Batman, durante os anos, teve diversas e incontáveis caracterizações. Estamos em 2003, ano em que finalmente a Warner resolveu retomar a franquia nos cinemas após a queda colossal que teve em 1997 com o abominável filme de Schumacher. A cinessérie tentou voltar de diversas maneiras antes de passar para as mãos do talentoso diretor Christopher Nolan; Schumacher tentou emplacar seu Batman Triumphant que já tinha até logo pensado, mas devido ao fracasso monumental de seu filme de 1997, matou o projeto para sempre. Depois, tentou convencer o estúdio em fazer algo mais sério com uma adaptação de Batman Year One, história de Frank Miller, mas o estúdio recusou, descartando Schumacher de vez. Teve também uma tentativa de juntar Batman e Superman nos cinemas que foi engavetada e só desengavetada agora para 2016, outra tentativa envolvendo o diretor Darren Aronofski e foi até considerado Josh Whedom para um filme, que não deu certo. Eis que entra Christopher Nolan.
Nolan era na época um diretor novo. Havia feito apenas um curta-metragem, Doodlebug, e três filmes de baixo orçamento, Following, Memento (Amnésia) e um remake, Insomnia; os dois últimos filmes eu tive a satisfação de assistir na tela grande, e foram duas excelentes experiências, portanto o nome de Christopher Nolan já não era estranho para mim, eu já conhecia o seu trabalho na época em que ouvi dizer que ele iria se envolver com a franquia Batman e, logicamente, fiquei bastante animado com a notícia, mas mesmo assim, apreensivo, pois ele também poderia falhar, uma vez que Schumacher também tinha filmes sérios no currículo e seu trabalho com o Batman foi um verdadeiro fracasso.
Alias, todo mundo na época se encontrava apreensivo, pois a franquia nos cinemas era dada como morta por todos, inclusive pelos chefões da WB. Nolan, no entanto, acreditava que ela estava apenas em estado terminal e que necessitava somente de um competente choque anafilático para reviver e algumas massagens cardíacas. Eis então que, com a precisão de um bom cirurgião, o cara entra na sala dos irmãos Warner e dos produtores do estúdio e expõe sua ideia de como deveria ser tratada a franquia. Na mesma hora que ele saiu da sala, conforme contam, os produtores arregalaram dois olhos enormes e se apaixonaram no mesmo instante pelo diretor. Todo mundo ficou pensando o que foi que Nolan disse que fez aquele doente reviver, coisa que outros diretores não conseguiram. A resposta veio em uma entrevista em que Nolan diz o seguinte:
"Conforme olhávamos para os quadrinhos, havia esta ideia fascinante de que a presença de Batman em Gotham realmente atrai criminosos, atrai lunáticos. Quando você lida com noções questionáveis como pessoas tomando a lei em suas próprias mãos, você tem que se perguntar, para onde isso leva? É isso que faz do personagem tão sombrio, porque ele expressa um desejo vingativo."
Então eu pergunto a vocês, caros leitores:
COMO NÃO SE APAIXONAR PELO CARA APÓS OUVIR UMA DECLARAÇÃO DESTAS?
Isso era tudo que os fãs queriam ouvir! Após terem essa certeza, todos acreditaram que Batman estava finalmente em boas mãos nos cinemas. O novo filme do morcego então iria se tratar de um reboot, um recomeço, ignorando completamente tudo o que foi feito antes por Burton e Schumacher e inaugurando uma nova fase do morcego no live-action.
Além disso nós iríamos ter a garantia de que, desta vez, o diretor de um filme do personagem de fato leu o material fonte, porque Burton e Schumacher nem pareciam sequer ter chegado perto de uma HQ do morcego. Mas o melhor ainda estava por vir! Nolan disse que em sua interpretação do morcego nos cinemas, não haveria Robin, Batgirl, Batmite ou qualquer um desses ajudantes; somente o morcego e os policiais da cidade, em uma tradução mais realista e calcada em nosso mundo. Nolan tinha essa proposta de querer mostrar a todos, que Batman poderia muito bem existir em nosso mundo.
Muitos fãs já tinham essa ideia fixa de que pelo fato de o morcego ser o mais humano de todos os super-heróis, era então bem mais provável que ele existisse, do que por exemplo, o Superman, ou o Aquaman, ou o Flash. De fato, Batman sempre esteve mais perto de nós do que qualquer outro herói, porque ele não é um cara que tem poderes, mas sim, dinheiro e tecnologia para empreender seu combate ao crime, portanto a ideia de um filme mostrar que Batman poderia ser real era extraordinária.
A primeira foto que saiu do filme foi a foto do Batmóvel. A equipe do filme até conta que foi a primeira coisa que construíram quando deram o sinal verde para a produção. O conceito parecia muito com o carro-tanque que vemos em HQs como The Dark Knight Returns de Miller ou The Cult de Jim Starling. O carro não iria se chamar Batmóvel no filme, ao invés disso ele foi batizado de "Tumbler". Era um modelo esteticamente simples, porém funcional e que fazia absolutamente tudo aquilo que víamos na tela, como foi demonstrado em um vídeo à época.
Alias, todo mundo na época se encontrava apreensivo, pois a franquia nos cinemas era dada como morta por todos, inclusive pelos chefões da WB. Nolan, no entanto, acreditava que ela estava apenas em estado terminal e que necessitava somente de um competente choque anafilático para reviver e algumas massagens cardíacas. Eis então que, com a precisão de um bom cirurgião, o cara entra na sala dos irmãos Warner e dos produtores do estúdio e expõe sua ideia de como deveria ser tratada a franquia. Na mesma hora que ele saiu da sala, conforme contam, os produtores arregalaram dois olhos enormes e se apaixonaram no mesmo instante pelo diretor. Todo mundo ficou pensando o que foi que Nolan disse que fez aquele doente reviver, coisa que outros diretores não conseguiram. A resposta veio em uma entrevista em que Nolan diz o seguinte:
"Conforme olhávamos para os quadrinhos, havia esta ideia fascinante de que a presença de Batman em Gotham realmente atrai criminosos, atrai lunáticos. Quando você lida com noções questionáveis como pessoas tomando a lei em suas próprias mãos, você tem que se perguntar, para onde isso leva? É isso que faz do personagem tão sombrio, porque ele expressa um desejo vingativo."
Então eu pergunto a vocês, caros leitores:
COMO NÃO SE APAIXONAR PELO CARA APÓS OUVIR UMA DECLARAÇÃO DESTAS?
Isso era tudo que os fãs queriam ouvir! Após terem essa certeza, todos acreditaram que Batman estava finalmente em boas mãos nos cinemas. O novo filme do morcego então iria se tratar de um reboot, um recomeço, ignorando completamente tudo o que foi feito antes por Burton e Schumacher e inaugurando uma nova fase do morcego no live-action.
Além disso nós iríamos ter a garantia de que, desta vez, o diretor de um filme do personagem de fato leu o material fonte, porque Burton e Schumacher nem pareciam sequer ter chegado perto de uma HQ do morcego. Mas o melhor ainda estava por vir! Nolan disse que em sua interpretação do morcego nos cinemas, não haveria Robin, Batgirl, Batmite ou qualquer um desses ajudantes; somente o morcego e os policiais da cidade, em uma tradução mais realista e calcada em nosso mundo. Nolan tinha essa proposta de querer mostrar a todos, que Batman poderia muito bem existir em nosso mundo.
Muitos fãs já tinham essa ideia fixa de que pelo fato de o morcego ser o mais humano de todos os super-heróis, era então bem mais provável que ele existisse, do que por exemplo, o Superman, ou o Aquaman, ou o Flash. De fato, Batman sempre esteve mais perto de nós do que qualquer outro herói, porque ele não é um cara que tem poderes, mas sim, dinheiro e tecnologia para empreender seu combate ao crime, portanto a ideia de um filme mostrar que Batman poderia ser real era extraordinária.
A primeira foto que saiu do filme foi a foto do Batmóvel. A equipe do filme até conta que foi a primeira coisa que construíram quando deram o sinal verde para a produção. O conceito parecia muito com o carro-tanque que vemos em HQs como The Dark Knight Returns de Miller ou The Cult de Jim Starling. O carro não iria se chamar Batmóvel no filme, ao invés disso ele foi batizado de "Tumbler". Era um modelo esteticamente simples, porém funcional e que fazia absolutamente tudo aquilo que víamos na tela, como foi demonstrado em um vídeo à época.
A roupa de Batman iria seguir um padrão mais realista, mas iria continuar a tradição da borracha preta que vinha desde o filme de Burton em 1989, e ainda por cima com muitas melhorias. Só a máscara que era muito pesada. Christian Bale, animadíssimo com o papel, não se deixava porém, intimidar pelo peso da máscara e as dores de cabeça que ela lhe causava, dizendo a si mesmo todo dia no set: "use-a!" Diz o ator que isso até o ajudava a criar a persona agressiva e animalesca que Batman precisaria ter.A batcaverna também seria chamada no filme apenas de "caverna", enfim tudo que fosse colocado no filme iria ter uma usabilidade prática, tanto dentro da trama quanto em termos técnicos, nada estaria lá por acaso ou porque a equipe achou bonito.
Vamos então falar sobre os personagens principais. Para o elenco dos heróis e aliados, teríamos, como já mencionamos, Christian Bale, que faria Bruce Wayne / Batman, escolha essa que foi recebida em sua maioria com grande entusiasmo. Michael Caine seria o novo Alfred. Também teríamos Morgan Freeman no filme em um papel importante, Lucius Fox, o engenheiro que trabalha no departamento tecnológico das empresas Wayne nas HQs e que aqui, acabou se tornando uma espécie de "Q" para Batman, lhe fornecendo o equipamento sem que ele soubesse para quem estava fornecendo. Para o interesse romântico do filme que os estúdios ficavam enchendo o saco que tinha que ter, foi escalada Katie Holmes. Estamos, claro, falando de uma época em que Nolan ainda não tinha controle total sobre seu produto como tem hoje, então tinha que acatar uma ou outra bobaginha dos produtores. Por sorte e habilidade de Nolan e David Goyer que escreveram o roteiro, isso não interferiu no andamento das coisas. Por fim, o policial James Gordon, interpretado aqui pelo ilustre Gary Oldman. |
| Herói e aliados: Bruce Wayne / Batman, Alfred, Lucius Fox, Rachel Dawes e James Gordon |
A escolha de Bale eu também recebi com enorme entusiasmo, pela primeira vez eu vi de fato, um ator tentando representar lá, três personagens diferentes, o Bruce Wayne público, ou seja, o playboy, o Bruce normal, ou seja, a figura amarga e reflexiva e o Batman, que é sua verdadeira face; até o tom de voz ele muda, enfim, uma grande escolha. Bale levou sua interpretação bem pelo caminho do que Kevin Conroy desenvolveu com a voz em Batman TAS, então tivemos dessa vez um excelente protagonista. Alfred também não poderia estar melhor representado na ilustre figura de Caine. Fox então ficou muito semelhante ao dos quadrinhos, até mesmo no visual. Quanto a Gordon, eu pensei imediatamente "finalmente acertaram!", pois o Gordon de Oldman é o retrato perfeito do Gordon de Batman Year One, de Frank Miller; Oldman retrata seu Gordon exatamente da forma que esperávamos, ou seja, um herói, o melhor e mais honesto policial de Gotham, e não o bufão desajeitado feito por Pat Hingle nos filmes do Burton.
Também há um certo Ducard no filme. Nas HQs, Henry Ducard era originalmente um personagem meio obscuro, ele é um detetive francês que treinou Bruce para ser um mestre da dedução. Aqui no filme de Nolan, Ducard é remodelado como membro da Liga das Sombras e aliado de Ras Al'Ghul.E temos aqui quatro adversários que Batman terá que lidar durante o filme. Temos, claro, Ras (Ken Watanabe), seguido do Espantalho (Cillian Murphy), o chefão do crime Carmine Falcone, trazido direto de Year One e o assassino Victor Zsasz (Tim Booth) que faz uma aparição rápida mas consegue colocar algumas vidas em risco.
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| Vilões escolhidos para o reinício: Ras Al'Ghul, Espantalho, Carmine Falcone e Victor Zsasz |
A premissa é a que todos já conhecem, jovem Bruce Wayne, de 10 anos tem seus pais assassinados, viaja o mundo em busca de conhecimentos para lutar contra o crime e contra a injustiça, torna-se um vigilante mascarado e passa a defender a cidade de Gotham de forças opressoras. O legal aqui é como essa trama toda se desenrola. Nolan e Goyer não se limitam somente a buscar inspiração no material fonte, não, eles vão além disso. Ficamos sabendo como foi um dos treinamentos do herói, o de Ducard, que no filme o ensinou a ser um ninja, e a lutar baseado nas artes ninjas de infiltração, teatralidade e ilusão. Vemos como Wayne se infiltrou e mergulhou na mente criminosa, enquanto viajava tentando entender como criminosos pensam. Conhecemos a usabilidade dos elementos de sua roupa de Batman, desde a borracha que o protege de tiros e facadas e o capacete que amortece a sua queda até a capa com dispositivo elétrico que se abre e permite que Batman plane no ar. Como eu disse anteriormente, tudo aqui tem uma razão de ser.
Em relação à Gotham, vemos este mundo em etapas, conforme a cidade vai parecendo mais suja e escura com o passar da projeção, como Batman forja suas alianças (ou desforja), como constrói seu equipamento, as suas relações, seus medos, enfim, Batman é o personagem aqui que realmente é explorado a fundo. Nenhum outro filme em live-action (porque as animações já fizeram isso e muito bem) explorou o morcego com esse grau de profundidade antes. Aliás, atentemos aqui no filme para três temas que serão a linha-guia de toda trilogia: medo, escalação e a pergunta "por que caímos?", esta última, até mesmo no sentido de a própria franquia ter caído anos atrás, porque quando chegar no artigo sobre a conclusão, eu vou estar recuperando essas ideias para fechar a análise geral da obra toda.
Tente visualizar esta trilogia como uma peça de ópera sendo apresentada à nós. Não é por acaso que Nolan nos mostra os Wayne saindo de uma ópera, ao invés do clássico filme The Mark of Zorro das HQs. Batman Begins então é o equivalente ao PRELÚDIO dessa ópera, onde temas e personagens nos são apresentados. Claro, em todos os filmes da trilogia nos é apresentado uma história com começo, meio e fim, mas a grande história por cima dessas etapas tem um escopo bem maior.
O tema "medo" aqui então é tratado com Bruce tendo que lidar com seu trauma de infância. Não, não é a morte de seus pais, é algo bem antes disso. No início do filme, nos é mostrado Bruce Wayne em meio ao jardim e a uma vasta claridade, correndo de um lado para o outro com sua amiga de infância, Rachel. Então vem o estopim que inicia a jornada de Bruce, conforme ele cai no buraco que será sua futura caverna e dá de cara com um morcego, uma criatura das trevas. É neste exato momento que o menino contrai seu medo de morcegos e é engolfado pela escuridão, pouco antes de perder seus pais. É como se o menino jamais tivesse saído realmente daquele buraco, uma vez que foi seu pai que o tirou de lá. Mas o buraco permaneceu com ele, a escuridão presente daquele lugar nunca o deixou.
Reflita por um momento sobre estas pequenas pistas que o filme nos dá em relação à jornada sombria que espera uma pessoa que agoniza seu passado e possui um coração, um espírito de vingança, vingança essa que, por não ter sido possível, dará todo sentido na jornada de Batman que acabou de começar.
Enfim, o recomeço da franquia Batman nos cinemas foi grandioso, excitante e teve muitas boas surpresas para os fãs, além de uma nova e empolgante trilha sonora de Hans Zimmer e James Newton Howard. Aliás, eu tive o privilégio de assistir a todos os filmes da trilogia no exato dia de estreia deles nos cinemas, o que para mim foi sensacional. Mas este é apenas o primeiro filme de uma nova e promissora série que nos impressionará ainda mais no futuro. Até semana que vem!
Tente visualizar esta trilogia como uma peça de ópera sendo apresentada à nós. Não é por acaso que Nolan nos mostra os Wayne saindo de uma ópera, ao invés do clássico filme The Mark of Zorro das HQs. Batman Begins então é o equivalente ao PRELÚDIO dessa ópera, onde temas e personagens nos são apresentados. Claro, em todos os filmes da trilogia nos é apresentado uma história com começo, meio e fim, mas a grande história por cima dessas etapas tem um escopo bem maior.
O tema "medo" aqui então é tratado com Bruce tendo que lidar com seu trauma de infância. Não, não é a morte de seus pais, é algo bem antes disso. No início do filme, nos é mostrado Bruce Wayne em meio ao jardim e a uma vasta claridade, correndo de um lado para o outro com sua amiga de infância, Rachel. Então vem o estopim que inicia a jornada de Bruce, conforme ele cai no buraco que será sua futura caverna e dá de cara com um morcego, uma criatura das trevas. É neste exato momento que o menino contrai seu medo de morcegos e é engolfado pela escuridão, pouco antes de perder seus pais. É como se o menino jamais tivesse saído realmente daquele buraco, uma vez que foi seu pai que o tirou de lá. Mas o buraco permaneceu com ele, a escuridão presente daquele lugar nunca o deixou.
Reflita por um momento sobre estas pequenas pistas que o filme nos dá em relação à jornada sombria que espera uma pessoa que agoniza seu passado e possui um coração, um espírito de vingança, vingança essa que, por não ter sido possível, dará todo sentido na jornada de Batman que acabou de começar.
Enfim, o recomeço da franquia Batman nos cinemas foi grandioso, excitante e teve muitas boas surpresas para os fãs, além de uma nova e empolgante trilha sonora de Hans Zimmer e James Newton Howard. Aliás, eu tive o privilégio de assistir a todos os filmes da trilogia no exato dia de estreia deles nos cinemas, o que para mim foi sensacional. Mas este é apenas o primeiro filme de uma nova e promissora série que nos impressionará ainda mais no futuro. Até semana que vem!
Batman Begins (2005)
Título em português BR: Batman Begins
Nota: 8,5 / 10
Direção: Christopher Nolan
Produção: Larry J. Franco, Benjamin Melniker, Lorne Orleans, Charles Roven, Emma Thomas, Cheryl A. Tkach, Michael Uslan
Roteiro: Christopher Nolan, David S. Goyer (baseada nas HQs e personagens criados por Bob Kane, Bill Finger, Jerry Robinson, Jeph Loeb, Tim Sale, Frank Miller)
Trilha sonora: James Newton Howard, Hans Zimmer
Estrelando: Christian Bale, Michael Caine, Liam Neeson, Katie Holmes, Gary Oldman, Cillian Murphy, Tom Wilkinson, Rutger Hauer, Ken Watanabe, Mark Boone Junior, Linus Roache, Morgan Freeman, Larry Holden, Colin McFarlane, Sara Stewart, Gus Lewis, Richard Brake, Emma Lockhart, John Nolan, Tim Booth, Ilyssa Fradin, Shane Rimmer, Lucy Russell, Jeremy Theobald
Outros filmes desta cinessérie:
Outros filmes desta cinessérie:
- The Dark Knight Rises (Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge) (2012)
- The Dark Knight (Batman: O Cavaleiro das Trevas) (2008)
- The Dark Knight (Batman: O Cavaleiro das Trevas) (2008)
- Batman Begins (Batman Begins) (2005)
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