Um grande e digno final. É tudo que posso dizer desta última parte da série The Hunger Games. A série não é perfeita, e este final também não é perfeito. Mas é um final digno; tenso na medida certa e também reflexivo, talvez o mais reflexivo dos filmes da série, e por conseguinte, passivo de críticas das pessoas que esperavam aquela ação frenética que teve nos demais. Este final não tira o foco do espetáculo, mas ao mesmo tempo é uma grande despedida de Panem e seus habitantes.
Me recordo de ter ido assistir o primeiro filme da série por acaso, sem saber o que esperar, aliás, já disse isso nas resenhas anteriores. Impressionado com a ideia, assisti o segundo; impressionado com o final do segundo, assisti o terceiro, que me deixou de joelhos, quem acompanha as resenhas do blog se lembra que realmente fiquei impressionado com aquele twist no final!
E aqui chegamos nós, na conclusão da saga de Panem e de Katniss Everdeen. A história retoma onde parou o último filme, pegando da metade do terceiro livro de Suzanne Collins, onde vemos um Peeta desnorteado e agindo de forma bem mais estranha. Então o exército da resistência se forma para finalmente irem acertar as contas com Snow e seu governo autoritário.
O legal deste filme é que ele tira um pouco o foco daquela vertente 1984 que tinha antes e começa a evocar algumas outras fontes interessantes, ainda mantendo, é claro, sua herança de Battle Royale. As cenas, por exemplo, da investida de Katniss, o comandante Boggs e os outros membros da resistência evocam de forma bacana aquela atmosfera de Apocalypse Now, em cenas de guerra muito bem filmadas.
Mais para a frente vemos lugares familiares que quem assistiu o primeiro filme da série deve se lembrar bem, como o salão onde Katniss pisou pela primeira vez para participar dos Jogos Vorazes, bem como sua casa no distrito que vivia. A trama é tensa e dramática na medida certa, intercalando os momentos dramáticos e aqueles momentos que te fazem segurar firme os olhos na tela, em tomadas de suspense e tragédia. Vidas serão perdidas aqui, personagens importantes da série serão mortos e finalmente teremos o clímax final que decidirá todo destino de Panem. Claro, que às vezes a narrativa se arrasta e algumas situações são meio mal resolvidas, mas isso não atrapalha de forma geral.
Mas aí, quando tudo se encaminha para os últimos momentos, a gente começa a ver aquele final bem à moda Return of the King, com vários finais, mas não tão grande e cansativo quanto na saga do Um Anel. Apenas vemos Katniss tendo que lidar com uma nova realidade, e se adaptar às mudanças que virão. E quanto a isso, Jennifer Lawrence realmente puxa o envelope em termos de atuação, sua performance é dramática, sensacional, de partir o coração.
E aqui chegamos nós, na conclusão da saga de Panem e de Katniss Everdeen. A história retoma onde parou o último filme, pegando da metade do terceiro livro de Suzanne Collins, onde vemos um Peeta desnorteado e agindo de forma bem mais estranha. Então o exército da resistência se forma para finalmente irem acertar as contas com Snow e seu governo autoritário.
O legal deste filme é que ele tira um pouco o foco daquela vertente 1984 que tinha antes e começa a evocar algumas outras fontes interessantes, ainda mantendo, é claro, sua herança de Battle Royale. As cenas, por exemplo, da investida de Katniss, o comandante Boggs e os outros membros da resistência evocam de forma bacana aquela atmosfera de Apocalypse Now, em cenas de guerra muito bem filmadas.
Mais para a frente vemos lugares familiares que quem assistiu o primeiro filme da série deve se lembrar bem, como o salão onde Katniss pisou pela primeira vez para participar dos Jogos Vorazes, bem como sua casa no distrito que vivia. A trama é tensa e dramática na medida certa, intercalando os momentos dramáticos e aqueles momentos que te fazem segurar firme os olhos na tela, em tomadas de suspense e tragédia. Vidas serão perdidas aqui, personagens importantes da série serão mortos e finalmente teremos o clímax final que decidirá todo destino de Panem. Claro, que às vezes a narrativa se arrasta e algumas situações são meio mal resolvidas, mas isso não atrapalha de forma geral.
Mas aí, quando tudo se encaminha para os últimos momentos, a gente começa a ver aquele final bem à moda Return of the King, com vários finais, mas não tão grande e cansativo quanto na saga do Um Anel. Apenas vemos Katniss tendo que lidar com uma nova realidade, e se adaptar às mudanças que virão. E quanto a isso, Jennifer Lawrence realmente puxa o envelope em termos de atuação, sua performance é dramática, sensacional, de partir o coração.
Muito bem, feitos os ritos finais, eu vou fazer um último adendo que fecha as minhas impressões sobre esta saga. Já vi muita gente reclamar que ela simplesmente recicla temas que já foram tratados lá atrás em obras como Farhenheit 451, 1984, Equilibrium e diversas outras histórias que tratam de governos autoritários. Mas pensem o seguinte: esta é uma série mais voltada para o público jovem, o que não quer dizer que não há coisas para os adultos gostarem, mas primeiramente ela é voltada aos jovens.
Sendo assim, é absolutamente normal que ela dialogue com eles de melhor forma do que obras como as que eu citei acima. Duvido muito que alguém que é mais jovem irá atrás de ler 1984 agora, mas a obra está aí, sempre estará, para qualquer pessoa que se interessar. Creio que no momento certo estes jovens de hoje se interessarão em saber de onde veio The Hunger Games e terão contato com estas obras seminais.
Oras, eu duvido que você, que tem mais de 30 anos como eu, sabia lá nos anos 80 que Back to the Future bebia da fonte de um escritor como H.G. Wells em seu livro The Time Machine! Duvido! Eu só fui descobrir este maravilhoso livro depois de anos à frente, e mesmo assim ainda não perdi meu fanatismo pela trilogia, mesmo gostando demais da obra fonte que a inspirou! Ou então que Star Wars teve sua inspiração em filmes do Flash Gordon e filmes de samurai japoneses. Quando se é jovem, você vive o momento, não vai buscar por referências, isto acontece quando você tem um pouco mais de maturidade.
O que eu quero dizer, amigão, é pra que você deixe que The Hunger Games tenha seu momento agora! Dentro da sua proposta é uma série muito boa. E se ela contribuir para que os jovens a assistam e se conscientizem de que um governo autoritário e que interfere na vida deles é uma ideia ruim, assim como 1984 nos mostrou há anos atrás, oras, então eu digo MAIS PODER PARA SUZANNE COLLINS! Deixe ela brilhar mais e influenciar os nossos jovens, que eles cresçam felizes com a saga que Collins teceu tão bem para eles.
O que eu quero dizer, amigão, é pra que você deixe que The Hunger Games tenha seu momento agora! Dentro da sua proposta é uma série muito boa. E se ela contribuir para que os jovens a assistam e se conscientizem de que um governo autoritário e que interfere na vida deles é uma ideia ruim, assim como 1984 nos mostrou há anos atrás, oras, então eu digo MAIS PODER PARA SUZANNE COLLINS! Deixe ela brilhar mais e influenciar os nossos jovens, que eles cresçam felizes com a saga que Collins teceu tão bem para eles.
Enfim, um ótimo final de uma saga que vale a pena conferir e que eu me diverti muito acompanhando. E recomendo que você também vá checá-la, se ainda não a conhece. Entre no Netflix hoje mesmo para assistir aos outros filmes da saga, e depois vá no cinema conferir o gran finale. E para finalizar: adeus, Phillip Seymour Hoffman! Fiquei muito contente de te ver uma última vez em seu derradeiro filme. Descanse em paz!
The Hunger Games: Mockingjay - Part 2 (2015)
Título em português BR: Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 2
Nota: 8,5 / 10
Direção: Francis Lawrence
Produção: Suzanne Collins, Nina Jacobson, Jon Kilik
Roteiro: Peter Craig, Danny Strong (baseado na série de livros de Suzanne Collins)
Trilha sonora: James Newton Howard
Estrelando: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Donald Sutherland, Philip Seymour Hoffman, Julianne Moore, Jeffrey Wright, Stanley Tucci.
Outros filmes desta cinessérie:
- The Hunger Games: Mockingjay - Part 2 (Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 2) (2015)
- The Hunger Games: Mockingjay - Part 1 (Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1) (2014)
- The Hunger Games: Catching Fire (Jogos Vorazes: Em Chamas) (2013)
- The Hunger Games (Jogos Vorazes) (2012)
Trailer:
Só agora tive tempo de ler sua analise Ricardo, e como sempre, foi um prazer lê-lo novamente. Excelente pontos e não sabia da morte do Philip... uma grande perda infelizmente.
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