Esta última edição da revista do Batman dos Novos 52 já não nos traz mais os talentos de Snyder e Capullo para a trama, mas sim o roteirista James Tynion IV, que trabalhou em algumas histórias curtas do Batman durante a gestão de Snyder.
E, assim como Scott Snyder, eu também vou me retirar de resenhar as revistas mensais do morcego por um tempo. Pelo menos por enquanto. Vou dar um tempinho para a linha Rebirth engatar a marcha, e quem sabe no ano que vem eu volto com elas? Vamos ver. Me diverti bastante aqui falando sobre este Batman do Snyder, foi muito bacana. Talvez, mais para frente, eu resolva fazer algo sobre a série da Mansão Arkham, mas é cedo pra dizer, preciso de um descanso das revistas mensais do Batman. Vou falar de coisas mais clássicas, e personagens diferentes, após terminar a série do Miller.
E, assim como Scott Snyder, eu também vou me retirar de resenhar as revistas mensais do morcego por um tempo. Pelo menos por enquanto. Vou dar um tempinho para a linha Rebirth engatar a marcha, e quem sabe no ano que vem eu volto com elas? Vamos ver. Me diverti bastante aqui falando sobre este Batman do Snyder, foi muito bacana. Talvez, mais para frente, eu resolva fazer algo sobre a série da Mansão Arkham, mas é cedo pra dizer, preciso de um descanso das revistas mensais do Batman. Vou falar de coisas mais clássicas, e personagens diferentes, após terminar a série do Miller.
Portanto, vamos dar uma olhada nesta última edição dos Novos 52 e fechar a brincadeira; só para quem estiver se perguntando, sim, eu estou acompanhando o Batman da linha Rebirth, estou comprando as revistas ainda, mas preciso de um tempo para descansar um pouco de falar do Batman. Por mais que você goste muito de algo, às vezes acaba cansando um pouco.
Vou falar esporadicamente do Batman da série Batman: Arkham, a dos videogames, quando eu puder resenhar o livro de Marv Wolfman que adapta Arkham Knight para a literatura, e também das HQs da série Arkham Unhinged e similares, mas não tudo ao mesmo tempo. Também vou focar em histórias mais clássicas do personagem, tem algumas indicações que gostaria de fazer aqui no blog.
Vou falar esporadicamente do Batman da série Batman: Arkham, a dos videogames, quando eu puder resenhar o livro de Marv Wolfman que adapta Arkham Knight para a literatura, e também das HQs da série Arkham Unhinged e similares, mas não tudo ao mesmo tempo. Também vou focar em histórias mais clássicas do personagem, tem algumas indicações que gostaria de fazer aqui no blog.
Enfim, vamos à trama de James Tynion IV: basicamente é uma história que faz um outro estudo de personagem, e é bem interessante como isso é feito. Em flashbacks, vemos o pequeno Bruce Wayne quando perdeu os pais, mais ou menos aos 10 anos, quando ele e Alfred recebem a visita da Dra Leslie Thompkins. Então nos é revelado que a doutora pediu a Bruce para fazer uma lista de tudo aquilo que poderia ajudá-lo a superar esta dificuldade. Bruce obedece, mas a seu jeito.
A história atual se passa enquanto Batman caça um criminoso chamado Crypsis, um cara que veste um traje tecnológico engraçado, branco e rosado, conhecido por atravessar paredes e surrupiar objetos. Ele parece ser tão bom, que rouba três batarangues do cinto do morcego sem ele perceber. Mas o que Batman realmente quer é pessoal, e está dentro de uma caixa que o criminoso pegou.
Eventualmente, depois de uma boa perseguição, o morcego consegue derrotá-lo e aprisioná-lo o mandando para Blackgate. Ele também recupera a caixa com o objeto que havia nela. Crypsis fica confuso com a importância que o morcego deu àquela caixa. O flashback explicará a questão toda.
Quando Bruce recebeu de Leslie a tarefa de fazer a lista, ele pegou um caderninho com a inscrição "Como seguir adiante" na capa. Nele, Bruce traçou 51 objetivos a cumprir. Tinha lá, desde coisas como "desaparecer", ou "abrir mão de tudo", ou mesmo "fazer eles sentirem o que eu sinto", ou seja, metas a atingir como um treinamento mental que permitiria a Bruce se transformar no que se tornou. Alfred, com medo que o menino se perdesse em sua jornada, colocou um objetivo 52 lá no final. Quando era criança, Bruce rasgou a página do objetivo 52, irritado com Alfred, dizendo que o mordomo não entendia a dor dele.
O que Bruce tenta recuperar do banco que Crypsis assaltou era exatamente aquele livro. E, quando chegamos ao final da narrativa, vemos que no final do livro, lá está o objetivo 52 colado e consertado por Bruce. Ele confessa à Alfred que era ele, Bruce, o ingênuo, que não entendia, que não queria ouvir os conselhos de seu amigo. Desta forma, ele assume que o objetivo 52 é o mais difícil de cumprir, e ele sentiu medo, tendo então a reação que teve, mas aí ele se desculpa com Alfred, anos depois, dizendo que todos os dias tenta cumprir esta meta... e que nunca vai desistir dela.
Qual era o objetivo 52? Senta aí, que se você é fã do morcego, vai precisar de lenço.
Era o seguinte: "lembrar-se de que seus pais sempre terão orgulho de você".
Uma das coisas que acho mais legais na dinâmica entre Alfred e Bruce é essa relação de pai-filho postiços. É uma das razões pela qual eu fico irritado quando resolvem fazer do Alfred algo diferente, como um ex-militar combatente, muito duro e muito áspero, como em Batman Earth One. Nunca vi o Alfred dessa maneira. Alfred para mim é o protetor, o sábio, a voz da razão, o guardião do guardião; aquele cara que o herói procura quando está confuso, desesperado, perdido. Isso para mim tem uma relação de identificação com nós, leitores, quase que imediata. Um Alfred militar corta totalmente essa dinâmica entre ele e o patrãozinho. E é por isso que acho que deveriam escrever mais histórias assim nas HQs do Batman, mais situações como essa que os dois interagem, mostrando de forma mais efetiva, principalmente para as novas gerações, essa dinâmica entre os dois, tão bacana.
E, com essa reflexão, vou me despedindo das HQs mensais do Batman aqui no blog, pelo menos por algum tempo. Este último número dos Novos 52 vem com uma belíssima história, curta, mas que nos diverte e causa reflexão em relação aos laços, além, é claro, de ampliar, de forma muito positiva, a mitologia do morcego nas HQs. Uma ótima recomendação que faço, e que encerra, de forma brilhante, uma linha da DC que teve mais baixos que altos, o título do Batman se incluindo, claro, nos altos. Há outros três arcos dos Novos 52 da qual falei aqui no blog, o primeiro sobre a Corte das Corujas, o segundo o do Coringa, Death of the Family, e o terceiro, o arco Endgame, sem falar na primeira edição da revista Detective Comics Batman, dos Novos 52 e a edição 51, a última história de Scott Snyder. Caso queira, dê uma volta por lá para se inteirar.
Batman #52 (Julho/2016)
Linha: Os Novos 52
Títulos desta edição: The List
Títulos em português BR: A Lista
Editora: DC Comics
Formato: Revista mensal
Roteiros: James Tynion IV
Desenhistas: Riley Rossmo
Coloristas: Ivan Plascencia, Jordan Boyd
Letrista: Steve Wands
Editores: Mark Doyle, Rebecca Taylor
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