Sempre fui um grande aficionado pela literatura policial. Gosto de ler e assistir histórias de detetives, as chamadas hard-boiled novels, cuja atmosfera opressora, os ambientes e a moral ambígua dos personagens e a dualidade explícita dos protagonistas, ilustrando um mundo que não é dividido em preto e branco, bem e mal, mas que tem muito cinza entre as atitudes e decisões dos personagens, nos leva à fotografia perfeita de um mundo imperfeito e em constante conflito consigo mesmo. Assim são consideradas as obras do gênero policial NOIR, um gênero que traz a tona, de forma mordaz, toda a podridão do espírito humano, bem como pode nos levar a torcer pela vitória dos tipos mais improváveis, o que faz com que nós mesmos questionemos nossa própria moral. Assim é o gênero literário cuja autoria é adereçada ao escritor Dashiel Hammett, autor de obras clássicas como The Maltese Falcon (O Falcão Maltês), Red Harvest e esta pequena obra que temos em mãos, Woman in the Dark (Mulher no Escuro).