Nota: 8,5 / 10
Caramba, estou muito feliz! Acabei de voltar de Jason Bourne, e trago a vocês, a ótima notícia de que a série de filmes do espião desmemoriado voltou aos trilhos! Claro, não é o melhor filme da série, mas já é um ótimo recomeço!
Eu sou um enorme fã da trilogia Bourne. Sim, eu falei trilogia! O quarto filme para mim não conta. Aquela budega foi um soco no estômago do fã que tinha altas expectativas de ver a série seguir sem agora ter suporte dos livros de Robert Ludlum, com histórias novas, e foi uma baita decepção.
Deixa eu explicar pra vocês qual foi a mensagem que eu entendi deste novo filme, que os envolvidos quiseram passar: "gente, nos desculpem pelo quarto filme! Nós erramos feio, assumimos! Vamos fingir que ele nunca aconteceu? Legal, então tomem aqui esta continuação direta do terceiro!"
Eu sou um enorme fã da trilogia Bourne. Sim, eu falei trilogia! O quarto filme para mim não conta. Aquela budega foi um soco no estômago do fã que tinha altas expectativas de ver a série seguir sem agora ter suporte dos livros de Robert Ludlum, com histórias novas, e foi uma baita decepção.
Deixa eu explicar pra vocês qual foi a mensagem que eu entendi deste novo filme, que os envolvidos quiseram passar: "gente, nos desculpem pelo quarto filme! Nós erramos feio, assumimos! Vamos fingir que ele nunca aconteceu? Legal, então tomem aqui esta continuação direta do terceiro!"
E assim temos o mais novo exemplar, e, como eu já falei, o verdadeiro quarto filme na sequência da série, Jason Bourne; ou assim espero. Esta nova aventura não só é um baita pedido de desculpas, como também nos traz de volta Matt Damon E o diretor Paul Greengrass para comandar o espetáculo! Maravilha, hein?! E pra fazer a festa ficar ainda mais emocionante, temos ainda Tommy Lee Jones! Eu adoro este ator! Sou fã mesmo, de carteirinha, desde quando assisti The Fugitive, thriller clássico de suspense que ele filmou com Harrison Ford, baseado em uma série televisiva. Não me importa se ele só faz papel de policial, eu gosto muito dele! Que faça papel de policial até o fim da carreira, não tem problema!
Mas não pára por aí! Temos também Vincent Cassel fazendo um capanga de Lee Jones, e o retorno de Julia Stiles e sua personagem Nicky Parsons, pelo menos no primeiro ato, para promover um momento nostálgico. Assisti todos os quatro filmes da série no cinema, e ainda por cima, assisti a minissérie televisiva de 1988, estrelando Richard Chamberlain no papel principal, que é uma adaptação muito mais fiel e precisa dos livros de Ludlum.
Eu planejava até fazer um especial sobre Jason Bourne aqui no blog, mas por falta de tempo ele não saiu, infelizmente, mas ele vai sair, podem deixar, mesmo que seja após este filme. Quero falar dos quatro filmes que houveram antes, mais a minissérie de 1988, não sei quando, mas vou fazer, porque sou fã mesmo. Fã de ótimos thrillers de suspense policiais, de espionagem e de ação, envolvendo politicagem e chantagem. Eu adoro estes filmes.
Bom, mas vamos falar da trama deste novo filme. Ela, como falei, traz de volta Jason Bourne, vivendo a margem de tudo na fronteira da Grécia com a Macedônia. De repente, o departamento de inteligência da CIA, comandado desta vez pelo implacável Robert Dewey (Jones) e sua comparsa Heather Lee (Alicia Vikander, que é uma ótima adição à série), encontram o nosso desmemoriado personagem. Pensando que havia se lembrado de tudo, ele meio que se descuidou da guarda, e teve que sair de onde se encontrava. Parsons hackeia todo o sistema da CIA, e consegue informações sobre David Webb, o verdadeiro nome de Bourne. Eles se encontram em Atenas, na Grécia, e o inevitável acontece.
Este filme tem várias passagens que rimam com o segundo, The Bourne Supremacy. Exemplos? Um spoiler mínimo, não vai prejudicar sua diversão: Nicky Parsons morre. Sim, a sobrevivente de The Bourne Ultimatum aqui é assassinada, exatamente como aconteceu com a personagem Marie, que era interpretada por Franka Potente; outra cena: a luta em um túnel de Bourne com o personagem de Cassel, Asset (nome bem sugestivo), um atirador de primeiro escalão. Os dois vão a toda velocidade dentro de um túnel e tem uma baita briga feia lá dentro. Você vai perceber, inclusive na cena final - que não vou revelar, porque já falei demais - como que Supremacy e este novo filme estão em plena sintonia, e a cena final é um baita de um "toma, trouxa!" de Bourne para seus perseguidores!
As cenas de ação voltaram a todo vapor, nos trazendo novamente este jogo de gato e rato. Temos Jason Bourne subindo em escadas com sua moto, com carros, caminhões entrando em shoppings, boliche de carros, sendo atropelados pelos perseguidores em alta velocidade, enfim, o filme tem ação eficiente, ritmo e toada certa, e uma trama bem interessante.
E qual é a trama principal? Há dois arcos: o primeiro, que inspira o nome do filme, nos mostra que Bourne não sabia exatamente tudo sobre seu passado, como pensava que sabia, e documentos trazem a ele lembranças de seu pai, Richard Webb (Gregg Henry), que estava envolvido em uma operação chamada Iron Hand, a qual Bourne ficou sabendo através dos dados de computador que tinham registros das várias outras operações da CIA, como a Treadsone, Blackbriar, todas expostas por Bourne nos filmes anteriores.
O segundo arco envolve Dewey, que estava envolvido com um cara de uma compania chamada Deep Dream, que promovia a ideia de promover segurança e privacidade na Internet, para que os usuários parassem de ser espionados o tempo todo por hackers, lammers, spammers, e toda sorte de espiões virtuais. Dewey havia se envolvido nisso, mas não estava lá muito satisfeito com os rumos, uma vez que isso prejudicaria o trabalho de seu departamento de espionagem, fazendo com que Bourne tivesse passe livre. Este arco nos traz a discussão que envolve a nossa própria segurança na Web, e é muito interessante pensarmos nisso, uma vez que todos sabemos que não estamos 100% seguros no ambiente virtual, muito longe disso. Agora mesmo, pode haver alguém me espionando na Web enquanto escrevo e publico este artigo. Coisa assustadora, não é mesmo? Me vem até mesmo a lembrança de um certo game que foi criticado recentemente, porque acessava os dados pelo GPS, para você caçar monstrinhos virtuais. Exagero ou não, é algo a se pensar.
Enfim, um retorno muito satisfatório e bacana de Jason Bourne a sua própria série de filmes, e uma nova história bem legal, que termina de forma a nos fazer roer os dedos pelos próximos acontecimentos. E eu espero que agora, a série tenha realmente recuperado seu rumo, e que o quarto filme seja uma lembrança distante, um negativo que aos poucos vai se apagar com o tempo.
Críticas negativas: algumas cenas são meio forçadas, como a que Bourne acaba não notando um certo detalhe que o prejudicou em uma sequência, minha pronta reação foi "ué, como que logo ele não viu isso?"; ou mesmo a conveniência do roteiro, em mostrar que Jason Bourne lembra de seu passado só quando o roteiro manda ele lembrar; a outra crítica fica por conta da maçaroca do título. Puts, gente, por que "Jason Bourne", me digam? Não poderiam ter escolhido outra coisa para manter o padrão anterior, como, sei lá, "The Bourne Return", ou "The Bourne Code", ou até mesmo "The Bourne Origins"? Lambuzaram toda a estética do título, é como se eles tivessem rasgado o cartão de visitas deles, apagado a marca d'água que caracteriza, com tanto estilo, a série! Puxa, ficou ruim, serio mesmo! Até a porcaria do quarto filme, que nem protagonista tem, mantém o padrãozinho, por que mudaram agora? Fica aí minha indignação e a espera por uma explicação dos envolvidos.
Fora esses pontos negativos, Jason Bourne é um baita filme legal de espionagem, e um ótimo retorno da franquia à boa forma. Desculpas aceitas, envolvidos na franquia! Contando com as atuações brilhantes de Damon, Stiles, Cassel, Lee Jones, Vikander, e o resto do elenco de apoio, a fotografia ótima, comandada por Greengrass, com aquela câmera atrás do ator, fazendo bem aquele efeito de voyeur, colocando o expectador como cúmplice e testemunha ocular dos acontecimentos, sem falar nos cortes que dinamizam bem a ação, e ainda por cima a trilha sonora clássica de John Powell e aquela música sensacional de Moby, "Extreme Ways", que eu sempre aguardo ansiosamente para escutar nos créditos finais com grande empolgação, este é um novo exemplar da série que eu recomendo que você vá ver nos cinemas.
E vamos esperar mesmo que o quarto filme tenha sido realmente apagado da cronologia e que eles continuem a partir desse aqui, do jeito que fizeram neste filme, sem referências do quarto filme, sem nada que remeta àquela trama desconexa e confusa, sem pé e nem cabeça que nem tem nada a ver com Jason Bourne. Aguardando ansiosamente, agora mais do que antes, os próximos desdobramentos da história do espião.
Jason Bourne (2016)
Título em português BR: Jason Bourne
Direção: Paul Greengrass
Produção: Matt Damon, Gregory Goodman, Paul Greengrass, Doug Liman, Frank Marshall, Ben Smith, Jeffrey M. Weiner, Chris Carreras
Roteiro: Paul Greengrass, Christopher Rouse (baseado em personagem da literatura criado por Robert Ludlum)
Trilha sonora: David Buckley, John Powell
Estrelando: Matt Damon, Tommy Lee Jones, Alicia Vikander, Vincent Cassel, Julia Stiles, Riz Ahmed, Ato Essandoh, Scott Shepherd, Bill Camp, Vinzenz Kiefer, Stephen Kunken
Outros filmes desta cinessérie:
- Jason Bourne (Jason Bourne) (2016)
- The Bourne Legacy (O Legado Bourne) (2012)
- The Bourne Ultimatum (O Ultimato Bourne) (2007)
- The Bourne Supremacy (A Supremacia Bourne) (2004)
- The Bourne Identity (A Identidade Bourne) (2002)
- The Bourne Ultimatum (O Ultimato Bourne) (2007)
- The Bourne Supremacy (A Supremacia Bourne) (2004)
- The Bourne Identity (A Identidade Bourne) (2002)
Trailer:
Obrigada por compartilhar o trailer! O filme superou as minhas expectativas, o ritmo da historia nos captura a todo o momento. Eu gostei de ver Tommy Lee Jones. É de admirar o profissionalismo deste ator, trabalha muito para se entregar em cada atuação o melhor, sempre supera seus papeis anteriores, o demonstrou em Apenas o Começo um dos seus melhores filmes de ação que se converteu em um dos meus preferidos. Cuida todos os detalhes e como resultado é uma grande produção
ReplyDelete