Wednesday, June 8, 2016

NO CINEMA: Warcraft (Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos)

Nota: 9 / 10

Faz muito tempo que eu joguei World Of Warcraft. Tenho poucas memórias do game, até porque joguei ele bem pouco, não me lembro de tanta coisa. Costumava jogar mais os adventures, aqueles games de point & click, e também jogava muito Vampyre e Final Fantasy VII. Hoje em dia jogo muito Skyrim, e adoro cada momento que passo naquele mundo.

Enfim, venho assistir Warcraft quase como um newbie mesmo. Esse é o termo que a gente usa para pessoas que são iniciantes em um game, "newbie". Felizmente, comprei o ingresso na pré-estreia, o que me possibilitou ganhar uma cópia do game para relembrar como se joga, e assim que assistí-lo, é o que vou fazer.

Mas primeiro, vamos falar do filme aqui apresentado.


Em World of Warcraft, se me lembro bem, haviam diversas raças e tipos de personagens. Haviam orcs, havia a raça humana, os magos, os elfos, os duendes, enfim, tudo aquilo que compõe o universo de fantasia que rege as partidas de RPG de mesa. Pois é isso mesmo que Warcraft representa, a versão eletrônica de um RPG de mesa. Você cria um personagem, e com ele, perambula por este mundo, realizando missões e side-quests. O filme tem até uma cena que dá uma piscadela para os amantes de RPG, quando a gente vê o rei e pessoas de seu palácio planejando estratégias de batalha com um mapa de mesa e miniaturas de soldados. É lindo!

Havia uma história principal em WOW, e é isso que eu não me lembro; o mesmo pode-se dizer dos personagens com quem interagíamos no game. Essa explicação que eu dei é pra justificar minha exposição da trama do filme a seguir, com ares de um perfeito newbie.

Na trama, temos a raça humana, com o personagem principal sendo o cavaleiro Lothar, e a raça dos orcs, tendo como protagonista, o brutamontes Durotan. Estes são os protagonistas que irão alavancar toda a trama intrincada vindoura. Os orcs estão em guerra contra os humanos, que convivem em um mundo rodeado de magos, duendes e elfos. Os magos também exercem aqui papel principal na trama. São muitos tipos e personagens diferentes, coisas demais para serem colocadas em um único filme; este aqui já até deixou a entender, no final, que iremos sim, ter uma continuação, e o subtítulo em português também deixou esta dica.

Lothar tem um filho que é cavaleiro, e Durotan tem uma mulher grávida de um bebê orc. No meio da raça dos orcs dentuços, existe um que é bastante suspeito e que acabará gerando a guerra vindoura entre eles e a raça humana, enquanto que Durotan irá tentar as vias diplomáticas para tentar evitar o derramamento de sangue.

Os magos do reino conseguiram abrir portais para reinos paralelos e mundos diversos, e os orcs querem colonizar as terras do reino de Azeroth. Nesse ínterim, tem início o embate épico entre as duas raças, a humana e a dos orcs, que caminhará para um desfecho em que reis, líderes e progenitoras terão que escolher lados, e tomarem decisões difíceis, no intuito de alcançarem uma trégua entre os dois povos combatentes.

O clímax do terceiro ato nos traz para a grande e épica batalha. O filme se arrasta só um pouquinho no segundo ato, mas quando tudo converge para o grande embate, o filme se torna glorioso! Há também, após o letreiro final com o nome do filme, uma cena pré-créditos que mostra a deixa para a continuação, uma vez que um bebê orc, no melhor estilo "Os Dez Mandamentos", foi abandonado pela mãe e encontrado por alguém, que somente vislumbraremos em uma possível continuação.

E eu torço imensamente para que a continuação venha! Gostei muito do que vi. As batalhas e cenas de ação são fluidas, cheias de ação e tensão, o trabalho gráfico feito pela Industrial Light & Magic talvez supere qualquer outro que a empresa de George Lucas tenha feito já, e os objetos de cenário da Weta Workshop, empresa de Peter Jackson, nos apresenta objetos maravilhosos, vide a belíssima espada do rei de Azeroth.

Apesar de o filme ter dado uma arrastadinha na metade, até porque era muita coisa que tinha que mostrar, ele não cai na armadilha de se ter muito conteúdo e pouco tempo para querer mostrar tudo, focando-se mesmo na trama principal. Este mundo é imenso, então há coisas que não tiveram seu foco agora, mas provavelmente serão tratadas em continuações.

De forma geral, adorei o filme. Me deu uma tremenda vontade de chegar em casa e colocar meu Skyrim para rodar no Xbox, e jogar um pouco. Mas eu tenho algo muito mais legal aqui: como fui assistir ainda na pré-estreia, ganhei um código para entrar em um site da internet e me cadastrar para jogar World of Warcraft. Mal posso esperar para colocar o game para rodar no computador e vislumbrar novamente todo aquele mundo de fantasia que tem encantado tanta gente ao longo dos anos. Este fim de semana promete!

Warcraft, e seu imenso escopo de superprodução, que teve até o envolvimento da própria Blizzard, criadora do game, tinha tudo para dar errado, especialmente por ser mais uma adaptação de um videogame. Mas o filme vai contra todas as expectativas negativas, e se sobressai lindamente, tendo ainda a vantagem de pegar um elenco de gente pouco conhecida, com uns poucos nomes famosos lá no meio, como Clancy Brown (o Kurgan de Highlander) e Glenn Close, além de Travis Fimmel (o Ragnar da série Vikings). Eu torço para que este filme, e Angry Birds, que também agradou não faz muito tempo, sejam o prenúncio de uma safra de ótimas adaptações de videogames nas telas, uma vez que adaptações de games para filmes, raras vezes funcionaram até hoje. E Warcraft tem tudo para ser uma série de filmes sensacional, de tirar o fôlego, se trabalhada direito pelo grande diretor Duncan Jones, o filho do nosso saudoso David Bowie.

Não se vê um universo tão vasto e diverso assim na fantasia desde os livros de Tolkien e sua saga da Terra Média. Se você, assim como eu, é fã de fantasia e RPG, com toda certeza vai adorar este filme. Se é apenas um expectador casual, tenho certeza que vai gostar muito, também. E agora, me dão licença, que vou lá cadastrar meu código para ter acesso ao game. Não percam Warcraft no cinema!

Warcraft (2016)
Título em português BR: Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos

Direção: Duncan Jones
Produção: Thomas Tull, Nicholas S. Carpenter, Stuart Fenegan, Alex Gartner, Jon Jashni, Chris Metzen, Michael Morhaime, Charles Roven, Rebecca Steel Roven
Roteiro: Duncan Jones, Charles Leavitt (baseado no game da Blizzard, criado por Chris Metzen)
Trilha sonora: Ramin Djawadi

Estrelando: Travis Fimmel, Paula Patton, Ben Foster, Dominic Cooper, Toby Kebbell, Ben Schnetzer, Robert Kazinsky, Clancy Brown, Daniel Wu, Ruth Negga, Anna Galvin, Callum Keith Rennie, Burkely Duffield, Ryan Robbins, Dean Redman, Glenn Ennis, Terry Notary, Elena Wurlitzer, Michael Adamthwaite, Anna Van Hooft, Glenn Close

Trailer:

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