Eu adoro ir assistir um novo filme de espionagem. Quer seja James Bond, Jason Bourne, ou a saga do Ethan Hunt, ou qualquer filme do gênero que seja bom, interessante, divertido, eu curto demais. Este é o quinto e novo exemplar da série Mission: Impossible. Eu já havia começado a acompanhá-la desde lá dos anos 90, aliás, pensei que ela teria vida curta durante um tempo, até mesmo pela questão da idade do Tom Cruise. Meu histórico então é longo, e eu enxergo os filmes da cinessérie desta maneira, pra resumir: primeiro filme, ótimo, meu grande favorito; segundo, medíocre, com situações exageradas e cenas às vezes mentirosas demais, pra mim, o pior dos 5 filmes, apesar da versão Rock muito bacana do tema; terceiro, uma ótima recuperação com o envolvimento de J.J. Abrams, criador do seriado Lost e diretor dos reboots de Star Trek e do novo Star Wars; quarto, divertido e bacana, manteve meu interesse. E este quinto filme, pra mim até agora é, junto com o primeiro filme e o quarto, o mais divertido e bacana de todos.
Antes de começar o novo filme, no entanto, aconteceu uma coisa fora do comum. Após os trailers, os caras passaram um mini-making off mostrando que todas as cenas de ação, especialmente a de Cruise do lado de fora do avião, eram reais. Eu já sabia, desde o segundo filme da série, que o Cruise não usa dublês e faz as cenas de ação ele mesmo, e o mais real possível. Ou seja, o cara faz as coisas pra valer mesmo no filme, dizendo que, apesar de parecer loucura, isso garante mais veracidade ao que o expectador estiver vendo. Eu até admiro essa coisa do Cruise dispensar os dublês e fazer as coisas para valer, mas eu sempre fico pensando... puxa, e se uma hora o cara enfiar os pés pelas mãos e cair, se machucar seriamente, quem sabe até... bem, deixa pra lá.
A trama do filme, como sempre, envolve uma organização ou vilão mirabolante, o Sindicato. Inclusive, aqui na série de filmes, o nome é uma referência a uma organização real, chamada National Crime Syndicate, e isso inclui a telessérie de TV sessentista também, onde ela apareceu nas últimas temporadas, no começo dos anos 70. Luther Stickell, que não faltou em nenhum filme, retorna aqui na pele do ator Ving Rhames. Benji Dunn, que já está desde o terceiro filme, retorna também com o ator Simon Pegg e William Brandt que foi apresentado no filme anterior pelo grande ator Jeremy Renner, o Gavião Arqueiro dos Vingadores, também está de volta. Como uma bem vinda adição ao time de Ethan Hunt, temos a sensual e corajosa Ilsa Faust, interpretada pela atriz Rebecca Ferguson, e como antagonista, o excêntrico da vez, temos o vilão Solomon Lane, interpretado por Sean Harris. Para completar, vemos aqui um dos comandantes da IMF, Alan Hunley, interpretado pelo grande veterano Alec Baldwin. Resumindo, um elencaço!!
Ocorre que, novamente, a IMF é comprometida por alguma razão e Ethan Hunt tem que formar um time próprio e ir atrás do vilão e deste tal sindicato que tem planos mórbidos de executar o primeiro ministro britânico. Estão lá todos os elementos da franquia, que começa com uma cena de ação que é a famosa cena com Hunt do lado de fora do avião, aos berros para que seus companheiros abram a porta do veículo. Depois temos a abertura e Hunt recebendo a missão do modo de sempre, com a mensagem se auto-destruindo em cinco segundo, mas desta vez trata-se de um golpe que tenta eliminar o protagonista; então temos uma belíssima sequência em um teatro de ópera, no meio de uma performance, com alguém tentando executar uma pessoa importante por lá. A cena, brilhantemente filmada, evoca um famoso filme de Alfred Hitchcock, a sua grande versão de 1956 de The Man Who Knew Too Much (O Homem Que Sabia Demais).
E para a cena do feito impossível de Hunt (e dessa vez ele quase se ferrou mesmo), temos um mergulho em uma estação de água, onde se tem um dispositivo eletrônico submerso em que Hunt tem que trocar um cartão lá em 3 minutos (porque senão ele fica sem oxigênio e morre) para que Benji pudesse atravessar um dispositivo de segurança em um edifício sem ser morto. Tensíssimo! E, para completar, o clímax sempre legal da equipe com um estratégia para capturar o vilão e a confirmação de que esta série está longe de acabar. Aliás, que simbolismo bacana, a sacada da caixa, afinal de contas, cinema é ilusionismo, e o truque de ilusão para ludibriar o expectador aqui no texto final do filme foi simplesmente ótimo!
Aliás, eu ouvi aqui uma das frases mais bacanas que eu já tive a chance de escutar em um filme! Sério, funciona para qualquer situação, pode tentar! O agente Brandt, quando questionado pela corte de justiça, meio que se faz de Donald Rumsfeld e simplesmente responde: "eu não posso nem negar nem confirmar nada sem a aprovação do secretário!" Cara, que frase jóia!! Vale para qualquer ocasião! Nunca fica fora de contexto! Já usei até com a minha esposa! Hahaha!... ai, meu olho roxo...
Enfim, eu quero mais é que eles continuem fazendo filmes desses o quanto puderem! Esta é o tipo de cinessérie James Bond, que a gente nunca se cansa de assistir um novo episódio, porque é sempre bacana. E enquanto Cruise e Abrams conseguirem fazer filmes de Mission: Impossible, podem ter certeza, eu estarei de ingresso comprado e com lugar reservado na cadeira do cinema para acompanhar. Se você, assim como eu, gosta da cinessérie, e de uma boa trama de espionagem, o filme é mais do que recomendado! Agora, pra você que está em dúvida, bem, como diria o agente Brandt... "eu não posso nem negar nem confirmar nada sem a aprovação do secretário!"
Não falei que funciona pra qualquer coisa?
Mission: Impossible - Rogue Nation (2015)
Título em português BR: Missão: Impossível - Nação Secreta
Nota: 9 / 10
Direção: Christopher McQuarrie
Produção: J.J. Abrams, Bryan Burk, Tom Cruise, David Ellison, Dana Goldberg, Don Granger
Título em português BR: Missão: Impossível - Nação Secreta
Nota: 9 / 10
Direção: Christopher McQuarrie
Produção: J.J. Abrams, Bryan Burk, Tom Cruise, David Ellison, Dana Goldberg, Don Granger
Roteiro: Christopher McQuarrie, Drew Pearce (baseado na telessérie original criada por Bruce Geller)
Trilha sonora: Joe Kraemer (com tema original de Lalo Schifrin)
Estrelando: Tom Cruise, Jeremy Renner, Simon Pegg, Rebecca Ferguson, Ving Rhames, Sean Harris, Simon McBurney, Tom Hollander, Alec Baldwin, James Weber Brown
Outros filmes desta cinessérie:
- Mission: Impossible - Fallout (Missão: Impossível - Efeito Fallout) (2018)
- Mission: Impossible - Rogue Nation (Missão: Impossível - Nação Secreta) (2015)
- Mission: Impossible - Ghost Protocol (Missão: Impossível - Protocolo Fantasma) (2011)
- Mission: Impossible III (Missão: Impossível 3) (2006)
- Mission: Impossible II (Missão: Impossível 2) (2000)
- Mission: Impossible (Missão: Impossível) (1996)
Trailer:
- Mission: Impossible - Rogue Nation (Missão: Impossível - Nação Secreta) (2015)
- Mission: Impossible - Ghost Protocol (Missão: Impossível - Protocolo Fantasma) (2011)
- Mission: Impossible III (Missão: Impossível 3) (2006)
- Mission: Impossible II (Missão: Impossível 2) (2000)
- Mission: Impossible (Missão: Impossível) (1996)
Trailer:
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