9 / 10
Este novo terror dirigido pelo até então inexpressivo diretor John Krasinski é um grande acerto de sua carreira. Tenso, angustiante, claustrofóbico, e com situações que fazem jus a uma boa produção de terror. Entrei na sala de cinema com uma expectativa e saí dela com uma confirmação de que este talvez seja um dos terrores mais expressivos que foram feitos recentemente, portanto, imperdível!
Título brasileiro: Um Lugar Silencioso
Confira minha opinião!
Direção: John Krasinski
Estrelando: Emily Blunt, John Krasinski, Millicent Simmonds, Noah Jupe, Cade Woodward, Leon Russom, Doris McCarthy
Acabou de terminar o filme, conforme eu escrevo estas linhas! A sensação de tensão e angústia ainda paira no ar, mesmo eu estando em uma hamburgueria com rock'n'roll como trilha sonora. Meu Deus do céu, que filme tenso!
Agora, chegando em casa, sentando mais tranquilo no meu computador, a sensação de inquietude ainda é forte. Foi realmente uma experiência bastante intensa. Teve um final meio galhofas, não que tenha sido ruim, mas dava a sensação de que iria virar Resident Evil a qualquer momento, antes de rolarem os créditos finais. Mas foi legal. Teve também outra falha que eu vou abordar daqui a pouco.
Quando eu vi no Imdb.com que um dos produtores deste filme era o Michael Besta (meu apelido estilo "alfinetada" e nada carinhoso para o "diretor" dos Transformers), eu quase dei as costas para o filme. Quando eu vi então no que o diretor John Krasinski esteve envolvido recentemente, aí é que eu quase me vi trocando de filme para hoje! Mas vi lá a nota alta, as resenhas enaltecendo o filme como um dos filmes de terror mais legais que saíram recentemente e, bom, resolvi ficar e pagar pra ver, mesmo ressabiado. Pois é, você leu acima, não me arrependi! Mas foi por um milímetro de fio que não virei as coisas!
Sim, o filme é ótimo e vale a pena conferir na sala de cinema. Um dos acertos mais visíveis dele, foi fazer com que os personagens não dessem um pio na maior parte do tempo de tela. O filme é quase mudo, e os personagens se comunicam através de sinais.
Trata-se de uma família que sobrevive em um vilarejo abandonado nos dias atuais, onde alguma coisa criou insetos gigantes, ou sei lá, alienígenas dominaram o pedaço, ou coisa do tipo. Pois bem, se você fizer um barulho que seja, as criaturas vem e te devoram impiedosamente, então, a única forma da família sobreviver naquele lugar amaldiçoado, é fazendo o máximo de silêncio possível. Eles fazem tudo devagar e de forma silenciosa, andam descalços pelo vilarejo e voltam a viver grande parte do tempo como se estivessem no século XVIII, com a esperança deste inferno um dia passar.
Eles não podem escapar pela floresta, porque senão serão devorados pelos bichos. Pra piorar, a mãe das crianças está grávida de um quarto filho (o mais novo deles foi devorado no início do filme), o que só piora a situação para eles mais para frente na projeção.
Você pode estar pensando "puts, foi silêncio o tempo todo, oras, então foi sonolento e você dormiu na cadeira, certo?" Errado! Muito embora eu estivesse sim, com um pouco de sono hoje, eu simplesmente não conseguia parar de olhar para a tela! Fiquei até impressionado! Meus sentidos se aguçaram tremendamente, e eu acompanhava a saga da família, torcia por eles, ficava angustiado quando um som mais alto era feito, me senti incomodado junto da família ante aquela sensação de claustrofobia que o roteiro passava, e assim por diante.
Há apenas duas cenas no filme em que rolam diálogos verbais: uma é do pai com o filho debaixo da cachoeira, onde o som se anula com o barulho alto das águas, e outra é em um abrigo subterrâneo, para onde o pai vai com sua mulher e o bebê, quando a criatura ataca.
O clímax é muito bom, a resolução da trama é muito bem pensada, e aquele estilo lento, quase kubrickiano de fotografar e transmitir tensão são coisas que acrescentam positivamente à experiência. Há apenas um erro que eu acho que foi cometido: eles mostraram a criatura em detalhes. Achei desnecessário. Não precisava disso, a gente já havia entendido lá atrás que se tratava de um ser medonho, então era só deixarem para a nossa imaginação traçar o provável perfil dela, ou então mostrar apenas relances da criatura, de modo que a gente ficasse se perguntando como ela seria de fato por inteira. Tudo aquilo que a gente não pode ver, causa mais medo.
O final também, poderia ter sido melhor executado, porque do jeito que foi feito, parece até que vai começar um filme do Tarantino, bem naquela sequência de ação onde o espetáculo tem seu auge. Daí o filme acaba e nos deixa no escuro. Pensei, "boa! Acharam a solução para o problema, e foi melhor terem deixado a gente imaginar o que aconteceu depois daquilo."
De qualquer forma, o filme é muito bom mesmo, com ótima fotografia, atuações excelentes, até mesmo para os padrões dos atores mirims, e a trilha sonora do Marco Beltrami também funciona, pontuando bem o que a gente está vendo na tela; com algumas ressalvas, é claro. Enfim, gostei, recomendo, e acho que se você deixar pra ver em casa, não vai ter a mesma experiência bacana que será na telona imersiva do cinema. Eu só recomendo que você faça aí uma intertextualidade sua com o próprio filme e o assista em silêncio, porque você sabe... no menor barulho... você roda! Ou acaba incomodando as outras pessoas! Brincadeiras e referências a parte, vá conferir este ótimo filme de terror; não é nenhum clássico, mas você vai se arrepiar!
Agora, chegando em casa, sentando mais tranquilo no meu computador, a sensação de inquietude ainda é forte. Foi realmente uma experiência bastante intensa. Teve um final meio galhofas, não que tenha sido ruim, mas dava a sensação de que iria virar Resident Evil a qualquer momento, antes de rolarem os créditos finais. Mas foi legal. Teve também outra falha que eu vou abordar daqui a pouco.
Quando eu vi no Imdb.com que um dos produtores deste filme era o Michael Besta (meu apelido estilo "alfinetada" e nada carinhoso para o "diretor" dos Transformers), eu quase dei as costas para o filme. Quando eu vi então no que o diretor John Krasinski esteve envolvido recentemente, aí é que eu quase me vi trocando de filme para hoje! Mas vi lá a nota alta, as resenhas enaltecendo o filme como um dos filmes de terror mais legais que saíram recentemente e, bom, resolvi ficar e pagar pra ver, mesmo ressabiado. Pois é, você leu acima, não me arrependi! Mas foi por um milímetro de fio que não virei as coisas!
Sim, o filme é ótimo e vale a pena conferir na sala de cinema. Um dos acertos mais visíveis dele, foi fazer com que os personagens não dessem um pio na maior parte do tempo de tela. O filme é quase mudo, e os personagens se comunicam através de sinais.
Trata-se de uma família que sobrevive em um vilarejo abandonado nos dias atuais, onde alguma coisa criou insetos gigantes, ou sei lá, alienígenas dominaram o pedaço, ou coisa do tipo. Pois bem, se você fizer um barulho que seja, as criaturas vem e te devoram impiedosamente, então, a única forma da família sobreviver naquele lugar amaldiçoado, é fazendo o máximo de silêncio possível. Eles fazem tudo devagar e de forma silenciosa, andam descalços pelo vilarejo e voltam a viver grande parte do tempo como se estivessem no século XVIII, com a esperança deste inferno um dia passar.
Eles não podem escapar pela floresta, porque senão serão devorados pelos bichos. Pra piorar, a mãe das crianças está grávida de um quarto filho (o mais novo deles foi devorado no início do filme), o que só piora a situação para eles mais para frente na projeção.
Você pode estar pensando "puts, foi silêncio o tempo todo, oras, então foi sonolento e você dormiu na cadeira, certo?" Errado! Muito embora eu estivesse sim, com um pouco de sono hoje, eu simplesmente não conseguia parar de olhar para a tela! Fiquei até impressionado! Meus sentidos se aguçaram tremendamente, e eu acompanhava a saga da família, torcia por eles, ficava angustiado quando um som mais alto era feito, me senti incomodado junto da família ante aquela sensação de claustrofobia que o roteiro passava, e assim por diante.
Há apenas duas cenas no filme em que rolam diálogos verbais: uma é do pai com o filho debaixo da cachoeira, onde o som se anula com o barulho alto das águas, e outra é em um abrigo subterrâneo, para onde o pai vai com sua mulher e o bebê, quando a criatura ataca.
O clímax é muito bom, a resolução da trama é muito bem pensada, e aquele estilo lento, quase kubrickiano de fotografar e transmitir tensão são coisas que acrescentam positivamente à experiência. Há apenas um erro que eu acho que foi cometido: eles mostraram a criatura em detalhes. Achei desnecessário. Não precisava disso, a gente já havia entendido lá atrás que se tratava de um ser medonho, então era só deixarem para a nossa imaginação traçar o provável perfil dela, ou então mostrar apenas relances da criatura, de modo que a gente ficasse se perguntando como ela seria de fato por inteira. Tudo aquilo que a gente não pode ver, causa mais medo.
O final também, poderia ter sido melhor executado, porque do jeito que foi feito, parece até que vai começar um filme do Tarantino, bem naquela sequência de ação onde o espetáculo tem seu auge. Daí o filme acaba e nos deixa no escuro. Pensei, "boa! Acharam a solução para o problema, e foi melhor terem deixado a gente imaginar o que aconteceu depois daquilo."
De qualquer forma, o filme é muito bom mesmo, com ótima fotografia, atuações excelentes, até mesmo para os padrões dos atores mirims, e a trilha sonora do Marco Beltrami também funciona, pontuando bem o que a gente está vendo na tela; com algumas ressalvas, é claro. Enfim, gostei, recomendo, e acho que se você deixar pra ver em casa, não vai ter a mesma experiência bacana que será na telona imersiva do cinema. Eu só recomendo que você faça aí uma intertextualidade sua com o próprio filme e o assista em silêncio, porque você sabe... no menor barulho... você roda! Ou acaba incomodando as outras pessoas! Brincadeiras e referências a parte, vá conferir este ótimo filme de terror; não é nenhum clássico, mas você vai se arrepiar!
A Quiet Place (2018)
Produção: Michael Bay, Andrew Form, Bradley Fuller, John Krasinski, Scott Beck, Bryan Woods
Roteiro: Bryan Woods, Scott Beck, John Krasinski
Trilha sonora: Marco Beltrami
Trailer:
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