Tuesday, December 29, 2015

CANTO DO CISNE: Lemmy Kilmister

Vou falar uma coisa a vocês, a gente só fica esperando, mas nunca imagina que a coisa vai acontecer. Apesar de já ser esperado isso acontecer uma hora ou outra, a gente lê uma notícia destas e mesmo assim não acredita no que está lendo! Fica imaginando se não está lendo uma nota falsa... mas é real, as fontes são reais. Lemmy Kilmister, um dos baixistas mais badass do Rock acaba de falecer.

A notícia veio como um choque de um milhão de volts pra mim! Um dos caras que eu mais curtia ouvir no metalzão mais cru era ele. E pra piorar, ele morre bem no ano que sai o novo álbum do Motörhead, Bad Magic, disco que eu até fiz resenha aqui no blog. Estou ainda em choque, acabei de saber.

Como eu disse antes, não que a morte dele não fosse esperada. O cara já fez diversas e diversas cirurgias, lutava contra a diabetes, tem um histórico de beber que nem um capado, fumar que nem um capado, viver uma vida desregrada e sem limites. Mas era, e ainda é, uma tremenda de uma influência musical para muitas pessoas.

Eu sempre tive a imagem do motoqueiro de estrada motherfucker a partir dele, até mesmo pelo próprio nome da banda, aquele cara que deixa os ventos o levarem para onde a aventura estiver, sempre jovem, imortal, o estereótipo do cara que muita gente queria ser nos anos 80, fodão, mais durão e temido do que o Chuck Norris, enfim, o cara, com o som dele e com a aparência e estilo de vida que levava impunha uma filosofia de vida. E é isso que o Motörhead acabou se tornando, uma filosofia de vida para muitos.

Hoje vou dormir com o coração doído. O longo caminho que o Motörhead percorria desde os anos 70 acaba de terminar. O fim da estrada, a última baforada do motor rangendo... o último suspiro. Acabou. E aqui a lenda começa. Uma lenda que gerou clássicos fantásticos, discos bacanas, Ace of Spades, Orgasmatron, March or Die, Overkill, Rock'n'Roll, enfim, muitos e muitos discaços ao longo de sua longeva carreira, sempre com aquela sonoridade suja, carregada e acelerada, cheia de energia, vibrante e emocionante, e a voz sempre carregada de whisky, cerveja e cigarro de Lemmy, uma voz grossa, marcante e que dava um arrepio sempre que ele saía rosnando no microfone. A banda já havia agendado datas de turnê até fevereiro de 2016, mas agora, ainda que estas datas sejam cumpridas, será em tom solene, seja lá quem irá (se for) substituir Lemmy nos palcos.

E vamos ser sinceros: não existe e jamais existirá substituto algum para Lemmy, e nem mesmo haverá uma banda como o Motörhead em lugar algum do planeta. Era uma coisa única, nao era perfeita, mas era única... indomável, feroz. Provando sempre, em cada concerto, que se o som era muito alto de se ouvir, então é porque você era a porra de um velho por dentro!

Deixo aqui minha tristeza pela morte deste ícone que eu sempre curti, muita força para os caras da banda nesta hora e garanto que o Motörhead sempre estará em minhas recordações, como uma das coisas mais legais que já conheci.

DESCANSE EM PAZ, LEMMY KILMISTER! VOCÊ ERA DO CARALHO!

WE ARE MOTÖRHEAD!!


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