6 / 10
Filme lançado diretamente no Netflix, Bird Box, é uma opção para quem não assistiu a boas obras recentes de terror psicológico no cinema, mas é raso comparado com elas.
Título brasileiro: Bird Box
Direção: Susanne Bier
Estrelando: Sandra Bullock, Trevante Rhodes, John Malkovich, Sarah Paulson, Jacki Weaver, Rosa Salazar, Danielle Macdonald, Lil Rel Howery, Tom Hollander, Colson Baker, BD Wong, Pruitt Taylor Vince, Vivien Lyra Blair, Julian Edwards, Parminder Nagra, Rebecca Pidgeon, Amy Gumenick, Taylor Handley, Happy Anderson, Shirley Butler, Chanon Finley
Atualmente, eu estou terminando de ver Black Mirror para não só poder falar sobre a série no blog, que é uma de minhas favoritas atualmente, mas também conferir e resenhar o filme que fizeram baseado nela, então, estejam ligados, porque vou começar a postar coisas aqui relativas ao serviço, bem como filmes que não são dele, mas eu pude ter a felicidade de ver por ele.
Bom, sobre Bird Box: assisti essa budega. Engraçadinho, mas nada de especial. Eu não andava acompanhando muito, mas ouvi falar que o histórico de produções para o Netflix envolvendo filmes não é lá muito animador, então fui com cautela. E devo dizer que não é algo ruim, mas também não é bom. É um meio-termo bem sem-vergonha, mas pelo menos não dá canseira na hora de ver, até mesmo pela boa trilha do Trent Reznor. Vale a pena? Depende. Se você é viciado em Netflix e já esgotou o acervo de séries do serviço de streaming, então assista, mas se não quiser, meu amigo, não vai estar perdendo muita coisa.
Manja um dos piores e mais escabrosos e vergonhosos filmes que o M. Night Shyamalan já fez na vida, The Happening? Então, tipo aquilo lá. Aí, a diretora pegou a ideia apocalíptica de A Quiet Place, misturou tudo num caldeirão com pitadas de Invasion of the Body Snatchers e pronto, dessa mistura saiu essa nova produção que conta com a ótima atriz veterana Sandra Bullock. Eu até gosto de ver a Sandra quando ela está em produções que valem a pena, como o excelente filme Gravity, ou algo mais clássico, como A Time to Kill ou Murder By Numbers, mas não é uma atriz que me deixa esperando a próxima aparição, nunca foi; o que é bom aqui além da atuação de Bullock, é a presença de John Malkovich, que foi bem divertida justamente pelo personagem dele ser meio escroque, mas saber se defender e ter noção de prioridades.
A trama é a seguinte: Uma mulher chamada Malorie (Bullock), tem que cruzar um rio de barco com duas crianças, e todos eles tem que fazer isso de olhos vendados. Se tirarem a venda dos olhos, eles morrem tomados por uma força misteriosa que paira no ar. Ponto. Não dá pra te falar muito mais que isso sem dar spoilers.
Ok, vou me ater ao que considero inofensivo para não estragar surpresas de quem quer ver: o filme alterna entre cenas atuais, ou seja, ela com as duas crianças cruzando o rio, e cenas de 5 anos atrás, e nesses trechos de flashback, ela está grávida; são as partes que mostram como tudo começou. Mostram as pessoas tendo contato com a entidade e cometendo atrocidades, se matando, matando aos outros, dizendo o quão bonito é aquilo que elas viram; ou seja, se transformando em verdadeiras zumbis do apocalipse. Como que a Bullock se vira sem deixar a entidade consumir seus olhos é algo que você vai ter que ver, porque tudo a partir daqui é spoiler, mas em termos gerais, a entidade se baseia no medo das pessoas. Aviso aos que sofrem de depressão: cuidado, o treco é brabo!
Agora, certas coisas ficaram ou pelas metades, ou sem explicação. A tal força aí que toma as pessoas, não vão pelo menos dar uma explicação sobrenatural dela no âmbito da metafísica? Vão mesmo nos deixar assim no ar? Claro que não precisa explicar o que não requer ser explicado, mau é mau, não requer explicação, mas pelo menos como que essa força se manifesta, não vão tentar esclarecer? Por que essa força não atravessa ambientes cobertos? Por que quando a Malorie finalmente finaliza sua jornada a força simplesmente parece sumir? Enfim, frustrou um tanto saber que essas características de roteiro parecem ter ficado não terminadas, inconclusivas. Claro que o que causa medo é aquilo que a gente não conhece, mas até o fim do filme, algum entendimento da força poderiam ter dado a nós, oras.
Bom, como eu disse lá em cima, a Bullock está ótima novamente na atuação, mas sua personagem é meio sem sal demais, ao passo que o personagem do Malkovich já é mais interessante, mas pena que foi desperdiçado. Você até se sente meio traído por ter que, no fim, dar razão ao escroque do grupo, mas é isso que acontece.
De resto, a trama faz todo mundo virar zumbi como naquele filme horroroso do Shyamalan, a ideia de mecanismo no roteiro que faz com que tudo seja uma ameaça é clichê comparada com a forma que uma ideia semelhante de privação foi primorosamente trabalhada em A Quiet Place (não poder falar) e tem horas que a trama dá aquela arrastadona sentida, muito embora se mantenha assistível. Eu não sei se o livro que deu origem ao filme é melhor, se foi mal adaptado, ou o que aconteceu, mas eu pessoalmente achei bem clichê a coisa toda. Mas é como eu te falei, se você não conhece a ideia de filmes como esses que eu citei, talvez queira dar uma conferida, caso contrário, honestidade: vai perder seu tempo por causa de alguns memes. Vai por mim: se você já assistiu A Quiet Place, ou o também excelente The Witch, não tem porque gastar duas horas vendo Bird Box.
Manja um dos piores e mais escabrosos e vergonhosos filmes que o M. Night Shyamalan já fez na vida, The Happening? Então, tipo aquilo lá. Aí, a diretora pegou a ideia apocalíptica de A Quiet Place, misturou tudo num caldeirão com pitadas de Invasion of the Body Snatchers e pronto, dessa mistura saiu essa nova produção que conta com a ótima atriz veterana Sandra Bullock. Eu até gosto de ver a Sandra quando ela está em produções que valem a pena, como o excelente filme Gravity, ou algo mais clássico, como A Time to Kill ou Murder By Numbers, mas não é uma atriz que me deixa esperando a próxima aparição, nunca foi; o que é bom aqui além da atuação de Bullock, é a presença de John Malkovich, que foi bem divertida justamente pelo personagem dele ser meio escroque, mas saber se defender e ter noção de prioridades.
A trama é a seguinte: Uma mulher chamada Malorie (Bullock), tem que cruzar um rio de barco com duas crianças, e todos eles tem que fazer isso de olhos vendados. Se tirarem a venda dos olhos, eles morrem tomados por uma força misteriosa que paira no ar. Ponto. Não dá pra te falar muito mais que isso sem dar spoilers.
Ok, vou me ater ao que considero inofensivo para não estragar surpresas de quem quer ver: o filme alterna entre cenas atuais, ou seja, ela com as duas crianças cruzando o rio, e cenas de 5 anos atrás, e nesses trechos de flashback, ela está grávida; são as partes que mostram como tudo começou. Mostram as pessoas tendo contato com a entidade e cometendo atrocidades, se matando, matando aos outros, dizendo o quão bonito é aquilo que elas viram; ou seja, se transformando em verdadeiras zumbis do apocalipse. Como que a Bullock se vira sem deixar a entidade consumir seus olhos é algo que você vai ter que ver, porque tudo a partir daqui é spoiler, mas em termos gerais, a entidade se baseia no medo das pessoas. Aviso aos que sofrem de depressão: cuidado, o treco é brabo!
Agora, certas coisas ficaram ou pelas metades, ou sem explicação. A tal força aí que toma as pessoas, não vão pelo menos dar uma explicação sobrenatural dela no âmbito da metafísica? Vão mesmo nos deixar assim no ar? Claro que não precisa explicar o que não requer ser explicado, mau é mau, não requer explicação, mas pelo menos como que essa força se manifesta, não vão tentar esclarecer? Por que essa força não atravessa ambientes cobertos? Por que quando a Malorie finalmente finaliza sua jornada a força simplesmente parece sumir? Enfim, frustrou um tanto saber que essas características de roteiro parecem ter ficado não terminadas, inconclusivas. Claro que o que causa medo é aquilo que a gente não conhece, mas até o fim do filme, algum entendimento da força poderiam ter dado a nós, oras.
Bom, como eu disse lá em cima, a Bullock está ótima novamente na atuação, mas sua personagem é meio sem sal demais, ao passo que o personagem do Malkovich já é mais interessante, mas pena que foi desperdiçado. Você até se sente meio traído por ter que, no fim, dar razão ao escroque do grupo, mas é isso que acontece.
De resto, a trama faz todo mundo virar zumbi como naquele filme horroroso do Shyamalan, a ideia de mecanismo no roteiro que faz com que tudo seja uma ameaça é clichê comparada com a forma que uma ideia semelhante de privação foi primorosamente trabalhada em A Quiet Place (não poder falar) e tem horas que a trama dá aquela arrastadona sentida, muito embora se mantenha assistível. Eu não sei se o livro que deu origem ao filme é melhor, se foi mal adaptado, ou o que aconteceu, mas eu pessoalmente achei bem clichê a coisa toda. Mas é como eu te falei, se você não conhece a ideia de filmes como esses que eu citei, talvez queira dar uma conferida, caso contrário, honestidade: vai perder seu tempo por causa de alguns memes. Vai por mim: se você já assistiu A Quiet Place, ou o também excelente The Witch, não tem porque gastar duas horas vendo Bird Box.
Bird Box (2018)
Produção: Dylan Clark, Chris Morgan, Clayton Townsend, Susanne Bier, Sandra Bullock, Eric Heisserer
Roteiro: Eric Heisserer (baseado no livro homônimo de 2014, de Josh Malerman)
Trilha sonora: Trent Reznor e Atticus Ross
Trailer:
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