Faz um tempo já que eu estava querendo fazer essa experiência meio louca. Vamos ver se dá certo. Lá de volta em 2012 eu fiquei sabendo que a Panini aqui no Brasil iria publicar as revistas do Batman mensais com esse novo conceito dos Novos 52 que se trata do reboot do Universo DC das HQs, então eu fiquei curioso. Como eu já havia parado de comprar HQs nas bancas desde os meus 20 anos, me pareceu uma oportunidade perfeita para fazer uma volta à minha juventude e colecionar um pouco mais de quadrinhos, fazer uma viagem no tempo e lembrar de quando era legal a gente sempre voltar às bancas de mês em mês atrás de nossos heróis favoritos, coisa que o pessoal hoje em dia não faz mais com frequência. Me bateu aquele sentimento nostálgico e eu resolvi ir às bancas todo mês para acompanhar pelo menos um arco de histórias do Batman, esse primeiro que disseram que era um recomeço. A experiência foi bacana, mas resolvi manter a coisa sob o limite de um arco para não ver meu dinheiro indo todo embora com quadrinhos.
Eu ainda tive uma sorte que poucas pessoas tiveram de conseguir a primeira tiragem da edição brasileira da revista do Batman publicada em Junho de 2012 pela Panini com a capa original (à esquerda) que foi publicada. Essa primeira tiragem foi limitada, tiveram poucas edições dela, por isso ela sumiu rápido das bancas. Quem perdeu essa primeira tiragem teve que se contentar em pegar a segunda (abaixo, à direita), com a capa alternativa. Sim, caro leitor, essa primeira capa acabou se tornando item de colecionador, e não, digníssimo irmão fã de quadrinhos, essa minha revista não está a venda.
Vamos agora falar brevemente da linha que ficou conhecida como "Os Novos 52!" para contextualizar. Essa linha que se iniciou em 2011 representou um reboot para o universo da DC. Nesse reboot, faz apenas 5 anos que existem os super-heróis, o que causa tumulto às pessoas de forma geral. Era uma forma de os criadores poderem inventar novos conceitos e modernizar os heróis da DC sem que fosse necessário que o leitor iniciante tivesse que conhecer anos e anos de histórias clássicas para poder mergulhar no universo dos heróis. Quase tudo passou por esse reboot. Quase. Algumas histórias clássicas continuam a fazer parte da nova continuidade, outras são ignoradas. A DC mapeou na época para os leitores o que deveria ser considerado e o que deveria ser ignorado. Nos bat-títulos, pouca coisa foi ignorada. Os Novos 52 também marcam o fim da famosa "cueca por cima da calça". Tanto o Superman quanto o Batman perderam ela, e até a Mulher Maravilha agora veste uma calça no lugar de seu tradicional shortinho estrelado.
Vamos então analisar a primeira parte do arco de 7 edições chamado de The Court of Owls (A Corte das Corujas) que recebeu o título de Knife Trick (Truque com Facas). Na verdade esta é uma história que se passou em 11 edições da revista mensal do Batman, mas este primeiro arco que recebeu o título acima, é composto de 7 edições. Existem as continuações, que são Night of the Owls (duas edições), Assault on the Court (uma edição) e o fechamento, My Brother's Keeper (uma edição), que é o verdadeiro final da história da Corte das Corujas. Falaremos sobre eles em tempo. Vamos à primeira edição.
Ela começa com a narração em off de Batman filosofando sobre um artigo de jornal que a Gotham Gazette chama de "Gotham é...", onde os cidadãos tem que completar a frase. Durante toda a história Batman tenta encontrar uma maneira de qualificar sua cidade, o que é interessante porque já se nota que a própria população de Gotham não carrega sua própria cidade na mais alta estima. Tem gente que a chama de "assassina", outros de "condenada", outros de "um caso perdido", o que converge sempre para o mesmo e pessimista resultado. Tem gente ainda que a associa a uma personalidade. Uns dizem que Gotham é o Máscara Negra; outros, que é o Duas-Caras; e tem gente que cita o morcego em frases como "Gotham é a cidade do Batman". Como podemos ver, a cidade é conhecida mesmo por seus monstros.
Pior para o playboy e filantropo Bruce Wayne, que tem que fingir ter uma visão otimista de Gotham em sua apresentação do projeto de reconstrução de pontos importantes da cidade em sua festa particular na mansão Wayne.
Ao mesmo tempo, Batman anda enfrentando uma fuga em massa do Asilo Arkham, onde ele aparece tentando deter vilões como Crocodilo, Duas-Caras, Flamingo, Professor Porco, Espantalho, Charada, Zsasz, Sr. Frio, entre outros. Curiosamente vemos o Coringa e Batman combatendo estes criminosos, mas Batman nega isso ao Comissário Gordon, dizendo que provavelmente ele viu coisas demais. Hum... sim, pode ter visto. Mas isso não justifica o fato de os dois terem se dado as mãos em um ataque conjunto aos vilões fujões. Logo após isso tudo, descobrimos que o "Coringa" na verdade era Dick Grayson, o Asa Noturna, disfarçado de Coringa, testando uma nova tecnologia de máscara holográfica.
Então vamos um pouco mais para o final, onde, após a apresentação de Bruce Wayne de sua "cidade do futuro", onde vemos várias personalidades de Gotham como o comissário, os Robins (menos Jason Todd), Vicky Vale e inclusive um tal de Lincoln March que é empresário e está concorrendo a prefeito, Bruce deixa a festa para ir investigar um assassinato.
Ele se encontra com o detetive Bullock e os dois encontram o cadáver de um sujeito morto há cinco ou seis dias, preso contra a parede em cima de uma banqueta, totalmente atravessado com pequenas facas que contém o símbolo de uma coruja. Bullock menciona uma superstição que ronda a cidade. Batman analisa as facas e a parede do lugar abandonado onde sente cheiro de óleo de linhaça na parede. Ao fazer o solvente entrar em contato com a chama do charuto de Bullock, o solvente escreve em chamas a mensagem "Bruce Wayne vai morrer amanhã" na parede.
A história conclui com Alfred na batcaverna analisando resíduos de pele e unha que haviam nas facas, informação que Batman havia mandado, quando descobrem que o DNA pertence a nada menos que... Dick Grayson. Batman então conclui dizendo que Gotham é um mistério.
E mistério é o que temos aqui nesta conclusão da primeira parte de The Court of Owls. Interessante começo, muito interessante. Em um outro momento iremos analisar a continuação. Quando? Vamos ver. Não pretendo correr com isso ou fazer disso uma série semanal como estou fazendo com o especial "Batman na Tela", até porque é um experimento. Será analisado em seu devido tempo. Vamos ver se este meu experimento fica legal com o passar das edições, nos permitindo fazer uma análise um pouco mais detalhada do que eu geralmente faço de uma boa história. A próxima parte é "Trust Fall" (Quebra de Confiança). Até lá!
Batman #1 (Novembro/2011)
Linha: Os Novos 52
Primeira parte do arco: The Court of Owls
Título em português BR: A Corte das Corujas
Título desta edição: Knife Trick
Título em português BR: Truque com Facas
Nº de edições do arco: 7
Nota: 8,5 / 10
Vamos então analisar a primeira parte do arco de 7 edições chamado de The Court of Owls (A Corte das Corujas) que recebeu o título de Knife Trick (Truque com Facas). Na verdade esta é uma história que se passou em 11 edições da revista mensal do Batman, mas este primeiro arco que recebeu o título acima, é composto de 7 edições. Existem as continuações, que são Night of the Owls (duas edições), Assault on the Court (uma edição) e o fechamento, My Brother's Keeper (uma edição), que é o verdadeiro final da história da Corte das Corujas. Falaremos sobre eles em tempo. Vamos à primeira edição.
Ela começa com a narração em off de Batman filosofando sobre um artigo de jornal que a Gotham Gazette chama de "Gotham é...", onde os cidadãos tem que completar a frase. Durante toda a história Batman tenta encontrar uma maneira de qualificar sua cidade, o que é interessante porque já se nota que a própria população de Gotham não carrega sua própria cidade na mais alta estima. Tem gente que a chama de "assassina", outros de "condenada", outros de "um caso perdido", o que converge sempre para o mesmo e pessimista resultado. Tem gente ainda que a associa a uma personalidade. Uns dizem que Gotham é o Máscara Negra; outros, que é o Duas-Caras; e tem gente que cita o morcego em frases como "Gotham é a cidade do Batman". Como podemos ver, a cidade é conhecida mesmo por seus monstros.
Pior para o playboy e filantropo Bruce Wayne, que tem que fingir ter uma visão otimista de Gotham em sua apresentação do projeto de reconstrução de pontos importantes da cidade em sua festa particular na mansão Wayne.
Ao mesmo tempo, Batman anda enfrentando uma fuga em massa do Asilo Arkham, onde ele aparece tentando deter vilões como Crocodilo, Duas-Caras, Flamingo, Professor Porco, Espantalho, Charada, Zsasz, Sr. Frio, entre outros. Curiosamente vemos o Coringa e Batman combatendo estes criminosos, mas Batman nega isso ao Comissário Gordon, dizendo que provavelmente ele viu coisas demais. Hum... sim, pode ter visto. Mas isso não justifica o fato de os dois terem se dado as mãos em um ataque conjunto aos vilões fujões. Logo após isso tudo, descobrimos que o "Coringa" na verdade era Dick Grayson, o Asa Noturna, disfarçado de Coringa, testando uma nova tecnologia de máscara holográfica.
Então vamos um pouco mais para o final, onde, após a apresentação de Bruce Wayne de sua "cidade do futuro", onde vemos várias personalidades de Gotham como o comissário, os Robins (menos Jason Todd), Vicky Vale e inclusive um tal de Lincoln March que é empresário e está concorrendo a prefeito, Bruce deixa a festa para ir investigar um assassinato.
Ele se encontra com o detetive Bullock e os dois encontram o cadáver de um sujeito morto há cinco ou seis dias, preso contra a parede em cima de uma banqueta, totalmente atravessado com pequenas facas que contém o símbolo de uma coruja. Bullock menciona uma superstição que ronda a cidade. Batman analisa as facas e a parede do lugar abandonado onde sente cheiro de óleo de linhaça na parede. Ao fazer o solvente entrar em contato com a chama do charuto de Bullock, o solvente escreve em chamas a mensagem "Bruce Wayne vai morrer amanhã" na parede.
A história conclui com Alfred na batcaverna analisando resíduos de pele e unha que haviam nas facas, informação que Batman havia mandado, quando descobrem que o DNA pertence a nada menos que... Dick Grayson. Batman então conclui dizendo que Gotham é um mistério.
E mistério é o que temos aqui nesta conclusão da primeira parte de The Court of Owls. Interessante começo, muito interessante. Em um outro momento iremos analisar a continuação. Quando? Vamos ver. Não pretendo correr com isso ou fazer disso uma série semanal como estou fazendo com o especial "Batman na Tela", até porque é um experimento. Será analisado em seu devido tempo. Vamos ver se este meu experimento fica legal com o passar das edições, nos permitindo fazer uma análise um pouco mais detalhada do que eu geralmente faço de uma boa história. A próxima parte é "Trust Fall" (Quebra de Confiança). Até lá!
Batman #1 (Novembro/2011)
Linha: Os Novos 52
Primeira parte do arco: The Court of Owls
Título em português BR: A Corte das Corujas
Título desta edição: Knife Trick
Título em português BR: Truque com Facas
Nº de edições do arco: 7
Nota: 8,5 / 10
Arco de histórias com os seguintes títulos:
- The Talons Strike! (Os Garras Atacam!)
- Beneath the Glass (Por Trás do Vidro)
- Face the Court (À Mercê da Corte)
- Face the Court (De Frente com a Corte)
- The Thirteenth Hour (A Décima Terceira Hora)
- Trust Fall (Perda de Confiança)
- Knife Trick (Truque com Facas)
Editora: DC Comics
- The Talons Strike! (Os Garras Atacam!)
- Beneath the Glass (Por Trás do Vidro)
- Face the Court (À Mercê da Corte)
- Face the Court (De Frente com a Corte)
- The Thirteenth Hour (A Décima Terceira Hora)
- Trust Fall (Perda de Confiança)
- Knife Trick (Truque com Facas)
Editora: DC Comics
Formato: Revista mensal
Roteiro: Scott Snyder
Desenhista: Greg Cappulo
Colorista: FCO Plascencia
Letrista: Richard Starkings, Jimmy Betancourt
Editores: Mike Marts, Janelle Asselin, Katie Kubert
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