É claro que com isso eu não estou aqui tentando assumir um lado para defender. Os próprios filmes clássicos de James Cameron tinham a sua porção de humor, havia bastante seriedade sim, mas também haviam situações mais leves dentre as cenas épicas. O problema é que T3 foi engraçadinho demais da conta, e TS foi sério e carrancudo demais da conta, tanto em T3 quanto em Terminator Salvation, ou TS, como é conhecido popularmente, não houve uma dosagem boa entre o humor e o clima sombrio. Há também alguns exageros em TS que acabaram maculando a empreitada nova da franquia.
E advinha? Mais uma vez a franquia muda de mãos!
Pois é, agora a detentora dos direitos passaria a ser a The Halcyon Company, aliás, compania essa que também teve vida curta, faliu em 2009, mesmo ano que lançou o quarto filme da franquia. Atualmente, a detentora dos direitos da franquia dos robôs do futuro é a Skydance Productions, que lançará Terminator Genisys em 1º de Julho nos EUA e em 9 de Julho no Brasil. Vamos ver por quanto tempo a Skydance vai ficar com a franquia; ela até que está indo muito bem, já lançou vários filmes grandes desde 2010, como Mission: Impossible – Ghost Protocol, Jack Reacher, Star Trek Into Darkness, World War Z, entre outros.
Bom, voltando ao quarto episódio da franquia Terminator. O filme teve uma gênese bastante conturbada. Após T3, Jonathan Mostow tinha planos de manter os mesmos atores do terceiro filme em um quarto filme, que inicialmente iria iniciar a produção em 2005, mas como o nosso querido Arnold estava já no gabinete político atuando como governador do estado da California, seu papel como o robô exterminador iria ser muito reduzido. Pra piorar, tiveram que re-elencar os papéis de John Connor (graças a Deus!) e Kate Brewster (graças a Deus!), isso sem contar alguns processos de falta de pagamento que acabaram passando os direitos para a Halcyon e atrasando mais ainda o desenvolvimento do filme, que inicialmente deveria ser uma trilogia. Sim, uma trilogia, o que não aconteceu. Resultado, o diretor se desligou da produção que se chamaria Terminator 4, alguma coisa. Portanto, a produção desse filme já havia começado a dar pano pra manga, e nem tinham começado a filmar ainda. A coisa só voltou a andar quando a WB e a Sony Pictures vieram em socorro pagar alguns milhões para conseguir distribuir o filme.
Enfim, a quarta encarnação da série de filmes dos robôs do futuro e da resistência humana, como eu já falei lá em cima passaria por mudanças drásticas. Não haveria, por exemplo, viagens no tempo, tema tão recorrente da série, e o antigo andamento dos filmes também iria ser reestruturado. Não veríamos mais androides virem do passado pelados e perseguirem pessoas e nem frases de efeito como era característico nos filmes anteriores, a quarta encarnação da franquia iria assumir uma tônica bem diferente. Nem mesmo teríamos Arnold no filme fazendo o robô protagonista, sim, isso mesmo, Arnold Schwarzenegger não participa deste filme. Bom, pelo menos não presencialmente. Ele tem uma breve aparição digital lá mais para o fim tendo o fisioculturista Roland Kickinger fazendo seu corpo, e só.
Outra surpresa que teríamos no filme seria a participação da atriz Linda Hamilton reprisando sua Sarah Connor. Contudo, a atriz não aparece no longa, apenas sua voz. Ela foi convidada para gravar uma trilha de voz, para a cena onde John escuta os tapes que sua mãe gravou quando estava grávida dele. Mas não se empolgue muito! São as mesmas falas do final do primeiro filme, regravadas para este daqui. Tem também uma foto em polaroid da atriz em 1984, quando posou para a foto nos momentos finais do primeiro filme, mais nada, isto é tudo da participação da atriz no filme.
Para alguns personagens clássicos, novos atores foram elencados pelo novo diretor da franquia, McG; sim, esse cara mesmo, o diretor de Charlie's Angels (As Panteras)! Que medo! Christian Bale, o Batman de Nolan, ficaria sendo o John Connor, enquanto que o jovem Anton Yelchin faria o jovem Kyle Reese. Mas, como nem tudo é festa, os dois roteiristas patetas reaproveitados de T3 (o terceiro pateta foi dispensado), John Brancato e Michael Ferris queriam reaproveitar a personagenzinha inútil que criaram em T3 como forma de manterem o "patrimônio" deles para a franquia; sim, estou falando da Kate "Brustã", como diz o Arnold, que agora, casada com John, é Kate Connor, interpretada desta vez por Bryce Dallas Howard. Pelo menos se ganhou uma atriz mais respeitável para uma personagem tão inútil, aliás, se a Kate só sabia correr e berrar em T3, aqui ela faz muito menos, se torna oficialmente só um bibelô mesmo.
O nome do filme inicialmente iria ser algo como Terminator Salvation: The Future Begins, mas aí resolveram tirar esse subtítulo óbvio e deixar só Terminator Salvation mesmo. Ao longo do texto, vamos entender porque esse título não tem coisa alguma a ver com a proposta do filme. Vamos então falar de alguns personagens novos.
Um desses novos personagens é Marcus Wright, interpretado aqui por Sam Worthington. Marcus é um cara que cometeu erros no passado e pegou pena de morte em 2003. O governo tenta desenvolver um projeto de cura de doenças, e uma dessas pessoas que procura pela cura é a doutora Serena Kogan, interpretada pela senhora Tim Burton, Helena Bonham Carter, aliás, é curioso como dois dos colaboradores mais frequentes de Burton estão trabalhando aqui neste filme, Elfman e Carter. Enfim, a doutora, que tem um câncer terminal e também está com os dias contados, também é membro de um projeto de ciborgues e Wright é aproximado pela doutora para que ele doe seu corpo por uma causa nobre e tenha a chance de viver de novo.
Corta para o futuro, estamos agora em 2018, apesar de o primeiro filme da série deixar claro que a batalha contra as máquinas se dá lá pelos idos de 2029, outra das incongruências da série. A guerra contra as máquinas da Skynet está no seu auge. Então conhecemos o John Connor de Christian Bale e percebe-se que o cara, pelo menos deixou de ser o bunda-mole que nos foi mostrado em T3. Ele agora está mais determinado, corajoso e destemido, como deveria ter sido. O problema é que Bale exagera um pouco aqui. Ele vai com um esquadrão para uma missão de reconhecimento em uma base subterrânea, ao sair, vê uma nave robô e quer persegui-la com um helicóptero, só que a coisa está em frangalhos, e tem um piloto morto lá dentro. Um sujeito com bom senso jamais cometeria a burrada de pegar um helicóptero nessas condições, a coisa mal levanta voo, rodopia no ar e quase que causa uma queda fatal para Connor. Ou seja, apesar de corajoso e destemido, esse Connor do Bale é bem descuidado e não atenta para o bom senso.
Outro problema muito sério: Connor é um sujeito motherfucker, profetizado líder da resistência contra as máquinas, e não é líder de um esquadrão da resistência? Sério? Enfim, John pula de outro helicóptero direto para uma das estações da resistência que é um submarino; controlado, sabem por quem? General Katana! Lembram do General Katana em Highlander 2? Puta que pariu, é ele!
Michael Ironside, que bicho te mordeu, rapaz? O cara já havia atuado com Christian Bale na excelente obra-prima The Machinist (O Operário), além de ter trabalhado com gente de peso, como Paul Verhoeven em Total Recall (O Vingador do Futuro). Aqui o Ironside é o General Ashdown (pfff.... hahaahahaha!!)... que nominho, hein? Que houve, Capitão Firebreather já estava sendo usado por outro filme? Meu santo Yoda, tá duro fazer algo criativo e relevante com essa franquia, hein? E, para variar, o personagem dele é mais um escroto.
Enfim, o general diz a Connor que tem um jeito de tomar o controle das máquinas da Skynet e acabar com a guerra de vez, compensando pelas vidas dos soldados de Connor que morreram na base que invadiram a pouco, então Connor pede para testar o sistema. Ele recebe o chip com o código de um sinal e é informado que tem um civil que também está na lista de alvos da Skynet além de Connor. O mais engraçado é o modo como um dos imediatos do general o apresenta: "a civilian... Kyle... Reese", gesticulando e fazendo como se não estivesse acreditando naquilo que ele mesmo está falando.
Não demora muito para descobrirmos o que fizeram com nosso futuro viajante do tempo. Descobrimos que Kyle... Reese vive com uma menininha muda, interpretada pela disneyficada Jadagrace, chamada Star. Uma atriz mirim da Disney, hein? Suspeito. Bom, os dois topam com Marcus Wright no futuro que acordou após uns 15 anos depois que fizeram sabe-se lá o que com o rapaz. Descobrimos lá, mais pra frente, que retalharam o corpo dele após te-lo matado com uma injeção letal e o transformaram em meio homem, meio máquina. Alguns órgãos vitais foram mantidos, mas o resto dele é o material de exoesqueleto dos robôs exterminadores. Isso eu achei até uma boa sacada do filme, porque questiona o que nos faz realmente sermos seres humanos, nossa estrutura física ou nosso espírito. Claro, filmes clássicos como Blade Runner já trabalharam essa mesma ideia de forma muito melhor.
Em certos aspectos e, apesar de contar com um diretor fraquíssimo e roteiristas medíocres, este filme é melhor do que T3. Claro, isso não significa muita coisa, só mostra mesmo que os caras nivelaram por baixo; ao invés de tentar nivelar no nível dos filmes do Cameron, não, preferiram dizer que fariam um filme melhor que T3, só. Daí se explica esses sujeitos não estarem mais em atividade atualmente.
Enfim, descobrimos que o Kyle... Reese jovem já é um soldado da resistência humana. Ele é forte, determinado e corajoso. Um tanto ingênuo ainda, mas corajoso, eu diria que Yelchin deu uma interpretação adequada ao personagem. Exceto quando ele faz Reese ficar repetindo coisas que os outros disseram, aí ele me parece meio sem personalidade.
A sensação que muitos personagens passam aqui no filme é de não saberem direito que tipo de personalidade querem realmente assumir, fruto de, acredito eu, a própria equipe do filme estar fora de contexto. McG, os roteiristas, Danny Elfman, todos eles estão envolvidos com uma tarefa muito grande e pesada para suas próprias limitações, como também estão fazendo coisas que não estão acostumados a fazer. A trilha sonora do filme não é o tipo de trilha que Elfman costuma fazer; o filme em si não é o tipo de filme que McG costuma dirigir, e por conseguinte, o roteiro do filme não é algo que os roteiristas aqui realmente dão conta de fazer. Neste filme, todos eles tiveram ajuda externa, o próprio James Cameron resolveu dar uns pitacos nos rumos que ele achava que o filme deveria tomar, portanto, a sensação que os envolvidos acabam passando para a gente é a de insegurança.
Bom, após perambularem um pouco com um carro por aí, Marcus, Kyle e Star topam com um robô exterminador gigante, naves Hunter-Killers e Moto-Terminators. Aliás, é louvável o esforço que o departamento de artes e efeitos visuais empregaram para nos fazerem crer que este é o mundo da qual tivemos pequenos vislumbres nos outros filmes, mas não funciona tão bem, porque muitas cenas se passam durante o dia, e não a noite como costumávamos ver nos outros filmes. Enfim, Kyle e Star são capturados por robôs T-600, juntos com outros sobreviventes mas Marcus consegue escapar.
Ele encontra-se com mais uma das novas personagens do filme, Blair Williams, interpretada por Moon Bloodgood. Segundo os roteiristas, Blair é uma iniciativa de manter a tradição de garotas badass da franquia. Ah, sim, hã-hãm! Como se tivessem tentado manter essa tradição no terceiro filme, opa... acredito. #SóQueNão! Mas até que Blair Williams não é uma personagem tão má, só lhe faltou um pouco mais de desenvolvimento. Ela é corajosa, tem iniciativa, faz parte do pessoal de John Connor, enfim, era uma personagem que com um grupo de roteiristas melhores, poderia ter tido futuro. Não chegava a ser uma Sarah Connor, mas tinha potencial, eu me interessei por ela, tanto que até resolvi assistir uma web série que saiu na época em que ela é a protagonista; falarei sobre essa web série mais tarde.
Enfim, ela e Marcus passam um tempo juntos, enquanto Blair vai aos poucos virando o óbvio interesse romântico do rapaz. Nesse meio tempo, Connor e Barnes (o rapper Common) testam o sinal que poderia deter as máquinas. Vendo que funciona, eles partem de volta para informar o general Cinza Apagada (para um nomezinho desses, só mesmo abraçando o nonsense) e planejar a ofensiva, mas o general tem atitude própria de escroto e põe tudo a perder.
Nesse meio tempo, Marcus e Blair estão atravessando um campo minado. Um dos dispositivos é acionado e explode, revelando a verdadeira natureza de Marcus. A coisa piora quando ele é capturado pela unidade de Connor e aprisionado. Leva um tempo para Connor se convencer em aceitar ajuda dele após essa revelação. A atitude do futuro líder da resistência para com as máquinas chega a beirar o racismo, de tão desconfiado que ele fica quando vê uma. Aliás, eu não faço ideia do porque ele sussurra tanto quando fala com Marcus. Deve ser pra manter a pose de motherfucker, não sei, exageros do Bale que eu citei anteriormente. Ele fica igualmente exagerado quando berra com as máquinas em ação, chega a ser cômico.
Ou quando berra com o cara da iluminação. Pra quem não se lembra, Christian Bale chegou a perder as estribeiras durante as filmagens do negócio com Shane Hurlbut, o cara que trabalhou na iluminação do filme. Coitado dele! Enfim, depois que o negócio veio acidentalmente à tona e virou sensação no Youtube, Bale em uma entrevista se desculpou com o rapaz e com todo mundo. O episódio até foi satirizado no game Duke Nukem Forever. Fuckin' amateurs! Enfim, voltando ao filme...
No fim das contas, Connor aceita a ajuda de Marcus, graças inclusive às intervenções de Blair Williams, em um plano ousado para invadir a base da Skynet e salvar Kyle Reese. Aqui eu quero ressaltar outro grande defeito do roteiro do filme, as vezes ele parece duvidar da inteligência do expectador, chega a ser irritante. A todo momento somos lembrados do quanto as máquinas são maldosas, ou de quanto o Connor as odeia. Ou então no próprio primeiro diálogo entre ele e Marcus, onde ele diz "você tentou matar minha mãe, Sarah Connor... você matou o meu pai, Kyle Reese". Ah... sério mesmo, filme? E eu aqui achando que o pai do John Connor fosse o Alfred! Meu Deus, que descoberta! É isso que acontece quando o filme se leva a sério demais, humor involuntário. Bom, isso acaba dando vazão a Connor agir para recuperar seu futuro papi.
Neste ponto, eu devo ressaltar que, apesar dos diálogos inconstantes, hora OK, hora forçados, a ação do filme é muito boa. Eu lembro de em algumas entrevistas McG se gabar de seus robôs serem melhores e terem mais conteúdo do que os robôs Transformers de Michael Bay, bem desse jeito de molecão mesmo. Mas lá isso é verdade, se formos parar pra pensar, qualquer coisa mínima que seja aqui nesse filme é muito melhor do que qualquer uma dessas tranqueiras cibernéticas que aquele inútil do Bay fez.
Mas, como não adianta ficar elogiando muito, logo descobrimos que o general Cinza Apagada, após argumentar com Connor em atacar ou não a base da Skynet, se desfaz do homem como membro da resistência. Essa é boa, roteiristas, John Connor, futuro líder da resistência não faz parte da resistência... puta que pariu, isso é... isso vai contra tudo aquilo que vimos nos outros filmes, isso mesmo até na porcaria daquele terceiro. A essa altura já não deveria ter mais obstáculos para John tomar qualquer decisão em relação aos rumos da resistência, mas aí vai lá o escroto de um general e ferra com tudo. E eu aqui, pensando que iria ver o Connor virar o líder que Cameron tanto falou em seus filmes! Nem chegou perto disso! Ah, que falta que faz um bom roteirista! Enfim, Connor desobedece o general e vai lá invadir a Skynet, porque se não recuperar Kyle Reese, ele estará pondo em risco sua própria existência.
Ele faz sua melhor impressão de T-800 em T1 dizendo a clássica frase "I'll be back" e depois manda um Guns N' Roses no rádio para atrair uma moto-terminator com o sinal que confunde as máquinas. Essas partes são até legais em referenciar os dois filmes clássicos de Cameron e fazer o link com eles. Bom, Marcus se infiltra na Skynet, possibilitando que John Connor também se infiltre em uma das unidades do prédio para encontrar Kyle... Reese e resgatar os outros prisioneiros. No processo, Marcus descobre não somente que a doutora Kogan virou um programa, mas também que foi morto em 2003 e transformado em uma unidade de infiltração, um exterminador; o sinal que aparentemente permitia deter as máquinas era um engodo que permitia na verdade que a Skynet rastreasse e destruísse o inimigo, fazendo com que um dos Hunter Killers transformasse o general Cinza Apagada e seu submarino em... bom... cinzas!
Após isso temos a esperada cena em que Connor reencontra seu velho amiguinho T-800, ele e Reese juntam-se para escapar da base da Skynet, chega Marcus e ajuda os dois a se desvencilharem do T-800. O problema é que, no meio da batalha, Connor, após ganhar sua conhecida cicatriz no rosto em uma cena bem mentirosa envolvendo metal e lava, tem seu coração avariado e Marcus, num gesto final de humanidade doa o seu coração para o soldado da resistência, num finalzinho cuti-cuti bastante xarope e covarde. Haviam boatos se dando conta de um outro final, onde John Connor morria e para manter a chama do profetizado líder da resistência acesa, eles usariam o rosto de John Connor no corpo de Marcus Wright, portanto aquela pessoa se pareceria com John Connor e todos na resistência pensariam que fosse John Connor lá, mas na verdade seria Marcus.
Claro que esse final foi desmentido, mas que seria um final interessante, isso seria. Enfim, após mais este trabalho medíocre, o filme não foi bem recebido por público e crítica e os planos de se fazer uma trilogia foram por água abaixo. McG foi demitido, a Halcyon faliu e planos para futuras sequências deste filme foram cancelados... até o momento.
Claro que não se pode dizer que não existem qualidades, aliás, como até já apontei algumas acima. Os efeitos especiais deste filme continuam sensacionais, seguindo a tradição de ótimos efeitos visuais da franquia pelo legendário Stan Winston, que infelizmente morreu no meio da produção deste filme, sendo este, portanto o último filme em que a lenda proveria seus incríveis efeitos visuais. Os robôs parecem muito reais, você nem nota a diferença quando Winston aqui usa animatronics ou quando se trata de computação gráfica. Nos créditos finais, os produtores dedicam o filme "in loving memory" ao cara. A ação do filme, apesar de algumas tomadas de câmera tremida, também continua incrível.
O filme até tentou ter uma sobrevida com a web série "Terminator Salvation: The Machinima Series", mas foi um fracasso. A série animada em CG, feita com tecnologia de videogames, é muito mal feita graficamente. A história dela funciona como um prelúdio ao filme, mostrando a personagem de Blair Williams em 2016, dois anos antes da história começar, focando muito na protagonista da web série, Blair Williams, que aliás tem sua voz emprestada mais uma vez pela própria atriz Moon Bloodgood. A atriz até se esforça, mas quando você olha para aqueles gráficos de Playstation 1 e se dá conta que não está nem ligando para o que a história da série está mostrando, fica difícil. Como eu disse antes, a personagem Blair Williams até que tinha potencial, mas ficou só nisso. Uma pena. Quem tiver curiosidade, pode checar os seis episódios dela no Youtube.
Conclusão: mais um filme medíocre que, apesar de ter tido boas intenções, não nos mostrou muita coisa. A tal salvação do título fica sendo uma ideia que se perde no vácuo do roteiro, porque a guerra não foi resolvida, não vemos John Connor evoluir como o personagem que James Cameron nos apresentou anos atrás e o roteiro raso não consegue nem mesmo dar conta do monte de outros personagens que criou, deixando muita coisa para trás, ele tentou ser um roteiro com muitas subtramas mas que não consegue dar conta de nenhuma delas.
Será que esta nova tentativa de 2015 empreitada pelo diretor de Game of Thrones, Alan Taylor, e contando com Emilia Clarke como Sarah Connor e a volta de Schwarza como o T-800 dará conta de finalmente redimir esta bagunçada série? É o que iremos descobrir em 9 de Julho, quando o quinto filme da saga estreia no Brasil.
Confesso que a princípio eu fiquei muito irritado com a tônica que parecia que Terminator Genisys estava tomando, com os envolvidos dizendo que iriam resetar tudo. Mas como estão nos mostrando muitos elementos dos primeiros filmes e nos passando a possibilidade de que o filme, de alguma forma continuará a saga, resolvi afinal dar uma chance a esta nova empreitada. Ainda estou temente com o resultado disso, mas como vimos na série, não dá pra ter certeza das coisas quando se fala em futuro, então, vamos esperar pelo melhor desta vez.
No momento eu vou encerrando por aqui este especial, e espero que todos tenham gostado desta viagem. Voltaremos a falar então de Terminator a partir de 9 de Julho, quando o novo filme estrear; até lá!
E advinha? Mais uma vez a franquia muda de mãos!
Pois é, agora a detentora dos direitos passaria a ser a The Halcyon Company, aliás, compania essa que também teve vida curta, faliu em 2009, mesmo ano que lançou o quarto filme da franquia. Atualmente, a detentora dos direitos da franquia dos robôs do futuro é a Skydance Productions, que lançará Terminator Genisys em 1º de Julho nos EUA e em 9 de Julho no Brasil. Vamos ver por quanto tempo a Skydance vai ficar com a franquia; ela até que está indo muito bem, já lançou vários filmes grandes desde 2010, como Mission: Impossible – Ghost Protocol, Jack Reacher, Star Trek Into Darkness, World War Z, entre outros.
Bom, voltando ao quarto episódio da franquia Terminator. O filme teve uma gênese bastante conturbada. Após T3, Jonathan Mostow tinha planos de manter os mesmos atores do terceiro filme em um quarto filme, que inicialmente iria iniciar a produção em 2005, mas como o nosso querido Arnold estava já no gabinete político atuando como governador do estado da California, seu papel como o robô exterminador iria ser muito reduzido. Pra piorar, tiveram que re-elencar os papéis de John Connor (graças a Deus!) e Kate Brewster (graças a Deus!), isso sem contar alguns processos de falta de pagamento que acabaram passando os direitos para a Halcyon e atrasando mais ainda o desenvolvimento do filme, que inicialmente deveria ser uma trilogia. Sim, uma trilogia, o que não aconteceu. Resultado, o diretor se desligou da produção que se chamaria Terminator 4, alguma coisa. Portanto, a produção desse filme já havia começado a dar pano pra manga, e nem tinham começado a filmar ainda. A coisa só voltou a andar quando a WB e a Sony Pictures vieram em socorro pagar alguns milhões para conseguir distribuir o filme.
Enfim, a quarta encarnação da série de filmes dos robôs do futuro e da resistência humana, como eu já falei lá em cima passaria por mudanças drásticas. Não haveria, por exemplo, viagens no tempo, tema tão recorrente da série, e o antigo andamento dos filmes também iria ser reestruturado. Não veríamos mais androides virem do passado pelados e perseguirem pessoas e nem frases de efeito como era característico nos filmes anteriores, a quarta encarnação da franquia iria assumir uma tônica bem diferente. Nem mesmo teríamos Arnold no filme fazendo o robô protagonista, sim, isso mesmo, Arnold Schwarzenegger não participa deste filme. Bom, pelo menos não presencialmente. Ele tem uma breve aparição digital lá mais para o fim tendo o fisioculturista Roland Kickinger fazendo seu corpo, e só.
Kickinger, com os milagres da tecnologia moderna e uma pequena ajudazinha de Arnie dos anos 80, virando o T-800 |
Outra surpresa que teríamos no filme seria a participação da atriz Linda Hamilton reprisando sua Sarah Connor. Contudo, a atriz não aparece no longa, apenas sua voz. Ela foi convidada para gravar uma trilha de voz, para a cena onde John escuta os tapes que sua mãe gravou quando estava grávida dele. Mas não se empolgue muito! São as mesmas falas do final do primeiro filme, regravadas para este daqui. Tem também uma foto em polaroid da atriz em 1984, quando posou para a foto nos momentos finais do primeiro filme, mais nada, isto é tudo da participação da atriz no filme.
Mais um breve momento de nostalgia |
Para alguns personagens clássicos, novos atores foram elencados pelo novo diretor da franquia, McG; sim, esse cara mesmo, o diretor de Charlie's Angels (As Panteras)! Que medo! Christian Bale, o Batman de Nolan, ficaria sendo o John Connor, enquanto que o jovem Anton Yelchin faria o jovem Kyle Reese. Mas, como nem tudo é festa, os dois roteiristas patetas reaproveitados de T3 (o terceiro pateta foi dispensado), John Brancato e Michael Ferris queriam reaproveitar a personagenzinha inútil que criaram em T3 como forma de manterem o "patrimônio" deles para a franquia; sim, estou falando da Kate "Brustã", como diz o Arnold, que agora, casada com John, é Kate Connor, interpretada desta vez por Bryce Dallas Howard. Pelo menos se ganhou uma atriz mais respeitável para uma personagem tão inútil, aliás, se a Kate só sabia correr e berrar em T3, aqui ela faz muito menos, se torna oficialmente só um bibelô mesmo.
Velhos personagens com novos atores: dois personagens clássicos e um bibelô descartável |
O nome do filme inicialmente iria ser algo como Terminator Salvation: The Future Begins, mas aí resolveram tirar esse subtítulo óbvio e deixar só Terminator Salvation mesmo. Ao longo do texto, vamos entender porque esse título não tem coisa alguma a ver com a proposta do filme. Vamos então falar de alguns personagens novos.
Um desses novos personagens é Marcus Wright, interpretado aqui por Sam Worthington. Marcus é um cara que cometeu erros no passado e pegou pena de morte em 2003. O governo tenta desenvolver um projeto de cura de doenças, e uma dessas pessoas que procura pela cura é a doutora Serena Kogan, interpretada pela senhora Tim Burton, Helena Bonham Carter, aliás, é curioso como dois dos colaboradores mais frequentes de Burton estão trabalhando aqui neste filme, Elfman e Carter. Enfim, a doutora, que tem um câncer terminal e também está com os dias contados, também é membro de um projeto de ciborgues e Wright é aproximado pela doutora para que ele doe seu corpo por uma causa nobre e tenha a chance de viver de novo.
Marcus Wright e Serena Kogan |
Corta para o futuro, estamos agora em 2018, apesar de o primeiro filme da série deixar claro que a batalha contra as máquinas se dá lá pelos idos de 2029, outra das incongruências da série. A guerra contra as máquinas da Skynet está no seu auge. Então conhecemos o John Connor de Christian Bale e percebe-se que o cara, pelo menos deixou de ser o bunda-mole que nos foi mostrado em T3. Ele agora está mais determinado, corajoso e destemido, como deveria ter sido. O problema é que Bale exagera um pouco aqui. Ele vai com um esquadrão para uma missão de reconhecimento em uma base subterrânea, ao sair, vê uma nave robô e quer persegui-la com um helicóptero, só que a coisa está em frangalhos, e tem um piloto morto lá dentro. Um sujeito com bom senso jamais cometeria a burrada de pegar um helicóptero nessas condições, a coisa mal levanta voo, rodopia no ar e quase que causa uma queda fatal para Connor. Ou seja, apesar de corajoso e destemido, esse Connor do Bale é bem descuidado e não atenta para o bom senso.
Outro problema muito sério: Connor é um sujeito motherfucker, profetizado líder da resistência contra as máquinas, e não é líder de um esquadrão da resistência? Sério? Enfim, John pula de outro helicóptero direto para uma das estações da resistência que é um submarino; controlado, sabem por quem? General Katana! Lembram do General Katana em Highlander 2? Puta que pariu, é ele!
Ti-hihihihi, só pode haver um, ti-hihihi! |
Michael Ironside, que bicho te mordeu, rapaz? O cara já havia atuado com Christian Bale na excelente obra-prima The Machinist (O Operário), além de ter trabalhado com gente de peso, como Paul Verhoeven em Total Recall (O Vingador do Futuro). Aqui o Ironside é o General Ashdown (pfff.... hahaahahaha!!)... que nominho, hein? Que houve, Capitão Firebreather já estava sendo usado por outro filme? Meu santo Yoda, tá duro fazer algo criativo e relevante com essa franquia, hein? E, para variar, o personagem dele é mais um escroto.
É o general Cinza Apagada! Hahahahahah!! |
Não demora muito para descobrirmos o que fizeram com nosso futuro viajante do tempo. Descobrimos que Kyle... Reese vive com uma menininha muda, interpretada pela disneyficada Jadagrace, chamada Star. Uma atriz mirim da Disney, hein? Suspeito. Bom, os dois topam com Marcus Wright no futuro que acordou após uns 15 anos depois que fizeram sabe-se lá o que com o rapaz. Descobrimos lá, mais pra frente, que retalharam o corpo dele após te-lo matado com uma injeção letal e o transformaram em meio homem, meio máquina. Alguns órgãos vitais foram mantidos, mas o resto dele é o material de exoesqueleto dos robôs exterminadores. Isso eu achei até uma boa sacada do filme, porque questiona o que nos faz realmente sermos seres humanos, nossa estrutura física ou nosso espírito. Claro, filmes clássicos como Blade Runner já trabalharam essa mesma ideia de forma muito melhor.
Em certos aspectos e, apesar de contar com um diretor fraquíssimo e roteiristas medíocres, este filme é melhor do que T3. Claro, isso não significa muita coisa, só mostra mesmo que os caras nivelaram por baixo; ao invés de tentar nivelar no nível dos filmes do Cameron, não, preferiram dizer que fariam um filme melhor que T3, só. Daí se explica esses sujeitos não estarem mais em atividade atualmente.
Enfim, descobrimos que o Kyle... Reese jovem já é um soldado da resistência humana. Ele é forte, determinado e corajoso. Um tanto ingênuo ainda, mas corajoso, eu diria que Yelchin deu uma interpretação adequada ao personagem. Exceto quando ele faz Reese ficar repetindo coisas que os outros disseram, aí ele me parece meio sem personalidade.
A sensação que muitos personagens passam aqui no filme é de não saberem direito que tipo de personalidade querem realmente assumir, fruto de, acredito eu, a própria equipe do filme estar fora de contexto. McG, os roteiristas, Danny Elfman, todos eles estão envolvidos com uma tarefa muito grande e pesada para suas próprias limitações, como também estão fazendo coisas que não estão acostumados a fazer. A trilha sonora do filme não é o tipo de trilha que Elfman costuma fazer; o filme em si não é o tipo de filme que McG costuma dirigir, e por conseguinte, o roteiro do filme não é algo que os roteiristas aqui realmente dão conta de fazer. Neste filme, todos eles tiveram ajuda externa, o próprio James Cameron resolveu dar uns pitacos nos rumos que ele achava que o filme deveria tomar, portanto, a sensação que os envolvidos acabam passando para a gente é a de insegurança.
Bom, após perambularem um pouco com um carro por aí, Marcus, Kyle e Star topam com um robô exterminador gigante, naves Hunter-Killers e Moto-Terminators. Aliás, é louvável o esforço que o departamento de artes e efeitos visuais empregaram para nos fazerem crer que este é o mundo da qual tivemos pequenos vislumbres nos outros filmes, mas não funciona tão bem, porque muitas cenas se passam durante o dia, e não a noite como costumávamos ver nos outros filmes. Enfim, Kyle e Star são capturados por robôs T-600, juntos com outros sobreviventes mas Marcus consegue escapar.
Ele encontra-se com mais uma das novas personagens do filme, Blair Williams, interpretada por Moon Bloodgood. Segundo os roteiristas, Blair é uma iniciativa de manter a tradição de garotas badass da franquia. Ah, sim, hã-hãm! Como se tivessem tentado manter essa tradição no terceiro filme, opa... acredito. #SóQueNão! Mas até que Blair Williams não é uma personagem tão má, só lhe faltou um pouco mais de desenvolvimento. Ela é corajosa, tem iniciativa, faz parte do pessoal de John Connor, enfim, era uma personagem que com um grupo de roteiristas melhores, poderia ter tido futuro. Não chegava a ser uma Sarah Connor, mas tinha potencial, eu me interessei por ela, tanto que até resolvi assistir uma web série que saiu na época em que ela é a protagonista; falarei sobre essa web série mais tarde.
Enfim, ela e Marcus passam um tempo juntos, enquanto Blair vai aos poucos virando o óbvio interesse romântico do rapaz. Nesse meio tempo, Connor e Barnes (o rapper Common) testam o sinal que poderia deter as máquinas. Vendo que funciona, eles partem de volta para informar o general Cinza Apagada (para um nomezinho desses, só mesmo abraçando o nonsense) e planejar a ofensiva, mas o general tem atitude própria de escroto e põe tudo a perder.
Nesse meio tempo, Marcus e Blair estão atravessando um campo minado. Um dos dispositivos é acionado e explode, revelando a verdadeira natureza de Marcus. A coisa piora quando ele é capturado pela unidade de Connor e aprisionado. Leva um tempo para Connor se convencer em aceitar ajuda dele após essa revelação. A atitude do futuro líder da resistência para com as máquinas chega a beirar o racismo, de tão desconfiado que ele fica quando vê uma. Aliás, eu não faço ideia do porque ele sussurra tanto quando fala com Marcus. Deve ser pra manter a pose de motherfucker, não sei, exageros do Bale que eu citei anteriormente. Ele fica igualmente exagerado quando berra com as máquinas em ação, chega a ser cômico.
Ou quando berra com o cara da iluminação. Pra quem não se lembra, Christian Bale chegou a perder as estribeiras durante as filmagens do negócio com Shane Hurlbut, o cara que trabalhou na iluminação do filme. Coitado dele! Enfim, depois que o negócio veio acidentalmente à tona e virou sensação no Youtube, Bale em uma entrevista se desculpou com o rapaz e com todo mundo. O episódio até foi satirizado no game Duke Nukem Forever. Fuckin' amateurs! Enfim, voltando ao filme...
No fim das contas, Connor aceita a ajuda de Marcus, graças inclusive às intervenções de Blair Williams, em um plano ousado para invadir a base da Skynet e salvar Kyle Reese. Aqui eu quero ressaltar outro grande defeito do roteiro do filme, as vezes ele parece duvidar da inteligência do expectador, chega a ser irritante. A todo momento somos lembrados do quanto as máquinas são maldosas, ou de quanto o Connor as odeia. Ou então no próprio primeiro diálogo entre ele e Marcus, onde ele diz "você tentou matar minha mãe, Sarah Connor... você matou o meu pai, Kyle Reese". Ah... sério mesmo, filme? E eu aqui achando que o pai do John Connor fosse o Alfred! Meu Deus, que descoberta! É isso que acontece quando o filme se leva a sério demais, humor involuntário. Bom, isso acaba dando vazão a Connor agir para recuperar seu futuro papi.
Neste ponto, eu devo ressaltar que, apesar dos diálogos inconstantes, hora OK, hora forçados, a ação do filme é muito boa. Eu lembro de em algumas entrevistas McG se gabar de seus robôs serem melhores e terem mais conteúdo do que os robôs Transformers de Michael Bay, bem desse jeito de molecão mesmo. Mas lá isso é verdade, se formos parar pra pensar, qualquer coisa mínima que seja aqui nesse filme é muito melhor do que qualquer uma dessas tranqueiras cibernéticas que aquele inútil do Bay fez.
Mas, como não adianta ficar elogiando muito, logo descobrimos que o general Cinza Apagada, após argumentar com Connor em atacar ou não a base da Skynet, se desfaz do homem como membro da resistência. Essa é boa, roteiristas, John Connor, futuro líder da resistência não faz parte da resistência... puta que pariu, isso é... isso vai contra tudo aquilo que vimos nos outros filmes, isso mesmo até na porcaria daquele terceiro. A essa altura já não deveria ter mais obstáculos para John tomar qualquer decisão em relação aos rumos da resistência, mas aí vai lá o escroto de um general e ferra com tudo. E eu aqui, pensando que iria ver o Connor virar o líder que Cameron tanto falou em seus filmes! Nem chegou perto disso! Ah, que falta que faz um bom roteirista! Enfim, Connor desobedece o general e vai lá invadir a Skynet, porque se não recuperar Kyle Reese, ele estará pondo em risco sua própria existência.
Ele faz sua melhor impressão de T-800 em T1 dizendo a clássica frase "I'll be back" e depois manda um Guns N' Roses no rádio para atrair uma moto-terminator com o sinal que confunde as máquinas. Essas partes são até legais em referenciar os dois filmes clássicos de Cameron e fazer o link com eles. Bom, Marcus se infiltra na Skynet, possibilitando que John Connor também se infiltre em uma das unidades do prédio para encontrar Kyle... Reese e resgatar os outros prisioneiros. No processo, Marcus descobre não somente que a doutora Kogan virou um programa, mas também que foi morto em 2003 e transformado em uma unidade de infiltração, um exterminador; o sinal que aparentemente permitia deter as máquinas era um engodo que permitia na verdade que a Skynet rastreasse e destruísse o inimigo, fazendo com que um dos Hunter Killers transformasse o general Cinza Apagada e seu submarino em... bom... cinzas!
Dra. Kogan como o sistema Skynet |
Após isso temos a esperada cena em que Connor reencontra seu velho amiguinho T-800, ele e Reese juntam-se para escapar da base da Skynet, chega Marcus e ajuda os dois a se desvencilharem do T-800. O problema é que, no meio da batalha, Connor, após ganhar sua conhecida cicatriz no rosto em uma cena bem mentirosa envolvendo metal e lava, tem seu coração avariado e Marcus, num gesto final de humanidade doa o seu coração para o soldado da resistência, num finalzinho cuti-cuti bastante xarope e covarde. Haviam boatos se dando conta de um outro final, onde John Connor morria e para manter a chama do profetizado líder da resistência acesa, eles usariam o rosto de John Connor no corpo de Marcus Wright, portanto aquela pessoa se pareceria com John Connor e todos na resistência pensariam que fosse John Connor lá, mas na verdade seria Marcus.
Claro que esse final foi desmentido, mas que seria um final interessante, isso seria. Enfim, após mais este trabalho medíocre, o filme não foi bem recebido por público e crítica e os planos de se fazer uma trilogia foram por água abaixo. McG foi demitido, a Halcyon faliu e planos para futuras sequências deste filme foram cancelados... até o momento.
Claro que não se pode dizer que não existem qualidades, aliás, como até já apontei algumas acima. Os efeitos especiais deste filme continuam sensacionais, seguindo a tradição de ótimos efeitos visuais da franquia pelo legendário Stan Winston, que infelizmente morreu no meio da produção deste filme, sendo este, portanto o último filme em que a lenda proveria seus incríveis efeitos visuais. Os robôs parecem muito reais, você nem nota a diferença quando Winston aqui usa animatronics ou quando se trata de computação gráfica. Nos créditos finais, os produtores dedicam o filme "in loving memory" ao cara. A ação do filme, apesar de algumas tomadas de câmera tremida, também continua incrível.
O filme até tentou ter uma sobrevida com a web série "Terminator Salvation: The Machinima Series", mas foi um fracasso. A série animada em CG, feita com tecnologia de videogames, é muito mal feita graficamente. A história dela funciona como um prelúdio ao filme, mostrando a personagem de Blair Williams em 2016, dois anos antes da história começar, focando muito na protagonista da web série, Blair Williams, que aliás tem sua voz emprestada mais uma vez pela própria atriz Moon Bloodgood. A atriz até se esforça, mas quando você olha para aqueles gráficos de Playstation 1 e se dá conta que não está nem ligando para o que a história da série está mostrando, fica difícil. Como eu disse antes, a personagem Blair Williams até que tinha potencial, mas ficou só nisso. Uma pena. Quem tiver curiosidade, pode checar os seis episódios dela no Youtube.
Conclusão: mais um filme medíocre que, apesar de ter tido boas intenções, não nos mostrou muita coisa. A tal salvação do título fica sendo uma ideia que se perde no vácuo do roteiro, porque a guerra não foi resolvida, não vemos John Connor evoluir como o personagem que James Cameron nos apresentou anos atrás e o roteiro raso não consegue nem mesmo dar conta do monte de outros personagens que criou, deixando muita coisa para trás, ele tentou ser um roteiro com muitas subtramas mas que não consegue dar conta de nenhuma delas.
Será que esta nova tentativa de 2015 empreitada pelo diretor de Game of Thrones, Alan Taylor, e contando com Emilia Clarke como Sarah Connor e a volta de Schwarza como o T-800 dará conta de finalmente redimir esta bagunçada série? É o que iremos descobrir em 9 de Julho, quando o quinto filme da saga estreia no Brasil.
Confesso que a princípio eu fiquei muito irritado com a tônica que parecia que Terminator Genisys estava tomando, com os envolvidos dizendo que iriam resetar tudo. Mas como estão nos mostrando muitos elementos dos primeiros filmes e nos passando a possibilidade de que o filme, de alguma forma continuará a saga, resolvi afinal dar uma chance a esta nova empreitada. Ainda estou temente com o resultado disso, mas como vimos na série, não dá pra ter certeza das coisas quando se fala em futuro, então, vamos esperar pelo melhor desta vez.
No momento eu vou encerrando por aqui este especial, e espero que todos tenham gostado desta viagem. Voltaremos a falar então de Terminator a partir de 9 de Julho, quando o novo filme estrear; até lá!
Terminator Salvation (2009)
Título em português BR: O Exterminador do Futuro: A Salvação
Nota: 6 / 10
Direção: McG
Produção: Derek Anderson, Moritz Borman, Mario Kassar, Victor Kubicek, Jeffrey Silver, Andrew G. Vajna
Roteiro: John D. Brancato, Michael Ferris (baseado em personagens criados por James Cameron e Gale Anne Hurd)
Trilha sonora: Danny Elfman (com pequeno excerto de Brad Fiedel)
Estrelando: Christian Bale, Sam Worthington, Moon Bloodgood, Helena Bonham Carter, Anton Yelchin, Jadagrace, Bryce Dallas Howard, Common, Jane Alexander, Michael Ironside, Terry Crews, Roland Kickinger (corpo), Linda Hamilton (voz), Arnold Schwarzenegger (rosto digital)
Trailer:
Título em português BR: O Exterminador do Futuro: A Salvação
Nota: 6 / 10
Direção: McG
Produção: Derek Anderson, Moritz Borman, Mario Kassar, Victor Kubicek, Jeffrey Silver, Andrew G. Vajna
Roteiro: John D. Brancato, Michael Ferris (baseado em personagens criados por James Cameron e Gale Anne Hurd)
Trilha sonora: Danny Elfman (com pequeno excerto de Brad Fiedel)
Estrelando: Christian Bale, Sam Worthington, Moon Bloodgood, Helena Bonham Carter, Anton Yelchin, Jadagrace, Bryce Dallas Howard, Common, Jane Alexander, Michael Ironside, Terry Crews, Roland Kickinger (corpo), Linda Hamilton (voz), Arnold Schwarzenegger (rosto digital)
Outros filmes desta cinessérie:
- Terminator: Dark Fate (O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio) (2019)
- Terminator Genisys (O Exterminador do Futuro: Gênesis) (2015)
- Terminator Salvation (O Exterminador do Futuro: A Salvação) (2009)
- Terminator 3: Rise of the Machines (O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas) (2003)
- Terminator Genisys (O Exterminador do Futuro: Gênesis) (2015)
- Terminator Salvation (O Exterminador do Futuro: A Salvação) (2009)
- Terminator 3: Rise of the Machines (O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas) (2003)
- Terminator 2: Judgment Day (O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final) (1991)
- The Terminator (O Exterminador do Futuro) (1984)
Trailer:
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