Friday, September 9, 2016

NO CINEMA: Star Trek: Beyond (Star Trek: Sem Fronteiras)

Nota: 8,5 / 10

Diário de bordo 21009, registro 395; Capitão Ricardo a bordo de A Ciênca da Opinião para registrar minhas impressões sobre o satélite cinemático Star Trek: Beyond. Tem sido extremamente revigorante e animador registrar minhas impressões sobre aquilo que experimento em diferentes mídias, ao longo desses anos todos.

Às vezes pode parecer um tanto solitário, visto que trata-se de um trabalho de um homem só, mas de forma geral... como posso colocar?... oh, sim! Fascinante!

O novo filme da cinessérie Star Trek, o terceiro desde o reboot da série neste universo paralelo, exerceu grande atividade gravitacional, me atraindo para seu eixo. Entre algumas perdas significativas e ganhos em narrativa, o satélite em questão se mostrou sólido e realmente intrigante.


Ok, vamos voltar ao plano escrito mais convencional agora, caro leitor. Até porque eu nunca fui um trekker. Sempre assisti a série original, e a segunda, relativa à nova geração, e curti cada momento da série de filmes inspirada na criação de 1966, de Gene Roddenberry (ou pelo menos dos filmes bons da série), ou seja, como bom fã de ficção-científica, eu sempre curti assistir as produções da franquia, mas eu não sei falar klingon, nem conheço as diretivas da federação espacial como os trekkers conhecem tão bem, então não posso falar aqui com a propriedade de um autêntico trekker. Mas eu conheço cada um desses personagens da série clássica, e sei muito bem as mudanças que ocorreram na mitologia que se passa neste universo paralelo; bem o bastante para me sentir arrasado quando fiquei sabendo da morte de Leonard Nimoy, fato que eu inclusive noticiei aqui no blog, ano passado.

Até mesmo por isso, esta nova produção adquiriu um tom mais sério e contemplativo do que os outros dois filmes, apesar de ainda contar com piadas e situações cômicas. Nimoy é referenciado pelo menos umas 4 vezes durante toda a projeção, aparecendo até em fotos de arquivo, e contando com o próprio Zachary Quinto prestando reverência ao ator que interpretava o Spock Prime, ou se quiser, Embaixador Spock. Meu coração até mesmo palpitou, ao final da projeção, quando é mostrada uma foto do elenco original da série de TV clássica. O fã service aqui não viu limites para homenagear o elenco prime da série. Basta ver o pôster do filme, que parece homenagear o pôster de Star Trek VI: The Undiscovered Country, filme de 1991, um dos filmes mais legais da cinessérie original.

A trama se inicia com o Capitão Kirk tentando um ato de diplomacia com os Teenaxis, que acaba dando todo errado. Ao voltar para a Enterprise, o capitão se depara com a missão de conduzir a nave para os confins de um planeta desconhecido para poder resgatar prisioneiros do alienígena Krall e seus soldados, junto da sobrevivente Kalara, mas ao passar pelo campo espacial de nebulosa, a nave fica incomunicável e se arrebenta toda antes de aterrizar, deixando os exploradores espaciais perdidos no planeta que pousaram. Lá eles conhecem a alien Jaylah, uma guerreira corajosa e que acaba ajudando o time da Enterprise, inclusive lhes fornecendo uma nova nave para o resgate.

Mal sabiam eles que tudo não passava de um esquema maligno de acerto de contas, o que faz com que Kirk tenha relação direta com Krall, inclusive em relação ao passado de ambos. Esta é o tipo de narrativa que eu estava sentindo falta neste reboot, mais aventuresca e com aquele aspecto mais clássico.

Além de Nimoy, mais um ator aqui teve uma pequena homenagem, Anton Yelchin, que faleceu este ano, um mês antes da estreia do filme. O novo Chekov deste reboot teve um acidente feio de carro. Porém, eu nao noticiei a sua morte aqui no blog, simplesmente por achá-lo um ator meio inexpressivo. Até gostei do trabalho que ele realizou como Chekov aqui nestes 3 filmes, e pra falar a verdade, cheguei até a simpatizar com a sua versão de Kyle Reese em Terminator: Salvation. Mas fora essas coisas, não vejo absolutamente coisa alguma do ator que mereça menção. Sua carreira é feita apenas de sequências, reboots e remakes, então não senti empatia de falar sobre ele. Mas apesar disso, venho gostando de seu trabalho em Star Trek, e sinto muito que ele tenha nos deixado tão cedo, antes mesmo de se provar como ator. Que descanse em paz e seja lembrado por aqueles que gostavam dele.

Justin Lin dirige este terceiro filme do reboot, o que eu realmente achei impressionante! Para mim, até agora, Lin era apenas um dos diretores da franquia de carros velozes e furiosos estrelando Vin Diesel, então posso dizer que fui surpreendido pelas habilidades de direção do cara aqui neste filme. Uma coisa que realmente me surpreendeu aliás, foi o roteiro deste filme ter passado por tantas mãos diferentes e mesmo assim ter funcionado; é raro, mas pode acontecer. A música final dos créditos, "Sledgehammer", da cantora pop Rihanna também é linda, climática, muito legal mesmo. Não conheço o trabalho da moça, até porque ouço bem pouca música pop moderna, mas olha, me peguei curtindo bastante e cantando junto nos créditos esta música dela! Não sei se ela tem sempre essa mesma qualidade musical, mas esta canção dela me conquistou. Vou até postar o clipe aqui.



Em resumo, Star Trek: Beyond mantém a qualidade da série desde o reboot, e é um filme que eu recomendo que você vá assistir nos cinemas! Mas me faça um favor, caro leitor: vá numa sessão sem o maldito 3D que escurece toda a visão e faz com que você tenha que forçar a vista para notar certos detalhes mais escuros da projeção! Fora este detalhe, se realmente forem fazer um quarto filme com este elenco, então eu digo "teleporte-me, Scotty!", porque eu estou bem ansioso para descobrir o que a equipe da Enterprise alternativa desta série ainda irá descobrir pelas galáxias!

"Espaço: a fronteira final. Estas são as viagens da espaçonave Enterprise, e sua contínua missão de explorar estranhos novos mundos, de encontrar vida nova e novas civilizações; de ousadamente ir aonde ninguém nunca foi antes!"

E em homenagem ao nosso eterno Spock Prime:

VIDA LONGA E PRÓSPERA!

Star Trek: Beyond (2016)
Título em português BR: Star Trek: Sem Fronteiras

Direção: Justin Lin
Produção: J.J. Abrams, Bryan Burk, David Ellison, Dana Goldberg, Roberto Orci
Roteiro: Simon Pegg, Doug Jung (reescrito do roteiro original de Roberto Orci, Patrick McKay e John D. Payne, baseado na série de 1966 criada por Gene Roddenberry)
Trilha sonora: Michael Giacchino (a partir de tema original criado por Alexander Courage)

Estrelando: Chris Pine, Zachary Quinto, Karl Urban, Zoe Saldana, Simon Pegg, John Cho, Anton Yelchin, Idris Elba, Sofia Boutella, Joe Taslim, Lydia Wilson, Deep Roy, Shohreh Aghdashloo, Greg Grunberg

Outros filmes desta cinessérie:
Reboot / sequências:
Star Trek: Beyond (Star Trek: Sem Fronteiras) (2016)
- Star Trek: Into Darkness (Além da Escuridão: Star Trek) (2013)
- Star Trek (Star Trek) (2009)

CRONOLOGIA ORIGINAL:
Filmes da Nova Geração:
- Star Trek: Nemesis (Jornada nas Estrelas: Nêmesis) (2002)
- Star Trek: Insurrection (Jornada nas Estrelas: Insurreição) (1998)
- Star Trek: First Contact (Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato) (1996)
- Star Trek Generations (Jornada nas Estrelas: Novas Gerações) (1994)

Baseados na série original:
- Star Trek VI: The Undiscovered Country (Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida) (1991)
- Star Trek V: The Final Frontier (Jornada nas Estrelas V: A Última Fronteira) (1989)
- Star Trek IV: The Voyage Home (Jornada nas Estrelas IV: A Volta para a Terra) (1986)
- Star Trek III: The Search for Spock (Jornada nas Estrelas III: À Procura de Spock) (1984)
- Star Trek II: The Wrath of Khan (Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan) (1982)
- Star Trek: The Motion Picture (Jornada nas Estrelas: O Filme) (1979)

Trailer:

2 comments:

  1. Para mim, os filmes por que são muito interessantes, podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador. Desde que vi o elenco de Star Trek Sem Fronteiras imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do ator Idris Elba, um ator muito comprometido. Eu vi recentemente Idris Elba em The Dark Tower. É uma historia que vale a pena ver. Para uma tarde de lazer é uma boa opção. A direção de arte consegue criar cenas de ação visualmente lindas.

    ReplyDelete
  2. Os filmes parecem uma boa adaptação de um clássico. Chris Pine conseguiu ser o capitão Kirk com grande sucesso. Ele também atua em mulher maravilha novo filme onde ele fez um ótimo desempenho. Ele sempre surpreende com os seus papeis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Além, acho que a sua participação neste filme fantasia realmente ajudou ao desenvolvimento da história.

    ReplyDelete