8,5 / 10
Novo filme do astro de ação Dwayne Johnson é repeteco de Die Hard, mas isso é muito bacana. História tensa, ação alucinante e suspense de tirar o fôlego.
Título brasileiro: Arranha-Céu: Coragem Sem Limite
Confira minha opinião!
Direção: Rawson Marshall Thurber
Estrelando: Dwayne Johnson, Neve Campbell, Pablo Schreiber, Noah Taylor, McKenna Roberts, Kevin Rankin, Roland Møller, Byron Mann, Matt O'Leary, Hannah Quinlivan, Beatrice King, Tzi Ma, Chin Han, Paul McGillion, Kathy Wu, Adrian Holmes, Vivian Full, Noah Cottrell, Malin Barr, Elfina Luk, Venus Terzo, Gretal Montgomery, Kayden Magnuson, Jett Klyne, Jason William Day
Cara, que filme bacana! Acabei de sair do cinema enquanto aguardo meu snack, e fiquei pensando em como as circunstâncias temporais fazem com que um filme pareça incrível. Este é o tipo de filme que alguns anos atrás poderia ser como apenas mais um filme de suspense e ação... bem executado e produzido, mas ainda apenas mais um thriller de ação e suspense.
Mas as circunstâncias hoje em dia são outras, e a sociedade moderna faz com que filmes como este se façam absolutamente necessários. Enquanto curto minha pizza e chopp e acompanho John Mayer e Alicia Keys na TV tocando a apaixonante "Gravity", me recordo de como que há uns 10 anos atrás tínhamos um mundo mais habitável do que o de hoje; claro que os problemas que enfrentamos na atualidade estavam sendo pensados nessa época, mas no cinema, por exemplo, tínhamos mais heróis de carne e osso do que nos dias de hoje.
E não me refiro aos heróis de quadrinhos, mas a heróis mesmo, de carne e osso, pessoas comuns que realizam feitos incríveis. Hoje, Dwayne Johnson veio nos trazer um desses heróis. Rapidamente o personagem de Bruce Willis, John McClane me vem à cabeça, porque John McClane era o verdadeiro protótipo do homem comum em situações incomuns que desafiam seus limites nos anos 80, aquele homem que poderia se machucar que poderia sangrar com muita facilidade mas ao mesmo tempo era destemido, corajoso, e fazia o que fosse preciso para ajudar quem mais precisa.
O personagem Will Sawyer, interpretado por Dwayne Johnson, é como se fosse um John McClane moderno, mas com um agravante muito interessante: ele é um ex-soldado marine que estava cumprindo uma missão de ajudar uma família correndo risco de vida, quando, por causa de uma explosão, ele se machuca, e perde a sua perna esquerda, tendo que viver para o resto da vida com uma prótese; uma boa prótese, mas mesmo assim, não é algo que substitui uma perna de verdade, portanto Sawyer é um personagem até mesmo um pouco mais frágil do que o próprio John McClane de Bruce Willis e eu achei isso muito bacana; adicionado a isso, está o fator de que, também diferente de McClane, Sawyer já viu a cara do inferno uma vez, portanto a situação que ele se encontrará nos segundo e terceiro atos do filme serão uma rima temática.
A trama é a seguinte: o filme abre com a situação que mudou a vida de Sawyer e deu a ele sua perna mecânica; na maca do hospital, ele conhece a sua futura esposa, Sarah, interpretada por Neve Campbell (alguém lembrou de Scream?), que foi a cirurgiã encarregada do caso dele no hospital em que foi operado, e se casa com essa cirurgiã, tendo um filho e uma filha com ela, e vivendo uma vida relativamente muito boa após o seu incidente; ele trabalha agora como um segurança e especialista na área, em uma pequena empresa que é procurada por um grande engenheiro de Hong Kong para fazer o serviço de guardar o edifício. Só que as coisas acabam dando errado quando, tanto Sawyer quanto esse engenheiro chamado Zhao, que é interpretado pelo ator Chin Han, que fez o trambiqueiro Lau em The Dark Knight, são traídos por um grupo de malfeitores; um deles é um cara que Sawyer pensava ser seu "brother", mas que queria ferrar com a vida do cara, e os outros são um grupo que possui um outro cara que o Zhao pensava que era seu aliado, mas que também só queria os segredos do edifício dele para sair no lucro. Logo, o Pearl, considerado o maior edifício de Hong Kong, está com um de seus andares em chamas, tomado por terroristas liderados com o líder de nome impactante, Kores Botha, e pior: Sawyer descobre que sua família se encontra lá dentro. Ele terá que usar de sua experiência e bravura para salvar sua família, pegar os responsáveis traíras e resolver toda a situação.
Quando eu vi o trailer do filme, fiquei animado com os trechos que mostravam a ação. A fotografia realmente é brilhante, mostrando todo o edifício em sua glória e altura vertiginosas. As cenas de ação também são sensacionais, e as cenas em que Sawyer fica dependurado nas estruturas chegam a dar medo. Um detalhe que eu gostei muito, foi do lance do "céu" do edifício, onde a gente vê uma estrutura de espelhos que será usada no clímax do filme. É uma ideia batida, que já foi usada várias vezes em produções passadas, mas que aqui é reusada de forma muito legal do jeito que fizeram.
É bom salientar também que, muito embora Dwayne tenha trabalhado bastante ao longo deste ano, nos apresentando três filmes (os outros sendo Rampage e o remake de Jumanji), no fim das contas, é este o filme que eu acho que todos vão lembrar de Dwayne no futuro. É um thriller de ação intenso, Dwayne não é um dos atores mais brilhantes, mas para o papel que lhe foi requisitado aqui, está bom, suas limitações não foram um problema.
E assim como John McClane no clássico Die Hard, Dwayne terá que proteger sua família em um edifício grande, lutar contra malfeitores, dizer frases de efeito, matar o "Hans Gruber" da história, salvar o dia e se reunir com sua família no fim das contas. Tudo isso usando de sua bravura e coragem e tendo uma perna a menos. Conseguirá ele chegar ao final de sua jornada? É isso que você vai descobrir assistindo esta história. E não se espante em achar que as comparações com Die Hard sejam exageradas, garanto que não são! Até a internet concorda comigo, olha a figura!
Você pode até estar pensando... "ah, então desencana e chama isso logo de remake velado de Die Hard!" Pois é caro leitor, poderia! Mas como eu disse no começo, o mundo precisa de novos heróis, de novos John McClanes. E eu acredito que, muito embora este filme repita fórmulas que a gente já conhece, e situações que já nos foram apresentadas antes, acredito que um filme como este, que não fica enchendo o saco de todo mundo com política e ideologia, como fazem tantas produções recentes nos dias de hoje, e se preocupa apenas em nos contar uma boa história, como nos velhos tempos, é o que as pessoas precisam para se encantar de novo com feitos de bravura.
Eu tenho certeza que os dois meninos que estavam sentados ao meu lado e que não aparentavam ter mais do que 17 anos saíram do cinema mais inspirados, mais motivados e com mais determinação e bravura para viverem a vida e mais amor por sua família, do que o "intelectualzinho" que foi assistir o ridículo e infantil The Shape of the Water no começo do ano. Definitivamente recomendado! Compre pipoca, refrigerante, vá com os amigos e a família, e divirta-se!
Skyscraper (2018)
Produção: Beau Flynn, Hiram Garcia, Dwayne Johnson, Mary Parent, Dany Garcia, Petra Holtorf
Roteiro: Rawson Marshall Thurber
Trilha sonora: Steve Jablonsky
Trailer:
Seu logotipo parece muito elegante. Estilo retrô é o meu favorito. Algo semelhante é feito no site "Logaster" https://www.logaster.com/
ReplyDeleteMuito obrigado, Anna! A ideia era ser discreto e nostálgico, valeu!
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