Friday, March 31, 2017

CANTO DO CISNE: Chuck Berry

Hoje quero prestar uma homenagem a um cara comumente conhecido como o pai do rock'n'roll. Estive um tempo afastado, e não pude homenageá-lo agora, dia 18 de Março, quando nos deixou aos 90 anos de idade. Ele merece uma postagem só dele, considerando toda sua importância inquestionável para a cultura mundial. Charles Edward Anderson, mais conhecido como Chuck Berry não apenas fundou um gênero musical que se espalhou e cresceu em várias vertentes, mas também influenciou incontáveis artistas.  

E eu, quando me refiro a Berry como uma lenda, não estou tentando apagar seus desfeitos a lá GTA, tanto antes, quanto depois da fama, muito pelo contrário, mas estou prestigiando o artista que ele se tornou. Sim, ele começou mal das pernas, cometeu crimes, foi parar na cadeia e mandado a um reformatório. Mas a música veio e salvou sua vida. Ainda bem. Sem isso, não imagino como a história poderia ter sido diferente.

De qualquer forma, isso permitiu a Charles que ele se apresentasse como um músico profissional. Dessa forma, ele aproveitou suas fortes influências de blues, country e R&B, para compôr todo o espectro musical do que, em alguns anos, seria chamado de Rock'n'Roll. Partindo das melodias do Blues e de sua paixão pela música Country, Chuck escreveu diversos hits de sucesso em seus primeiros dias de fama, como "Rock'n'Roll Music", "Roll Over Beethoven", "Maybellene", e muitas, muitas outras que habitaram as rádios durante muitos anos e ainda são lembradas como a gênese de todo um movimento musical.

"Johnny B. Goode", talvez um de seus hits mais conhecidos foi a minha primeira experiência no Rock, não pelas mãos e voz de Chuck, mas pelas de Michael J. Fox, quando empunhou sua guitarra em Back To The Future, em 1985, e tocou "Johnny B. Goode" naquele filme, ato que me fez descobrir todo o universo do Rock'n'Roll.

Chuck teve diversos outros hits de suas carreira até o ano de 1979, quando lançou seu último disco, Rock It. O artista, desde então vinha apenas se apresentando com seus hits antigos, até que anunciou que comemoraria seus 90 anos com um disco novo agora em 2017, chamado apenas de Chuck. Com sua morte, não ficou ainda confirmado se o lançamento póstumo vai acontecer.

Chuck Berry influenciou, direta e indiretamente, todos os artistas do Rock, como os Beatles, Elvis Presley, Rolling Stones, Kiss, e muitos e incontáveis outros artistas que os anos produziram. Tido como o marco inicial do gênero, Berry foi a semente que fez com que uma árvore genealógica imensa e aparentemente infindável tomasse forma, nos proporcionando várias outras vertentes do mesmo Rock que produziu em sua carreira, como o Hard Rock, o Rock Progressivo, o Punk Rock, o Grunge, o Pop Rock, o Soft Rock, o Heavy Metal, e muitas outras coisas. Chuck pode ser apenas um ser humano como você ou eu, mas sua importância dentro do escopo musical ainda encontra eco até os dias de hoje. Sem ele, o panorama musical que se deu nos últimos 62 anos seria muito, mas muito diferente.

Eu só tenho a agradecer a um cara como este por me fazer pertencer a uma geração que viu no Rock sua alternativa musical de maior expressão, que nos proporcionou uma identidade cultural e musical, que nos presenteou com um gênero que se tornou não só algo muito divertido, mas muito, muito vasto, um gigante, um mito e algo simplesmente sensacional que eu não tenho palavras para dizer o quanto foi e ainda é importante para mim como pessoa.

Desejo que Chuck encontre seu lugar na outra existência, e que descanse, sabendo que o seu legado, o legado do Rock'n'Roll, será sempre levado adiante por mim e outros fãs do gênero; que sua música jamais será esquecida e que sua importância sempre será reconhecida como pedra fundamental que regeu a identidade sonora de diversas gerações ao longo das décadas e ainda há de reger outras nos anos seguintes. Descanse em paz, Chuck. E obrigado pelo seu Rock'n'Roll!

Dessa vez, Marty, abra alas... aí vem o pai da criança!

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