- É a terceira vítima, só essa semana, morto sob as mesmas condições. Mas o mais estranho nessa aqui é que ele não mostra nenhuma aparência de desespero, como se tivesse sido sedado.

- É... páreo duro para o legista – completa Bullock.

- Conseguiu contato com familiares, amigos ou gente relacionada, Montoya?

- Não senhor. Não há descrição do que ele fazia ultimamente, nem de com quem manteve contato. Mas há uma pessoa com quem podemos conversar, era colega de trabalho dele.

Border concorda com a cabeça e permanece imóvel, encarando a face mutilada da vítima: Robert Wienne, cientista industrial. Ele parecia ter uma estranha marca na manga da blusa que Border havia reconhecido, mas não diz nada. Apenas faz uma anotação em seu bloquinho e se dirige para o DP, onde uma investigação terá início. A dura rotina policial, bem como os dois últimos anos não haviam sido bons para a saúde do detetive. Gordon volta a se preocupar.

- Tem certeza de que está bem? Talvez devesse tirar alguns dias de folga.

- Não se preocupe comigo, Gordon – retruca Border, lacônico. E vai embora. Bullock se aproxima de Gordon.

- Xii, esse cara anda muito esquisito, não acha, "comissa"?

Montoya cutuca Bullock por sua inconveniência. Gordon dá a ordem de retirada, mas não deixa o local, como se estivesse esperando alguém. Das sombras, Batman estava observando a rotina dos homens da lei e Gordon, sem mover a cabeça, pensativo e esperando que seu amigo estivesse por lá, lhe chama a atenção.

- E então, o que acha?

- Sem sinais de agressão nem violência. – Batman se aproxima, saindo da escuridão – estranha calma para alguém com queimaduras tão letais.

- Acha que pode ser envenenamento? Alguma toxina? Mas e quanto ao braço?

- Alguém com tanta influência no meio científico como o Sr. Wienne pode ter inimigos poderosos – Batman fala enquanto se agacha para colher uma amostra de sangue e de tecido humano - ou rivais.

- Eu o conhecia. Bom sujeito. Já esteve envolvido em uma discussão que eu me lembre, mas não tenho notícias de ameaças ou extorsões.

- Humm… talvez não - Batman olha para a manga da blusa do corpo e franze a testa - mas todos nós temos nossas máscaras.

Batman se retira, e em seguida, Gordon deixa o lugar enquanto a imprensa começa a cobertura do ocorrido.

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