9 / 10
Este livro me cativou este ano. Já vi algumas pessoas considerarem ele um fã-fic bem feito, mas mesmo que seja um tipo de fã-fic, há muito mais a se considerar. Descobri esta ótima leitura através de uma busca que fiz pelo Google sobre sequências de obras famosas, e me desconcertei com o quão verdadeiro o autor é ao abordar a clássica obra de Charles Dickens. Só isso, já faz o livro merecer uma leitura cuidadosa.
Confira minha opinião!
Considere uma das maiores e mais grandiosas histórias já contadas por alguém em um passado longínquo. Tão grandiosa, tão nobre, tão maior do que a vida, que ressoa mesmo nos dias de hoje: A Christmas Carol. Decididamente, uma das narrativas mais belas e humanas que Charles Dickens escreveu em sua bela obra bibliográfica. Uma das histórias que mais gosto de todas que já li na vida. Uma história escrita à finas palavras por um dos maiores escritores que já habitaram este nosso mundo. Nota dez em tudo, absolutamente tudo... irretocável!
Considere uma das maiores e mais grandiosas histórias já contadas por alguém em um passado longínquo. Tão grandiosa, tão nobre, tão maior do que a vida, que ressoa mesmo nos dias de hoje: A Christmas Carol. Decididamente, uma das narrativas mais belas e humanas que Charles Dickens escreveu em sua bela obra bibliográfica. Uma das histórias que mais gosto de todas que já li na vida. Uma história escrita à finas palavras por um dos maiores escritores que já habitaram este nosso mundo. Nota dez em tudo, absolutamente tudo... irretocável!
Pois bem, chegamos então à minha dica cultural de Natal para todos vocês este ano. Alguém, algum tempo atrás resolveu fazer o impensável: continuar a narrativa de Dickens. Pensei: "esta pessoa não sabe em que está se metendo! Não se continua uma narrativa de um autor como Charles Dickens sem se cometer algumas besteirinhas."
E aqui estamos. Por mais ou menos uns 5 dólares e pouco, o equivalente a 21 reais mais ou menos quando fiz a compra, eu resolvi pagar pra ver essa sequência da obra do Dickens pela loja da Amazon Kindle. Li a parte gratuita do eBook pelo app da Kindle no meu smartphone, achei interessante, e quis saber aonde isso daria. Terminada finalmente a leitura do eBook, fiquei impressionado pela habilidade do autor, Mark J. Newbery, em não somente dar continuidade às ideias de Charles Dickens, mas também de resgatar aquele seu universo em sua pequena, mas significativa história, e dar a seu texto esse tom acalentador que Dickens expressava tão bem.
Não é um texto tão expressivo e atemporal quanto o de Dickens, tampouco icônico. Mas é uma narrativa também muito bonita e bem-vinda, que nos dá uma nova perspectiva sobre a vida. O autor Mark Newbery se baseou na ideia do clássico cinematográfico It's a Wonderful Life de 1946 que mostra um homem se encontrando com um anjo, em uma realidade em que esse homem não existe, e mostra como seria a vida das pessoas ao seu redor se não houvesse a interferência desse homem. O filme, maravilhoso, nos mostra o quão importantes nós podemos ser e quanta diferença podemos fazer na vida das pessoas, mesmo que a gente pense que não está fazendo diferença alguma. É um clássico que eu recomendo a todos.
O livro não está traduzido para o português, então infelizmente somente quem souber inglês poderá lê-lo. Mas eu garanto que o esforço para fazer isso vai valer a pena, porque é um texto muito bonito e emotivo, bem característico do dia de Natal.
Não é um texto tão expressivo e atemporal quanto o de Dickens, tampouco icônico. Mas é uma narrativa também muito bonita e bem-vinda, que nos dá uma nova perspectiva sobre a vida. O autor Mark Newbery se baseou na ideia do clássico cinematográfico It's a Wonderful Life de 1946 que mostra um homem se encontrando com um anjo, em uma realidade em que esse homem não existe, e mostra como seria a vida das pessoas ao seu redor se não houvesse a interferência desse homem. O filme, maravilhoso, nos mostra o quão importantes nós podemos ser e quanta diferença podemos fazer na vida das pessoas, mesmo que a gente pense que não está fazendo diferença alguma. É um clássico que eu recomendo a todos.
O livro não está traduzido para o português, então infelizmente somente quem souber inglês poderá lê-lo. Mas eu garanto que o esforço para fazer isso vai valer a pena, porque é um texto muito bonito e emotivo, bem característico do dia de Natal.
Estamos a pouco mais de uma década após os eventos do primeiro livro. Scrooge já bateu as botas e o pequeno Tim cresceu, sendo agora um jovem adulto, mas ainda com o mesmo problema físico que o afligia quando criança. Assim como o conto de Dickens, esta segunda parte começa com uma morte. No original, foi a de Jacob Marley, aqui, presenciamos a morte de Martha Cratchit, irmã de Tim. Ela trabalhou junto a Ebenezer fazendo filantropia para as crianças de rua, e juntos, Ebenezer e ela faziam um trabalho muito bom. Infelizmente, isso teve um fim.
Tim então se encontra entristecido e desolado, pois dizia que a sua irmã Martha era a que mais lhe apoiava e lhe divertia com sua graça e espírito. O agora adulto Timothy acaba entrando em uma crise de depressão profunda, e deixa de acreditar em si mesmo e em suas próprias capacidades.
E é então que, certa noite, Tim recebe a visita de três fantasmas. O primeiro é o Espírito dos Tempos ainda Por Vir. Muito como o primeiro fantasma do conto de Dickens, este também tem a aparência de uma mulher, e irradia luz, porém, seu nome remete ao último e tenebroso fantasma que visitou Scrooge, o que eu achei uma inversão interessante. Este primeiro fantasma tem uma aura amorosa, cortês e piedosa. Ele mostra a Tim uma certa casa e algumas pessoas que vivem por lá, e diz que aquilo está intrinsecamente ligado ao futuro do rapaz. Com isso, o fantasma explica que a função da jornada que Tim acaba de começar, é fazer com que ele recupere seu amor pela vida, seu entusiasmo e vontade de viver, e faça algo que realmente pode ajudar as pessoas. Tim se mostra teimoso e incrédulo, o que leva o fantasma piedoso a duvidar se aquela jornada deveria mesmo continuar. Assim como no livro de Dickens, este não é o fim.
Após isso, Tim encontra Cornelius, o Espírito dos Tempos Presente. Este espírito decidiu continuar a usar o seu nome de quando era vivo, porque ele não estava disposto a cortar todas as ligações que tinha com o mundo dos homens. Esta parte da não-renúncia eu achei meio exagerada, muito embora isso irá justificar o terceiro fantasma, mas até o momento, para mim, ser um espírito desses significava aceitar a total renúncia de sua vida terrena, tendo feito boas ou más ações. Mas enfim, também não é algo que comprometa, está até bem explicado. Ele se mostra relativamente semelhante ao segundo espírito do livro de Dickens, exceto pelo jeitão exagerado. Diz-se que é um dos irmãos dele, e vem para ajudar Tim também, na esperança de mostrar certos fatos que contribuirão para que o terceiro espírito faça o menino chegar ao clímax de sua jornada e enxergar a realidade.
E Newbery não poderia ter feito escolha melhor para este momento derradeiro. É um espírito de um personagem que foi muito importante na primeira história de Dickens, e agora retorna para ajudar Tim. Sem revelar spoilers, o espírito é uma espécie de chaveiro, fazendo com que Tim adentre várias portas do passado, e também de outras épocas. Este espírito não se apresenta com nome espiritual algum, somente com seu nome terreno, por isso que não posso dizer muito sobre ele, mas acredito que quem é fã como eu da obra de Dickens vai simplesmente adorar o que foi feito aqui e a atmosfera catártica que provoca.
Após isso, Tim encontra Cornelius, o Espírito dos Tempos Presente. Este espírito decidiu continuar a usar o seu nome de quando era vivo, porque ele não estava disposto a cortar todas as ligações que tinha com o mundo dos homens. Esta parte da não-renúncia eu achei meio exagerada, muito embora isso irá justificar o terceiro fantasma, mas até o momento, para mim, ser um espírito desses significava aceitar a total renúncia de sua vida terrena, tendo feito boas ou más ações. Mas enfim, também não é algo que comprometa, está até bem explicado. Ele se mostra relativamente semelhante ao segundo espírito do livro de Dickens, exceto pelo jeitão exagerado. Diz-se que é um dos irmãos dele, e vem para ajudar Tim também, na esperança de mostrar certos fatos que contribuirão para que o terceiro espírito faça o menino chegar ao clímax de sua jornada e enxergar a realidade.E Newbery não poderia ter feito escolha melhor para este momento derradeiro. É um espírito de um personagem que foi muito importante na primeira história de Dickens, e agora retorna para ajudar Tim. Sem revelar spoilers, o espírito é uma espécie de chaveiro, fazendo com que Tim adentre várias portas do passado, e também de outras épocas. Este espírito não se apresenta com nome espiritual algum, somente com seu nome terreno, por isso que não posso dizer muito sobre ele, mas acredito que quem é fã como eu da obra de Dickens vai simplesmente adorar o que foi feito aqui e a atmosfera catártica que provoca.
Dito isto, gostaria de concluir dizendo que eu não sou muito fã da ideia de outros escritores dando sequência em obras de escritores consagrados. No entanto, este livro aqui eu gostaria muito de lhe recomendar, caro leitor! Tendo essa pegada de Dickens na escrita e It's a Wonderful Life na execução e abordagem, esta obra de Mark Newbery vale muito a pena pela sua intenção nobre, seu teor suave e sua mensagem de doçura e otimismo. Trata-se da jornada de esperança de uma alma que, atormentada por uma perda significativa em sua vida, perde a vontade de seguir em frente, mas acaba encontrando alento na palavra de espíritos de luz, pois se julga ainda pequeno demais, mas acaba descobrindo que é justamente essa a causa de sua desilusão.
Um feliz e abençoado Natal para todos vocês, e, como diria o Tim na sua versão mirim:
"Deus abençõe a todos nós!"
"Deus abençõe a todos nós!"
A Christmas Carol: The Second Verse (2015)
Escrito por: Mark J. Newbery
Escrito por: Mark J. Newbery
Despertou a curiosidade!!!!
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