Wednesday, October 23, 2019

FILME: Wonder Woman: Bloodlines

8 / 10
Nova animação solo da Mulher-Maravilha dentro do DCAMU é ok, diverte, mas não é nada muito especial, seguindo o mesmo desenvolvimento de animações anteriores da DC neste universo.

Confira minha opinião!

Título brasileiro: Mulher-Maravilha: Linhagem de Sangue
Direção: Justin Copeland, Sam Liu
Elenco de vozes original: Rosario Dawson, Marie Avgeropoulos, Jeffrey Donovan, Adrienne C. Moore, Constance Zimmer, Courtenay Taylor, Mozhan Marnò, Cree Summer, Nia Vardalos, Michael Dorn, Kimberly Brooks, Ray Chase


Bom, está aí, o novo filme animado da Mulher-Maravilha é bem bacana. Não é o melhor de todos, mas com toda certeza é o melhor filme do DCAMU que saiu este ano. No começo de 2019 tivemos Reign of the Supermen, e como eu deixei claro na minha resenha, decepcionou em relação à sua primeira parte, que foi fantástica. Depois, anteontem mesmo eu falei sobre Batman: Hush, que saiu em Julho, e foi um pouco melhor, mas também não foi aquela maravilha toda. Das animações da DC este ano, a única que eu achei realmente boa e divertida foi a do Batman com as Tartarugas Ninja, mas essa é uma história solta, não está nesta continuidade.

Wonder Woman: Bloodlines traz nova injeção de ânimo nas animações da DC. Bom seria se eles mantivessem assim, mas ultimamente não é o que acontece, para cada três animações que saem da DC ultimamente, uma apenas é realmente boa e uma pelo menos é medíocre. A DC anda cambaleando nas animações, terreno que sempre se sobressaiu em relação à Marvel.

Mas enfim, vamos à história, que é original. Lá no comecinho, somos recordados de como que o Steve Trevor achou Themyscira e como que Diana deixou seu povo amazona para ajudar o nosso mundo. Nesse meio tempo a gente presencia Diana conhecendo Vanessa, a menina que admirava Diana mas acaba se tornando sua inimiga com a alcunha de Cisne Prateado.

Aliás, achei bom a DC estar investindo em apresentar mais vilãs das histórias da Mulher-Maravilha, como a Cyber, Dra. Veneno e o Cisne Prateado, ao invés de ficar só nas vilãs mais óbvias a essa altura, como a Cheetah e a Giganta, que aparecem, mas não são peça pivotal da trama, muito embora as lutas ficaram bem legais.

Vanessa será aquela personagem que levará adiante a trama e será o motivo principal de Diana agir. Eles optaram pelo Cisne Prateado de anos mais recentes, ao invés da primeira versão, talvez por conversar melhor com a atualidade. E você nota isso. Quando Diana chega na casa de Julia, a mãe de Vanessa, a menina se apega a Diana, mas pouco a pouco, Julia vai deixando Vanessa meio a escanteio enquanto ensina Diana sobre nosso mundo, e a menina vai se distanciando e ficando cada vez mais contrariada. Quando você percebe, ela já está com aquele visual bem ridículo de feminista de colégio. Aí ela começa a se envolver com gente da pesada, como a Veneno e a Cyber, em um esquema de roubo de artefatos, isso após cinco anos longe do convívio familiar, e Diana e Trevor desbaratam o esquema, mas a mãe de Vanessa acaba morrendo com um tiro, e Vanessa culpa Diana por isso.

Este é o momento que Vanessa assume a identidade de Cisne Prateado. Passado algum tempo, Diana está a procura de Veneno e Cyber na esperança de resgatar Vanessa da sua loucura, mas para isso tem que voltar para Themyscira; problema: ela não se lembra onde fica. Com a ajuda de Veronica, Diana, Steve e Etta vão para a ilha da amazona. Eu meio que demorei para reconhecer a Etta aqui no filme, porque mudaram a etnia dela sei lá eu porquê, mas enfim, eles tem que confrontar a Cheetah, Giganta, e mais alguns perigos, e não demora para aparecer Hippolyta, mãe de Diana, com seu exército, para enfrentar os forasteiros e também outro perigo que ali aparece, a Medusa.

A animação não é nada muito especial, ou inovadora, nem nada disso, mas a conclusão é boa, e Diana aqui toma medidas desesperadas e inesperadas para conseguir vencer, e isso foi uma boa surpresa. Não quero dar spoiler, mas fãs dos Cavaleiros do Zodíaco vão entender se eu falar que lembrei da batalha dos cavaleiros de bronze contra Algol de Perseu. Pronto, é tudo que posso falar. Ainda bem que ela pôde contar com a tecnologia de Themyscira para se recuperar depois! É bom também mencionar que aqui Diana já parece fazer a transição de sua fase Novos 52 para a fase atual dos quadrinhos, Rebirth, trocando sua vestimenta, e eu achei isso bem legal, nunca curti muito essa roupa dela dos Novos 52, muito genérica demais.

Enfim, a trama é envolvente, divertida, e vale a pena conferir. Como eu disse, nada de muito novo ou diferente do que vem sendo feito, mas diverte e consegue ser o melhor filme animado deste universo nesse ano, dos três que foram lançados. Recomendado principalmente para fãs, mas quem for fã casual, também não vai ter problemas em entender a história, apesar da falta de desenvolvimento para outras personagens vilãs diferentes da Cisne Prateado, o que é até compreensível, já que ela é o foco aqui.

Wonder Woman: Bloodlines (2019)
Produção: Sam Liu, Amy McKenna, James Tucker, Sam Register, James Krieg
Roteiro: Mairghread Scott (baseado em personagens criados por William Moulton Marston, George Pérez, Greg Rucka, Dennis O'Neil, Dick Giordano, Roy Thomas, Gene Colan, Robert Kanigher)
Trilha sonora: Frederik Wiedmann

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