Novo Toy Story impressiona, emociona, e diverte! Isso é tudo que vou falar antes da resenha.
Direção: Josh Cooley
Vozes originais: Tom Hanks, Tim Allen, Annie Potts, Joan Cusack, Blake Clark, Wallace Shawn, John Ratzenberger, Keanu Reeves, Patricia Arquette, Jordan Peele, Timothy Dalton, Keegan-Michael Key, Kristen Schaal, Laurie Metcalf, Bonnie Hunt, Lori Alan, Jeff Garlin, Tony Hale, Estelle Harris, Bud Luckey, Jeff Pidgeon, Christina Hendricks, Ally Maki, Don Rickles, Bill Hader, Jay Hernandez, Mel Brooks, Betty White, Carl Weathers, Carol Burnett, Carl Reiner, June Squibb, Madeleine McGraw, Alan Oppenheimer, Flea, John Morris, Debi Derryberry, Melissa Villaseñor
Toy Story é uma franquia que eu tenho no meu coração. Sou fã, e me identifico muito com o menino Andy, até porque foi difícil para mim também crescer em um determinado ponto de minha vida, mas a gente aprende que a maturidade vem de uma forma ou de outra, e que a gente tem que assumir uma postura mais madura, respirar fundo e largar nossos brinquedos um dia, assumindo de vez nossos papéis. Faz parte da vida. As histórias dos filmes também sempre giraram em torno de auto-descobertas. No primeiro, foi Buzz, descobrindo que era apenas um brinquedo. No segundo, foi Woody, descobrindo sua família. No terceiro, foi tanto os brinquedos, quanto Andy, descobrindo algo doloroso, mas que tem que ser feito: o desapego. Dos três filmes da trilogia de Andy, tenho dificuldades em escolher o melhor, para mim são todos sensacionais, e dignos de carregarem o selo da Pixar. Depois deles, tiveram alguns curtas e especiais somente para vermos que os brinquedos estavam bem, entre eles, gosto muito de Toy Story of Terror, que foi o maior e mais bacana.
Bom, eu voltei agora do cinema, após assistir Toy Story 4. Eu custei a acreditar que iriam continuar com a saga dos brinquedos, mas aqui estamos. Muito embora isso acabe dando vazão para opiniões como a Pixar estar sem criatividade, uma nova aventura de Woody, Buzz e sua turma é sempre bem-vinda. Existem algumas surpresas neste novo filme. Vocês devem ter reparado, em Toy Story 3, que Betty e suas ovelhas não estavam presentes. Pois bem, rola uma cena de flashback para os tempos de Andy, aqui neste quarto filme, bem no comecinho, para entendermos essa ausência dela do terceiro filme. Após esta cena, que se passa entre o segundo e o terceiro filmes, e que nos traz muita nostalgia, voltamos à cronologia atual com os brinquedos habitando a casa de Bonnie, a menininha que recebeu os brinquedos do agora crescido Andy.
Só que tem um problema: Woody está ficando para trás. Ele costumava sempre ser o líder dos brinquedos, e o favorito de Andy. Só que Andy era um menininho, e Bonnie é uma menininha, então é perfeitamente natural que Bonnie se apegue mais a brinquedos como a Jessie, por exemplo. Bonnie também tem um problema: ela tem que ir para o maternal, só que ela está com medo. Essa é uma parte do filme com a qual eu me identifiquei muito e me emocionei, porque eu sou pai de uma menina de quase 3 anos, e a última coisa que queremos é ver nossos filhos sofrerem por alguma razão, então eu achei muito bacana quando a Bonnie se torna uma menina criativa e faz um personagem: o Garfinho. Este é o novo brinquedo de Bonnie, e ela acaba se apegando muito ao Garfinho. Woody, claro, se vê na obrigação de proteger ele, o que se torna difícil, porque o energúmeno talher de plástico acha que deve ir para o lixo. Ou seja, voltamos àquela dinâmica do primeiro filme em que Woody tem que pagear o Buzz. Isso dá vazão a algumas das partes mais engraçadas do filme. Tem também os novos brinquedos, o pintinho e o coelho que vimos nos vídeos promocionais do filme algum tempo atrás e o motoqueiro Duke Caboom com suas peripécias. Eles também são engraçadíssimos!
Mas este é um filme da Pixar. E sendo Pixar, tem os arcos dramáticos também. Temos a volta de Betty e suas ovelhas. Betty agora é um brinquedo sem dono, independente, que se vira sozinha, não é mais a dama em perigo de antes. Woody a revê e fica feliz, mas também se mete em uma tremenda enrascada, porque ele estava pageando o Garfinho, e acaba indo parar em um empório que tem a boneca Gabi Gabi, que precisa de algo que só o Woody pode fornecer: uma caixa de voz. Todas essas sub-tramas darão vazão aos mais diversos sentimentos e àquela dinâmica hora divertida, hora dramática que só a Pixar sabe fazer.
E eu já vou avisando a todos: se você é um grande fã do Woody, prepare seu coração, porque uma mudança muito drástica vai acontecer na vida dele. Sério, será uma coisa que te deixará com a garganta seca, sem reação. Eu fiquei emocionadíssimo e senti aquela sensação de perda, porque no meio da odisseia dos brinquedos, coisas serão perdidas e novas dinâmicas serão assumidas. A vida desses brinquedos não vai ser a mesma.
O que eu acho mais extraordinário é como a Pixar consegue pegar alguns assuntos pesados e transformá-los de forma que fique palatável para os pequenos. Você e eu que somos adultos vamos entender perfeitamente o que se passou, mas ao mesmo tempo, os miúdos também vão se divertir com a visão inocente deles. E para quem está preocupado, não é nada traumático ou impróprio, mas para os crescidos, a mensagem vai ficar muito clara.
No fim das contas, a Pixar nos impressiona de novo com Toy Story 4. Enquanto achávamos que não havia como o estúdio seguir em frente com esses brinquedos, eles esperaram, tomaram impulso e retornaram com mais um ótimo filme que nos traz ótimas mensagens. E a coisa do desapego continua a ser tratada aqui, como foi tratada no terceiro filme, mas de uma forma diferente. Talvez a única crítica que eu tenha aqui neste filme é que a turma dos brinquedos não foi muito usada neste episódio aqui, mas fora isso, foi tudo muito bom. Resta saber se esse foi o fim, ou se a Pixar ainda detém mais alguma carta na manga que fará com que as peças nesse tabuleiro de Toy Story se movam de novo para nos mostrarem uma nova ordem das coisas. No momento, eu vou ficando por aqui, bem satisfeito com mais um ótimo filme da franquia, e que eu recomendo para todos vocês.
E para finalizar com chave de ouro: que bacana poder cantar aquela velha musiquinha novamente: "amigo, estou aqui... amigo, estou aqui!..."
Bom, eu voltei agora do cinema, após assistir Toy Story 4. Eu custei a acreditar que iriam continuar com a saga dos brinquedos, mas aqui estamos. Muito embora isso acabe dando vazão para opiniões como a Pixar estar sem criatividade, uma nova aventura de Woody, Buzz e sua turma é sempre bem-vinda. Existem algumas surpresas neste novo filme. Vocês devem ter reparado, em Toy Story 3, que Betty e suas ovelhas não estavam presentes. Pois bem, rola uma cena de flashback para os tempos de Andy, aqui neste quarto filme, bem no comecinho, para entendermos essa ausência dela do terceiro filme. Após esta cena, que se passa entre o segundo e o terceiro filmes, e que nos traz muita nostalgia, voltamos à cronologia atual com os brinquedos habitando a casa de Bonnie, a menininha que recebeu os brinquedos do agora crescido Andy.
Só que tem um problema: Woody está ficando para trás. Ele costumava sempre ser o líder dos brinquedos, e o favorito de Andy. Só que Andy era um menininho, e Bonnie é uma menininha, então é perfeitamente natural que Bonnie se apegue mais a brinquedos como a Jessie, por exemplo. Bonnie também tem um problema: ela tem que ir para o maternal, só que ela está com medo. Essa é uma parte do filme com a qual eu me identifiquei muito e me emocionei, porque eu sou pai de uma menina de quase 3 anos, e a última coisa que queremos é ver nossos filhos sofrerem por alguma razão, então eu achei muito bacana quando a Bonnie se torna uma menina criativa e faz um personagem: o Garfinho. Este é o novo brinquedo de Bonnie, e ela acaba se apegando muito ao Garfinho. Woody, claro, se vê na obrigação de proteger ele, o que se torna difícil, porque o energúmeno talher de plástico acha que deve ir para o lixo. Ou seja, voltamos àquela dinâmica do primeiro filme em que Woody tem que pagear o Buzz. Isso dá vazão a algumas das partes mais engraçadas do filme. Tem também os novos brinquedos, o pintinho e o coelho que vimos nos vídeos promocionais do filme algum tempo atrás e o motoqueiro Duke Caboom com suas peripécias. Eles também são engraçadíssimos!
Mas este é um filme da Pixar. E sendo Pixar, tem os arcos dramáticos também. Temos a volta de Betty e suas ovelhas. Betty agora é um brinquedo sem dono, independente, que se vira sozinha, não é mais a dama em perigo de antes. Woody a revê e fica feliz, mas também se mete em uma tremenda enrascada, porque ele estava pageando o Garfinho, e acaba indo parar em um empório que tem a boneca Gabi Gabi, que precisa de algo que só o Woody pode fornecer: uma caixa de voz. Todas essas sub-tramas darão vazão aos mais diversos sentimentos e àquela dinâmica hora divertida, hora dramática que só a Pixar sabe fazer.
E eu já vou avisando a todos: se você é um grande fã do Woody, prepare seu coração, porque uma mudança muito drástica vai acontecer na vida dele. Sério, será uma coisa que te deixará com a garganta seca, sem reação. Eu fiquei emocionadíssimo e senti aquela sensação de perda, porque no meio da odisseia dos brinquedos, coisas serão perdidas e novas dinâmicas serão assumidas. A vida desses brinquedos não vai ser a mesma.
O que eu acho mais extraordinário é como a Pixar consegue pegar alguns assuntos pesados e transformá-los de forma que fique palatável para os pequenos. Você e eu que somos adultos vamos entender perfeitamente o que se passou, mas ao mesmo tempo, os miúdos também vão se divertir com a visão inocente deles. E para quem está preocupado, não é nada traumático ou impróprio, mas para os crescidos, a mensagem vai ficar muito clara.
No fim das contas, a Pixar nos impressiona de novo com Toy Story 4. Enquanto achávamos que não havia como o estúdio seguir em frente com esses brinquedos, eles esperaram, tomaram impulso e retornaram com mais um ótimo filme que nos traz ótimas mensagens. E a coisa do desapego continua a ser tratada aqui, como foi tratada no terceiro filme, mas de uma forma diferente. Talvez a única crítica que eu tenha aqui neste filme é que a turma dos brinquedos não foi muito usada neste episódio aqui, mas fora isso, foi tudo muito bom. Resta saber se esse foi o fim, ou se a Pixar ainda detém mais alguma carta na manga que fará com que as peças nesse tabuleiro de Toy Story se movam de novo para nos mostrarem uma nova ordem das coisas. No momento, eu vou ficando por aqui, bem satisfeito com mais um ótimo filme da franquia, e que eu recomendo para todos vocês.
E para finalizar com chave de ouro: que bacana poder cantar aquela velha musiquinha novamente: "amigo, estou aqui... amigo, estou aqui!..."
Toy Story 4 (2019)
Produção: Mark Nielsen, Jonas Rivera, Pete Docter, Lee Unkrich, Andrew Stanton
Roteiro: Andrew Stanton, Stephany Folsom, Rashida Jones, Will McCormack, Martin Hynes, Valerie LaPointe, John Lasseter
Trilha sonora: Randy Newman
Dublagem em português BR: Marco Ribeiro, Guilherme Briggs, Duda Espinoza, Telma Costa, Perla Ficher, Érika Menezes, Mauro Horta, Antonio Tabet, Marco Luque, Marcelo Garcia, Bia Barros, Mabel Cezar, Mareliz Rodrigues, Christiane Monteiro, Fernando Mendonça, Reginaldo Primo
Outros filmes desta cinessérie:
- Toy Story 4 (Toy Story 4) (2019)
- Toy Story 3 (Toy Story 3) (2010)
- Toy Story 2 (Toy Story 2) (1999)
- Toy Story (Toy Story) (1995)
Trailer legendado:
Trailer dublado:
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