Quem tirou pelo menos alguns minutos por semana nesta página para ler minhas opiniões durante esses 5 anos que ela ficou no ar, sabe que eu sou um ferrenho crítico e combatente contra o Politicamente Correto. Eu jamais suportei esse tipo de hipocrisia, ou jamais suportei hipocrisia alguma! Assim nasceu a vontade de escrever sobre a clássica comédia brasileira, tempos atrás.
Deixa eu começar esta crônica com uma informação que eu não tenho certeza se alguém aqui sabe, notou ou tomou conhecimento: a comédia brasileira MORREU. Sim, morreu, faleceu, não está mais entre nós. Quem a matou? Eu respondo: as próprias MÍDIAS deste país; ou pelo menos a franca maioria. É uma pílula difícil de engolir, eu sei, mas eu não estou aqui para te dar pílulas fáceis e mastigadas; estou aqui para te agarrar pela cabeça, abrir sua boca na base da força, igual o Didi Mocó tentando se suicidar, e enfiar esta pílula na sua goela abaixo se assim for necessário. Pode espernear o quanto quiser!
A comédia brasileira clássica, aquela que eu, meus pais, familiares de todo Brasil sentavam em frente à TV para acompanhar nos anos 80, 90, era composta de figuras absolutamente geniais! Quem está no meu blog desde o início, talvez se recorde de uma matéria que eu escrevi sobre a série americana Two And a Half Men, e como ela teve seu auge e como se deu sua derrocada. Expliquei a todos o princípio fundamental da comédia, que é bem simples: um lado da história sempre sai ofendido, sempre sai perdendo. Se não existe isso, não existe comédia, não existe riso, não existe deboche. É o jogo do Papa-Léguas e do Coiote, no desenho dos Looney Tunes: o Coiote tenta pegar a ave veloz com um plano, a ave foge, escapa do plano, e o Coiote sempre se dá mal e cai do abismo, explode a cara, ou sei lá o quê. Comédia é riso, é deboche, é insulto! Sem isso, não existe comédia! Ponto final!
Os comediantes clássicos entendiam esse conceito muito bem. Mas eles também entendiam outro conceito muito importante: o comediante de sucesso é aquele que FALA A LÍNGUA DO POVO. Se você não consegue fazer isso, você vai apenas falar para uma bolha! Isso é uma coisa que os pretensos "comediantes" de hoje em dia não entendem! "Ah, eu falo o que eu quiser e foda-se", diz o pequeno pica-sonsa que quer fazer os outros rirem. Ou o cara que acha legal falar mal de Jesus (o que é crime inclusive, pelo Código Penal). Nenhum deles entende que o limite deles é até onde o povo consegue te suportar. Fazer comédia é uma arte! Você sempre vai ofender alguém ou um grupo de pessoas em sua plateia. Mas o bom comediante sabe como transformar em riso até mesmo uma ofensa.
E pra não ficar pegando tanto no pé do artista, vamos falar também da audiência. Hoje em dia, você tem pessoas por aí que conseguem se ofender com basicamente tudo que você fala. Um bando de gente frouxa, que não aprendeu a se frustrar, ou a lidar com opiniões contrárias, e se vitimiza por qualquer besteira. Ai, é porque é gordo, ai, é porque é gay, ai, é porque é negro, ai, é porque é mulher, ai, é porque é isso, ai, é porque é aquilo, e por aí vai... ô seu infeliz: APRENDA A RIR DE SI MESMO!!!! APRENDA A SE FRUSTRAR!!!!! NÃO SEJA UM FLOQUINHO DE NEVE QUE SE DESFAZ COM QUALQUER COISA QUE TE FALAM!!!
Quando a gente assistia os famosos comediantes na TV, a gente dava risada de TUDO!! TUDO!! Em meio à sociedade, haviam mulheres, negros, gays, gordos, magros, brancos, e por aí vai! Famílias inteiras se reuniam nas casas para assistirem Costinha, Golias, Chico Anísio, Velha Surda, Grande Otelo, Patropi, Os Trapalhões, os programas A Praça É Nossa, Escolinha do Professor Raimundo, e FAZIA-SE PIADAS DE TUDO!!!! T-U-D-O!!!!!
Fazia-se piadas:
- de gay,
-- de corno,
---- de gordo,
----- de magro,
------ de negro,
------- de bêbado,
-------- de português,
--------- de anão,
---------- de negro anão,
--------- de paraíba,
-------- de cearense,
------- de baiano,
------ de paulista,
----- de caipira,
---- de japonês,
--- de político,
-- de ateu,
- de evangélico,
- de TUDO!!!!!
E NINGUÉM SE OFENDIA!!!!
E NINGUÉM SAÍA BRIGANDO!!!!
E NINGUÉM SAÍA EM PROTESTO POR NADA!!!!
O brasileiro era conhecido por sua habilidade de rir de si mesmo e rir da própria desgraça. Éramos um povo que, apesar das dificuldades, éramos felizes, e as pessoas se aproximavam umas das outras justamente por causa de suas diferenças! Quantas vezes eu não via meu pai e seus amigos, um tirando sarro do outro nos churrascos, com falas do tipo "ô negão, chega aí!", ou então "e aí, japa, abre o olho!", ou mesmo tios meus, que chegavam todos faceiros e com cara feliz e dizia "óia, cê tá gordo, hein!", e passavam a mão na sua barriga pra mexer com você; ou então com times de futebol, o que era comum, um dizia "ow, palmeirense, vamo botar um porco pra assar hoje?", ou mesmo "e aí, sãopaulino, vai comemorar o título na boate gay, hoje?", e por aí vai.
Sabe o que a gente fazia quando mexiam com a gente? DAVA RISADA! Alguns ainda riam e devolviam com outra piada!!
Eu sou gordo! Sim, este que vos escreve. Eu tenho sido gordo e acima do peso por praticamente duas décadas e meia.
E sabe de uma coisa? EU ADORO OUVIR PIADAS DE GORDO! Puta merda, algumas das melhores piadas são as piadas de gordo que o Ary Toledo contava! Ele é gordo também, mais gordo que eu!! E não conheço alguém que conte uma piada de gordo melhor do que ele!
"O menino era um capetinha. Não dava sequer um segundo de sossego. Os pais precisaram sair e deixaram o garoto trancado dentro de casa.
O garoto, muito esperto, subiu num armário, tirou três telhas do teto e escapou pelo buraco. Quando os pais voltaram, viram ali o buraco e trataram logo de arrumar.
O marido, que era muito magrinho, subiu nas costas da mulher, que era uma GORDA ENORME, e começou a tampar o buraco, colocando novamente as telhas no lugar.
Tocam a campainha e o garoto foi atender.
- Seu pai está?
- Ele tá, sim senhor, mas não pode atender agora.
- Por que não?
- Porque ele tá em cima da minha mãe, tampando o buraco por onde eu saí!"
HA HA HA HA HA!!!!!
E tinha o Costinha, que era um mestre em contar piadas de bicha! Não existia cara melhor que ele para contar esse tipo de piada. Só a cara do sujeito já te fazia rir antes mesmo dele abrir a boca! E quando ele abria... olha... eu não conheço outro cara capaz de contar uma piada dentro de outra! Era quase sempre assim!
O Humor antigo era o melhor que existia!! Humor assim, com H maiúsculo! No programa A Praça é Nossa, do SBT, eu e minha família sentávamos afoitos no sofá da sala, aguardando pra começar o programa depois do noticiário. O personagem que eu mais queria ver era a VELHA SURDA, personagem interpretada pelo comediante Roni Rios. Era uma velha que passava pela praça, sentava no banco, e ficava interagindo com o personagem Apolônio, e por causa da surdez da velha, dava a maior confusão!
Meu Deus! Eu só me lembro de rir muito forte desse quadro! Meu pai então se fartava, a risada dele alcançava o outro lado do quarteirão, de tão alta!
E já que eu liguei o foda-se aqui nesta postagem e falei sobre a capacidade perdida das pessoas de rirem delas mesmas, eu vou SIM, postar algo que você pode ter certeza que é proibido até de existir hoje em dia: a Vera Verão! Numa época em que o mundo não era chato, quadrado, e com um monte de jovenzinho que nem tirou as fraldas reclamando de tudo que vê pela frente, lá estava um cara, negão, drag queen assumido, rindo de si mesmo, e debochando de tudo ao mesmo tempo: Jorge Lafond. Era uma das grandes atrações de A Praça é Nossa junto da Velha Surda, e arrancava gargalhadas nervosas da audiência.
Jorge Lafond morreu em 2003, querido por todos. Ninguém veio acusá-lo de homofobia, ninguém veio dizer para que parasse com suas piadas. TODOS assistiam, riam a valer, e se fartavam.
Rir de si mesmo é algo que as pessoas precisam urgentemente reaprender. Ora bolas, os Trapalhões eram a epítome disso tudo!!! Didi era zoado por ser cearense, e fazia piadas com os outros. Mussum ria dele mesmo, e Didi chamava ele de negão, urubu, crioulo, e JUNTOS, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias faziam a alegria das pessoas nas tardes de Domingo!
A comédia brasileira clássica, aquela que eu, meus pais, familiares de todo Brasil sentavam em frente à TV para acompanhar nos anos 80, 90, era composta de figuras absolutamente geniais! Quem está no meu blog desde o início, talvez se recorde de uma matéria que eu escrevi sobre a série americana Two And a Half Men, e como ela teve seu auge e como se deu sua derrocada. Expliquei a todos o princípio fundamental da comédia, que é bem simples: um lado da história sempre sai ofendido, sempre sai perdendo. Se não existe isso, não existe comédia, não existe riso, não existe deboche. É o jogo do Papa-Léguas e do Coiote, no desenho dos Looney Tunes: o Coiote tenta pegar a ave veloz com um plano, a ave foge, escapa do plano, e o Coiote sempre se dá mal e cai do abismo, explode a cara, ou sei lá o quê. Comédia é riso, é deboche, é insulto! Sem isso, não existe comédia! Ponto final!
Os comediantes clássicos entendiam esse conceito muito bem. Mas eles também entendiam outro conceito muito importante: o comediante de sucesso é aquele que FALA A LÍNGUA DO POVO. Se você não consegue fazer isso, você vai apenas falar para uma bolha! Isso é uma coisa que os pretensos "comediantes" de hoje em dia não entendem! "Ah, eu falo o que eu quiser e foda-se", diz o pequeno pica-sonsa que quer fazer os outros rirem. Ou o cara que acha legal falar mal de Jesus (o que é crime inclusive, pelo Código Penal). Nenhum deles entende que o limite deles é até onde o povo consegue te suportar. Fazer comédia é uma arte! Você sempre vai ofender alguém ou um grupo de pessoas em sua plateia. Mas o bom comediante sabe como transformar em riso até mesmo uma ofensa.
E pra não ficar pegando tanto no pé do artista, vamos falar também da audiência. Hoje em dia, você tem pessoas por aí que conseguem se ofender com basicamente tudo que você fala. Um bando de gente frouxa, que não aprendeu a se frustrar, ou a lidar com opiniões contrárias, e se vitimiza por qualquer besteira. Ai, é porque é gordo, ai, é porque é gay, ai, é porque é negro, ai, é porque é mulher, ai, é porque é isso, ai, é porque é aquilo, e por aí vai... ô seu infeliz: APRENDA A RIR DE SI MESMO!!!! APRENDA A SE FRUSTRAR!!!!! NÃO SEJA UM FLOQUINHO DE NEVE QUE SE DESFAZ COM QUALQUER COISA QUE TE FALAM!!!
Quando a gente assistia os famosos comediantes na TV, a gente dava risada de TUDO!! TUDO!! Em meio à sociedade, haviam mulheres, negros, gays, gordos, magros, brancos, e por aí vai! Famílias inteiras se reuniam nas casas para assistirem Costinha, Golias, Chico Anísio, Velha Surda, Grande Otelo, Patropi, Os Trapalhões, os programas A Praça É Nossa, Escolinha do Professor Raimundo, e FAZIA-SE PIADAS DE TUDO!!!! T-U-D-O!!!!!
Fazia-se piadas:
- de gay,
-- de corno,
---- de gordo,
----- de magro,
------ de negro,
------- de bêbado,
-------- de português,
--------- de anão,
---------- de negro anão,
--------- de paraíba,
-------- de cearense,
------- de baiano,
------ de paulista,
----- de caipira,
---- de japonês,
--- de político,
-- de ateu,
- de evangélico,
- de TUDO!!!!!
E NINGUÉM SE OFENDIA!!!!
E NINGUÉM SAÍA BRIGANDO!!!!
E NINGUÉM SAÍA EM PROTESTO POR NADA!!!!
O brasileiro era conhecido por sua habilidade de rir de si mesmo e rir da própria desgraça. Éramos um povo que, apesar das dificuldades, éramos felizes, e as pessoas se aproximavam umas das outras justamente por causa de suas diferenças! Quantas vezes eu não via meu pai e seus amigos, um tirando sarro do outro nos churrascos, com falas do tipo "ô negão, chega aí!", ou então "e aí, japa, abre o olho!", ou mesmo tios meus, que chegavam todos faceiros e com cara feliz e dizia "óia, cê tá gordo, hein!", e passavam a mão na sua barriga pra mexer com você; ou então com times de futebol, o que era comum, um dizia "ow, palmeirense, vamo botar um porco pra assar hoje?", ou mesmo "e aí, sãopaulino, vai comemorar o título na boate gay, hoje?", e por aí vai.
Sabe o que a gente fazia quando mexiam com a gente? DAVA RISADA! Alguns ainda riam e devolviam com outra piada!!
Eu sou gordo! Sim, este que vos escreve. Eu tenho sido gordo e acima do peso por praticamente duas décadas e meia.
E sabe de uma coisa? EU ADORO OUVIR PIADAS DE GORDO! Puta merda, algumas das melhores piadas são as piadas de gordo que o Ary Toledo contava! Ele é gordo também, mais gordo que eu!! E não conheço alguém que conte uma piada de gordo melhor do que ele!
"O menino era um capetinha. Não dava sequer um segundo de sossego. Os pais precisaram sair e deixaram o garoto trancado dentro de casa.
O garoto, muito esperto, subiu num armário, tirou três telhas do teto e escapou pelo buraco. Quando os pais voltaram, viram ali o buraco e trataram logo de arrumar.
O marido, que era muito magrinho, subiu nas costas da mulher, que era uma GORDA ENORME, e começou a tampar o buraco, colocando novamente as telhas no lugar.
Tocam a campainha e o garoto foi atender.
- Seu pai está?
- Ele tá, sim senhor, mas não pode atender agora.
- Por que não?
- Porque ele tá em cima da minha mãe, tampando o buraco por onde eu saí!"
HA HA HA HA HA!!!!!
E tinha o Costinha, que era um mestre em contar piadas de bicha! Não existia cara melhor que ele para contar esse tipo de piada. Só a cara do sujeito já te fazia rir antes mesmo dele abrir a boca! E quando ele abria... olha... eu não conheço outro cara capaz de contar uma piada dentro de outra! Era quase sempre assim!
O Humor antigo era o melhor que existia!! Humor assim, com H maiúsculo! No programa A Praça é Nossa, do SBT, eu e minha família sentávamos afoitos no sofá da sala, aguardando pra começar o programa depois do noticiário. O personagem que eu mais queria ver era a VELHA SURDA, personagem interpretada pelo comediante Roni Rios. Era uma velha que passava pela praça, sentava no banco, e ficava interagindo com o personagem Apolônio, e por causa da surdez da velha, dava a maior confusão!
Meu Deus! Eu só me lembro de rir muito forte desse quadro! Meu pai então se fartava, a risada dele alcançava o outro lado do quarteirão, de tão alta!
E já que eu liguei o foda-se aqui nesta postagem e falei sobre a capacidade perdida das pessoas de rirem delas mesmas, eu vou SIM, postar algo que você pode ter certeza que é proibido até de existir hoje em dia: a Vera Verão! Numa época em que o mundo não era chato, quadrado, e com um monte de jovenzinho que nem tirou as fraldas reclamando de tudo que vê pela frente, lá estava um cara, negão, drag queen assumido, rindo de si mesmo, e debochando de tudo ao mesmo tempo: Jorge Lafond. Era uma das grandes atrações de A Praça é Nossa junto da Velha Surda, e arrancava gargalhadas nervosas da audiência.
Jorge Lafond morreu em 2003, querido por todos. Ninguém veio acusá-lo de homofobia, ninguém veio dizer para que parasse com suas piadas. TODOS assistiam, riam a valer, e se fartavam.
Rir de si mesmo é algo que as pessoas precisam urgentemente reaprender. Ora bolas, os Trapalhões eram a epítome disso tudo!!! Didi era zoado por ser cearense, e fazia piadas com os outros. Mussum ria dele mesmo, e Didi chamava ele de negão, urubu, crioulo, e JUNTOS, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias faziam a alegria das pessoas nas tardes de Domingo!
E por favor, não me venha encher o saco com essa xurumela de "aihn, os tempos mudaram!" Meu amigo, não tem essa de tempos que mudam! PESSOAS ficam melhores ou piores. Nos tempos do Antigo Testamento reis disputavam territórios e nações. Hoje, a mesma coisa, em outro contexto. Nos tempos dos reis e rainhas clássicos, havia o bobo, o menestrel, alguém contratado pela realeza para entreter e fazer rir os reis. A necessidade das pessoas de rir e aliviar a tensão NÃO MUDOU! Eu vou dizer o que mudou: estamos hoje em dia, diante da geração com as PIORES PESSOAS DA FACE DA TERRA! Pessoas malcriadas, reclamonas, irritantes, que acham que o mundo gira em torno do umbigo delas. Pessoas com o rei na barriga. Pessoas que, por terem tido uma péssima educação, não adquiriram a capacidade de se frustrar, de se enxergar diante do espelho, de ver a sua própria pequenez, e que não aprenderam que a sua liberdade termina onde começa a do outro.
Mas a culpa não é só desta geração. Com a falta de adultos que realmente indicassem um caminho, essas pessoas desta geração ficaram moles, muitas sofrendo de depressão por causa de motivos diversos, e por isso, esqueceram da capacidade mágica e inigualável de rirem de si mesmas. Esqueceram não: ela nunca lhes foi passada! O riso é uma válvula de escape sensacional. Pense só, a quanto tempo você não vê uma comédia que realmente te cause dor de barriga de tanto rir?
No lançamento do filme Joker, ano passado, perguntaram a Todd Philips por que não fez uma comédia. Ele respondeu de forma franca e muito clara: "Deus me livre fazer comédia com essa geração de pessoas que está aí!" Perceberam onde está o problema?
Quando se "fala o que quer mesmo, e dane-se", você pode ganhar a antipatia das pessoas. Quando se faz deboche de algo que muitas pessoas de uma sociedade tem como valioso, como os símbolos religiosos, você ganha o ódio de todas elas. Didi alertou isso anos atrás, e ele estava certo. Como eu falei lá atrás, o bom comediante é aquele que fala a língua das pessoas. Até aí, ok.
Mas quando você começa a querer limitar demais o que se pode ou não falar, você vai gradativamente fechando as paredes, até esmagar a possibilidade da própria comédia existir como expressão!
"Aihn, mas aí você vai correr o risco de ofender o pobrezinho que estiver ouvindo sua piada!"
E DAÍ??? Comédia é o quê mesmo, você lembra? Isso... é deboche, insulto! Na comédia um lado sempre sai ofendido, então a pergunta que fica, é a seguinte: por que você não tem condições de lidar com um deboche? O que te faz tão fraco ao ponto de não conseguir processar isso? E acima de tudo: Por que esse desejo tão ardente de olhar apenas para o próprio umbigo e acabar com a alegria do mundo e das pessoas? Vivemos em um mundo de confrontos e inquietações, lutas e decepções. Em um mundo desses, a melhor ferramenta para enfrentar tanta angústia, ainda é o riso.
Agora, se você não gosta de comédia ou de ouvir uma piada, você é uma pessoa que eu não confio, mas você tem todo o direito de se afastar de piadas, sem problema nenhum, mas deixa o resto do mundo rir, ora bolas!
Comédia é você deixar de olhar para o próprio umbigo e passar a olhar para o espelho.
Comédia é você olhar para o espelho e ter a certeza de que você é só mais um bosta neste mundo.
Comédia é ter a certeza de que você é só mais um bosta, e olhar para o seu irmão do seu lado.
Comédia é você olhar para o seu irmão do seu lado e ver que ele é diferente de você.
Comédia é ver que a sua diferença é tão risível quanto a diferença do seu irmão.
Comédia é você saber que seu irmão é tão importante para Deus, quanto você.
Comédia é IMPROVISO!! Todos os comediantes clássicos sabiam improvisar suas falas e ações.
Comédia é você se juntar a seu irmão, e juntos, rirem de suas diferenças, de suas desgraças e decepções, e isso não significa deixar de lutar para superá-las!
E FINALMENTE...
Comédia é você ter a CERTEZA de que a vida é uma só, que é muito breve, que não terá continuação, e que todos estamos indo para o mesmo destino, e que quando acabar, acabou, você aproveitando ela, ou não.
Esta conclusão, Ricky Gervais disse recentemente no Globo de Ouro. E disse de forma absolutamente brilhante! Somente esse discurso dele no próprio Globo de Ouro já vale um Globo de Ouro.
Este novo mundo está sem graça e sem riso. Pessoas com o rei na barriga e atitudes amplamente narscisistas se super-valorizam além da conta. É a geração do "eu primeiro", quando deveria ser a geração do "meu irmão primeiro". Quem quer demais, e quer tudo, não ganha nada. Morre em desgosto e depressão. Mas quem valoriza o que tem, dá graças a Deus pelas coisas que lhe foram concedidas, e vai a luta para dar o melhor de si, sem se preocupar em abraçar o mundo, encontra o verdadeiro valor da vida. Encontra sentido nas coisas. Encontra sentido no riso, sem ficar tão preocupado com o que se deve dizer e como dizer.
E é por isso que, por enquanto, o riso e o humor brasileiro, estão mortos. Enquanto esta geração não entender estas coisas, vai continuar assim.
Este texto foi para te mostrar um pouco o que nós tínhamos, e o que perdemos, tentando ser e fazer coisas que não competem a nós fazer. Este texto foi um desabafo desesperado para talvez fazer com que pessoas criem consciência de seu papel na Terra, e do quanto estão desperdiçando suas próprias vidas em querelas desnecessárias e sem sentido.
Este texto é uma tentativa de trazer o riso de volta a seu lugar de direito, ao nosso meio, ao nosso cotidiano. Afinal de contas, todos nós buscamos a mesma coisa: a felicidade.
Charles Chaplin já dizia: "um dia sem rir, é um dia desperdiçado". Eu acredito nisso.
Vou terminando por aqui, e deixando vocês com uma piada de bêbado interpretada pelo Mussum, meu trapalhão favorito. Quando ele estava sob os efeitos da "mé", todo o resto do elenco sumia e ele se destacava. Ria, meu filho, gargalhe! A vida é muito curta para se acabar em angústia! Até mais!
Mas a culpa não é só desta geração. Com a falta de adultos que realmente indicassem um caminho, essas pessoas desta geração ficaram moles, muitas sofrendo de depressão por causa de motivos diversos, e por isso, esqueceram da capacidade mágica e inigualável de rirem de si mesmas. Esqueceram não: ela nunca lhes foi passada! O riso é uma válvula de escape sensacional. Pense só, a quanto tempo você não vê uma comédia que realmente te cause dor de barriga de tanto rir?
No lançamento do filme Joker, ano passado, perguntaram a Todd Philips por que não fez uma comédia. Ele respondeu de forma franca e muito clara: "Deus me livre fazer comédia com essa geração de pessoas que está aí!" Perceberam onde está o problema?
Quando se "fala o que quer mesmo, e dane-se", você pode ganhar a antipatia das pessoas. Quando se faz deboche de algo que muitas pessoas de uma sociedade tem como valioso, como os símbolos religiosos, você ganha o ódio de todas elas. Didi alertou isso anos atrás, e ele estava certo. Como eu falei lá atrás, o bom comediante é aquele que fala a língua das pessoas. Até aí, ok.
Mas quando você começa a querer limitar demais o que se pode ou não falar, você vai gradativamente fechando as paredes, até esmagar a possibilidade da própria comédia existir como expressão!
"Aihn, mas aí você vai correr o risco de ofender o pobrezinho que estiver ouvindo sua piada!"
E DAÍ??? Comédia é o quê mesmo, você lembra? Isso... é deboche, insulto! Na comédia um lado sempre sai ofendido, então a pergunta que fica, é a seguinte: por que você não tem condições de lidar com um deboche? O que te faz tão fraco ao ponto de não conseguir processar isso? E acima de tudo: Por que esse desejo tão ardente de olhar apenas para o próprio umbigo e acabar com a alegria do mundo e das pessoas? Vivemos em um mundo de confrontos e inquietações, lutas e decepções. Em um mundo desses, a melhor ferramenta para enfrentar tanta angústia, ainda é o riso.
Agora, se você não gosta de comédia ou de ouvir uma piada, você é uma pessoa que eu não confio, mas você tem todo o direito de se afastar de piadas, sem problema nenhum, mas deixa o resto do mundo rir, ora bolas!
Comédia é você deixar de olhar para o próprio umbigo e passar a olhar para o espelho.
Comédia é você olhar para o espelho e ter a certeza de que você é só mais um bosta neste mundo.
Comédia é ter a certeza de que você é só mais um bosta, e olhar para o seu irmão do seu lado.
Comédia é você olhar para o seu irmão do seu lado e ver que ele é diferente de você.
Comédia é ver que a sua diferença é tão risível quanto a diferença do seu irmão.
Comédia é você saber que seu irmão é tão importante para Deus, quanto você.
Comédia é IMPROVISO!! Todos os comediantes clássicos sabiam improvisar suas falas e ações.
Comédia é você se juntar a seu irmão, e juntos, rirem de suas diferenças, de suas desgraças e decepções, e isso não significa deixar de lutar para superá-las!
E FINALMENTE...
Comédia é você ter a CERTEZA de que a vida é uma só, que é muito breve, que não terá continuação, e que todos estamos indo para o mesmo destino, e que quando acabar, acabou, você aproveitando ela, ou não.
Esta conclusão, Ricky Gervais disse recentemente no Globo de Ouro. E disse de forma absolutamente brilhante! Somente esse discurso dele no próprio Globo de Ouro já vale um Globo de Ouro.
Este novo mundo está sem graça e sem riso. Pessoas com o rei na barriga e atitudes amplamente narscisistas se super-valorizam além da conta. É a geração do "eu primeiro", quando deveria ser a geração do "meu irmão primeiro". Quem quer demais, e quer tudo, não ganha nada. Morre em desgosto e depressão. Mas quem valoriza o que tem, dá graças a Deus pelas coisas que lhe foram concedidas, e vai a luta para dar o melhor de si, sem se preocupar em abraçar o mundo, encontra o verdadeiro valor da vida. Encontra sentido nas coisas. Encontra sentido no riso, sem ficar tão preocupado com o que se deve dizer e como dizer.
E é por isso que, por enquanto, o riso e o humor brasileiro, estão mortos. Enquanto esta geração não entender estas coisas, vai continuar assim.
Este texto foi para te mostrar um pouco o que nós tínhamos, e o que perdemos, tentando ser e fazer coisas que não competem a nós fazer. Este texto foi um desabafo desesperado para talvez fazer com que pessoas criem consciência de seu papel na Terra, e do quanto estão desperdiçando suas próprias vidas em querelas desnecessárias e sem sentido.
Este texto é uma tentativa de trazer o riso de volta a seu lugar de direito, ao nosso meio, ao nosso cotidiano. Afinal de contas, todos nós buscamos a mesma coisa: a felicidade.
Charles Chaplin já dizia: "um dia sem rir, é um dia desperdiçado". Eu acredito nisso.
Vou terminando por aqui, e deixando vocês com uma piada de bêbado interpretada pelo Mussum, meu trapalhão favorito. Quando ele estava sob os efeitos da "mé", todo o resto do elenco sumia e ele se destacava. Ria, meu filho, gargalhe! A vida é muito curta para se acabar em angústia! Até mais!
SENSACIONAL!
ReplyDeleteValeu, irmão!
DeleteExcelente análise
ReplyDeleteMuito obrigado, cara! Abraço!
DeleteTexto perfeito.Nada a acrescentar.
ReplyDeleteMuito obrigado! Grande abraço!
Delete