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Chegamos em nossa semana dedicada ao André Matos ao meu disco favorito de toda carreira do cantor. Hoje falaremos desta obra de arte chamada Time to Be Free, primeira obra solo de André.
Em 2007 teve início a carreira solo de André Matos. Chegou um momento na carreira do André em que ele decidiu que deveria seguir sozinho, ao invés de ficar saltando de banda em banda. Na época, eu até cheguei a brincar, dizendo, meu, ele já saiu do Viper, do Angra, do Shaman, agora só vai faltar ele sair da própria banda solo dele! E o que aconteceu foi que enquanto ele tocava a carreira solo dele, ele acabou fazendo um breve retorno no Viper, e recentemente retornou com o Shaman, fazendo seu último show com a banda uma semana antes de sua fatídica parada cardíaca. Rumores apontavam que ele planejava até mesmo talvez fazer um breve retorno ao Angra, mas infelizmente isso nunca mais vai acontecer.
Enfim, a partir de 2007, Matos estava disposto a se libertar das amarras de uma banda e seguir carreira solo. E o nome de seu primeiro disco solo, reflete justamente esse sentimento, Time to Be Free, ou seja, é hora de se libertar e seguir. Claro que isso não impediu de ele trazer uns amigos a bordo com ele, como os irmãos Mariutti, e até mesmo o seu antigo parceiro Pit Passarel em algumas composições, o que corrobora mais ainda minha teoria de que toda música que o Pit escrevia no Viper provavelmente tinha o dedinho do Matos lá, pelo menos aqui ou ali.
E o que os fãs do cantor tiveram neste primeiro lançamento solo dele, aliás, o melhor disco solo que ele lançou em sua carreira de longe, é exatamente aquilo que todos esperam: heavy metal melódico com muita força e refinamento. Se inicia todo pomposo com a intro "Menuett", termo de música erudita para 'minueto', uma composição erudita que é dançada a passos curtos. Mas ela já desemboca para a primeira porrada do álbum, a maravilhosa "Letting Go", e é seguida com outra paulada chamada "Rio", essa última ganhou até prêmio de melhor composição de heavy metal daquele ano, e não a toa. Outra das minhas favoritas do disco é "Remember Why", que tem uma abertura sensacional, toda atmosférica, e uma sessão instrumental intermediária sensacional. Essas músicas todas trazem vários traços da própria carreira do Matos enquanto integrava suas bandas, hora soando mais como Angra, outras vezes mais como Shaman, depende do momento, ou seja, é um disco que resume Matos muito bem.
Eu poderia parar por aqui e simplesmente te dizer para ir ouvir o disco, mas vou te dar mais razões! Ainda temos outros belos destaques, como a linda balada "Face the End", o excelente metal progressivo da faixa título "Time to Be Free", que passeia com ótima desenvoltura por diversas quebradas de ritmo e orquestrações, uma faixa realmente épica. Ainda tem grandes surpresas no fim do disco: primeiramente, Matos aqui faz uma prodigiosa e fantástica reinterpretação da música "Moonlight", que ele escreveu e gravou no Viper em 1989, e a rebatiza aqui de "A New Moonlight". Minha única crítica é que não tem o piano inicial a lá Beethoven, coisa mais linda da original, mas a reinterpretação em si é realmente de cair o queixo. A versão japonesa do disco também tem uma versão muito bem executada de "Separate Ways (Worlds Apart)", sucesso do Journey nos anos 80 reinterpretado aqui magistralmente pelo André. Mas a faixa que fecha o disco normal, a sensacional "Endeavour" é a minha grande favorita, porque o arranjo épico dela e o fechamento magistral praticamente cinematográfico me causa arrepios quando escuto.
De todas as formas possíveis, escolhi este disco para compor a semana especial que estou fazendo do André não foi a toa, pois ele realmente sintetiza o André de todas as formas possíveis. O disco soa como se André estivesse aguardando sua vida toda para gravá-lo, e realmente quando você escuta, fica de queixo caido com os arranjos, a excelente produção e cada composição dele te toca de um jeito. É uma obra do Matos que eu recomendo absolutamente, com força, a força dos agudos em sua voz, e cá entre nós amigo, é o disco que eu recomendo os não-iniciados a irem atrás antes de tudo.
Nos próximos dois dias, não teremos resenhas. Ao invés disso, eu farei duas matérias especiais. Uma para relembrar mais algumas coisas importantes da carreira do Matos, e outra para homenagearmos nosso grande baterista Paulo P.A. Pagni, do RPM, que também faleceu recentemente. E no dia do Rock, terei uma surpresa para vocês. Fiquem ligados!
Enfim, a partir de 2007, Matos estava disposto a se libertar das amarras de uma banda e seguir carreira solo. E o nome de seu primeiro disco solo, reflete justamente esse sentimento, Time to Be Free, ou seja, é hora de se libertar e seguir. Claro que isso não impediu de ele trazer uns amigos a bordo com ele, como os irmãos Mariutti, e até mesmo o seu antigo parceiro Pit Passarel em algumas composições, o que corrobora mais ainda minha teoria de que toda música que o Pit escrevia no Viper provavelmente tinha o dedinho do Matos lá, pelo menos aqui ou ali.
E o que os fãs do cantor tiveram neste primeiro lançamento solo dele, aliás, o melhor disco solo que ele lançou em sua carreira de longe, é exatamente aquilo que todos esperam: heavy metal melódico com muita força e refinamento. Se inicia todo pomposo com a intro "Menuett", termo de música erudita para 'minueto', uma composição erudita que é dançada a passos curtos. Mas ela já desemboca para a primeira porrada do álbum, a maravilhosa "Letting Go", e é seguida com outra paulada chamada "Rio", essa última ganhou até prêmio de melhor composição de heavy metal daquele ano, e não a toa. Outra das minhas favoritas do disco é "Remember Why", que tem uma abertura sensacional, toda atmosférica, e uma sessão instrumental intermediária sensacional. Essas músicas todas trazem vários traços da própria carreira do Matos enquanto integrava suas bandas, hora soando mais como Angra, outras vezes mais como Shaman, depende do momento, ou seja, é um disco que resume Matos muito bem.
Eu poderia parar por aqui e simplesmente te dizer para ir ouvir o disco, mas vou te dar mais razões! Ainda temos outros belos destaques, como a linda balada "Face the End", o excelente metal progressivo da faixa título "Time to Be Free", que passeia com ótima desenvoltura por diversas quebradas de ritmo e orquestrações, uma faixa realmente épica. Ainda tem grandes surpresas no fim do disco: primeiramente, Matos aqui faz uma prodigiosa e fantástica reinterpretação da música "Moonlight", que ele escreveu e gravou no Viper em 1989, e a rebatiza aqui de "A New Moonlight". Minha única crítica é que não tem o piano inicial a lá Beethoven, coisa mais linda da original, mas a reinterpretação em si é realmente de cair o queixo. A versão japonesa do disco também tem uma versão muito bem executada de "Separate Ways (Worlds Apart)", sucesso do Journey nos anos 80 reinterpretado aqui magistralmente pelo André. Mas a faixa que fecha o disco normal, a sensacional "Endeavour" é a minha grande favorita, porque o arranjo épico dela e o fechamento magistral praticamente cinematográfico me causa arrepios quando escuto.
De todas as formas possíveis, escolhi este disco para compor a semana especial que estou fazendo do André não foi a toa, pois ele realmente sintetiza o André de todas as formas possíveis. O disco soa como se André estivesse aguardando sua vida toda para gravá-lo, e realmente quando você escuta, fica de queixo caido com os arranjos, a excelente produção e cada composição dele te toca de um jeito. É uma obra do Matos que eu recomendo absolutamente, com força, a força dos agudos em sua voz, e cá entre nós amigo, é o disco que eu recomendo os não-iniciados a irem atrás antes de tudo.
Nos próximos dois dias, não teremos resenhas. Ao invés disso, eu farei duas matérias especiais. Uma para relembrar mais algumas coisas importantes da carreira do Matos, e outra para homenagearmos nosso grande baterista Paulo P.A. Pagni, do RPM, que também faleceu recentemente. E no dia do Rock, terei uma surpresa para vocês. Fiquem ligados!
Time to Be Free (2007)
(André Matos)
Tracklist:
01. Menuett
02. Letting Go
03. Rio
04. Remember Why
05. How Long (Unleashed Away)
06. Looking Back
07. Face the End
08. Time to Be Free
09. Rescue
10. A New Moonlight (regravação de "Moonlight", do Viper)
11. Endeavour
Bônus - versão japonesa:
12. Separate Ways (Worlds Apart) (cover Journey)
Selos: Avalon / Marquee Inñ
Banda:
André Matos: voz, piano
André Hernandes: guitarra
Hugo Mariutti: guitarra
Luis Mariutti: baixo
Fábio Ribeiro: teclado
Rafael Rosa: bateria
Discografia:
André Hernandes: guitarra
Hugo Mariutti: guitarra
Luis Mariutti: baixo
Fábio Ribeiro: teclado
Rafael Rosa: bateria
Discografia:
- The Turn of the Lights (2012)
- Mentalize (2009)
- Time to Be Free (2007)
Site oficial (desativado): www.andrematos.net
- Mentalize (2009)
- Time to Be Free (2007)
Site oficial (desativado): www.andrematos.net
Bela resenha do Time to be Free. Foi o primeiro álbum de metal melódico que eu ouvi de cabo a rabo.
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