Mais uma baixa em pouco tempo de ano novo, o Alan Rickman, o Snape de Harry Potter. Xi, já tô vendo que este ano, os editoriais do site não vão parar! Depois quando eu falo que este é o fim do mundo, tem gente que ri. Parece que existe alguma força cósmica poderosa no universo que está levando os talentos um por um, e não vai parar até que tenha matado todos eles. Lemmy, David Bowie, Alan Rickman... todos em um curtíssimo espaço de tempo; a coisa já chegou ao ponto de parecer aquele filme Premonição: quem será o próximo? Dá até medo!
Confesso a todos que não pertenço à base de fãs do Harry Potter. Alan Rickman foi importante para mim por causa de outras coisas. Claro, que eu entendo perfeitamente a dor que os fãs do universo do bruxinho devem estar sentindo, mas pra mim, o Alan Rickman marcou época por ser o vilão no primeiro filme da série Die Hard (Duro de Matar), o Hans Gruber. Eu nunca vou me esquecer do quanto eu assistia este filme com meus pais, do quanto de trabalho que ele deu ao personagem de Bruce Willis, o John McClane, da cena hilária em que o policial e o bandidão conversam sem o McClane saber que aquele era o chefão, e da cena final em que o cara diz o "yippie-kie-yee, motherfucker" e recebe um balaço do policial e despenca janela abaixo! Cara, que filme legal era aquele, que atuações! Rickman foi o melhor vilão de toda a série Die Hard!
Também teve o seu Xerife George, de Nottingham, no eterno clássico Robin Hood: Prince of Thieves (Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões), estrelando Kevin Costner no papel do ladrão que roubava dos ricos e dava aos pobres. Aqui, Rickman brilha mais uma vez fazendo um dos vilões hollywoodianos mais clássicos do cinema! Um filmaço que cansou de repetir na Sessão da Tarde, e que muitas pessoas ainda consideram como uma das melhores adaptações da lenda de Robin Hood já feitas.
Entre outras de suas atuações clássicas, ainda temos sua participação no filme Dogma, de Kevin Smith, um dos melhores filmes do diretor. Temos também o Coronel Brandon na comédia romântica Sense and Sensibility (Razão e Sensibilidade), baseada na obra literária de Jane Austen; eu não gosto de comédias românticas e também não sou chegado em Jane Austen, não faz meu gênero literário, mas esta foi uma das colaborações mais importantes do ator na filmografia de Ang Lee, e merece a citação.
E finalmente chegamos em seu Snape, na série de filmes Harry Potter, baseada na série de livros de J. K. Rowling; eu nunca li um livro sequer da série, pra falar a verdade, mas assisti todos os filmes no cinema, e gostava de acompanhar a história. Talvez um dia eu resolva ler esses livros, mas quando Harry Potter saiu, eu já estava com quase 21 anos, e já não era mais parte do público-alvo para esses filmes, lembro que eu ia no cinema assistir os dois primeiros filmes, porque gostava do tom de fantasia e eram dirigidos por Chris Columbus, simplesmente isso; mas eu sempre admirei a série e a acompanhei no cinema, e gostava muito do personagem de Rickman, com aquele tom sombrio dele, sempre de cara fechada, sempre dramático, eu me identificava muito com o personagem. Com toda certeza, marcou bastante, principalmente para quem é fã do bruxo.
Para terminar, mais dois destaques de sua carreira que gosto muito: um é do personagem robô Marvin, de The Hitchhiker's Guide to the Galaxy (Guia do Mochileiro das Galáxias), um dos filmes mais legais de ficção-científica já feitos, baseado na obra do grande escritor Douglas Adams, e finalmente, seu Juiz Turpin do excelente musical macabro Sweeney Todd, dirigido por Tim Burton, uma das vítimas da navalha do barbeiro da Rua Fleet, completando aqui meus destaques das grandes atuações deste excelente ator que sempre estará em nossos corações.
Droga, e o ano mal começou ainda! Se tivermos mais alguma morte importante em Janeiro, eu vou começar a considerar seriamente a gente ir em uma benzedeira pra ver se a gente consegue espantar as vibrações negativas.
Enfim... Descanse em paz, Alan Rickman! Mais um grande talento que nos deixou.
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