A sequência de Kingsman: The Secret Service, filme baseado nos quadrinhos de Mark Millar e Dave Gibbons, é boa, e só. Sim, é boa. Mas trata-se de uma repetição, por vezes cansativa, de clichês. Tem momentos de tirar o fôlego sim, sem dúvida, mas muitas vezes você se pega meio que dizendo sério? Precisava de uma sequência para fazerem isso? Ok...
Para piorar, eles se usam de uma artimanha que me faz lembrar um case de não muita aceitação. Vou dizer já já, qual é, mas digamos que tem a ver com outros caras que vestem ternos. Ah, tenham em vista também, que eu ainda não li as HQs em que o filme se baseia, mas o universo em si me cativou bastante. Só achei que eles poderiam ter trabalhado melhor vários aspectos do filme para fazer valer aqueles que te tiram o fôlego.
A trama do filme começa já com ação, como um bom filme de espião deve começar. Vemos Eggsy combatendo um cara com braço de metal. Pouco a pouco, descobrimos que ele é parte da organização do Círculo Dourado, cujas pessoas tem círculos tatuados a ferro na pele. Acontece que essa tal organização tem soltado mísseis e assassinado sistematicamente diversos membros dos Kingsman pelo mundo, e cabe aos remanescentes da unidade Statesman, nos EUA, pôr um fim nisso.
O filme referencia Galahad e os eventos do filme anterior, incluindo algumas partes com Samuel L. Jackson, apesar do ator não retornar para este filme. Quem retorna milagrosamente, de fato, é o personagem de Colin Firth, Harry Hart, o Galahad original. Pois é. O filme inventa um mecanismo que "ressuscita" o personagem morto, no melhor esilo Dragonball! Puts grila! Sendo assim, ele retorna com tapa-olho, e a organização começa a investigar o tal Círculo Dourado, que está se usando de uma substância química, uma droga que deteriora a pessoa em quatro estados diferentes: marcas de veias estourando da pele, loucura e delírio, paralisia, e por fim, morte.
Hora que eu vi isso, lembrei imediatamente de MIIB (Homens de Preto 2). Mesma ideia! A diferença é que no universo de MIB, o agente K simplesmente saiu da organização, e aqui o Galahad foi dado como morto, mas acaba que ele estava vivo! E se MIIB já não era lá uma grande lembrança, a suposta morte do personagem me fez lembrar de um dos filmes ruins mais odiados no universo nerd: Highlander 2: The Quickening! Isso porque no primeiro filme da série, o personagem Ramirez havia morrido após o Kurgan decepar a cabeça do espanhol... escocês... egípcio... sei lá!
Pois bem, na mesma manobra canalha, eles trazem o Galahad de volta. Ai meu saco! Por favor, alguém me diga que a HQ é melhor, vai! Enfim, assim como o cérebro do agente K em MIIB, o do Galahad vai tentando pegar no tranco para poder se lembrar de quem ele era. E a forma como trazem o morto de volta à vida é o que eu achei mais forçado! Mas enfim, o Galahad volta e agora usa tapa-olho, igual o Nick Fury da Marvel. Junto dele e Eggsy, temos o Merlin de volta, temos um cowboy americano com um laço bem maneiro, o personagem Champagne, de Jeff Bridges, a Ginger Ale, de Halle Berry, o Tequila, de Channing Tatum, e pasmem, até mesmo o Elton John (ele mesmo) eles trouxeram pra essa doideira aqui! Não tô reclamando, eu até me diverti com tudo isso!
O vilão doido excêntrico da vez, na verdade é uma doida excêntrica, a personagem Poppy Adams, de Julianne Moore. E põe doida varrida nisso! Ela é tão maldosa e louca, que mata um de seus capangas em um moedor de carne grande, fazendo logo em seguida um hambúrguer de carne com as entranhas dele. Ver aquilo até me revirou o estômago, porque eu estava comendo na hora da cena! Mas foi bacana.
Como podemos ver, temos um elenco estreladíssimo. A diversão nas sequências de ação é mais do que garantida. Eu me peguei muitas vezes sem fôlego diante das cenas de ação! Há momentos no filme também que contém um desenvolvimento de personagem bacana para alguns deles, mas não para outros.
E do momento de abertura do filme, passando pelo momento em que Galahad recita novamente a frase do bispo William Wykeham, "manners maketh man", até a cena que fecha o filme, dá pra gente se divertir bastante com a ação. Mas a trama é bem canalha e clichezinha. O segundo ato, por exemplo, é arrastado pra caramba, parece que o filme não sai do lugar, não desempaca. Eu nem sei como eu não dormi ali mesmo, porque na noite passada eu não havia dormido direito. Mas após isso, fica bem legal, sem contar que tem umas traquitanas bem malucas, como uma camisinha de dedo que... bem, você tem que ver... e outras coisas bem... é... jamesbondianas, digamos.
O final vai deixar muita gente polarizada, pelo teor (mesmo que indireto) do comentário que tem impresso ali. Pessoalmente, eu não acho Hollywood referência nenhuma para assuntos como esse, mas é a opinião deles. Eu concordo com a intenção, o protótipo dos personagens tem intenções nobres, mas a analogia feita com figuras do mundo real, mesmo que implícita, me soa bem... "fake", se entendem o que quero dizer. Eu acredito que daqui alguns anos, essa visão hollywoodiana se mostrará bastante equivocada e datada.
Enfim, um segundo filme ok, não ótimo como foi o primeiro, mas uma boa diversão para quem procura por bom escapismo. O personagem Merlin, em um dado momento do filme, tem uma saída que eu achei bem tocante e bacana, fiquei até sentido neste momento da película, então foi legal. Recomendo uma assistida, mas não se trata de nenhum novo clássico ou nova sequência dessas que supera o primeiro, enquanto prova mais uma vez aquela máxima de que um elenco estrelado não faz necessariamente um filme ser excelente. Mesmo assim, aguardarei o terceiro da série.
Kingsman: The Golden Circle (2017)
A trama do filme começa já com ação, como um bom filme de espião deve começar. Vemos Eggsy combatendo um cara com braço de metal. Pouco a pouco, descobrimos que ele é parte da organização do Círculo Dourado, cujas pessoas tem círculos tatuados a ferro na pele. Acontece que essa tal organização tem soltado mísseis e assassinado sistematicamente diversos membros dos Kingsman pelo mundo, e cabe aos remanescentes da unidade Statesman, nos EUA, pôr um fim nisso.
O filme referencia Galahad e os eventos do filme anterior, incluindo algumas partes com Samuel L. Jackson, apesar do ator não retornar para este filme. Quem retorna milagrosamente, de fato, é o personagem de Colin Firth, Harry Hart, o Galahad original. Pois é. O filme inventa um mecanismo que "ressuscita" o personagem morto, no melhor esilo Dragonball! Puts grila! Sendo assim, ele retorna com tapa-olho, e a organização começa a investigar o tal Círculo Dourado, que está se usando de uma substância química, uma droga que deteriora a pessoa em quatro estados diferentes: marcas de veias estourando da pele, loucura e delírio, paralisia, e por fim, morte.
Hora que eu vi isso, lembrei imediatamente de MIIB (Homens de Preto 2). Mesma ideia! A diferença é que no universo de MIB, o agente K simplesmente saiu da organização, e aqui o Galahad foi dado como morto, mas acaba que ele estava vivo! E se MIIB já não era lá uma grande lembrança, a suposta morte do personagem me fez lembrar de um dos filmes ruins mais odiados no universo nerd: Highlander 2: The Quickening! Isso porque no primeiro filme da série, o personagem Ramirez havia morrido após o Kurgan decepar a cabeça do espanhol... escocês... egípcio... sei lá!
Pois bem, na mesma manobra canalha, eles trazem o Galahad de volta. Ai meu saco! Por favor, alguém me diga que a HQ é melhor, vai! Enfim, assim como o cérebro do agente K em MIIB, o do Galahad vai tentando pegar no tranco para poder se lembrar de quem ele era. E a forma como trazem o morto de volta à vida é o que eu achei mais forçado! Mas enfim, o Galahad volta e agora usa tapa-olho, igual o Nick Fury da Marvel. Junto dele e Eggsy, temos o Merlin de volta, temos um cowboy americano com um laço bem maneiro, o personagem Champagne, de Jeff Bridges, a Ginger Ale, de Halle Berry, o Tequila, de Channing Tatum, e pasmem, até mesmo o Elton John (ele mesmo) eles trouxeram pra essa doideira aqui! Não tô reclamando, eu até me diverti com tudo isso!
O vilão doido excêntrico da vez, na verdade é uma doida excêntrica, a personagem Poppy Adams, de Julianne Moore. E põe doida varrida nisso! Ela é tão maldosa e louca, que mata um de seus capangas em um moedor de carne grande, fazendo logo em seguida um hambúrguer de carne com as entranhas dele. Ver aquilo até me revirou o estômago, porque eu estava comendo na hora da cena! Mas foi bacana.
Como podemos ver, temos um elenco estreladíssimo. A diversão nas sequências de ação é mais do que garantida. Eu me peguei muitas vezes sem fôlego diante das cenas de ação! Há momentos no filme também que contém um desenvolvimento de personagem bacana para alguns deles, mas não para outros.
E do momento de abertura do filme, passando pelo momento em que Galahad recita novamente a frase do bispo William Wykeham, "manners maketh man", até a cena que fecha o filme, dá pra gente se divertir bastante com a ação. Mas a trama é bem canalha e clichezinha. O segundo ato, por exemplo, é arrastado pra caramba, parece que o filme não sai do lugar, não desempaca. Eu nem sei como eu não dormi ali mesmo, porque na noite passada eu não havia dormido direito. Mas após isso, fica bem legal, sem contar que tem umas traquitanas bem malucas, como uma camisinha de dedo que... bem, você tem que ver... e outras coisas bem... é... jamesbondianas, digamos.
O final vai deixar muita gente polarizada, pelo teor (mesmo que indireto) do comentário que tem impresso ali. Pessoalmente, eu não acho Hollywood referência nenhuma para assuntos como esse, mas é a opinião deles. Eu concordo com a intenção, o protótipo dos personagens tem intenções nobres, mas a analogia feita com figuras do mundo real, mesmo que implícita, me soa bem... "fake", se entendem o que quero dizer. Eu acredito que daqui alguns anos, essa visão hollywoodiana se mostrará bastante equivocada e datada.
Enfim, um segundo filme ok, não ótimo como foi o primeiro, mas uma boa diversão para quem procura por bom escapismo. O personagem Merlin, em um dado momento do filme, tem uma saída que eu achei bem tocante e bacana, fiquei até sentido neste momento da película, então foi legal. Recomendo uma assistida, mas não se trata de nenhum novo clássico ou nova sequência dessas que supera o primeiro, enquanto prova mais uma vez aquela máxima de que um elenco estrelado não faz necessariamente um filme ser excelente. Mesmo assim, aguardarei o terceiro da série.
Kingsman: The Golden Circle (2017)
Título em português BR: Kingsman: O Círculo Dourado
Direção: Matthew Vaughn
Produção: Adam Bohling, David Reid, Matthew Vaughn
Roteiro: Jane Goldman, Matthew Vaughn (baseada na HQ escrita por Mark Millar e Dave Gibbons)
Trilha sonora: Henry Jackman, Matthew Margeson
Estrelando: Taron Egerton, Edward Holcroft, Gordon Alexander, Mark Strong, Hanna Alström, Calvin Demba, Thomas Turgoose, Tobi Bakare, Julianne Moore, Keith Allen, Tom Benedict Knight, Colin Firth, Michael Gambon, Sophie Cookson, Channing Tatum, Halle Berry, Elton John, Jeff Bridges, Pedro Pascal, Bruce Greenwood, Emily Watson, Mark Arnold
Outros filmes desta série:
- Kingsman: The Golden Circle (Kingsman: O Círculo Dourado) (2017)
- Kingsman: The Secret Service (Kingsman: Serviço Secreto) (2014)
Trailer:
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