Teve início, nesta quinta-feira, mais uma edição do Sesc Jazz & Blues em Ribeirão Preto, sempre com excelentes atrações e novidades. Além, é claro, de trazerem sempre para cá alguma ótima surpresa que não conhecemos, como o inacreditável trio de Jazz Fusion, Saracotia, que conheci hoje, sexta-feira.
Sabem quando você entra em uma sintonia tão grande com os músicos que aquele som fica marcado em sua cabeça? Pois é. Eu não conhecia o trio, mas o som instrumental deles é tão espetacular, tão intenso e tão espontâneo que eu simplesmente me senti fisgado por ele lá no auditório do Sesc enquanto os observava.
O grupo de Pernambuco, formado por Rafael Marques (bandolim de 10 cordas), Rodrigo Samico (violão de 7 cordas) e Marcio Silva (bateria) vence pela simplicidade. Com apenas um violão acústico, um bandolim e o kit de bateria, os músicos fazem um som sofisticado, bastante variado, indo do frevo e do samba até o jazz e a música nordestina, com muita classe e desenvoltura, e as influências de mestres da música brasileira como Hermeto Pascoal, Jacob do Bandolim e artistas clássicos do Jazz como Charlie Parker.
Eu não conhecia as músicas que executaram, por isso eu não posso fazer uma set list do show aqui na matéria, pois são todas composições próprias. Mas posso falar de momentos. E é exatamente assim que a apresentação do trio se inicia às 19:10 hs, com uma voz de playback falando de momentos e identidade musical.
A cada transição de uma música para outra, havia um playback com algum efeito sonoro ou alguma linha de diálogo, apresentando a música seguinte, na mais perfeita sincronia com o grupo, como se fosse uma história sendo contada através de notas musicais. E quando eles tocavam no palco, eram como uma unidade sonora, nenhum instrumento se destacava do outro, a banda tinha a capacidade e a competência de criar uma conjuntura sonora, uma malha de texturas que soava coesa, criativa, interessante, dinâmica e bastante desafiadora. Tudo isso com apenas três instrumentos e a iluminação ambiente do palco.
Aliás, devo destacar o excelente trabalho de iluminação de palco, que não somente agiu em conjunto com os climas sonoros que a banda criava como também ajudava a permear toda a atmosfera do show. Ao final dele eu aplaudia muito e com grande satisfação por ter conhecido músicos tão versáteis e interessantes.
Verdade que a banda faz muito o tipo de música brasileira que eu particularmente gosto de ouvir. Ano passado eu havia ido no último dia do festival e conheci a banda Comboio, um grupo que se destaca pela sua complexidade sonora e a sua grande variedade de instrumentos, uma outra banda brasileira de Jazz Fusion que eu recomendo altamente. Mas aqui o Saracotia me conquistou pela sua economia, provando que não é necessariamente a variedade de instrumentos diferentes que irá compor uma excelente música, mas a forma como você mistura estes sons com o que você tem e os trabalha de uma forma criativa e envolvente.
No final, acabei comprando por 10 reais o 2º CD deles que saiu agora em 2015, A Vista do Ponto, que irei ouvir com enorme entusiasmo e espero também falar sobre ele aqui no blog. E ainda de quebra teve um mini show da banda Jazzigo Perpétuo tocando clássicos do Jazz na área de convivência do Sesc, que também foi muito legal. Enfim, um trio sensacional e que eu recomendo a todos que curtem uma música brasileira robusta, arrojada, desafiadora, divertidíssima e certamente muito empolgante! Um "muito obrigado" aos músicos pela grande noite regada à boa música e pelos momentos inesquecíveis.
A cada transição de uma música para outra, havia um playback com algum efeito sonoro ou alguma linha de diálogo, apresentando a música seguinte, na mais perfeita sincronia com o grupo, como se fosse uma história sendo contada através de notas musicais. E quando eles tocavam no palco, eram como uma unidade sonora, nenhum instrumento se destacava do outro, a banda tinha a capacidade e a competência de criar uma conjuntura sonora, uma malha de texturas que soava coesa, criativa, interessante, dinâmica e bastante desafiadora. Tudo isso com apenas três instrumentos e a iluminação ambiente do palco.
Aliás, devo destacar o excelente trabalho de iluminação de palco, que não somente agiu em conjunto com os climas sonoros que a banda criava como também ajudava a permear toda a atmosfera do show. Ao final dele eu aplaudia muito e com grande satisfação por ter conhecido músicos tão versáteis e interessantes.Verdade que a banda faz muito o tipo de música brasileira que eu particularmente gosto de ouvir. Ano passado eu havia ido no último dia do festival e conheci a banda Comboio, um grupo que se destaca pela sua complexidade sonora e a sua grande variedade de instrumentos, uma outra banda brasileira de Jazz Fusion que eu recomendo altamente. Mas aqui o Saracotia me conquistou pela sua economia, provando que não é necessariamente a variedade de instrumentos diferentes que irá compor uma excelente música, mas a forma como você mistura estes sons com o que você tem e os trabalha de uma forma criativa e envolvente.
No final, acabei comprando por 10 reais o 2º CD deles que saiu agora em 2015, A Vista do Ponto, que irei ouvir com enorme entusiasmo e espero também falar sobre ele aqui no blog. E ainda de quebra teve um mini show da banda Jazzigo Perpétuo tocando clássicos do Jazz na área de convivência do Sesc, que também foi muito legal. Enfim, um trio sensacional e que eu recomendo a todos que curtem uma música brasileira robusta, arrojada, desafiadora, divertidíssima e certamente muito empolgante! Um "muito obrigado" aos músicos pela grande noite regada à boa música e pelos momentos inesquecíveis.
Saracotia - Ribeirão Preto, SP, segundo dia do Sesc Jazz & Blues
21 de Agosto de 2015
21 de Agosto de 2015
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