Durante todos os anos que existem grandes filmes de verão nos cinemas e desde o advento dos videogames, uma coisa muito comum sempre foi sair um game baseado em um filme de sucesso. A franquia Batman teve muitos deles, tanto para o clássico console da Nintendo quanto para o seu concorrente na era dos 16 bits, o Sega Genesis. Saíram games para o filme de 1989, continuações, o filme de 1995 também recebeu um game que parecia com Mortal Kombat e era uma porcaria, saiu games para a série Batman TAS, Batman Beyond, saiu até mesmo um game muito antes até de lançarem o filme de 1989, para o console Comodore 64, enfim, uma pancada de games do Batman foi lançado ao longo dos anos. Eu tive a chance de jogar muitos, alguns eram bons, outros nem tanto, o Batman baseado no filme de 89 era um ótimo game que eu tenho boas lembranças de ter jogado. Mas com o advento do 3D e dos consoles modernos, a conversa ficou bem mais interessante!
Batman Vengeance é o ponto em que a WB e a DC viram que teriam que começar a levar o Batman um pouco mais a sério também nos videogames. Claro, por ser uma primeira tentativa de se fazer um game realmente mais elaborado do Cavaleiro das Trevas, não é realmente tudo isso, tem falhas bem incômodas. Temos que levar em conta que este game foi feito muitos anos antes de termos a hoje popularíssima e excelente série de games Batman: Arkham, então não se deve esperar muita coisa. Mas o game tem seus atrativos também, aliás, bastantes atrativos, o suficiente para merecer uma jogada.
Vamos falar primeiramente da trama do game. Ela se baseia, claro, no DCAU, mais especificamente é um game baseado na série TNBA, tendo portanto todo o visual do show, e mostra o Batman enfrentando alguns de seus inimigos mais mortais, o Coringa, a Arlequina, Mr. Freeze e a Hera-Venenosa. Aparentemente, a trama, cronologicamente falando, se passa antes do começo de TNBA, porque ainda vemos vilões como o Mr. Freeze posando como ameaças e também a Batgirl como única membro ativa dos parceiros de combate ao crime de Batman; quem assistiu TNBA vai perceber essas sutilezas cronológicas.
Vamos falar primeiramente da trama do game. Ela se baseia, claro, no DCAU, mais especificamente é um game baseado na série TNBA, tendo portanto todo o visual do show, e mostra o Batman enfrentando alguns de seus inimigos mais mortais, o Coringa, a Arlequina, Mr. Freeze e a Hera-Venenosa. Aparentemente, a trama, cronologicamente falando, se passa antes do começo de TNBA, porque ainda vemos vilões como o Mr. Freeze posando como ameaças e também a Batgirl como única membro ativa dos parceiros de combate ao crime de Batman; quem assistiu TNBA vai perceber essas sutilezas cronológicas.




A primeira parte do novo ato é bem difícil. Você tem que andar por cima de um trem em movimento evitando choques, detendo capangas de Hera e correndo contra o tempo para salvar Batgirl, que está sendo atacada por Hush, antes que a vida dela se dissipe. É uma parte bem longa e a agilidade aqui conta muito. Após isso, você dirige o Batmóvel para tentar deter Hush com mísseis, tendo que tomar muito cuidado com carros a frente e com curvas bruscas. Esta parte é ainda mais difícil e você vai morrer um bocado até pegar o jeito.
Após isso, começa Fool's Grave, um ato de flashback narrado por Batman para Barbara na Batcaverna em que Batman recebe um chamado de Harley que não tem visto o Coringa desde sua derrota no primeiro ato do game. Batman então sai para investigar e tem que passar por vários obstáculos em uma fábrica de resíduos químicos, como atiradores e brinquedos do Coringa, até conseguir chegar nas válvulas que transportam os resíduos e conseguir deter os brinquedos incendiários do Coringa, encontrar o Dr. Isaac Evers e descobrir que ele queria incendiar a Gotham Industrial para coletar um dinheiro que ele não pôde coletar por causa de Mr. Freeze, motivo pela qual o Coringa estava financiando a pesquisa do Dr.

Como a polícia está procurando pelo Batman, Bruce Wayne volta disfarçado à Funnibones Warehouse para encontrar pistas. Aqui temos que desviar das luzes para não sermos apanhados, conseguindo isso, enfrentaremos mais uma série de capangas do Coringa e por fim, acharemos em uma sala do depósito um canivete escrito Toby. Então Wayne se lembra de que o Coringa o tinha quando caiu para sua aparente morte e conclui que o palhaço do crime ainda está vivo. Esta parte é um pouco mais leve por não termos o traje do Batman com seu cinto de utilidades, o que não impede Wayne de dar seus golpes e fazer suas acrobacias.

A história do game, como pudemos ver, é bastante simples e direta, sabemos já onde vai nos levar. A ideia mesmo era dar ao jogador a sensação de ser o Cavaleiro das Trevas. Com relação à ambientação, os designs, a equipe de vozes e animações, o game é impecável e segue à risca o universo criado em TNBA. O que me leva finalmente a falar dos pontos negativos deste game que acabaram limando uma boa porção de seu potencial.
Os controles são horrorosos e pouco funcionais! Sério, parece que esses controles foram programados pelo Coringa, pra te deixar puto! O tempo todo você fica brigando com os direcionais para posicionar Batman para uma determinada direção ou para uma escada! Se você quer usar o gancho, há pontos estratégicos, mas para mirar é um horror, se tiver um capanga, ele já te mata sem você perceber. Os golpes são limitados e os capangas vão ficando cada vez mais resistentes a eles durante o jogo; pra piorar eles sempre se levantam de novo antes de finalmente serem algemados (sim, Batman, entre outras traquitanas, tem algemas neste game), o que é muito chato, principalmente quando você é atacado por mais de um ao mesmo tempo.

Aliás, esse é outro defeito no game, o salvamento automático. Os desenvolvedores da Ubisoft não tiveram juízo. Não que salvar o game automático seja uma coisa ruim, na série Arkham funciona perfeitamente, mas é porque os controles funcionam lá, mas aqui... deveriam ter o mínimo de juízo na cabeça e nos permitir salvar o game em pontos estratégicos, nós mesmos. Prá subir uma escada então é um sufoco, muitas vezes! Você direciona o Batman pra direita, não está bom, vai um pouco mais pra esquerda, depois vira, e como o negócio custa a responder, você perde um grande tempo só tentando subir uma porra de uma escada! Parece teste psicológico de insanidade do Asilo Arkham!
E isso ainda porque a câmera do game não ajuda! Ela vai pra onde ela quer, tem vezes que custa a te acompanhar, prejudicando sua visão do que está realmente acontecendo ou fazendo alguma parede ou objeto entrar na frente. Prá quem nunca jogou na vida, parece coisa boba, mas uma câmera bem programada e controles decentes fazem toda diferença em um jogo. E olha que eu joguei esse game tanto no teclado do meu computador quanto com um joystick acoplado, e mesmo assim não melhorou com o joystick.
Fora essas adversidades, o game tem uma variedade interessante de coisas. Você pode lançar o bat-gancho para alcançar lugares mais altos, mas ele só funciona em pontos estratégicos onde você vê a marcação de um morcego. Tem também os batarangues que você pode usar para desarmar um adversário, além de batarangues elétricos e você também pode planar um pouco com a ajuda da capa do Batman, o que é legal quando a câmera te acompanha direito. Também gostei dessa ideia de manter o código moral do Batman em não matar, algemando os capangas no chão, só não gostei muito de que eles demoram muito a cair. Nos outros games da era da Nintendo e da Sega ele dava socos e atirava projéteis, e os adversários caíam e desapareciam da tela, dando a impressão de que morriam, então foi uma adição bacana essa das algemas. Por fim, nada como jogar um game baseado em uma de suas séries favoritas com o elenco de vozes da série, contando aqui com as vozes clássicas de Kevin Conroy, mais uma vez como o morcego, Mark Hamill como o Coringa, Michael Ansara como Mr. Freeze, Bob Hastings como Gordon, e todo o resto do elenco.
O game ainda teve uma sequência que só saiu para Playstation 2 e Xbox, Batman: Rise of Sin Tzu, que eu fiquei puto na época de não poder jogar e xinguei muito a Ubisoft por causa dessa frescura de exclusividade com os consoles, uma vez que eu só tinha meu PC na época pra jogar games! Achei uma tremenda de uma sacanagem! Batman: Vengeance tinha saído para PC, porque não lançaram a sequência também para PC? Enfim, já faz muito tempo e depois até saiu, mas eu nem fiquei sabendo e eu dei uma conferida no game pelo Youtube agora, na época tinha sido pouco falado, só quem era gamer mesmo como eu que ouviu falar da coisa. Eu ainda vou, mais para o fim de nosso especial falar um pouco do que ficou para trás do Batman, então vou falar um pouquinho sobre esse game no artigo também.
Enfim, Batman: Vengeance, um game de altos e baixos, mas que vale uma conferida nem que seja pelo gameplay no Youtube (que aliás eu postei aí embaixo) pra se ter uma ideia de com o que a gente tinha que lidar antes da série Batman: Arkham começar, ou melhor dizendo, antes da REVOLUÇÃO nos games começar! Vale pelo visual e pela atmosfera da série animada clássica.
Nota: 7,0 / 10
Direção: Alex Drouin
Produção: Heidi Behrendt, Roxanne Gosselin, Ames Kirshen, Reid Schneider, Alain Tascan
Roteiro: J.T. Petty (baseado em personagens criados por Bill Finger, Bob Kane, Jerry Robinson, Paul Dini, Carmine Infantino e outros)
Trilha sonora: Shawn K. Clement
Roteiro: J.T. Petty (baseado em personagens criados por Bill Finger, Bob Kane, Jerry Robinson, Paul Dini, Carmine Infantino e outros)
Trilha sonora: Shawn K. Clement
Elenco de vozes: Kevin Conroy, Mark Hamill, Arleen Sorkin, Tara Strong, Michael Ansara, Diane Pershing, Efrem Zimbalist Jr., Bob Hastings, Lloyd Bochner, David Warner
Desenvolvedora: Ubisoft Montréal
Distribuidor: Warner Bros. Interactive Entertainment / DC Comics
Plataformas: Playstation 2 / Gameboy Advance / Nintendo Gamecube / Xbox / PC (Windows 98/2000/XP)
Gênero: Ação
Modo: Single player
Site: www.ign.com/games/batman-vengeance/pc-490018
Outros games desta série:
Trailer:
Site: www.ign.com/games/batman-vengeance/pc-490018
Outros games desta série:
- Batman: Rise of Sin Tzu (2003)
- Batman: Vengeance (2002)
Trailer:
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