Thursday, April 21, 2016

FILME: Justice League vs. Teen Titans (Liga da Justiça vs. Jovens Titãs)

Nota: 8,5 / 10

E vamos mais uma vez, a outro longa-metragem animado do incrível selo DCUAOM. A mais nova animação deste selo, que tem presenteado todos os fãs da DC com ótimos filmes ao longo dos anos, é Justice League vs. Teen Titans, lançada agora em Março de 2016.

Pela primeira vez, os longas animados da DC nos oferecem uma história envolvendo os Jovens Titãs. E como, em ano de barraco, de treta, treta para todos os lados, eles não poderiam perder o ensejo, aqui vai mais um filme de treta! Só que apesar disso, a treta é bem fraquinha, e não justifica o título forçado. Ela acontece mais ou menos na metade da história, e situada em condições nada usuais e bem específicas, o que não a qualifica exatamente como uma treta de fato. Apesar disso, o filme é muito bom, e vale ser conferido!

Esta trama mostra uma história muito mais da equipe jovem de heróis do que dos heróis clássicos da Liga. Os Jovens Titãs tem muito mais tempo de tela do que Batman, Superman, Mulher Maravilha, Flash e os outros. E eu, sinceramente, acho isso muito legal, afinal de contas, já estava mais do que na hora de fazerem um filme dos Jovens Titãs. Só que aqui, a formação dos jovens heróis muda, claro, pois a trama dá continuidade ao cenário que vimos em Batman: Bad Blood.

Aliás, graças ao bom Deus que a equipe de animação da DC resolveu fazer algo de útil com os Jovens Titãs, que não fosse aquela série cômica recente, Teen Titans Go!, eu já estava ficando saturado de ver personagens tão bons sendo desperdiçados naquilo! Iiiihh... tô começando a soar como o Damian! Vamos falar logo sobre o filme, antes que eu piore!

O filme já começa com ação em uma luta da Liga da Justiça contra a Legião do Mal, com Lex Luthor, Cheetah, o Mago do Tempo, Solomon Grundy e o Toymaster, que só aparecem pra bater cartão mesmo e somem rápido. Batman está ajudando a Liga e também supervisionando seu filhote, Damian Wayne, que é o atual Robin, e o menino está apenas espantando os civis da área de conflito. Só que, esquentadinho e mimizento como já sabemos que o menino é, ele resolve tomar uma atitude por conta própria, e papai morcego o castiga a ir para o centro de treinamento dos Jovens Titãs, a torre em T, para aprender a trabalhar em equipe.

O pretexto é perfeito para começar aqui o arco principal do filme, que tem relação com a equipe jovem. Vemos Damian em meio à Estelar, Ravena, Mutano e o Besouro Azul. Como o Ciborgue passou a fazer parte da Liga da Justiça na continuidade atual, ele estará aparecendo bem menos aqui também, mas tem uma surpresa bem legal envolvendo ele e seus antigos companheiros para quem é fã da equipe, aguarde. Agora, a ameaça geral do filme, o chefão de fase, é um demônio chamado Trigon, que é pai da Ravena. Ele é liberto do inferno para atazanar a vida dos heróis e começa a dominar o corpo e a mente de vários membros da Liga.

Enquanto a Liga está ocupada com isso, vemos a equipe protagonista do filme, os Jovens Titãs, tentando se socializar. Aqui a gente vê a Estelar sugerindo uma noite de diversão para todos os integrantes, para que possam esquecer as suas diferenças com o mais jovem membro da equipe, o Damian, e se integrarem. Pouco a pouco, o menino vai perdendo um pouquinho (bem pouquinho mesmo) a carranca de rebelde e criando laços com a equipe, especialmente com a Ravena, com quem o menino se identifica de cara, por ela também não ter senso de humor.

E é bom que se diga aqui que, para aqueles que veem a DC como aquela que não consegue fazer filmes com piadinhas e momentos descontraídos, aqui neste filme esse trecho da integração da equipe jovem é prova totalmente contrária disso. Os jovens vão ao parque, jogam Dance Dance Revolution, enfim, temos momentos divertidos de descontração para só depois nos engajarmos em um flashback envolvendo Ravena. E é incrível que, um filme animado com muito mais personagens principais e menos tempo de desenvolvimento do que o filme principal que a DC tinha para oferecer este ano nos cinemas, consegue ser muito mais interessante, muito mais divertido e parecer muito mais épico e importante. Se a DC tem muito a aprender ainda com a Marvel, em termos de universo live-action, a Marvel, em contrapartida, tem muito a aprender com a DC em termos de animação, verdade seja dita.

Enfim, após tudo isso narrado acima, acontece a tal treta do filme entre a Liga e os Titãs, tendo em vista que os integrantes da Liga estão sob o domínio do demônio Trigon; e é por isso que eu disse, lá no começo, que foi um equívoco a denominação "vs" no título do filme, pois um dos lados da treta estava sob domínio de uma entidade, e não agindo por vontade própria; isso sem contar que a treta não acontece com a equipe completa da Liga. No fim das contas, as duas equipes acabam se unindo para irem até o inferno, combater a ameaça.

A parte legal, é que Damian, em meio à batalha, tem que lidar com um pequeno grande detalhe de seu passado; a parte frustrante, é que ele decide manter sua carranca e não consuma com Ravena. Temos também uma pequena aparição de Dick Grayson, o Asa Noturna, também batendo cartão, e uma cena final após iniciar os créditos (urdur... isso é só coisa de Marvel, não é mesmo? Só que não!), a personagem Terra, dos Novos Titãs, se aproximando da torre dos Jovens Titãs. Mais surpresas virão por aí nesta versão animada dos Novos 52! Aguardemos!

Enfim, Justice League vs. Teen Titans é mais um longa animado ótimo, divertido, emocionante e interessante da linha DCUAOM e que para muitas pessoas, passará a ser, junto com Batman: Bad Blood e a vindoura e esperadíssima adaptação de The Killing Joke, a compensação da DC pela frustração que seu grande filme live-action do ano causou, pelo menos em partes. Animação recomendadíssima e que finalmente nos traz uma visão mais bacana e acertada dos Jovens Titãs nas animações, e que vale a pena conferir.

Justice League vs. Teen Titans (2016)
Título em português BR: Liga da Justiça vs. Jovens Titãs

Direção: Sam Liu
Produção: Alan Burnett, Amy McKenna, Sam Register, James Tucker
Roteiro: Bryan Q. Miller, Alan Burnett (baseado em histórias criadas por Marv Wolfman e George Pérez, baseado em personagens criados por Bill Finger, Bob Kane, Jerry Robinson, Jerry Siegel, Joe Shuster, William Moulton Marston, Gardner Fox, Bob Haney, Bruno Premiani e Hanna-Barbera)
Trilha sonora: Frederik Wiedmann

Elenco de vozes do original: Rosario Dawson, Christopher Gorham, Shemar Moore, Jerry O'Connell, Jason O'Mara, Stuart Allan, Jake T. Austin, Taissa Farmiga, Sean Maher, Brandon Soo Hoo, Kari Wahlgren, Laura Bailey, Jon Bernthal, Steve Blum, Terrence 'T.C.' Carson, Rick D. Wasserman

Para outros títulos da linha DCUAOM, confira:
Trailer:

No comments:

Post a Comment