Segunda-feira. Banca de jornal. Volto do trabalho, vou almoçar e passo por lá. Tento fazer de conta que estou entediado. Às vezes estou, mas não é culpa do trabalho. Sempre vou à banca de jornal, só para espiar. Me deparo com essa revista. Penso: "puta que pariu, o Miller e o Azzarello querem me atazanar duas vezes este mês!"
Olho para a capa dianteira. Penso: "e o Miller arranjou um jeito de enfiar o Coringa de alguma forma. Otário!" Olho para a capa traseira. Vejo... Robin?? Que que tá acontecendo aqui? Que raio de jogada é essa, Azzamiller?
Desplastifico a revista, confuso. Não há mini-revistas esdrúxulas desta vez, só esta. E, como um combatente descuidado e inocente, me dou conta da surpresa do mês: Miller e Azzarello escreveram uma história boa do Batman!!
Esta HQ one-shot com título de filme do Indiana Jones, sem sombra de dúvidas, é a melhor história do Batman que Frank Miller escreveu desde Batman: Year One. É uma história curta com uma trama envolvente, apesar de meio arrastada em certos pontos, e que nos mostra uma ambientação e uma atmosfera bem mais a ver com o universo do Batman do que qualquer outra história escrita por Miller; exceto talvez por Year One.
Sim, você leu certo! Esta história curta tem muito mais cara de uma história do Batman do que o próprio clássico dos anos 80, The Dark Knight Returns! Isso não significa, claro, que ela seja melhor em estrutura, mas certamente se trata do melhor trabalho de Miller em décadas! E consequentemente, o melhor trabalho da dupla Azzamiller.
Puxa vida, eu já estava perdendo a esperança! Chego até a suspeitar se não se trata de um ghost writer aqui escrevendo para essa dupla, tamanha é a gritante diferença de qualidade em relação ao que os dois tem escrito para TDK3: The Master Race. Como é que pode? Não é possível que sejam os mesmos escritores! O Miller que todos amávamos pirou da batatinha, acabou faz mais de duas décadas, e Azzarello sozinho consegue escrever coisas boas, mas em The Master Race, o Azzarello definitivamente não está dando o seu melhor.
Por que raios não trouxeram esta qualidade para TDK3? Por que, meu Deus, por que? Será que lá no contrato com a DC dizia "faça uma sequência de TDK2 que não seja boa e nem ruim, medíocre mesmo, esquecível, emputeça os leitores com mini-revistinhas bem cagadas e deixe para caprichar de verdade numa outra história que nada tenha a ver com o que está se passando no momento"? É isso mesmo, senhores? Vai saber...
O primeiro ponto positivo que vejo, é que o Batman aqui, em nada lembra o Crazy Steve, o Batman de All Star Batman and Robin. Para quem não acompanha o blog, "Crazy Steve" é o apelido que o reviewer americano Linkara deu ao Batman dessa história do Miller, uma vez que ele não lembra em nada o Batman de fato. Apesar de isso ser bom, causa uma enorme inconsistência com o chamado Millerverse.
Explico para os navegantes: o Miller colocou na cabeça que todas as histórias do Batman que ele escrevesse a partir de TDKR seriam parte de um mesmo universo; dessa forma, histórias como Year One, Batman / Spawn, All Star Batman And Robin, TDK2 e TDK3 acontecem todas na mesma linha cronológica. E assim também é com esta revista. A incosistência citada anteriormente, está no fato de Batman, em All Star, ser um baita maníaco sociopata de carteirinha, doido varrido de pedra, aproveitador de crianças, imaturo, cruel, e aqui em The Last Crusade, ele voltar a ter todas as características que lembram o Batman de fato, como o conhecemos, duro e exigente, mas compassivo, heroico e encorajador. Será que Miller está tentando eliminar aquele pedaço de merda fétida chamada All Star da linha cronológica? Eu sou 100% a favor! Aquele lixo não deu certo mesmo, aliás, nem acabou de sair, foi cancelado antes.
Enfim, vamos à trama muito bem costurada desta nova HQ. A trama retoma a atmosfera de TDKR, antes da história dos anos 80 se iniciar, e nos mostra uma perspectiva diferente do que aconteceu com o segundo Robin, Jason Todd, daí o título da HQ, sendo a última cruzada do morcego, que faria com que ele finalmente pendurasse o capuz. Trata-se então de um prelúdio de The Dark Knight Returns.
Durante todos estes anos, imaginamos que a icônica história oitentista de Miller, lançada originalmente em 1986, estivesse em consonância com a história de 1988 de Jim Starlin e Jim Aparo. Não é o caso, e agora temos certeza disso. Apesar de A Death In The Family, a clássica história de 1988, estar no canon da revista do morcego, Miller e Azzarello tem a própria versão deles de como Jason Todd foi assassinado, e eles resolvem então aproveitar este pretexto mostrado na história de 86, para nos mostrar as circunstâncias que levaram Bruce Wayne a se aposentar.
As primeiras páginas já preparam o clima no Asilo Arkham. Vemos guardas imobilizando o Coringa enquanto tentam levá-lo para seu confinamento, e o palhaço vai dando pistas, através de seus diálogos maliciosos, de que algo grande está para acontecer. Logo em seguida, somos entretidos com o noticiário que relata a prisão do Coringa e a participação de Batman e Robin no caso. Os repórteres, no melhor estilo TDKR, inclusive com as mesmas tomadas dos painéis clássicos, também começam a discutir se o fato de ser um vigilante faz bem ao garoto prodígio, uma vez que... bem, ele é só um garoto. Será que Miller está tentando se desculpar pelo retrato torpe de abusador que pintou do morcego anos atrás na linha All Star? Enfim...
Jason chama Bruce para um treino, e Bruce já começa a sentir o peso de sua idade, com suas dores e o cansaço de anos de combate ao crime, mas ele tenta esconder isso de Jason o quanto pode. Durante o treino dos dois, é reconfortante e animador ver que Azzamiller volta a retratar Wayne com aquela figura do tutor, do homem sábio das artes marciais, que dá conselhos, ao invés de cometer abusos de autoridade como um sociopata lunático. Uma das melhores frases que o Batman de Miller diz na HQ é "o braço vai doer por um tempo, cuide para que seu ego não doa", se referindo à derrota de Jason durante o treino. Sem brincadeiras! Esta frase está em uma HQ nova escrita por Miller! Ou aqui no caso, co-escrita. Eu tenho plena convicção que Miller jamais escreveria algo assim, essa HQ tem muito mais de Azzarello do que de Miller, e isso se nota fácil.
Mesmo o lado mais humanitário de Bruce Wayne é vislumbrado aqui, quando ele consola uma mulher pela morte de seu marido. A trama vai se desenrolando através das interações entre Batman e Jason, do noticiário da TV que relata o assassinato do filantropo sr. Edgewater, e das tomadas do Coringa no asilo. Este é um Coringa muito mais sombrio e articulador, misterioso, malicioso e vil, um Coringa que passa longe do espetaculoso palhaço que vemos em outras encarnações. Eu gosto de chamar de um Coringa "a lá Azzarello". Quem pegar a graphic novel Joker, que Azzarello escreveu em 2008, irá entender direitinho a qual Coringa me refiro. Este Coringa, senhores, está longe de ser um palhaço menestrel, ou de usar gás do riso, ou de dar mil gargalhadas; ele simplesmente não ri.
Jason Todd, aqui nesta HQ, é mantido exatamente como o conhecemos nos quadrinhos normais. Um garoto que não tem empatia, amargo, diferente de Dick Grayson, que teima a todo momento com Bruce, que não obedece ordens, que quer fazer as coisas a seu jeito. De uma maneira mais sutil do que no arco de história de Jim Starlin, mas seguindo a mesma proposta de personagem.
Também temos a presença de Alfred, fazendo novamente o papel de conselheiro e pai postiço de Bruce, e dos vilões Hera Venenosa e Crocodilo aqui na HQ. Hera dará trabalho para a dupla, mas é Crocodilo que realmente irá quase que acabar com a vida de Batman. O morcego leva uma surra tamanha aqui do vilão, que fica difícil de engolir que ele sobreviveu, ainda mais considerando que Batman está ficando velho.
Toda a trama nos leva ao irremediável final que mostra Jason Todd perdendo a vida, e levando Bruce a pendurar seu capuz, como já falei. Nesta versão, no entanto, o Coringa não mata Jason, pelo menos não diretamente, como acontece na história de Jim Starlin que todos conhecem. A trama termina simplesmente com o olhar aterrador do Coringa, fechando uma história sombria e bastante gratificante de ler.
Como já falei antes, Azzarello se destaca imensamente aqui, a trama da HQ exala o estilão de Azzarello, praticamente a todo instante. MAS, apesar disso, estamos no mundo de Miller, e, como diz o ditado... no meio do caminho, tinha um Miller... tinha um Miller no meio do caminho. E os millerismos chatos aparecem aqui também.
Um deles é fazer com que Bruce Wayne fosse, em várias noites, na casa de Selina Kyle em busca de alívio... e quando eu falo de alívio, vocês sabem a que me refiro, não? Isso mesmo! Comer leite com biscoitos, afogar o ganso, fazer o exame ginecológico de rotina, mandar ver na gata! Lembrem-se que, de acordo com Batman: Year One, neste universo, a Mulher Gato é uma prostituta. Mas e aquela história toda de Bruce Wayne ser um cara que não tem tempo para esses tipos de relacionamento, ou não se engraçar com a gatuna por ela caminhar na linha fina entre a lei e o caos, etc, etc? Hein, Miller, hein, hein? Tá bom, eu dou um desconto, afinal, que mal vai fazer uma trepadinha, não é mesmo?
Mas aquelas propagandas estúpidas da TV, trazidas diretamente de TDK2 eu não perdoo! Igual o quadro "Mães Contra Batman", ou então o quadro "Gotham Fofoca". Ah, Miller, tenha dó! Não funciona, e pronto! Eu sei que você quer mostrar o quanto a sociedade é imbecil, mas isso já encheu o saco. Isso, e aquela mania chata de você ficar se...
... repetindo...
... repetindo...
Olho para a capa dianteira. Penso: "e o Miller arranjou um jeito de enfiar o Coringa de alguma forma. Otário!" Olho para a capa traseira. Vejo... Robin?? Que que tá acontecendo aqui? Que raio de jogada é essa, Azzamiller?
Desplastifico a revista, confuso. Não há mini-revistas esdrúxulas desta vez, só esta. E, como um combatente descuidado e inocente, me dou conta da surpresa do mês: Miller e Azzarello escreveram uma história boa do Batman!!
Sim, você leu certo! Esta história curta tem muito mais cara de uma história do Batman do que o próprio clássico dos anos 80, The Dark Knight Returns! Isso não significa, claro, que ela seja melhor em estrutura, mas certamente se trata do melhor trabalho de Miller em décadas! E consequentemente, o melhor trabalho da dupla Azzamiller.
Puxa vida, eu já estava perdendo a esperança! Chego até a suspeitar se não se trata de um ghost writer aqui escrevendo para essa dupla, tamanha é a gritante diferença de qualidade em relação ao que os dois tem escrito para TDK3: The Master Race. Como é que pode? Não é possível que sejam os mesmos escritores! O Miller que todos amávamos pirou da batatinha, acabou faz mais de duas décadas, e Azzarello sozinho consegue escrever coisas boas, mas em The Master Race, o Azzarello definitivamente não está dando o seu melhor.
Por que raios não trouxeram esta qualidade para TDK3? Por que, meu Deus, por que? Será que lá no contrato com a DC dizia "faça uma sequência de TDK2 que não seja boa e nem ruim, medíocre mesmo, esquecível, emputeça os leitores com mini-revistinhas bem cagadas e deixe para caprichar de verdade numa outra história que nada tenha a ver com o que está se passando no momento"? É isso mesmo, senhores? Vai saber...
O primeiro ponto positivo que vejo, é que o Batman aqui, em nada lembra o Crazy Steve, o Batman de All Star Batman and Robin. Para quem não acompanha o blog, "Crazy Steve" é o apelido que o reviewer americano Linkara deu ao Batman dessa história do Miller, uma vez que ele não lembra em nada o Batman de fato. Apesar de isso ser bom, causa uma enorme inconsistência com o chamado Millerverse.
Explico para os navegantes: o Miller colocou na cabeça que todas as histórias do Batman que ele escrevesse a partir de TDKR seriam parte de um mesmo universo; dessa forma, histórias como Year One, Batman / Spawn, All Star Batman And Robin, TDK2 e TDK3 acontecem todas na mesma linha cronológica. E assim também é com esta revista. A incosistência citada anteriormente, está no fato de Batman, em All Star, ser um baita maníaco sociopata de carteirinha, doido varrido de pedra, aproveitador de crianças, imaturo, cruel, e aqui em The Last Crusade, ele voltar a ter todas as características que lembram o Batman de fato, como o conhecemos, duro e exigente, mas compassivo, heroico e encorajador. Será que Miller está tentando eliminar aquele pedaço de merda fétida chamada All Star da linha cronológica? Eu sou 100% a favor! Aquele lixo não deu certo mesmo, aliás, nem acabou de sair, foi cancelado antes.
Enfim, vamos à trama muito bem costurada desta nova HQ. A trama retoma a atmosfera de TDKR, antes da história dos anos 80 se iniciar, e nos mostra uma perspectiva diferente do que aconteceu com o segundo Robin, Jason Todd, daí o título da HQ, sendo a última cruzada do morcego, que faria com que ele finalmente pendurasse o capuz. Trata-se então de um prelúdio de The Dark Knight Returns.
Durante todos estes anos, imaginamos que a icônica história oitentista de Miller, lançada originalmente em 1986, estivesse em consonância com a história de 1988 de Jim Starlin e Jim Aparo. Não é o caso, e agora temos certeza disso. Apesar de A Death In The Family, a clássica história de 1988, estar no canon da revista do morcego, Miller e Azzarello tem a própria versão deles de como Jason Todd foi assassinado, e eles resolvem então aproveitar este pretexto mostrado na história de 86, para nos mostrar as circunstâncias que levaram Bruce Wayne a se aposentar.
As primeiras páginas já preparam o clima no Asilo Arkham. Vemos guardas imobilizando o Coringa enquanto tentam levá-lo para seu confinamento, e o palhaço vai dando pistas, através de seus diálogos maliciosos, de que algo grande está para acontecer. Logo em seguida, somos entretidos com o noticiário que relata a prisão do Coringa e a participação de Batman e Robin no caso. Os repórteres, no melhor estilo TDKR, inclusive com as mesmas tomadas dos painéis clássicos, também começam a discutir se o fato de ser um vigilante faz bem ao garoto prodígio, uma vez que... bem, ele é só um garoto. Será que Miller está tentando se desculpar pelo retrato torpe de abusador que pintou do morcego anos atrás na linha All Star? Enfim...
Jason chama Bruce para um treino, e Bruce já começa a sentir o peso de sua idade, com suas dores e o cansaço de anos de combate ao crime, mas ele tenta esconder isso de Jason o quanto pode. Durante o treino dos dois, é reconfortante e animador ver que Azzamiller volta a retratar Wayne com aquela figura do tutor, do homem sábio das artes marciais, que dá conselhos, ao invés de cometer abusos de autoridade como um sociopata lunático. Uma das melhores frases que o Batman de Miller diz na HQ é "o braço vai doer por um tempo, cuide para que seu ego não doa", se referindo à derrota de Jason durante o treino. Sem brincadeiras! Esta frase está em uma HQ nova escrita por Miller! Ou aqui no caso, co-escrita. Eu tenho plena convicção que Miller jamais escreveria algo assim, essa HQ tem muito mais de Azzarello do que de Miller, e isso se nota fácil.
Mesmo o lado mais humanitário de Bruce Wayne é vislumbrado aqui, quando ele consola uma mulher pela morte de seu marido. A trama vai se desenrolando através das interações entre Batman e Jason, do noticiário da TV que relata o assassinato do filantropo sr. Edgewater, e das tomadas do Coringa no asilo. Este é um Coringa muito mais sombrio e articulador, misterioso, malicioso e vil, um Coringa que passa longe do espetaculoso palhaço que vemos em outras encarnações. Eu gosto de chamar de um Coringa "a lá Azzarello". Quem pegar a graphic novel Joker, que Azzarello escreveu em 2008, irá entender direitinho a qual Coringa me refiro. Este Coringa, senhores, está longe de ser um palhaço menestrel, ou de usar gás do riso, ou de dar mil gargalhadas; ele simplesmente não ri.
Jason Todd, aqui nesta HQ, é mantido exatamente como o conhecemos nos quadrinhos normais. Um garoto que não tem empatia, amargo, diferente de Dick Grayson, que teima a todo momento com Bruce, que não obedece ordens, que quer fazer as coisas a seu jeito. De uma maneira mais sutil do que no arco de história de Jim Starlin, mas seguindo a mesma proposta de personagem.
Também temos a presença de Alfred, fazendo novamente o papel de conselheiro e pai postiço de Bruce, e dos vilões Hera Venenosa e Crocodilo aqui na HQ. Hera dará trabalho para a dupla, mas é Crocodilo que realmente irá quase que acabar com a vida de Batman. O morcego leva uma surra tamanha aqui do vilão, que fica difícil de engolir que ele sobreviveu, ainda mais considerando que Batman está ficando velho.
Toda a trama nos leva ao irremediável final que mostra Jason Todd perdendo a vida, e levando Bruce a pendurar seu capuz, como já falei. Nesta versão, no entanto, o Coringa não mata Jason, pelo menos não diretamente, como acontece na história de Jim Starlin que todos conhecem. A trama termina simplesmente com o olhar aterrador do Coringa, fechando uma história sombria e bastante gratificante de ler.
Como já falei antes, Azzarello se destaca imensamente aqui, a trama da HQ exala o estilão de Azzarello, praticamente a todo instante. MAS, apesar disso, estamos no mundo de Miller, e, como diz o ditado... no meio do caminho, tinha um Miller... tinha um Miller no meio do caminho. E os millerismos chatos aparecem aqui também.
Um deles é fazer com que Bruce Wayne fosse, em várias noites, na casa de Selina Kyle em busca de alívio... e quando eu falo de alívio, vocês sabem a que me refiro, não? Isso mesmo! Comer leite com biscoitos, afogar o ganso, fazer o exame ginecológico de rotina, mandar ver na gata! Lembrem-se que, de acordo com Batman: Year One, neste universo, a Mulher Gato é uma prostituta. Mas e aquela história toda de Bruce Wayne ser um cara que não tem tempo para esses tipos de relacionamento, ou não se engraçar com a gatuna por ela caminhar na linha fina entre a lei e o caos, etc, etc? Hein, Miller, hein, hein? Tá bom, eu dou um desconto, afinal, que mal vai fazer uma trepadinha, não é mesmo?
Mas aquelas propagandas estúpidas da TV, trazidas diretamente de TDK2 eu não perdoo! Igual o quadro "Mães Contra Batman", ou então o quadro "Gotham Fofoca". Ah, Miller, tenha dó! Não funciona, e pronto! Eu sei que você quer mostrar o quanto a sociedade é imbecil, mas isso já encheu o saco. Isso, e aquela mania chata de você ficar se...
... repetindo...
... repetindo...
... repetindo...
... repetindo...
... repetindo...
... igual um disco furado. Para leitores de primeira viagem nem vai incomodar tanto, mas para quem já conhece o histórico do Miller, olha, sabe muito bem que esses millerismos já deram no saco! Foi até interessante por um tempo, quando ele realmente sabia escrever, anos atrás, mas depois de All Star Batman And Robin, perdeu a graça.
Mas, no fim das contas, é uma HQ mais do que recomendada! Uma história bastante envolvente, com uma trama bem sombria e que nos leva aos confins da atmosfera noir que, com o mundo de Miller, Azzarello conseguiu construir. Eu apostaria ainda dizer que, desta fase em que Miller e Azzarello trabalharam juntos, esta HQ será o trabalho mais lembrado da união dos dois e o mais icônico, dada a completa volta às raízes que o roteiro promove, e ainda contando com os desenhos soberbos e o traço ótimo de John Romita Jr., que soube fazer aqui um trabalho bastante memorável. Esta HQ de Miller é uma que eu não tenho escolha, senão recomendar com força. Quando o trabalho é bem feito, a gente tem que reconhecer, por mais decepções que Miller tenha nos causado ao longo dos anos, desta vez ele volta a ter aquele pequeno brilho que ele tinha outrora.
... repetindo...
... repetindo...
... igual um disco furado. Para leitores de primeira viagem nem vai incomodar tanto, mas para quem já conhece o histórico do Miller, olha, sabe muito bem que esses millerismos já deram no saco! Foi até interessante por um tempo, quando ele realmente sabia escrever, anos atrás, mas depois de All Star Batman And Robin, perdeu a graça.
Mas, no fim das contas, é uma HQ mais do que recomendada! Uma história bastante envolvente, com uma trama bem sombria e que nos leva aos confins da atmosfera noir que, com o mundo de Miller, Azzarello conseguiu construir. Eu apostaria ainda dizer que, desta fase em que Miller e Azzarello trabalharam juntos, esta HQ será o trabalho mais lembrado da união dos dois e o mais icônico, dada a completa volta às raízes que o roteiro promove, e ainda contando com os desenhos soberbos e o traço ótimo de John Romita Jr., que soube fazer aqui um trabalho bastante memorável. Esta HQ de Miller é uma que eu não tenho escolha, senão recomendar com força. Quando o trabalho é bem feito, a gente tem que reconhecer, por mais decepções que Miller tenha nos causado ao longo dos anos, desta vez ele volta a ter aquele pequeno brilho que ele tinha outrora.
Dark Knight Returns: The Last Crusade (Agosto/2016)
Título em português BR: Cavaleiro Das Trevas: A Última Cruzada
Título em português BR: Cavaleiro Das Trevas: A Última Cruzada
Total de edições: 1
Data de lançamento no Brasil: Setembro/2016
Data de lançamento no Brasil: Setembro/2016
Editora: DC Comics
Formato: One-shot
Roteiro: Frank Miller, Brian Azzarello
Desenhista: John Romita, Jr.
Colorista: Peter Steigerwald
Arte-finalista: Peter Steigerwald
Arte-finalista: Peter Steigerwald
Letrista: Clem Robins
Editores: Mark Doyle, Rebecca Taylor, Dave Wielgosz
- Dark Knight Returns: The Last Crusade (Cavaleiro das Trevas: A Última Cruzada) (2016)
- The Dark Knight III: The Master Race (Cavaleiro Das Trevas III: A Raça Superior) (2016)
Outras histórias que pertencem a esta linha:
- Dark Knight Returns: The Last Crusade (Cavaleiro das Trevas: A Última Cruzada) (2016)
- The Dark Knight III: The Master Race (Cavaleiro Das Trevas III: A Raça Superior) (2016)
- The Dark Knight Strikes Again (Batman: O Cavaleiro Das Trevas 2) (2001 - 2002)
- The Dark Knight Returns (Batman: O Cavaleiro Das Trevas) (1986)
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