Nota: 8 / 10
Aí está algo que me pegou de surpresa este ano. Ano passado eu havia falado sobre a minha experiência com a primeira animação do Batman versão de Adam West. E apesar de não ser meu Batman favorito, achei a animação boa, e condizente com a proposta que visa agradar os fãs do cruzado embuçado de West e do menino prodígio de Burt Ward e suas peripécias.
Dito isto, devo reforçar que West continua não sendo meu Batman favorito, mas mesmo assim, venho até vocês com esta resenha em tom solene, de despedida.
Faço isto, porque West foi o primeiro Batman para mim e para muitas pessoas, e enquanto eu era criança, cumpriu e muito bem seu papel para que eu viesse a descobrir meu personagem favorito dos quadrinhos.
Dito isto, devo reforçar que West continua não sendo meu Batman favorito, mas mesmo assim, venho até vocês com esta resenha em tom solene, de despedida.
Faço isto, porque West foi o primeiro Batman para mim e para muitas pessoas, e enquanto eu era criança, cumpriu e muito bem seu papel para que eu viesse a descobrir meu personagem favorito dos quadrinhos.
A atuação final de Adam West como o homem-morcego dos anos 60 nos traz uma ideia que chegou a ser até roteiro das HQs do Batman baseado na série do West, mas nunca virou episódio dela. O Batman de West iria enfrentar o Duas-Caras. Sim, um personagem extremamente sombrio e trágico para os padrões da série iria figurar em um episódio, mas aí eles resolveram não fazer. Saiu em quadrinhos esses últimos tempos, agora se transforma em um filme. Como eu não acompanho as edições desta série de HQs baseada na série sessentista, não sei dizer se é o roteiro da HQ ou não, então vou me focar na história em si.
Batman e Robin são convidados para testemunhar um experimento em um laboratório de um certo Hugo Strange; aparência clássica e conhecida do vilão, mas editado e adaptado para a realidade do West-universe. O mesmo fizeram com a assistente do Dr. Strange, Harleen Quinzel; sim, você leu certo, adaptaram a Arlequina também para a série de West, só que aqui ela nada tem a ver com o Coringa! Como dizem por aí, outros tempos.
A experiência era uma máquina capaz de drenar o mal dos vilões e transformá-los em bons cidadãos. Para cobaias no experimento, trouxeram o Coringa, o Pinguim, o Charada e o Cabeça de Ovo. Só que o mal era tanto, que o dispositivo se enche de um líquido verde no contêiner de vidro, que contém o mal dos vilões, e explode em metade da cara do promotor público Harvey Dent. Isso faz com que um dos lados dele fique afetado por esse mal e ele vire... tchanaaam!... o Duas-Caras. Adorável, não?
Origem nova do vilão, evocando aí durante o filme o complexo de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, mas yes, nós temos mais referências das hqs sérias do morcego, como The Dark Knight Returns, em uma cena que mostra o Harvey com a cara acertada após um tratamento médico custeado por Bruce Wayne, fazendo o promotor voltar ao normal.
Só que durante o filme, somos surpreendidos com a revelação de que o acidente de Dent faz ele virar realmente um ser dicotômico a lá Dr. Jekyll e Mr. Hyde. Na cronologia das hqs, estamos acostumados a ver o Duas-Caras como aquele cara cujo lado ruim já dominou completamente, sem chances de Harvey voltar a ser quem era. Aqui não, temos Harvey lutando contra seu lado ruim para deixar de pertencer à lista dos criminosos de Gotham.
No meio disso tudo ainda está o Rei Tut, para completar a gangue de vilões dicotômicos. Ele trabalha em conjunto com Duas-Caras para subjugar o protetor de Gotham City.
Com a fórmula que desperta o Mr. Hyde em cada um de nós, Robin é capturado pelos vilões e obrigado a enfrentar o próprio Batman, dominado por seu lado ruim. A cidade inteira de Gotham também sofre com os efeitos da fórmula, fazendo com que cada cidadão vire um "Duas-Caras" e comecem a se confrontar. Nesse miolo todo, a Mulher-Gato dá uma ajudazinha, e a dupla dinâmica consegue, no final, colocar tudo nos eixos. Tudo no melhor estilo da série sessentista. E com participação de William Shatner fazendo Harvey Dent, Lee Meriwether, a ex-Mulher-Gato, fazendo uma ponta como a personagem Lucilee Diamond, e claro, as ilustres presenças de Burt Ward como Robin, e Adam West, fazendo seu Batman bom-moço pela última vez. Ao final da animação, vem a dedicatória ao ator, homenageando ele e seu trabalho.
Creio eu que este foi o fim do Batman de Adam West. Eu, pelo menos, não ouvi qualquer coisa em relação a acharem um impersonator, ou algum substituto para o ator, então creio que foi a última vez que vimos West interpretando o cruzado embuçado.
E mais uma vez, não posso deixar minha indiferença para com este Batman afetar a minha avaliação final. No fim das contas, é uma animação que todos os fãs da série sessentista irão amar, tão boa quanto a primeira que saiu ano passado; tem as piadas que se espera de um episódio da série, tem todo aquele universo nostálgico e lisérgico que o seriado imprimia, com direito a todas as referências possíveis, até mesmo quando a dupla dinâmica anda pelas paredes, tem os vilões exóticos... enfim, se você gosta do Adam West, então você não pode perder esta animação.
E, como West foi o meu primeiro Batman, fica aqui minha homenagem final a ele e meu reconhecimento por ter sido ele a me apresentar este personagem fantástico, mesmo que sua versão não seja a minha favorita. Descanse em paz, Bátima!
Batman e Robin são convidados para testemunhar um experimento em um laboratório de um certo Hugo Strange; aparência clássica e conhecida do vilão, mas editado e adaptado para a realidade do West-universe. O mesmo fizeram com a assistente do Dr. Strange, Harleen Quinzel; sim, você leu certo, adaptaram a Arlequina também para a série de West, só que aqui ela nada tem a ver com o Coringa! Como dizem por aí, outros tempos.
A experiência era uma máquina capaz de drenar o mal dos vilões e transformá-los em bons cidadãos. Para cobaias no experimento, trouxeram o Coringa, o Pinguim, o Charada e o Cabeça de Ovo. Só que o mal era tanto, que o dispositivo se enche de um líquido verde no contêiner de vidro, que contém o mal dos vilões, e explode em metade da cara do promotor público Harvey Dent. Isso faz com que um dos lados dele fique afetado por esse mal e ele vire... tchanaaam!... o Duas-Caras. Adorável, não?
Origem nova do vilão, evocando aí durante o filme o complexo de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, mas yes, nós temos mais referências das hqs sérias do morcego, como The Dark Knight Returns, em uma cena que mostra o Harvey com a cara acertada após um tratamento médico custeado por Bruce Wayne, fazendo o promotor voltar ao normal.
Só que durante o filme, somos surpreendidos com a revelação de que o acidente de Dent faz ele virar realmente um ser dicotômico a lá Dr. Jekyll e Mr. Hyde. Na cronologia das hqs, estamos acostumados a ver o Duas-Caras como aquele cara cujo lado ruim já dominou completamente, sem chances de Harvey voltar a ser quem era. Aqui não, temos Harvey lutando contra seu lado ruim para deixar de pertencer à lista dos criminosos de Gotham.
No meio disso tudo ainda está o Rei Tut, para completar a gangue de vilões dicotômicos. Ele trabalha em conjunto com Duas-Caras para subjugar o protetor de Gotham City.
Com a fórmula que desperta o Mr. Hyde em cada um de nós, Robin é capturado pelos vilões e obrigado a enfrentar o próprio Batman, dominado por seu lado ruim. A cidade inteira de Gotham também sofre com os efeitos da fórmula, fazendo com que cada cidadão vire um "Duas-Caras" e comecem a se confrontar. Nesse miolo todo, a Mulher-Gato dá uma ajudazinha, e a dupla dinâmica consegue, no final, colocar tudo nos eixos. Tudo no melhor estilo da série sessentista. E com participação de William Shatner fazendo Harvey Dent, Lee Meriwether, a ex-Mulher-Gato, fazendo uma ponta como a personagem Lucilee Diamond, e claro, as ilustres presenças de Burt Ward como Robin, e Adam West, fazendo seu Batman bom-moço pela última vez. Ao final da animação, vem a dedicatória ao ator, homenageando ele e seu trabalho.
Creio eu que este foi o fim do Batman de Adam West. Eu, pelo menos, não ouvi qualquer coisa em relação a acharem um impersonator, ou algum substituto para o ator, então creio que foi a última vez que vimos West interpretando o cruzado embuçado.
E mais uma vez, não posso deixar minha indiferença para com este Batman afetar a minha avaliação final. No fim das contas, é uma animação que todos os fãs da série sessentista irão amar, tão boa quanto a primeira que saiu ano passado; tem as piadas que se espera de um episódio da série, tem todo aquele universo nostálgico e lisérgico que o seriado imprimia, com direito a todas as referências possíveis, até mesmo quando a dupla dinâmica anda pelas paredes, tem os vilões exóticos... enfim, se você gosta do Adam West, então você não pode perder esta animação.
E, como West foi o meu primeiro Batman, fica aqui minha homenagem final a ele e meu reconhecimento por ter sido ele a me apresentar este personagem fantástico, mesmo que sua versão não seja a minha favorita. Descanse em paz, Bátima!
Batman vs. Two Face (2017)
Título em português BR: Batman vs. Duas Caras
Direção: Rick Morales
Produção: Alan Burnett, Michael Jelenic, Benjamin Melniker, Sam Register, James Tucker, Michael Uslan
Roteiro: Michael Jelenic, James Tucker (baseado no seriado dos anos 60 criado por William Dozier e Edmond Hamilton, baseado em personagens criados por Bill Finger, Bob Kane, Jerry Robinson, Sheldon Moldoff e Dick Sprang)
Trilha sonora: Kristopher Carter, Michael McCuistion, Lolita Ritmanis, com o tema de Neal Hefti
Estrelando as vozes originais de: Adam West, Burt Ward, Julie Newmar, William Shatner, Jeff Bergman, William Salyers, Wally Wingert, Steven Weber, Jim Ward, Thomas Lennon, Lynne Marie Stewart, Sirena Irwin, Lee Meriwether
Outros filmes desta série:
- Batman vs. Two Face (Batman vs. Duas Caras) (2017)
- Batman: Return Of The Caped Crusaders (Batman: O Retorno da Dupla Dinâmica) (2016)
- Batman: The Movie (Batman: O Homem-Morcego) (1966)
Outros filmes desta série:
- Batman vs. Two Face (Batman vs. Duas Caras) (2017)
- Batman: Return Of The Caped Crusaders (Batman: O Retorno da Dupla Dinâmica) (2016)
- Batman: The Movie (Batman: O Homem-Morcego) (1966)
Trailer:
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