Quando eu finalmente terminei de ler Magnetar, a reimaginação do personagem Astronauta, ao final eu estava em êxtase! Foi uma experiência absolutamente sensacional. Danilo Beyruth, o responsável pelo personagem de Maurício de Souza no selo Graphic MSP, havia feito algo realmente especial, nos proporcionando uma história de isolamento fantástica e intrigante.
Antes de Magnetar, eu havia lido primeiro Singularidade, a sequência de Magnetar, mas sem saber que se tratava de uma sequência. Geralmente eu não gosto de ver sequências antes da história original, mas eu estava curioso para saber o que Beyruth fez com o personagem de Maurício. Na primeira lida, fiquei bastante empolgado com tudo. Depois de ler Magnetar, não tanto, mas ainda assim considero Singularidade uma boa história, vale a pena ser conferida.
Antes de Magnetar, eu havia lido primeiro Singularidade, a sequência de Magnetar, mas sem saber que se tratava de uma sequência. Geralmente eu não gosto de ver sequências antes da história original, mas eu estava curioso para saber o que Beyruth fez com o personagem de Maurício. Na primeira lida, fiquei bastante empolgado com tudo. Depois de ler Magnetar, não tanto, mas ainda assim considero Singularidade uma boa história, vale a pena ser conferida.
A trama de Singularidade reinicia exatamente de onde Magnetar parou, Astronauta Pereira havia sido resgatado do espaço, após ficar vagando um tempo, já sem oxigênio, quem leu a primeira trama deve se lembrar disso. Só que Astronauta não está gostando muito do modo que está sendo tratado pela psicóloga da Brasa e seus imediatos, ficando irritado com tudo, pouco cooperativo, e afirmando que está tudo em ordem com ele, e que tudo o que ele queria era ou uma missão, ou ir para casa.
Como o resgate de Astro foi executado por um grupo americano de exploradores espaciais, a Brasa retribui o salvamento fazendo com que Astro seja o motorista deles, em uma missão para investigar o fenômeno da singularidade em uma região do espaço onde temos a formação de um buraco negro; dessa forma, Astro parte com o pesquisador americano da história, simplesmente identificado como Major, e a doutora psicóloga da Brasa, simplesmente apresentada como "doutora". Eu não gostei desse detalhe, não houve preocupação em identificar um personagem importante da história pelo nome. Aliás, outros personagens da história também não tem nome; acho que Beyruth deveria ter tido essa preocupação, até para haver uma simbiose, ou uma ligação mais próxima dos personagens da história com a gente, mas enfim...
Chegando no local do buraco negro, Astro e os outros percebem que há uma forma poligonal estranha, e entrando na região da singularidade e na nave, eles percebem que se trata de tecnologia alienígena. Eles encontram o cadáver do alien dentro da nave, e a doutora entra em choque, porque ela foi abordada pelo astronauta americano, e teve seu oxigênio dentro do traje reduzido, numa manobra para que o americano fique com a nave e mande os seus parceiros para casa sem os louros da missão. Este é o momento da revelação de que o Major era na verdade o vilão da história, o que achei uma reviravolta interessante. O Major americano pretendia rebocar a nave para o seu governo, de forma que os EUA pudessem pesquisá-la. Mas Astro percebe a tempo que tudo era uma armação, e sai na briga com o americano, ao mesmo tempo que tenta salvar a psicóloga.
A história, em linhas gerais, é bacana, bem aventuresca, diferente da atmosfera pesada que Magnetar tinha, e possui elementos interessantes, apesar de algumas falhas. Não é uma trama melhor do que Magnetar, mas mesmo assim, ainda vale a pena. O roteiro é bacana, trazendo inclusive informações úteis sobre os buracos negros, e interessante de ser lido.
Eu não consegui esconder minha frustração ao ler o desenvolvimento da história, esperava algo além de uma simples aventura espacial a lá Flash Gordon. Magnetar foi tão espetacular pra mim, que ler Singularidade pela segunda vez após ter lido a primeira história, me deixou com aquela sensação mista de excitação ao ver uma aventura espacial legítima do Astronauta, mas ao mesmo tempo senti que faltava a dramaticidade renderizada em Magnetar.
Mas pelo que a obra se propôs a ser, não deixa de ser bacana, eu achei até lógico que Danilo fizesse uma aventura mais desencanada após algo tão elaborado quanto a primeira HQ. Se por um lado falta o drama existencial e complexo que Magnetar teve, por outro, Singularidade compensa a falta disso, nos mostrando o Astro se portar mais a vontade, sendo o herói que salva o mundo de um desastre em uma aventura mais leve.
Enfim, essa sensação mista de satisfação contida e expectativa não-alcançada é o que permeia minhas sensações quando comparo as duas histórias. Ainda assim, recomendo a leitura, pois o que Beyruth conseguiu fazer, ele o fez bem feito. No fim das contas, esta é a singularidade que importa.
Irei agora conferir a última história do Astronauta que saiu faz pouco tempo, em Dezembro de 2016, chamada Assimetria, e ver o que Beyruth preparou para sua última história com o personagem e se ele se supera nesta última parte da saga do Astronauta.
Como o resgate de Astro foi executado por um grupo americano de exploradores espaciais, a Brasa retribui o salvamento fazendo com que Astro seja o motorista deles, em uma missão para investigar o fenômeno da singularidade em uma região do espaço onde temos a formação de um buraco negro; dessa forma, Astro parte com o pesquisador americano da história, simplesmente identificado como Major, e a doutora psicóloga da Brasa, simplesmente apresentada como "doutora". Eu não gostei desse detalhe, não houve preocupação em identificar um personagem importante da história pelo nome. Aliás, outros personagens da história também não tem nome; acho que Beyruth deveria ter tido essa preocupação, até para haver uma simbiose, ou uma ligação mais próxima dos personagens da história com a gente, mas enfim...
Chegando no local do buraco negro, Astro e os outros percebem que há uma forma poligonal estranha, e entrando na região da singularidade e na nave, eles percebem que se trata de tecnologia alienígena. Eles encontram o cadáver do alien dentro da nave, e a doutora entra em choque, porque ela foi abordada pelo astronauta americano, e teve seu oxigênio dentro do traje reduzido, numa manobra para que o americano fique com a nave e mande os seus parceiros para casa sem os louros da missão. Este é o momento da revelação de que o Major era na verdade o vilão da história, o que achei uma reviravolta interessante. O Major americano pretendia rebocar a nave para o seu governo, de forma que os EUA pudessem pesquisá-la. Mas Astro percebe a tempo que tudo era uma armação, e sai na briga com o americano, ao mesmo tempo que tenta salvar a psicóloga.
A história, em linhas gerais, é bacana, bem aventuresca, diferente da atmosfera pesada que Magnetar tinha, e possui elementos interessantes, apesar de algumas falhas. Não é uma trama melhor do que Magnetar, mas mesmo assim, ainda vale a pena. O roteiro é bacana, trazendo inclusive informações úteis sobre os buracos negros, e interessante de ser lido.
Eu não consegui esconder minha frustração ao ler o desenvolvimento da história, esperava algo além de uma simples aventura espacial a lá Flash Gordon. Magnetar foi tão espetacular pra mim, que ler Singularidade pela segunda vez após ter lido a primeira história, me deixou com aquela sensação mista de excitação ao ver uma aventura espacial legítima do Astronauta, mas ao mesmo tempo senti que faltava a dramaticidade renderizada em Magnetar.
Mas pelo que a obra se propôs a ser, não deixa de ser bacana, eu achei até lógico que Danilo fizesse uma aventura mais desencanada após algo tão elaborado quanto a primeira HQ. Se por um lado falta o drama existencial e complexo que Magnetar teve, por outro, Singularidade compensa a falta disso, nos mostrando o Astro se portar mais a vontade, sendo o herói que salva o mundo de um desastre em uma aventura mais leve.
Enfim, essa sensação mista de satisfação contida e expectativa não-alcançada é o que permeia minhas sensações quando comparo as duas histórias. Ainda assim, recomendo a leitura, pois o que Beyruth conseguiu fazer, ele o fez bem feito. No fim das contas, esta é a singularidade que importa.
Irei agora conferir a última história do Astronauta que saiu faz pouco tempo, em Dezembro de 2016, chamada Assimetria, e ver o que Beyruth preparou para sua última história com o personagem e se ele se supera nesta última parte da saga do Astronauta.
Astronauta: Singularidade (2014)
Nº de edições: 1
Editora: Maurício de Souza Editora
Formato: Graphic Novel
Roteiro: Danilo Beyruth
Desenhista: Danilo Beyruth
Colorista: Cris Peter
Editores: Emerson Agune, Levi Trindade
Outras graphic novels do Astronauta na série Graphic MSP:
- Entropia (2018)
- Assimetria (2016)
- Singularidade (2014)
- Magnetar (2012)
Mais títulos da série Graphic MSP:
ESPECIAL: A série brasileira de quadrinhos do selo Graphic MSP
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