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Novo filme dirigido pelo diretor e documentarista Mauro Ventura propõe uma discussão sobre o sobrenatural, envolvendo a ocorrência de milagres segundo a ótica do Catolicismo. Porém, mais do que abordar temas religiosos, os entrevistados promovem uma ótima discussão filosófica a respeito do tema.
Direção: Mauro VenturaNovo filme dirigido pelo diretor e documentarista Mauro Ventura propõe uma discussão sobre o sobrenatural, envolvendo a ocorrência de milagres segundo a ótica do Catolicismo. Porém, mais do que abordar temas religiosos, os entrevistados promovem uma ótima discussão filosófica a respeito do tema.
Entrevistados: Wolfgang Smith, Raphael de Paola, Olavo de Carvalho
Eu estava sentindo falta de assistir um filme que me provocasse mais o pensamento na sala de cinema. Por essa razão, resolvi embarcar na investigação feita neste documentário chamado Milagre, promovida pelo físico e filósofo americano Wolfgang Smith, o físico brasileiro Raphael de Paola e o escritor, professor e filósofo Olavo de Carvalho. Na verdade, uma coisa puxa a outra. O diretor Mauro Ventura é um grande admirador do pensamento de Olavo, e tanto Olavo quanto Paola foram muito influenciados pelo pensamento de Smith. Portanto, o objetivo claro deste filme não é promover um debate de visões antagônicas, mas sim uma investigação regrada sobre o tema do título, colaborativa entre pessoas que partilham de ideias semelhantes em relação à vida e à realidade em si.
Quero também deixar outra coisa muito clara: não há política envolvida neste tema. Quero apenas esclarecer isso, porque o professor Olavo é uma figura muito proeminente e popular hoje em dia neste meio, mas como eu não sou um desses militantes dementes que enfiam política em tudo, berrando e vociferando atrocidades pela boca, é bom deixar isso claro e cristalino.
Mauro Ventura é o autor de vários outros trabalhos que também envolveram o professor Olavo, desde um curta-metragem chamado O Imbecil Coletivo, baseado na obra do próprio Olavo, e também o excelente filme Bonifácio, O Fundador do Brasil, que eu fiz questão de assistir para saber um pouco mais sobre a própria história do meu país e por conter belíssimas tomadas do hoje destruído Museu Nacional. Por ter gostado muito do trabalho dele nesta ocasião, resolvi assistir esta nova produção dele, então vamos falar dela.
O filme começa, e se sustenta grande parte do tempo com imagens dos oceanos, mostrando a vida marinha, terrestre, bem como estátuas e construções ilustrando o tema em questão; no começo, mostra um pouco da vida aquática, e vai alternando estas imagens com os depoimentos dos filósofos e físicos. Ele é dividido em três partes: na primeira parte, os entrevistados falam sobre Matéria e Forma; na segunda, o assunto gira em torno daquilo que é o mundo Concreto e Transcendente; a terceira parte, que fecha a narrativa, revolve em torno da Realidade em si. Paola inicia na primeira parte, distinguindo milagres de fatos, e fala um pouco da mentalidade cientificista.
O que temos que ter bastante cuidado aqui, é para não confundir ciência com mentalidade cientificista, são duas coisas completamente diferentes uma da outra! Ciência é o estudo da vida e dos fatos, do que é real e palpável, cientificismo é uma ideologia positivista que enaltece a ciência como fator superior. Isso o próprio Olavo já explicou antes. Cuidado!
Paola também menciona bastante os preceitos de Aristóteles, e menciona também a fala do professor Olavo, em que ele diz que "todo acontecer é um acontecer concreto", e isso bate muito em cima daquilo que Olavo sempre diz que é correspondente a sua Filosofia, que é a busca da explicação e da compreensão dos fatos da realidade; eu até menciono aqui já na terceira parte do filme, que o Olavo inclusive confirma esse preceito, dando uma breve definição de Filosofia, onde ele diz algo muito interessante: que filosofia se baseia no fato concreto em si. Ele diz exatamente o seguinte: "grandes filósofos não se interessam por argumentos abstratos, apesar de realizarem abstrações para explicarem os argumentos factuais"; ou seja, eles estão mais interessados em explorar a realidade em si.
O professor Smith insiste bastante no preceito anima x spíritus, definição do latim para a relação entre Deus e o homem. Ele afirma também que a visão que vão apresentar bate de frente com pós-Iluminismo e com o Iluminismo em si, a qual eles consideram os preceitos simplesmente insustentáveis, e justifica dizendo que o pensamento de que "a ciência refutou a possibilidade de milagres" é uma afirmação FALSA, porque a ciência, a verdadeira ciência, se vale daquilo que é palatável, daquilo que é concreto, daquilo que é fato em si.
Portanto, Smith considera o Iluminismo uma tremenda de uma balela, basicamente é isso que ele fala com outras palavras, então temos a definição do que é milagre e todos os filósofos do filme dão uma definição que complementa a outra definição dada pelo outro. Por exemplo, o que Olavo diz que é um milagre em termos científicos, não cientificistas, é tal que, para se estudar um milagre, é preciso se valer da ciência que estuda fatos recortados em fatos concretos, então por exemplo, ele insiste muito na ideia em que o milagre é um acontecimento em si que supera o nosso entendimento, e que por isso nós não conseguimos explicar. Para entendermos esse milagre, segundo Paola explica, a gente tem que se valer da teologia, da filosofia e dos fatos modernos conhecidos, e reconhecer que a concretização de um milagre se vale da vontade de Deus, ou de um de seus anjos enviados.
Quero também deixar outra coisa muito clara: não há política envolvida neste tema. Quero apenas esclarecer isso, porque o professor Olavo é uma figura muito proeminente e popular hoje em dia neste meio, mas como eu não sou um desses militantes dementes que enfiam política em tudo, berrando e vociferando atrocidades pela boca, é bom deixar isso claro e cristalino.
Mauro Ventura é o autor de vários outros trabalhos que também envolveram o professor Olavo, desde um curta-metragem chamado O Imbecil Coletivo, baseado na obra do próprio Olavo, e também o excelente filme Bonifácio, O Fundador do Brasil, que eu fiz questão de assistir para saber um pouco mais sobre a própria história do meu país e por conter belíssimas tomadas do hoje destruído Museu Nacional. Por ter gostado muito do trabalho dele nesta ocasião, resolvi assistir esta nova produção dele, então vamos falar dela.
O filme começa, e se sustenta grande parte do tempo com imagens dos oceanos, mostrando a vida marinha, terrestre, bem como estátuas e construções ilustrando o tema em questão; no começo, mostra um pouco da vida aquática, e vai alternando estas imagens com os depoimentos dos filósofos e físicos. Ele é dividido em três partes: na primeira parte, os entrevistados falam sobre Matéria e Forma; na segunda, o assunto gira em torno daquilo que é o mundo Concreto e Transcendente; a terceira parte, que fecha a narrativa, revolve em torno da Realidade em si. Paola inicia na primeira parte, distinguindo milagres de fatos, e fala um pouco da mentalidade cientificista.
O que temos que ter bastante cuidado aqui, é para não confundir ciência com mentalidade cientificista, são duas coisas completamente diferentes uma da outra! Ciência é o estudo da vida e dos fatos, do que é real e palpável, cientificismo é uma ideologia positivista que enaltece a ciência como fator superior. Isso o próprio Olavo já explicou antes. Cuidado!
Paola também menciona bastante os preceitos de Aristóteles, e menciona também a fala do professor Olavo, em que ele diz que "todo acontecer é um acontecer concreto", e isso bate muito em cima daquilo que Olavo sempre diz que é correspondente a sua Filosofia, que é a busca da explicação e da compreensão dos fatos da realidade; eu até menciono aqui já na terceira parte do filme, que o Olavo inclusive confirma esse preceito, dando uma breve definição de Filosofia, onde ele diz algo muito interessante: que filosofia se baseia no fato concreto em si. Ele diz exatamente o seguinte: "grandes filósofos não se interessam por argumentos abstratos, apesar de realizarem abstrações para explicarem os argumentos factuais"; ou seja, eles estão mais interessados em explorar a realidade em si.
O professor Smith insiste bastante no preceito anima x spíritus, definição do latim para a relação entre Deus e o homem. Ele afirma também que a visão que vão apresentar bate de frente com pós-Iluminismo e com o Iluminismo em si, a qual eles consideram os preceitos simplesmente insustentáveis, e justifica dizendo que o pensamento de que "a ciência refutou a possibilidade de milagres" é uma afirmação FALSA, porque a ciência, a verdadeira ciência, se vale daquilo que é palatável, daquilo que é concreto, daquilo que é fato em si.
Portanto, Smith considera o Iluminismo uma tremenda de uma balela, basicamente é isso que ele fala com outras palavras, então temos a definição do que é milagre e todos os filósofos do filme dão uma definição que complementa a outra definição dada pelo outro. Por exemplo, o que Olavo diz que é um milagre em termos científicos, não cientificistas, é tal que, para se estudar um milagre, é preciso se valer da ciência que estuda fatos recortados em fatos concretos, então por exemplo, ele insiste muito na ideia em que o milagre é um acontecimento em si que supera o nosso entendimento, e que por isso nós não conseguimos explicar. Para entendermos esse milagre, segundo Paola explica, a gente tem que se valer da teologia, da filosofia e dos fatos modernos conhecidos, e reconhecer que a concretização de um milagre se vale da vontade de Deus, ou de um de seus anjos enviados.
Na parte 2 do documentário, eles começam a citar alguns milagres conhecidos, como por exemplo, o milagre de Gema de Giorgi, ou então o milagre da escada de São José, bastante famoso também, o milagre de Lourdes, ou então o milagre eucarístico de Buenos Aires, este eu não conhecia, e achei interessante o momento que se deram conta que a hóstia estava envolta em sangue.
Paola complementa que existem camadas ontológicas dentro da integralidade de um fato, e Olavo explica muito bem essa afirmação, dizendo que para se entender um milagre, tem que se entender as suas origens, o que motivou aquele milagre; não se pode basear apenas em fatos científicos, mas sim as origens daquilo que levou um milagre a acontecer.
Perceba que até o momento, eu estou simplesmente descrevendo aquilo que foi discutido, de forma bem simples e a grosso modo, só para que vocês tenham uma ideia. Há muita informação neste documentário que vale a pena ser conferida. Outra coisa que eu achei interessante e que Paola mencionou, é sobre o cuidado que nós temos que ter com os extremos. Existem dois deles, segundo Paola. O extremo da estabilidade sem regras, ou seja, que tudo que acontece no mundo é caótico e nada tem uma explicação definitiva por assim dizer, e o segundo, em que tudo depende de se descobrir as constâncias pela qual um acontecimento precedeu o outro.
Eu, como Católico, estou mais inclinado a essa segunda opção, em que existe uma ordem cósmica no universo, e que essa ordem cósmica segue uma lógica; não é à toa que nos referimos a Deus em si como o "Logos", ou seja, aquilo que representa a lógica de todo o universo, e se eu acho uma coisa muito interessante que explica muito bem os preceitos da minha própria religião, é como ela vê a questão dos milagres. Nada acontece por acaso no universo, podemos pegar por exemplo: eu vou dar aqui um exemplo bobo, bem ridículo mesmo, mas a gente já viu isso em filmes de ficção-científica onde, se você, por exemplo, faz uma viagem no tempo e altera algo na linha do espaço-tempo, o universo encontra uma maneira de fazer auto-compensação, ou seja, a partir daquele momento que você fez uma mudança, a lógica do universo foi corrompida, e é preciso restabelecer esta lógica, portanto o universo se auto-corrige, e é por isso que nós não podemos mudar aquilo que aconteceu no passado.
Meu Deus!! Aqui eu já viajei para as teorias e preceitos do Stephen Hawking! Deixa eu voltar para o tema em questão antes que eu explique a casca de noz do universo também! 😵
Paola complementa que existem camadas ontológicas dentro da integralidade de um fato, e Olavo explica muito bem essa afirmação, dizendo que para se entender um milagre, tem que se entender as suas origens, o que motivou aquele milagre; não se pode basear apenas em fatos científicos, mas sim as origens daquilo que levou um milagre a acontecer.
Perceba que até o momento, eu estou simplesmente descrevendo aquilo que foi discutido, de forma bem simples e a grosso modo, só para que vocês tenham uma ideia. Há muita informação neste documentário que vale a pena ser conferida. Outra coisa que eu achei interessante e que Paola mencionou, é sobre o cuidado que nós temos que ter com os extremos. Existem dois deles, segundo Paola. O extremo da estabilidade sem regras, ou seja, que tudo que acontece no mundo é caótico e nada tem uma explicação definitiva por assim dizer, e o segundo, em que tudo depende de se descobrir as constâncias pela qual um acontecimento precedeu o outro.
Eu, como Católico, estou mais inclinado a essa segunda opção, em que existe uma ordem cósmica no universo, e que essa ordem cósmica segue uma lógica; não é à toa que nos referimos a Deus em si como o "Logos", ou seja, aquilo que representa a lógica de todo o universo, e se eu acho uma coisa muito interessante que explica muito bem os preceitos da minha própria religião, é como ela vê a questão dos milagres. Nada acontece por acaso no universo, podemos pegar por exemplo: eu vou dar aqui um exemplo bobo, bem ridículo mesmo, mas a gente já viu isso em filmes de ficção-científica onde, se você, por exemplo, faz uma viagem no tempo e altera algo na linha do espaço-tempo, o universo encontra uma maneira de fazer auto-compensação, ou seja, a partir daquele momento que você fez uma mudança, a lógica do universo foi corrompida, e é preciso restabelecer esta lógica, portanto o universo se auto-corrige, e é por isso que nós não podemos mudar aquilo que aconteceu no passado.
Meu Deus!! Aqui eu já viajei para as teorias e preceitos do Stephen Hawking! Deixa eu voltar para o tema em questão antes que eu explique a casca de noz do universo também! 😵
A terceira parte também dá uma definição interessante para o milagre. Smith fala que é "um evento que aparenta violar as leis da natureza". Reparem no termo que ele usou: "aparenta"; porque segundo vimos, o universo segue uma lógica, LOGO, até mesmo os milagres seguem essa lógica. Por exemplo, se você reza muito e pede a Deus por uma graça, e Deus acha justo lhe conceder essa graça, ele irá lhe conceder essa graça! Por quê? Ora, porque você pediu incessantemente a ele, "ora, porra"! Esse seu pedido ecoa nas fronteiras do universo, e Deus vê que tem uma lógica nesse seu pedido, então ele lhe concede aquilo que você pediu.
É bom chamar a atenção que aqui nós não estamos entrando em religião, nem nada do tipo! Nós estamos simplesmente seguindo (ou tentando seguir) os preceitos da lógica em si, não estou falando aqui de forma pregativa, nem nada, estou apenas tentando construir uma linha de raciocínio, até porque eu não sou sacerdote, ou coroinha, ou coisa que o valha, somente um leigo pecador miserável, como todo mundo.
Paola complementa dizendo o seguinte: "o milagre é a irrupção no comum do sobrenatural pela fonte superabundante"; quem é a "fonte superabundante" no meu entender? Deus, é claro, ou um de seus anjos.
É bom chamar a atenção que aqui nós não estamos entrando em religião, nem nada do tipo! Nós estamos simplesmente seguindo (ou tentando seguir) os preceitos da lógica em si, não estou falando aqui de forma pregativa, nem nada, estou apenas tentando construir uma linha de raciocínio, até porque eu não sou sacerdote, ou coroinha, ou coisa que o valha, somente um leigo pecador miserável, como todo mundo.
Paola complementa dizendo o seguinte: "o milagre é a irrupção no comum do sobrenatural pela fonte superabundante"; quem é a "fonte superabundante" no meu entender? Deus, é claro, ou um de seus anjos.
Uma problemática que Olavo propõe: "todo o desejo de conhecimento começa com o ver e ouvir". Por que ele disse isso? Ele disse isso, pelo seguinte: lembra que ele falou que grandes filósofos não se interessam por argumentos abstratos, apenas em explorar a realidade? Pois bem, a maioria das pessoas justificam um milagre através do pensamento simplista de que "foi Deus que quis assim", e não param para pensar que tudo, segundo a lógica que nós traçamos até agora, tem uma origem no universo. Essa origem pode ser a causa daquilo que elas estão procurando entender, e que vai explicar, até mesmo de maneira científica, o milagre que acabou de acontecer.
Vejam só que interessante! O que está sendo explicado aqui pelos três filósofos? Está sendo explicado o seguinte: nenhum milagre acontece do nada! Nada acontece por acaso! Tudo tem uma explicação lógica e científica, até mesmo os milagres. Agora, se formos parar para pensar o porquê que nós não conseguimos entender os milagres, veremos que é pela mesma razão pela qual a gente não consegue entender o porquê que a gente vai no cinema! Tudo bem, a gente vai no cinema para ver um filme, porque a gente quer se divertir, e tal. Mas o que levou a gente a tomar a iniciativa de ir lá, a motivação? Não sei! Não sei explicar científicamente o que me levou a estar lá, naquela sala de cinema do shopping que eu fui hoje, naquele momento, vendo aquele filme, sendo que eu poderia estar em casa. Anos atrás, eu nem sequer me interessaria por ver esse tipo de produção, no entanto aqui estou eu! Como se explica isso científicamente? Não tem como! Existem coisas no universo que são difíceis de explicar, porém tudo tem uma explicação lógica, tudo tem um porquê, uma causa, é isso que está sendo dito! Até mesmo a realização de milagres tem causa! Do contrário, o universo não seria um todo coeso e lógico, e a realidade entraria em colapso!
Vejam só que interessante! O que está sendo explicado aqui pelos três filósofos? Está sendo explicado o seguinte: nenhum milagre acontece do nada! Nada acontece por acaso! Tudo tem uma explicação lógica e científica, até mesmo os milagres. Agora, se formos parar para pensar o porquê que nós não conseguimos entender os milagres, veremos que é pela mesma razão pela qual a gente não consegue entender o porquê que a gente vai no cinema! Tudo bem, a gente vai no cinema para ver um filme, porque a gente quer se divertir, e tal. Mas o que levou a gente a tomar a iniciativa de ir lá, a motivação? Não sei! Não sei explicar científicamente o que me levou a estar lá, naquela sala de cinema do shopping que eu fui hoje, naquele momento, vendo aquele filme, sendo que eu poderia estar em casa. Anos atrás, eu nem sequer me interessaria por ver esse tipo de produção, no entanto aqui estou eu! Como se explica isso científicamente? Não tem como! Existem coisas no universo que são difíceis de explicar, porém tudo tem uma explicação lógica, tudo tem um porquê, uma causa, é isso que está sendo dito! Até mesmo a realização de milagres tem causa! Do contrário, o universo não seria um todo coeso e lógico, e a realidade entraria em colapso!
Podemos pegar, por exemplo, um acontecimento bíblico, como a ressurreição de Lázaro. Por que Lázaro ressuscitou? Você dirá que foi Jesus que foi lá, impôs as mãos nele, e disse "agora levanta-te e caminha". Mas o que houve antes disso? Houve uma grande tristeza. Jesus foi tomado por uma tristeza profunda ao ver o corpo de Lázaro. Essa tristeza desencadeou uma reação sobrenatural (porque ele é o filho de Deus) a qual nossa mentalidade não consegue entender, porque nós somos apenas seres humanos, e essa ação da imposição das mãos de Jesus no corpo de Lázaro o ressuscitou. A mesma coisa pode ser aplicada no milagre da água transformada em vinho.
Ainda está lendo? Puxa, que ótimo! Calma, já está acabando, falta só um pouquinho!
Vou dar outro exemplo: eu tive um sonho outro dia, que eu não consegui entender o porquê de eu ter aquele sonho. Eu não vou entrar em detalhes, mas basicamente eu estava em um lugar onde eu não sentia que havia tempo, espaço ou forma definida naquele lugar, e ao meu lado havia uma entidade à qual o tamanho eu não conseguia mensurar, e eu vi as coisas acontecendo na minha frente, e eu não conseguia entender o que estava acontecendo, muito embora eu me sentisse seguro ao lado daquela entidade. Eu não sei dizer se era Deus, ou um anjo, ou um parente meu morto, uma força qualquer do universo, ou o que quer que seja, mas no meu sonho eu vi as coisas na minha frente se modificando, e eu não conseguia descrever ou mensurar o que acontecia! Por que meu inconsciente mostrou aquelas coisas?? Será que há uma causa para isto? Uma mensagem que alguma força do universo quer me passar? Se eu investigar as origens, posso talvez vir a descobrir o que me levou a sonhar aquilo; talvez aquilo represente o meu infinito interesse em entender como funciona o universo, talvez seja os problemas que eu vinha passando, talvez seja um anjo querendo se comunicar comigo, eu não sei dizer! Tenho que descobrir as origens para explicar a causa.
Vou dar outro exemplo: eu tive um sonho outro dia, que eu não consegui entender o porquê de eu ter aquele sonho. Eu não vou entrar em detalhes, mas basicamente eu estava em um lugar onde eu não sentia que havia tempo, espaço ou forma definida naquele lugar, e ao meu lado havia uma entidade à qual o tamanho eu não conseguia mensurar, e eu vi as coisas acontecendo na minha frente, e eu não conseguia entender o que estava acontecendo, muito embora eu me sentisse seguro ao lado daquela entidade. Eu não sei dizer se era Deus, ou um anjo, ou um parente meu morto, uma força qualquer do universo, ou o que quer que seja, mas no meu sonho eu vi as coisas na minha frente se modificando, e eu não conseguia descrever ou mensurar o que acontecia! Por que meu inconsciente mostrou aquelas coisas?? Será que há uma causa para isto? Uma mensagem que alguma força do universo quer me passar? Se eu investigar as origens, posso talvez vir a descobrir o que me levou a sonhar aquilo; talvez aquilo represente o meu infinito interesse em entender como funciona o universo, talvez seja os problemas que eu vinha passando, talvez seja um anjo querendo se comunicar comigo, eu não sei dizer! Tenho que descobrir as origens para explicar a causa.
Um outro exemplo que eu gosto de abordar: um cachorro, por exemplo, não consegue entender palavras; já nós, seres humanos, somos capazes de racionalizar em cima das palavras. Pense comigo: por que um cachorro não consegue entender palavras e nós seres humanos conseguimos? A explicação que eu acho para isso, baseado nos preceitos lógicos do universo, é a seguinte: não foi dada ao cachorro a capacidade de entender a comunicação por palavras, assim como para nós, seres humanos, não foi dada a capacidade de entender muitas coisas relativas ao universo cósmico, à lógica de Deus, a gente não consegue entender essas coisas. Assim, a gente pode estabelecer um paralelo nosso com os cachorros, que não conseguem entender palavras, mas conseguem fazer associações, da mesma forma que nós, seres humanos, não conseguimos entender a lógica de Deus, mas conseguimos estabelecer algumas associações que nos ajudam a explicar determinados fatores.
Este é o meu humilde parecer em cima daquilo que foi explicado no documentário; este assunto pode continuar infinitamente, mas se a gente for continuar a discutir sobre isso, vamos ficar aqui eternamente! Bom, acho que eu consegui explicar algumas ideias que foram passadas por cada um dos entrevistados, ou pelo menos tentei. Algo interessante de se notar, é que quando aparece o Olavo de Carvalho para explicar alguma coisa, tudo fica mais fácil de entender! Eu não sei se é pelo grau de familiaridade que eu tenho com o discurso dele, mas quando um cara como o Smith me explica com aquele olhar um pouco mais de analista, fica um pouco mais complicado você abstrair certas ideias, mas quando Olavo explica com aquela linguagem dele mais direta, tudo fica mais às claras.
Este é o meu humilde parecer em cima daquilo que foi explicado no documentário; este assunto pode continuar infinitamente, mas se a gente for continuar a discutir sobre isso, vamos ficar aqui eternamente! Bom, acho que eu consegui explicar algumas ideias que foram passadas por cada um dos entrevistados, ou pelo menos tentei. Algo interessante de se notar, é que quando aparece o Olavo de Carvalho para explicar alguma coisa, tudo fica mais fácil de entender! Eu não sei se é pelo grau de familiaridade que eu tenho com o discurso dele, mas quando um cara como o Smith me explica com aquele olhar um pouco mais de analista, fica um pouco mais complicado você abstrair certas ideias, mas quando Olavo explica com aquela linguagem dele mais direta, tudo fica mais às claras.
Bom, este filme teve apenas dois dias de exibição, hoje sendo o último, infelizmente. Eu acho que deveria ter muito mais dias de exibição, porém, vocês conhecem as restrições culturais dos veículos de comunicação em massa para produções um pouco mais cabeça!
Mas, enfim, se você conseguir encontrar este filme por aí na internet daqui algum tempo, eu recomendo bastante que você assista, eu concordo com grande parte das ideias apresentadas, muito embora eu tenha ficado meio confuso em um determinado momento em que Olavo disse que o raciocínio de Deus é muito simples; fiquei pensando no que ele quis dizer com "simples". Creio eu que seja no sentido de que tudo tem uma linha de pensamento lógico. Talvez seja isso, mas essa ideia ficou um pouco nebulosa na minha cabeça. Talvez uma hora ele explique, ou eu ache por aí uma explicação dele sobre isso, mas de qualquer forma, o filme é muito legal, com ideias bastante profundas sobre o tema, e uma produção excelente para um filme feito de forma independente.
Se você tiver paciência para assistir um documentário com entrevistas expondo ideias, vale a pena, porque você aprende muito nesses filmes-documentário que estão lançando recentemente, e eu gostaria de ressaltar novamente, antes de fechar, o fantástico filme sobre José Bonifácio que o mesmo diretor Mauro Ventura fez, faz pouco tempo atrás! Eu assisti e gostei muito, inclusive é uma boa despedida do Museu Nacional Brasileiro.
Não perca a oportunidade de aprender e adquirir mais conhecimento assistindo esta produção, e se você for uma pessoa que conhece o Olavo por causa de seus comentários no Twitter, ou por causa da política, eu pediria encarecidamente que você abstraísse essas coisas, e se concentrasse em assistir a exposição de ideias para que você mesmo possa fomentar uma discussão inteligente na sua cabeça, e adquirir mais conhecimento, acho que ia ser muito mais produtivo para você e para todo mundo. Belíssimo trabalho realizado pelo diretor Mauro Ventura, os entrevistados, e todo o pessoal envolvido na produção do filme.
Mas, enfim, se você conseguir encontrar este filme por aí na internet daqui algum tempo, eu recomendo bastante que você assista, eu concordo com grande parte das ideias apresentadas, muito embora eu tenha ficado meio confuso em um determinado momento em que Olavo disse que o raciocínio de Deus é muito simples; fiquei pensando no que ele quis dizer com "simples". Creio eu que seja no sentido de que tudo tem uma linha de pensamento lógico. Talvez seja isso, mas essa ideia ficou um pouco nebulosa na minha cabeça. Talvez uma hora ele explique, ou eu ache por aí uma explicação dele sobre isso, mas de qualquer forma, o filme é muito legal, com ideias bastante profundas sobre o tema, e uma produção excelente para um filme feito de forma independente.
Se você tiver paciência para assistir um documentário com entrevistas expondo ideias, vale a pena, porque você aprende muito nesses filmes-documentário que estão lançando recentemente, e eu gostaria de ressaltar novamente, antes de fechar, o fantástico filme sobre José Bonifácio que o mesmo diretor Mauro Ventura fez, faz pouco tempo atrás! Eu assisti e gostei muito, inclusive é uma boa despedida do Museu Nacional Brasileiro.
Não perca a oportunidade de aprender e adquirir mais conhecimento assistindo esta produção, e se você for uma pessoa que conhece o Olavo por causa de seus comentários no Twitter, ou por causa da política, eu pediria encarecidamente que você abstraísse essas coisas, e se concentrasse em assistir a exposição de ideias para que você mesmo possa fomentar uma discussão inteligente na sua cabeça, e adquirir mais conhecimento, acho que ia ser muito mais produtivo para você e para todo mundo. Belíssimo trabalho realizado pelo diretor Mauro Ventura, os entrevistados, e todo o pessoal envolvido na produção do filme.
Milagre (2019)
Produção: Maria Fernanda Martinez, Rafaella Gappo
Roteiro: Mauro Ventura
Trilha sonora: Guto Brinholi
Trailer:
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