NO CINEMA: Solo: A Star Wars Story

8 / 10

Segundo filme da linha A Star Wars Story é a trama de origem de Han Solo, e não desaponta.

Confira minha opinião!

Título brasileiro: Han Solo: Uma História Star Wars

Direção: Ron Howard

Estrelando: Alden Ehrenreich, Joonas Suotamo, Woody Harrelson, Emilia Clarke, Donald Glover, Thandie Newton, Phoebe Waller-Bridge, Paul Bettany, Jon Favreau, Erin Kellyman, Linda Hunt, Ian Kenny, John Tui, Warwick Davis, Charlotte Louise, Sema-Tawi Smart, Clint Howard, Dee Tails, Attila Vajda, Anthony Daniels, Kiran Shah, Fraser Kelly, Lily Newmark, Samantha Colley, Harley Durst, Andrew Jack, Sam Witwer, Ray Park

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Este ano, Star Wars veio mais cedo para a gente. Deve ter sido para que o filme do Aquaman tivesse todos os holofotes no final do ano, só pode. Enfim, chegou finalmente o filme solo do... é... Han Solo. E para meu desconcerto, eu descubro que o nome dele é inventado justamente dessa ideia. Puts! Tinha que ser tão óbvio assim? Enfim, independente disso, eu estava meio preocupado, porque havia escutado coisas não muito boas sobre o filme, mas no fim das contas, eu gostei dele. Aliás, eu gostei dele muito, mas muito mais do que o último filme regular da nova trilogia, The Last Jedi, que tivemos ano passado. Solo: A Star Wars Story é um filme que volta àquela atmosfera de aventura oitentista. Há problemas nele, claro, mas não atrapalham a diversão.

O filme começa mostrando o que já prevíamos, a trama volta lá atrás, quando o Império começava a mostrar as garras. Neste cenário, nos encontramos em uma terra sem lei onde um destemido e jovem Han participa de serviços e furtos para figurões do submundo. Ele é um motorista, mas quer se tornar o melhor piloto da galáxia.

Ele também tem uma namoradinha neste filme. Sim, muito antes da nossa já saudosa Princesa Leia, havia Qi'ra uma menina que na época roubava o coração do mercenário iniciante. Eles tentam escapar juntos da perseguição do Império, mas somente Han consegue, enquanto Qi'ra acaba amargando ser capturada por soldados clones. Han então resolve seguir em frente para uma hora retornar e buscar Qi'ra para que ficassem juntos de novo, e se torna Han Solo em um registro de identidade para poder passar por uma espécie de alfândega.

Após um tempo, o caçador de recompensas é capturado e levado para um subterrâneo onde tem uma fera faminta. Sabe quem é esta fera? Acertou, Chewbacca! O famoso wookie teria que ter devorado Han Solo no calabouço subterrâneo, mas os dois acabam fazendo amizade e viajando juntos pelo espaço. Após um certo tempo, Han Solo também encontra outro futuro personagem da trilogia clássica. Isso mesmo, ficamos sabendo como foi o primeiro encontro de Han com Lando Calrissian, e consequentemente, vislumbramos o primeiro encontro dos personagens com sua nave clássica: a Millenium Falcon! Claro, no começo, ainda é a nave do Lando, mas quando Han e Chewie assumem as cadeiras de piloto e co-piloto, todo o universo da saga volta a se alinhar e vemos a dupla clássica em suas posições de mais prestígio. Chega até a emocionar!

Há também lá um certo magnata, Dryden Vos, que estava precisando de um piloto para recuperar uma carga de coaxium, um tipo de combustível que pode potencializar a propulsão das naves espaciais. O treinador de voo de Han Solo fica sendo um tal de Beckett, que é um generalzinho linha dura.

O ator escolhido para protagonizar o jovem Han Solo atuou muito bem, não vou mentir; foi divertido vê-lo em cena, só que foi estranho, porque esse ator tá mais pra Jack Nicholson do que pra Harrison Ford. Já o filho do Danny Glover, que fez o jovem Lando, ficou o esperado. Fora estes dois personagens e o Chewie, não percebi mais nenhum outro personagem clássico da saga, e creio que tenha sido melhor assim. O filme foca bem na trajetória de Han Solo, e não decepciona em nos entregar uma "história de origem" bacana e divertida. Pela primeira vez em muito tempo, tenho vontade de adicionar mais um DVD de Star Wars em minha coleção, fora as versões inalteradas e integrais da trilogia clássica e as paródias do Family Guy.

E falando em versões inalteradas, é incrível como que os caras adoram mexer com uma certa característica da mitologia do personagem. Se você é fã como eu, sabe muito bem do imbróglio dos personagens Han e Greedo no primeiro filme da saga, de 1977, Star Wars. Então, eles não quiseram ser muito óbvios, e portanto não mencionaram o Greedo aqui, mas eles brincam com um recurso de foreshadowing (quando um filme mostra acontecimentos porvir de forma sutil e indireta) mais para o final do filme que dá justamente esta ideia.

Esse lance, muito embora neste filme tenha me parecido meio forçado demais, demonstra realmente aquilo que queremos ver Han fazer; e quando ele faz, é impossível a gente não pensar "é, ele atirou primeiro mesmo!". Os roteiristas pelo visto não perderam a chance de tirar mais uma casquinha com as lambuzadas de edição amadora que George Lucas fez em seu próprio filme e que estragaram toda a magia dele em sua versão comercial. Portanto, vocês me permitam comemorar de novo este feito do filme na ilustração ao lado!

E é isso aí, colega! ATIROU PRIMEIRO E PRONTO! Aceita que dói menos, George Lucas, he he he!

Enfim, meu personagem favorito de toda a saga, Han Solo, ganha um filme legal. Não é perfeito, tem alguns detalhes falhos de andamento e certos personagens de apoio, como por exemplo, o robô L3-37, que são um saco. Este com certeza é um dos andróides mais chatos e pamonhas que já foram criados para esta saga; mas felizmente não dura até o fim e não atrapalha o resto da diversão. Recomendo assistirem este filme, se bobear, o melhor filme do universo de Star Wars mais recente, que foi feito até agora! 

QUE A FORÇA ESTEJA COM VOCÊS! SEMPRE!

Ah sim, ia esquecendo: ATIROU PRIMEIRO E PRONTO, ACABOU! HÁ! HAN SOLO WINS!

Solo: A Star Wars Story (2018)

Produção: Simon Emanuel, Kathleen Kennedy, Allison Shearmur, Will Allegra, Rob Bredow, Jonathan Kasdan, John Swartz, Susan Towner, Lawrence Kasdan
Roteiro: Jonathan Kasdan, Lawrence Kasdan (baseado em personagens criados por George Lucas)
Trilha sonora: John Powell (com arranjos do tema de John Williams)

Outros filmes desta cinessérie:

Novos prelúdios e derivados:
- Solo: A Star Wars Story (Solo: Uma História Star Wars) (2018)
- Rogue One: A Star Wars Story (Rogue One: Uma História Star Wars) (2016)

Novas sequências:

- The Rise of Skywalker (A Ascensão de Skywalker) (2019)
- The Last Jedi (Os Últimos Jedi) (2017)
- The Force Awakens (O Despertar da Força) (2015)

Prelúdios:
- Episode III - Revenge of the Sith (Episódio III - A Vingança dos Sith) (2005)
- Episode II - Attack of the Clones (Episódio II - O Ataque dos Clones) (2002)
- Episode I - The Phantom Menace (Episódio I - A Ameaça Fantasma) (1999)

Trilogia clássica:
- Return of the Jedi (O Retorno do Jedi) (1983)
- The Empire Strike Back (O Império Contra-Ataca) (1980)

- Star Wars (Guerra nas Estrelas) (1977)

Trailer: