8 / 10
Novo filme baseado na franquia de games Tomb Raider, que funciona como um reboot da série no cinema é muito bacana e apresenta bem a personagem para o grande público, apesar de uma rata aqui ou ali.
Confira minha opinião!
Título brasileiro: Tomb Raider: A Origem
Direção: Roar Uthaug
Estrelando: Alicia Vikander, Dominic West, Walton Goggins, Daniel Wu, Kristin Scott Thomas, Derek Jacobi, Alexandre Willaume, Hannah John-Kamen, Michael Obiora, Maisy De Freitas, Emily Carey, Nick Frost, Josef Altin, Billy Postlethwaite, Roger Jean Nsengiyumva, Jaime Winstone, Shekhar Varma, Rekha John-Cheriyan, Antonio Aakeel
Não vai parecer muito aqui, conforme eu estiver falando, mas eu tenho uma grande proximidade com a franquia de games Tomb Raider; só que é a antiga! Me refiro à série clássica de games, a que foi de 1996 a 2003. Eu era fã dessa série. Joguei todos os games dela. Não terminei todos eles, pois são jogos muito difíceis, mas tive um contato muito grande com os games, a mitologia, e as aventuras de Lara Croft, que eu sempre chamei de a Indiana Jones feminina. Tanta proximidade eu tinha com os games, que vi os dois filmes com Angelina Jolie nos cinemas quando estrearam, e como fã na época, os critiquei duramente. Não eram a pior coisa do mundo, mas estavam bem abaixo do nível aceitável.
Esta nova série de filmes que recomeça as aventuras de Lara nos cinemas, ou reboot, se preferir, é baseada nos dois novos games da franquia, os quais ainda não joguei; só consegui conferir o comecinho do primeiro, de 2013, e foi bem rápido, uma hora eu consigo ver melhor. Exatamente por esse fato de não ter jogado esses dois games, que eu expliquei tudo isso aqui antes de falar sobre o filme. Eu conheço a Lara Croft da série antiga de games, não esta nova.
Para quem acha que nos games é tudo lindo, bom, não é bem assim. A franquia de games mesmo já passou por dois reboots. Depois do game Tomb Raider: Angel of Darkness, de 2003, que diga-se de passagem, foi horrível, uma nova série de games da Lara Croft começou em 2006, com Tomb Raider: Legend, e durou três games. Desses três, eu joguei só o segundo, Tomb Raider: Anniversary, que é um remake do primeiro game de 1996. Aí amigo, eu acabei largando e não acompanhei mais, não joguei esse segundo reboot, então estou por fora em relação ao quanto este filme é fiel à proposta do game, então vou me aproximar com cautela.
Só o que posso dizer no momento, é que o filme é ótimo! Não perfeito, mas dá conta do recado. Este Tomb Raider de 2018, juntamente com Warcraft, de 2016 e mais um ou dois filmes mais recentes baseados em games, provam que é possível sim, fazer como se faz hoje com quadrinhos, ou seja, filmes com qualidade e profundidade. Nossa sorte, é que o abominável "diretor" Uwe Boll, cujo nome eu tenho até calafrios de citar aqui, não conseguiu pôr as mãozinhas nos direitos de todos os games que viu por aí! Ufa! Alguém viu como que o cara destruiu os games que transformou em filme? BloodRayne, Alone in the Dark, Far Cry, Postal... era deprimente ver histórias tão boas indo pelo ralo por causa desse cara!
Mas voltando a Tomb Raider, os filmes com Angelina Jolie eram bem mais pastelão, seguindo aquela fórmula antiga batida de sessão da tarde. Esta nova versão com Alicia Vikander e o diretor norueguês Roar Uthaug ficou bem bacana. Começa descrevendo a backstory da aventura que iremos ver adiante, o que achei meio desnecessário, mas enfim, não é uma "palestra" maçante, como diz meu amigo Felipe Martinelli. Aí já nos mostra Lara encarando a academia de luta, e vivendo sua vida. Aprendemos que ela já não vê o pai, Richard Croft, há 7 anos, presumidamente morto em uma expedição. A moça então acha uma peça estranha que parece ter a mecânica de um cubo mágico, e descobre informações que podem levar ao paradeiro do pai dela, e é assim que Lara acaba se envolvendo com arqueologia.
Engraçado, fico imaginando o que levou os caras a adotarem um nome diferente para o pai de Lara, especialmente o nome dado nos filmes com Jolie. Na timeline original, o pai dela se chamava Henshingly, e não Richard. Vai ver que é porque é um nomezinho mais fácil de memorizar. Oras, então chamasse o cara de Zequinha de uma vez, caramba! Brincadeiras à parte...
Tão logo, ela se encontra perdida em meio ao oceano, e vai parar em uma ilha, onde acaba descobrindo um povoado e um cara chamado Vogel, o nosso vilão. Em um determinado ponto, ela chega em uma caverna onde encontra seu papi, cabeludão, e vivendo como um ermitão na caverna. Peraí... se o cara estava na mesma ilha que Vogel durante todo esse tempo, então... como é que nunca se encontraram antes??? Uai... em um dado momento, o Vogel vê o cara e diz "queria eu saber durante todo esse tempo que você ainda estava vivo". WHAT? Isso é vilão que se preze, não conseguir sequer investigar o lugar que está habitando para encontrar um velhote ermitão? Difícil de engolir essa, hein senhor filme!
Enfim, fora o primeiro ato do filme que eu achei meio fora de sintonia com o restante e esse furinho de roteiro do pai de Lara, o resto funciona bastante bem. As cenas de ação são jóias, a ação do filme é muito bem coreografada, e os perigos que Lara corre são muito bem filmados. Alicia também faz uma boa atuação; achei a moça muito jovenzinha e meio nada a ver de aparência para fazer Lara, mas valeu, porque ela pegou a ideia da personagem e fez a sua Lara, ficou bacana. Não sei se tem a ver com os dois games do reboot mais novo, mas ficou bacana.
Só que o filme ainda tem outra coisa bem legal: ele também sabe conversar com os fãs antigos da série como eu, além dos novos. Cenas envolvendo armadilhas em cavernas, plataformas, penhascos, precipícios, escalação, quebra-cabeças e tudo aquilo que eu presenciei na série original de games, estão aqui muito bem representados. Deu uma nostalgia boa em mim quando eu vi esses trechos e lembrei de mim lá no início dos anos 2000, jogando Tomb Raider II com o meu irmão. A gente salvava dois jogos e ficava se alternando para jogar no mesmo computador, e via quem conseguia chegar no fim do game primeiro.
Durante este filme, a única coisa que não temos de Lara são as suas armas. As famosas pistolinhas de munição infinita que você usava no jogo quando sua escopeta ficava sem munição, só vão aparecer lá no finalzinho. A única coisa que Lara usa no filme, que se trata de uma história de origem, é o arco e flecha, recurso esse que ela usou no jogo reboot de 2013, que também é uma história de origem, além é claro, de partir pra luta corpo a corpo, algo que, pelo menos na série clássica, não havia e eu sempre senti falta.
A história é legal, a trama te mantém antenado o tempo todo, tensa, dramática, e com bastante ação e drama. A relação de Lara com seu pai aqui ficou muito mais verossímil e bem desenvolvida do que em qualquer outro game da série ou mesmo filme. Gostei muito de ver a química entre os dois atores, e estou bem curioso agora para ver o que irão fazer em uma possível sequência. Filme recomendado para todos, não só para os fãs do game, mas também para qualquer pessoa que queira conhecer a história da exploradora.
Esta nova série de filmes que recomeça as aventuras de Lara nos cinemas, ou reboot, se preferir, é baseada nos dois novos games da franquia, os quais ainda não joguei; só consegui conferir o comecinho do primeiro, de 2013, e foi bem rápido, uma hora eu consigo ver melhor. Exatamente por esse fato de não ter jogado esses dois games, que eu expliquei tudo isso aqui antes de falar sobre o filme. Eu conheço a Lara Croft da série antiga de games, não esta nova.
Para quem acha que nos games é tudo lindo, bom, não é bem assim. A franquia de games mesmo já passou por dois reboots. Depois do game Tomb Raider: Angel of Darkness, de 2003, que diga-se de passagem, foi horrível, uma nova série de games da Lara Croft começou em 2006, com Tomb Raider: Legend, e durou três games. Desses três, eu joguei só o segundo, Tomb Raider: Anniversary, que é um remake do primeiro game de 1996. Aí amigo, eu acabei largando e não acompanhei mais, não joguei esse segundo reboot, então estou por fora em relação ao quanto este filme é fiel à proposta do game, então vou me aproximar com cautela.
Só o que posso dizer no momento, é que o filme é ótimo! Não perfeito, mas dá conta do recado. Este Tomb Raider de 2018, juntamente com Warcraft, de 2016 e mais um ou dois filmes mais recentes baseados em games, provam que é possível sim, fazer como se faz hoje com quadrinhos, ou seja, filmes com qualidade e profundidade. Nossa sorte, é que o abominável "diretor" Uwe Boll, cujo nome eu tenho até calafrios de citar aqui, não conseguiu pôr as mãozinhas nos direitos de todos os games que viu por aí! Ufa! Alguém viu como que o cara destruiu os games que transformou em filme? BloodRayne, Alone in the Dark, Far Cry, Postal... era deprimente ver histórias tão boas indo pelo ralo por causa desse cara!
Mas voltando a Tomb Raider, os filmes com Angelina Jolie eram bem mais pastelão, seguindo aquela fórmula antiga batida de sessão da tarde. Esta nova versão com Alicia Vikander e o diretor norueguês Roar Uthaug ficou bem bacana. Começa descrevendo a backstory da aventura que iremos ver adiante, o que achei meio desnecessário, mas enfim, não é uma "palestra" maçante, como diz meu amigo Felipe Martinelli. Aí já nos mostra Lara encarando a academia de luta, e vivendo sua vida. Aprendemos que ela já não vê o pai, Richard Croft, há 7 anos, presumidamente morto em uma expedição. A moça então acha uma peça estranha que parece ter a mecânica de um cubo mágico, e descobre informações que podem levar ao paradeiro do pai dela, e é assim que Lara acaba se envolvendo com arqueologia.
Engraçado, fico imaginando o que levou os caras a adotarem um nome diferente para o pai de Lara, especialmente o nome dado nos filmes com Jolie. Na timeline original, o pai dela se chamava Henshingly, e não Richard. Vai ver que é porque é um nomezinho mais fácil de memorizar. Oras, então chamasse o cara de Zequinha de uma vez, caramba! Brincadeiras à parte...
Tão logo, ela se encontra perdida em meio ao oceano, e vai parar em uma ilha, onde acaba descobrindo um povoado e um cara chamado Vogel, o nosso vilão. Em um determinado ponto, ela chega em uma caverna onde encontra seu papi, cabeludão, e vivendo como um ermitão na caverna. Peraí... se o cara estava na mesma ilha que Vogel durante todo esse tempo, então... como é que nunca se encontraram antes??? Uai... em um dado momento, o Vogel vê o cara e diz "queria eu saber durante todo esse tempo que você ainda estava vivo". WHAT? Isso é vilão que se preze, não conseguir sequer investigar o lugar que está habitando para encontrar um velhote ermitão? Difícil de engolir essa, hein senhor filme!
Enfim, fora o primeiro ato do filme que eu achei meio fora de sintonia com o restante e esse furinho de roteiro do pai de Lara, o resto funciona bastante bem. As cenas de ação são jóias, a ação do filme é muito bem coreografada, e os perigos que Lara corre são muito bem filmados. Alicia também faz uma boa atuação; achei a moça muito jovenzinha e meio nada a ver de aparência para fazer Lara, mas valeu, porque ela pegou a ideia da personagem e fez a sua Lara, ficou bacana. Não sei se tem a ver com os dois games do reboot mais novo, mas ficou bacana.
Só que o filme ainda tem outra coisa bem legal: ele também sabe conversar com os fãs antigos da série como eu, além dos novos. Cenas envolvendo armadilhas em cavernas, plataformas, penhascos, precipícios, escalação, quebra-cabeças e tudo aquilo que eu presenciei na série original de games, estão aqui muito bem representados. Deu uma nostalgia boa em mim quando eu vi esses trechos e lembrei de mim lá no início dos anos 2000, jogando Tomb Raider II com o meu irmão. A gente salvava dois jogos e ficava se alternando para jogar no mesmo computador, e via quem conseguia chegar no fim do game primeiro.
Durante este filme, a única coisa que não temos de Lara são as suas armas. As famosas pistolinhas de munição infinita que você usava no jogo quando sua escopeta ficava sem munição, só vão aparecer lá no finalzinho. A única coisa que Lara usa no filme, que se trata de uma história de origem, é o arco e flecha, recurso esse que ela usou no jogo reboot de 2013, que também é uma história de origem, além é claro, de partir pra luta corpo a corpo, algo que, pelo menos na série clássica, não havia e eu sempre senti falta.
A história é legal, a trama te mantém antenado o tempo todo, tensa, dramática, e com bastante ação e drama. A relação de Lara com seu pai aqui ficou muito mais verossímil e bem desenvolvida do que em qualquer outro game da série ou mesmo filme. Gostei muito de ver a química entre os dois atores, e estou bem curioso agora para ver o que irão fazer em uma possível sequência. Filme recomendado para todos, não só para os fãs do game, mas também para qualquer pessoa que queira conhecer a história da exploradora.
Tomb Raider (2018)
Produção: Graham King, Noah Hughes, Patrick McCormick, Denis O'Sullivan
Roteiro: Geneva Robertson-Dworet, Alastair Siddons, Evan Daugherty (baseado no videogame de 2013 e com elementos do game de 2015, e ainda inspirado em videogame e personagem criados em 1996, por Toby Gard)
Trilha sonora: Junkie XL
Trailer:
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