Nota: 9,5 / 10
Ok, vamos então falar sobre o novo episódio de Breaking Bad no cinema. Oi, produção? Não é Breaking Bad? Pois deveria ser! Quase que impossível de dissociar a imagem de Bryan Cranston da de seu ex-personagem da série, Walter White, e fica ainda mais complicado quando a trama do filme, ainda que seja baseada em um livro (The Infiltrator, de Robert Mazur) que narra fatos reais, é justamente sobre o tráfico de drogas nos anos 80.
Mas enfim, o filme do diretor Brad Furman é primoroso. Fazia muito tempo que eu não assistia um filme novo tão bom assim. Nada muito novo, mas bem feito, bem executado e que te prende a atenção do início até os créditos finais.
E ainda conta com uma trilha sonora sensacional.
Mas enfim, o filme do diretor Brad Furman é primoroso. Fazia muito tempo que eu não assistia um filme novo tão bom assim. Nada muito novo, mas bem feito, bem executado e que te prende a atenção do início até os créditos finais.
E ainda conta com uma trilha sonora sensacional.
A trama de época nos leva de volta a 1985, ano em que o policial infiltrado Walter Wh... digo, Robert Mazur (Cranston) se envolve na caça de uma conexão de criminosos que podem levar ao cabeça de toda a operação, o traficante Pablo Escobar. Dessa forma, o policial conta com a ajuda de uma belíssima policial loira, a deslumbrante Kathy Ertz (Diane Kruger, sério pessoal, ela está linda como um anjo) que finge ser a esposa de Mazur, que está disfarçado como um traficante chamado Bob Musella, e ainda conta com o apoio e conselhos de seu colega da força policial, Jesse Pink... ops, hehe, Emir Abreu (John Leguizamo).
Conforme a caça às conexões de Escobar vai acontecendo e Mazur vai se aprofundando mais e mais em seu disfarce e no submundo que envolve essa gente, mais complicada a coisa fica, inclusive por parte de sua família e especialmente de sua esposa, Skyl... eita porra... Evelyn Mazur (Juliet Aubrey), que adivinhem? Se afasta do marido! Puts produção, tem certeza que isso não é um episódio estendido de Breaking Bad? Tá bem parecido!
Pois é. Essa brincadeira toda que eu fiz é só pra chamar a atenção de como que nesse mundo nada se cria. Eu fico imaginando, dentro de todo o roteiro brilhantemente elaborado de Breaking Bad, não tem como a gente negar, mas, eu fico pensando o quanto que a série de Vince Gilligan pode ter bebido da fonte desses eventos reais.
Traçando um paralelo, dá pra se pensar no filme The Bat (O Morcego, de 1926) que tinha um homem que se vestia de morcego e praticava crimes. Anos depois, o que vemos nos quadrinhos? Batman! Um homem que se veste de morcego e caça criminosos! Uau! Pensem bem na inversão! Acontece o mesmo aqui! A diferença é que, enquanto em Breaking Bad, o cara era um traficante fingindo ser um pai de família honesto, aqui Cranston faz um policial e pai de família honesto tentando fingir que é um traficante. Surpreendente, não?
Mas pondo de lado essas analogias, a trama do filme é muito bem costurada, e o filme já te captura a atenção nos primeiros instantes, ao som de Rush, com a música "Tom Sawyer"; inclusive, todos os elementos iniciais do filme, a música, as ações, o ambiente, a trilha sonora, a fotografia, tudo te captura a atenção; você se sente fisgado pelo filme já nos minutos iniciais, e eu adoro isso. Acho chato quando o filme demora muito para te prender a atenção, prefiro ser fisgado já no comecinho. Ele te fisga, e te mantém atento a tudo até os créditos finais ao som de The Who, com a música "Eminence Front", e quando os créditos rolam, você chega até a pensar "puts, que saga criminal da qualidade de um Scarface!" O Scarface que me refiro é o remake de 1983 com Al Pacino, não o filme de 1932.
Claro, comparar esse filme com um clássico absoluto como Scarface seria muita presunção, ele não se compara ao filme brilhante de Pacino com o diretor Brian De Palma, mas a sensação que te dá é essa, que você viu uma bela saga criminal. Deve ser em decorrência da qualidade inferior que assola o cinema hoje em dia, o que te faz vibrar quando se vê coisas assim acontecendo. Durante a projeção, há cenas deslumbrantes, diálogos muito bacanas, fotografia irrepreensível, mas ele fica meio arrastado lá pela metade do segundo ato, mas não o bastante para tirar todo o brilho do que foi mostrado.
As imagens de arquivo, que contam com fotos reais de Escobar e seu cartel, e até mesmo com vídeos de arquivo do ator e presidente Ronald Reagan e do boxeador Sugar Ray Leonard só engrandecem mais toda a produção e reconstituição de época, nos trazendo para mais perto dos anos 80.
Uma última coisa que eu curti e muito, foi que esse foi talvez o filme voltado ao público masculino mais legal que eu vi em tempos! O palavrão está liberado, os personagens se tratam realmente como machos alfa, falam bobagens, bebem, fumam, veem uma garota e dizem "minha nossa, que bunda!", e o protagonista é um cara fiel a sua esposa, muito embora poderia facilmente ter caido na tentação, várias vezes inclusive, de traí-la, até mesmo porque ela acaba dando brecha. Fazia muito tempo que eu queria ver um filme assim. Não que essas coisas sejam as razões principais para se ver o filme, razão esta que se trata do ótimo estudo de personagens feito aqui, mas que são coisas legais de se ver, são, especialmente se você é um cara como eu, que se enquadra no grupo dos machos alfa.
Em resumo, eu mais do que recomendo este ótimo filme protagonizado pelo ator de Breaking Bad, que inclusive participou da produção junto com o diretor e o próprio escritor da obra literária, Mazur, o que garante muito da legitimidade do que foi exposto no telão. O negócio até mesmo acabou me dando vontade de revisitar a série no Netflix, que eu assisti do começo ao fim com a minha esposa, nós dois quando víamos, éramos dois viciados em Breaking Bad, assistindo, às vezes, até dois episódios no mesmo dia. Talvez um dia eu até fale sobre a série aqui no blog, porque merece e muito. E minha esposa teria curtido muito o filme, se pudesse ter ido ao cinema ver comigo. Se você também curtia Breaking Bad, te garanto que também vai gostar muito deste filme.
Conforme a caça às conexões de Escobar vai acontecendo e Mazur vai se aprofundando mais e mais em seu disfarce e no submundo que envolve essa gente, mais complicada a coisa fica, inclusive por parte de sua família e especialmente de sua esposa, Skyl... eita porra... Evelyn Mazur (Juliet Aubrey), que adivinhem? Se afasta do marido! Puts produção, tem certeza que isso não é um episódio estendido de Breaking Bad? Tá bem parecido!
Pois é. Essa brincadeira toda que eu fiz é só pra chamar a atenção de como que nesse mundo nada se cria. Eu fico imaginando, dentro de todo o roteiro brilhantemente elaborado de Breaking Bad, não tem como a gente negar, mas, eu fico pensando o quanto que a série de Vince Gilligan pode ter bebido da fonte desses eventos reais.
Traçando um paralelo, dá pra se pensar no filme The Bat (O Morcego, de 1926) que tinha um homem que se vestia de morcego e praticava crimes. Anos depois, o que vemos nos quadrinhos? Batman! Um homem que se veste de morcego e caça criminosos! Uau! Pensem bem na inversão! Acontece o mesmo aqui! A diferença é que, enquanto em Breaking Bad, o cara era um traficante fingindo ser um pai de família honesto, aqui Cranston faz um policial e pai de família honesto tentando fingir que é um traficante. Surpreendente, não?
Mas pondo de lado essas analogias, a trama do filme é muito bem costurada, e o filme já te captura a atenção nos primeiros instantes, ao som de Rush, com a música "Tom Sawyer"; inclusive, todos os elementos iniciais do filme, a música, as ações, o ambiente, a trilha sonora, a fotografia, tudo te captura a atenção; você se sente fisgado pelo filme já nos minutos iniciais, e eu adoro isso. Acho chato quando o filme demora muito para te prender a atenção, prefiro ser fisgado já no comecinho. Ele te fisga, e te mantém atento a tudo até os créditos finais ao som de The Who, com a música "Eminence Front", e quando os créditos rolam, você chega até a pensar "puts, que saga criminal da qualidade de um Scarface!" O Scarface que me refiro é o remake de 1983 com Al Pacino, não o filme de 1932.
Claro, comparar esse filme com um clássico absoluto como Scarface seria muita presunção, ele não se compara ao filme brilhante de Pacino com o diretor Brian De Palma, mas a sensação que te dá é essa, que você viu uma bela saga criminal. Deve ser em decorrência da qualidade inferior que assola o cinema hoje em dia, o que te faz vibrar quando se vê coisas assim acontecendo. Durante a projeção, há cenas deslumbrantes, diálogos muito bacanas, fotografia irrepreensível, mas ele fica meio arrastado lá pela metade do segundo ato, mas não o bastante para tirar todo o brilho do que foi mostrado.
As imagens de arquivo, que contam com fotos reais de Escobar e seu cartel, e até mesmo com vídeos de arquivo do ator e presidente Ronald Reagan e do boxeador Sugar Ray Leonard só engrandecem mais toda a produção e reconstituição de época, nos trazendo para mais perto dos anos 80.
Uma última coisa que eu curti e muito, foi que esse foi talvez o filme voltado ao público masculino mais legal que eu vi em tempos! O palavrão está liberado, os personagens se tratam realmente como machos alfa, falam bobagens, bebem, fumam, veem uma garota e dizem "minha nossa, que bunda!", e o protagonista é um cara fiel a sua esposa, muito embora poderia facilmente ter caido na tentação, várias vezes inclusive, de traí-la, até mesmo porque ela acaba dando brecha. Fazia muito tempo que eu queria ver um filme assim. Não que essas coisas sejam as razões principais para se ver o filme, razão esta que se trata do ótimo estudo de personagens feito aqui, mas que são coisas legais de se ver, são, especialmente se você é um cara como eu, que se enquadra no grupo dos machos alfa.
Em resumo, eu mais do que recomendo este ótimo filme protagonizado pelo ator de Breaking Bad, que inclusive participou da produção junto com o diretor e o próprio escritor da obra literária, Mazur, o que garante muito da legitimidade do que foi exposto no telão. O negócio até mesmo acabou me dando vontade de revisitar a série no Netflix, que eu assisti do começo ao fim com a minha esposa, nós dois quando víamos, éramos dois viciados em Breaking Bad, assistindo, às vezes, até dois episódios no mesmo dia. Talvez um dia eu até fale sobre a série aqui no blog, porque merece e muito. E minha esposa teria curtido muito o filme, se pudesse ter ido ao cinema ver comigo. Se você também curtia Breaking Bad, te garanto que também vai gostar muito deste filme.
The Infiltrator (2016)
Título em português BR: Conexão Escobar
Direção: Brad Furman
Produção: Paul M. Brennan, Bryan Cranston, Brad Furman, Robert Mazur, Miriam Segal, Don Sikorski
Roteiro: Ellen Sue Brown (baseado no livro The Infiltrator, de Robert Mazur, baseado em fatos reais)
Trilha sonora: Chris Hajian
Estrelando: Bryan Cranston, John Leguizamo, Juliet Aubrey, Diane Kruger, Olympia Dukakis, Joseph Gilgun, Jason Isaacs, Rubén Ochandiano, Simón Andreu, Yul Vazquez, Michael Paré, Benjamin Bratt, Elena Anaya, Ronald Reagan
Trailer:
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