Nota: 8 / 10
Tenho algumas lembranças de minha tenra idade, quando eu ia na casa dos amigos que tinham o NES, o console de 8 bits da Nintendo, e vez ou outra me aventurava a jogar Ninja Gaiden e Castlevania.
Eu tinha um Mega Drive, aquele que era o genérico da Sega Genesis no Brasil, portanto, jogar os games da Nintendo para mim era difícil. Como eu queria jogar pelo menos um da série, peguei o único que estava disponível para o console da Sega, que se não me engano era o quinto game, Bloodlines.
Pois bem, passados os anos, eu assistia a web-série do AVGN, e via lá o James Rolfe falar animadamente sobre Castlevania, o que me fez pegar os emuladores e jogar ávidamente aqueles maravilhosos games antigos. Pois bem, após tantos anos, temos uma ótima série saindo pelo Netflix. Vamos conhecê-la!
Eu tinha um Mega Drive, aquele que era o genérico da Sega Genesis no Brasil, portanto, jogar os games da Nintendo para mim era difícil. Como eu queria jogar pelo menos um da série, peguei o único que estava disponível para o console da Sega, que se não me engano era o quinto game, Bloodlines.
Pois bem, passados os anos, eu assistia a web-série do AVGN, e via lá o James Rolfe falar animadamente sobre Castlevania, o que me fez pegar os emuladores e jogar ávidamente aqueles maravilhosos games antigos. Pois bem, após tantos anos, temos uma ótima série saindo pelo Netflix. Vamos conhecê-la!
Fazia muito tempo que eu não postava algo referente à séries, não é? Bem, faz exatamente um ano que eu também não menciono videogames aqui no blog, então resolvi fazer uma postagem de uma nova série animada do Netflix adaptada de um famoso e clássico videogame. Que tal, hein? Não, meu amigo, eu não descontinuei as sessões de séries e games do meu blog, apenas não tive muito tempo hábil para escrever sobre essas coisas. Mas aos poucos irei voltar a elas, pode deixar.
Bom, como um ávido fã de histórias de horror, Castlevania, a série do Netflix, me capturou a atenção na mesma hora. Esta série iniciou em Julho deste ano, mas eu estava muito ocupado em Julho para poder assistir séries de qualquer natureza, ainda que eu tenha conseguido terminar a leitura de um livro, falar de dois CDs, meter o pau no Frank Miller e ver três filmes. Mas enfim, devagar, eu fui tentando adequar a agenda e terminei de ver a "mid-season" de quatro episódios que o Netflix disponibilizou sobre Castlevania. E achei a série bacana. Claro, não é tudo isso, tem pontos negativos a destacar. Mas pelo que foi mostrado nestes quatro episódios iniciais, vale a pena conferir.
Ah, vale a pena destacar que eu não tenho acompanhado Castlevania recentemente nos videogames, de modo que meu conhecimento da fonte original, os games, limita-se aos anos 80 e 90, então se tiver algo nesta animação que tenha aparecido depois disso, por favor me avisem, pois eu não sei. Falo sobre esta adaptação levando em conta a trilogia do NES, o quarto e quinto games do SNES e do Sega Genesis, o game de 64 bits do N64 e o do Playstation, Symphony of the Night, este último apenas um pouco, porque eu não tive muito contato.
A série inicia mostrando o que aconteceu a Vlad Tepper, o conde Dracula. O vampirão conheceu uma moçoila que queria conhecimento e se casou com ela, ou seja, é o típico pacto com o capeta em pessoa; só que como nossa história se passa no séc. XV, ela é queimada na fogueira pelos cardeais, acusada de ser uma bruxa. Dracula fica possesso, e dá um ano ao povo da região de Wallachia (hoje na Romenia, antigo Império Otomano) exatamente um ano para fazerem as pazes com Deus, do contrário, iriam pagar com suas vidas. Um ano se passou e nada aconteceu a não ser o povo de Wallachia estar celebrando o dia da morte da mulher, então Dracula, que reuniu seu exército de demônios, atacou e destruiu a região. O primeiro episódio se foca inteiramente em contar isto.
Nos outros dois episódios da série, conhecemos nosso herói: Trevor Belmont. Para quem conhece os games do NES, ele é o personagem que aparece em Castlevania III: Dracula's Curse, o mais difícil da trilogia do NES.
O que eu achei bacana aqui foi que eles resolveram pegar já logo do início e contar as origens, porque é exatamente isso que o terceiro game da série é, um prelúdio aos outros dois. Mais pra frente na série, acredito eu que a história vai fazer um jump na linha do tempo e mostrar o Simon Belmont, e quem mais eles quiserem. Pois muito bem, eu gostei especialmente do quarto episódio, onde a ação é mais eletrizante. Esta mid-season termina mostrando a aliança feita entre Trevor, Alucard o filho de Dracula, e Sypha Belnades, uma maga e uma integrante do grupo dos Speakers, que parecem bastante com mouros, mas se trata apenas de monges diplomatas.
E dentre as coisas que eu achei bacanas neste quarto episódio em geral, é a referência ótima que a produção faz aos cenários do terceiro game. Temos lá aquelas malditas engrenagens que tínhamos que escalar e tomar o máximo de cuidado para não morrer por causa do scroll da tela do game. Nunca pensei que uma coisa daquelas poderia ser adaptada de qualquer forma para outra mídia, mas eis que Warren Ellis, o quadrinista criador de The Authority, consegue fazer isso com primor.
Eu também gostei muito do tratamento gráfico da série, com seu aspecto de anime, e muito embora siga o estilo japonês de animação, é uma produção que representa bem os elementos históricos que aborda.
Trevor Belmont é o protagonista; ele é um ótimo guerreiro, mas tem uns trejeitos de largadão. Aqui na série eles fazem o personagem meio abobado no início, mas no quarto episódio, ele já está comandando um grupo de pessoas em Gresit, para liderar uma defesa contra alguns demônios que Dracula usa para atacar a região e expôr um cardeal por estar indo contra os preceitos da fé católica, muito embora Trevor seja ateu e não leve religião a sério. Nas cenas de luta, Trevor emprega o famoso chicote de sua família, que a gente usa no game como arma principal, dentre outras armas que fazem referência a toda mitologia da série de games.
Outra parte muito bacana, é no terceiro episódio, quando Trevor explora o castelo de Dracula e tem que enfrentar um ciclope. Tudo começa quando Trevor, após sair de um bar, resolve aceitar a missão de achar e resgatar uma Speaker perdida, mas acaba com ele envolvido em ter que enfrentar Dracula, coisa que sua família, os Belmont, já fazem por séculos.
Alguns pontos negativos são o andamento e a trilha; o primeiro, achei meio afetado. O que eu senti, é que por poderem apenas produzir quatro episódios, optaram por correr um pouco com a narrativa, ao invés de deixá-la fluir naturalmente, coisa que espero, seja solucionada ano que vem; já o segundo, achei a trilha bem genérica; muito embora tenha pontos de destaque, acho que o compositor não se esforçou tanto para fazer uma trilha mais bacana e original. Sem contar que ela poderia até usar alguns temas musicais dos videogames, o que seria um easter-egg muito bem vindo, porque as trilhas sonoras dos games são maravilhosas, uma composição melhor que a outra. Vamos ver mais para frente.
De qualquer forma, eu gostei do que vi, e pretendo acompanhar a série para ver o seu desfecho. O detalhe do pôster, referenciando a ilustração do primeiro game da série lançado em 1986, é muito legal. A atmosfera da série é bem pesada, embora role um humor aqui e ali, e a produção é bem sangrenta, mostrando desde decapitações e mutilações, até cadáveres. Definitivamente, não é uma série para crianças. Fora este público, eu recomendo que você dê uma chance a ela, e espero que ela melhore bastante na segunda temporada.
Para quem deseja assistir a algo que tenha elementos de terror, Castlevania é uma ótima sugestão moderna. Atente para os detalhes, para os diálogos, e para a ambientação de época, fora a produção excelente, e confira esta série.
Bom, como um ávido fã de histórias de horror, Castlevania, a série do Netflix, me capturou a atenção na mesma hora. Esta série iniciou em Julho deste ano, mas eu estava muito ocupado em Julho para poder assistir séries de qualquer natureza, ainda que eu tenha conseguido terminar a leitura de um livro, falar de dois CDs, meter o pau no Frank Miller e ver três filmes. Mas enfim, devagar, eu fui tentando adequar a agenda e terminei de ver a "mid-season" de quatro episódios que o Netflix disponibilizou sobre Castlevania. E achei a série bacana. Claro, não é tudo isso, tem pontos negativos a destacar. Mas pelo que foi mostrado nestes quatro episódios iniciais, vale a pena conferir.
Ah, vale a pena destacar que eu não tenho acompanhado Castlevania recentemente nos videogames, de modo que meu conhecimento da fonte original, os games, limita-se aos anos 80 e 90, então se tiver algo nesta animação que tenha aparecido depois disso, por favor me avisem, pois eu não sei. Falo sobre esta adaptação levando em conta a trilogia do NES, o quarto e quinto games do SNES e do Sega Genesis, o game de 64 bits do N64 e o do Playstation, Symphony of the Night, este último apenas um pouco, porque eu não tive muito contato.
A série inicia mostrando o que aconteceu a Vlad Tepper, o conde Dracula. O vampirão conheceu uma moçoila que queria conhecimento e se casou com ela, ou seja, é o típico pacto com o capeta em pessoa; só que como nossa história se passa no séc. XV, ela é queimada na fogueira pelos cardeais, acusada de ser uma bruxa. Dracula fica possesso, e dá um ano ao povo da região de Wallachia (hoje na Romenia, antigo Império Otomano) exatamente um ano para fazerem as pazes com Deus, do contrário, iriam pagar com suas vidas. Um ano se passou e nada aconteceu a não ser o povo de Wallachia estar celebrando o dia da morte da mulher, então Dracula, que reuniu seu exército de demônios, atacou e destruiu a região. O primeiro episódio se foca inteiramente em contar isto.
Nos outros dois episódios da série, conhecemos nosso herói: Trevor Belmont. Para quem conhece os games do NES, ele é o personagem que aparece em Castlevania III: Dracula's Curse, o mais difícil da trilogia do NES.
O que eu achei bacana aqui foi que eles resolveram pegar já logo do início e contar as origens, porque é exatamente isso que o terceiro game da série é, um prelúdio aos outros dois. Mais pra frente na série, acredito eu que a história vai fazer um jump na linha do tempo e mostrar o Simon Belmont, e quem mais eles quiserem. Pois muito bem, eu gostei especialmente do quarto episódio, onde a ação é mais eletrizante. Esta mid-season termina mostrando a aliança feita entre Trevor, Alucard o filho de Dracula, e Sypha Belnades, uma maga e uma integrante do grupo dos Speakers, que parecem bastante com mouros, mas se trata apenas de monges diplomatas.
E dentre as coisas que eu achei bacanas neste quarto episódio em geral, é a referência ótima que a produção faz aos cenários do terceiro game. Temos lá aquelas malditas engrenagens que tínhamos que escalar e tomar o máximo de cuidado para não morrer por causa do scroll da tela do game. Nunca pensei que uma coisa daquelas poderia ser adaptada de qualquer forma para outra mídia, mas eis que Warren Ellis, o quadrinista criador de The Authority, consegue fazer isso com primor.
Eu também gostei muito do tratamento gráfico da série, com seu aspecto de anime, e muito embora siga o estilo japonês de animação, é uma produção que representa bem os elementos históricos que aborda.
Trevor Belmont é o protagonista; ele é um ótimo guerreiro, mas tem uns trejeitos de largadão. Aqui na série eles fazem o personagem meio abobado no início, mas no quarto episódio, ele já está comandando um grupo de pessoas em Gresit, para liderar uma defesa contra alguns demônios que Dracula usa para atacar a região e expôr um cardeal por estar indo contra os preceitos da fé católica, muito embora Trevor seja ateu e não leve religião a sério. Nas cenas de luta, Trevor emprega o famoso chicote de sua família, que a gente usa no game como arma principal, dentre outras armas que fazem referência a toda mitologia da série de games.
Outra parte muito bacana, é no terceiro episódio, quando Trevor explora o castelo de Dracula e tem que enfrentar um ciclope. Tudo começa quando Trevor, após sair de um bar, resolve aceitar a missão de achar e resgatar uma Speaker perdida, mas acaba com ele envolvido em ter que enfrentar Dracula, coisa que sua família, os Belmont, já fazem por séculos.
Alguns pontos negativos são o andamento e a trilha; o primeiro, achei meio afetado. O que eu senti, é que por poderem apenas produzir quatro episódios, optaram por correr um pouco com a narrativa, ao invés de deixá-la fluir naturalmente, coisa que espero, seja solucionada ano que vem; já o segundo, achei a trilha bem genérica; muito embora tenha pontos de destaque, acho que o compositor não se esforçou tanto para fazer uma trilha mais bacana e original. Sem contar que ela poderia até usar alguns temas musicais dos videogames, o que seria um easter-egg muito bem vindo, porque as trilhas sonoras dos games são maravilhosas, uma composição melhor que a outra. Vamos ver mais para frente.
De qualquer forma, eu gostei do que vi, e pretendo acompanhar a série para ver o seu desfecho. O detalhe do pôster, referenciando a ilustração do primeiro game da série lançado em 1986, é muito legal. A atmosfera da série é bem pesada, embora role um humor aqui e ali, e a produção é bem sangrenta, mostrando desde decapitações e mutilações, até cadáveres. Definitivamente, não é uma série para crianças. Fora este público, eu recomendo que você dê uma chance a ela, e espero que ela melhore bastante na segunda temporada.
Para quem deseja assistir a algo que tenha elementos de terror, Castlevania é uma ótima sugestão moderna. Atente para os detalhes, para os diálogos, e para a ambientação de época, fora a produção excelente, e confira esta série.
Castlevania (2017)
Título em português BR: Castlevania
Direção: Sam Deats
Produção: Warren Ellis, Jason Williams
Criação e roteiro: Warren Ellis (baseado no videogame da Konami, criado por Hitoshi Akamatsu)
Trilha sonora: Trevor Morris
Estrelando: Richard Armitage, James Callis, Alejandra Reynoso, Matt Frewer, Graham McTavish, Tony Amendola, Emily Swallow, Jonathan Lipow, Matt Lowe, Timothy Omundson, Moira Quirk, André Sogliuzzo, Fabio Tassone, Fred Tatasciore
Trailer:
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