Nota: 8 / 10
Aiai... santa viagem nostálgica, Batman! Ok, meus caros leitores, novos e antigos, muitos de vocês talvez saibam que eu não curto essa versão do Batman do Adam West. Eu já falei aqui no blog que não curto, e expliquei os motivos pessoais meus no artigo que fiz ano passado, sobre a série de TV sessentista.
Mas, como um fã dedicado que sou do personagem, eu tenho o impulso óbvio de acompanhar praticamente tudo aquilo que sai sobre ele, ou, pelo menos, tudo o que eu consigo acompanhar. E, como fã, vocês talvez esperem que eu dê minha posição sobre esta nova animação, creio eu.
Pois bem; a animação é boa; para o fã da série dos anos 60 (o que não é meu caso), é um filme essencial e obrigatório.
O filme, que marca o retorno dos atores Adam West (Batman), Burt Ward (Robin) e Julie Newmar (Mulher Gato) a seus respectivos papéis, se trata de uma animação e chegou até a estrear aqui no Brasil em sessões únicas, no dia 10 agora. Como não sou fã desse Batman do West, obviamente não fui assistir no cinema, mas acabei de ver aqui agora, e devo confessar que até me diverti com algumas coisas.
Quem realmente gosta deste Batman talvez possa dar uma opinião menos indiferente do que a minha, eu sei que não sou a pessoa mais indicada para falar sobre este personagem certinho e bom moço que o Adam West criou e fez fama, mas também não vou ser hipócrita de desmerecer uma produção bem feita como esta, que sabe quem é seu público, o que eles realmente procuram, e que sabe entregar exatamente o que seu público deseja. Ainda mais quando ela mistura elementos conhecidos de quem curte a série, com reconstruções das capas dos quadrinhos do morcego nos anos 30 e 40 na introdução, o que achei muito legal.
Dito isso, vamos à trama. Ela acompanha o Batman de West e o Robin de Ward (permitam-me chamá-los assim, pois não são o mesmo personagem que é de meu interesse) na caça à quatro de seus piores vilões, o Coringa, o Charada, o Pinguim, e a Mulher Gato. Entrando na confusão, o cruzado embuçado e o garoto prodígio vão à chefatura de polícia falar com Gordon e o chefe O'Hara, e caem numa armadilha do quatrilho de malfeitores. Só que a Mulher Gato acaba arranhando o rosto do Batman de West com uma substância vermelha que penetra a pele do cruzado, com o pretexto de que ele fale de algo com ela.
No fim das contas, aquela substância nada mais seria do que uma fórmula que destruiria, pouco a pouco, o compasso moral do Batman de West, e o faria se tornar um vilão, fazendo-o cometer crimes e se tornar um cara agressivo, violento, intimidador, e sério demais.
Hummmm... peraí... então... o Batman de West nada mais faria do que se aproximar mais do que é o Batman que eu admiro, é isso? Hum, interessante! É aqui que o filme fica bacana para mim, pois a gente tem a chance de ver o Batman de West ir de "Robin, ser um pedestre descuidado é contra a lei!" a recitar frases do Batman de Frank Miller para os vilões, como "você não entende, isso é uma mesa de operação, e eu sou o cirurgião!"
Peraí... tem outra coisa interessante, hein! Quer dizer que o herói todo certinho e com o compasso moral alinhado, sorridente e feliz se torna um cara amargo, violento, criminoso e cruel por causa de uma substância vermelha??
EI, EU VI ESSE FILME AÍ ANOS ATRÁS!!
Não acredito! Eles pegaram uma animação que seria o retorno do Adam West a seu personagem mais famoso e enfiaram lá o roteiro de Superman III com algumas modificações?
PUTA QUE PARIU, CHEFE O'HARA!
Eu estava estranhando mesmo ao ver o Batman de West ir mudando de comportamento pouco a pouco, e pensando "peraí... eu já vi isso antes! Assistia na TV quando passava!"
Mas enfim, apesar da referência descarada, a animação não deixa de divertir e trazer elementos da série de TV para ela. Tem uma cena, por exemplo, que o Batman de West está vendo dobrado, e quando olha para a Mulher Gato, aparece lá as três atrizes que fizeram a personagem na série antiga, a Newmar (a principal), e a Eartha Kitt e a Lee Meriwether como ilusões. A feição dos atores na série também é reproduzida à risca, ou seja, temos o Gordon com aparência de Neil Hammond, o Coringa com cara de Cesar Romero, o Charada com cara de Frank Gorshin, o Alfred com cara de Alan Napier, e assim por diante. Temos até participações relâmpago de outros vilões, como o Cabeça de Ovo, nas feições de Vincent Price, o Sr. Frio, nas feições de Eli Wallach, etc.
Temos até mesmo os textos que tomam toda a tela e que representam os efeitos sonoros durante a luta, então você vê uma sucessão de POW, BOFF, SLAM, BAM, SOC, e outros vários dos efeitos que popularam as telinhas nos anos 60. Só não teve como colocar a chamada para a continuação do próximo episódio ("neste mesmo bat-horário, neste mesmo bat-canal"), claro, afinal de contas se tratava de um filme.
No fim das contas, nada de Batman trágico, temos o cruzado voltando ao normal, os bandidos sendo presos, tudo acabando bem, as famosas frases do Robin, ao estilo "santa aliança do mal, Batman", etc, etc. Ah sim, temos também uma leve tensão amorosa entre o Batman de West e a Mulher Gato de Newmar, como costumava ser, inclusive, nos episódios. Só não chegaram a consumar a coisa e... bem... como dizia o Adam West em seus dias de glória... "comer leite com biscoitos"! Mas nos créditos finais, temos o Batman de West e a gatuna fazendo números de dança bem ao estilo que vocês conhecem, e o morcegudo tentando se livrar de uma bomba. Coisas que, acredito eu, e analisando até mesmo pela voz cansada de West, ele não conseguiria fazer mais em live-action.
As únicas coisas que faltaram, foram o bat-spray de tubarão e a competição de surf do morcego com o palhaço na praia. Fora isso, a animação teve de tudo, reunindo aí toda mitologia estabelecida do Batman de West durante a série.
Ah, eu não posso deixar de mencionar... algo que achei bem desnecessário! Dick Grayson, aquele viadinho, o Robin, praticando balé!!!
PUTA QUE ME PARIU!
Tá pedindo, hein, dupla dinâmica??
Mas, enfim... esquece. Eu não vou ficar remexendo nessa ferida.
No fim das contas, Batman: Return Of The Caped Crusaders é um prato cheio para o fã da série de 60 degustar e voltar àquele clima lisérgico, maluco e todo colorido do seriado, contendo aí diversas referências com as quais os fãs irão se deliciar. Faz muito tempo que eu não assisto esse seriado, mas foi o primeiro contato que tive com o personagem quando criança, e por isso, eu sou grato a ele. Se você é um cara que ainda curte, então, meu amigo, vá em frente!
Com relação a mim, vocês já sabem. Reconheço o mérito do seriado com Adam West, mas não compartilho da mesma paixão de quem gosta dele. Prefiro ver o Adam West no melhor filme que, na minha opinião, ele fez como o Batman: FEIRA DA FRUTA. Para mim, fica o Batman trágico e amargurado mesmo, o Batman dos games Arkham, o Batman de Bruce Timm, o Batman de Christopher Nolan, o Batman dos quadrinhos em que ele ganha profundidade, complexidade, multidimensional, acho um personagem mais interessante. Quem sabe, agora com o universo da DC nos cinemas, até mesmo o Bat-Affleck!
Mas mesmo assim, recomendo o filme para os admiradores de Adam West e para quem mais curtir esta versão cômica do personagem. No fim das contas, não deixa de ser um filme bem feito e que dialoga perfeitamente com seu público-alvo. Em outras palavras: rápido, cidadão; para o Batmóvel! PARA-RARARARA-RARARARA-RARARA - BATMAAAAAAN!
Batman: Return Of The Caped Crusaders (2016)
Título em português BR: Batman: O Retorno da Dupla Dinâmica
Dito isso, vamos à trama. Ela acompanha o Batman de West e o Robin de Ward (permitam-me chamá-los assim, pois não são o mesmo personagem que é de meu interesse) na caça à quatro de seus piores vilões, o Coringa, o Charada, o Pinguim, e a Mulher Gato. Entrando na confusão, o cruzado embuçado e o garoto prodígio vão à chefatura de polícia falar com Gordon e o chefe O'Hara, e caem numa armadilha do quatrilho de malfeitores. Só que a Mulher Gato acaba arranhando o rosto do Batman de West com uma substância vermelha que penetra a pele do cruzado, com o pretexto de que ele fale de algo com ela.
No fim das contas, aquela substância nada mais seria do que uma fórmula que destruiria, pouco a pouco, o compasso moral do Batman de West, e o faria se tornar um vilão, fazendo-o cometer crimes e se tornar um cara agressivo, violento, intimidador, e sério demais.
Hummmm... peraí... então... o Batman de West nada mais faria do que se aproximar mais do que é o Batman que eu admiro, é isso? Hum, interessante! É aqui que o filme fica bacana para mim, pois a gente tem a chance de ver o Batman de West ir de "Robin, ser um pedestre descuidado é contra a lei!" a recitar frases do Batman de Frank Miller para os vilões, como "você não entende, isso é uma mesa de operação, e eu sou o cirurgião!"
Peraí... tem outra coisa interessante, hein! Quer dizer que o herói todo certinho e com o compasso moral alinhado, sorridente e feliz se torna um cara amargo, violento, criminoso e cruel por causa de uma substância vermelha??
EI, EU VI ESSE FILME AÍ ANOS ATRÁS!!
Não acredito! Eles pegaram uma animação que seria o retorno do Adam West a seu personagem mais famoso e enfiaram lá o roteiro de Superman III com algumas modificações?
PUTA QUE PARIU, CHEFE O'HARA!
Eu estava estranhando mesmo ao ver o Batman de West ir mudando de comportamento pouco a pouco, e pensando "peraí... eu já vi isso antes! Assistia na TV quando passava!"
Mas enfim, apesar da referência descarada, a animação não deixa de divertir e trazer elementos da série de TV para ela. Tem uma cena, por exemplo, que o Batman de West está vendo dobrado, e quando olha para a Mulher Gato, aparece lá as três atrizes que fizeram a personagem na série antiga, a Newmar (a principal), e a Eartha Kitt e a Lee Meriwether como ilusões. A feição dos atores na série também é reproduzida à risca, ou seja, temos o Gordon com aparência de Neil Hammond, o Coringa com cara de Cesar Romero, o Charada com cara de Frank Gorshin, o Alfred com cara de Alan Napier, e assim por diante. Temos até participações relâmpago de outros vilões, como o Cabeça de Ovo, nas feições de Vincent Price, o Sr. Frio, nas feições de Eli Wallach, etc.
Temos até mesmo os textos que tomam toda a tela e que representam os efeitos sonoros durante a luta, então você vê uma sucessão de POW, BOFF, SLAM, BAM, SOC, e outros vários dos efeitos que popularam as telinhas nos anos 60. Só não teve como colocar a chamada para a continuação do próximo episódio ("neste mesmo bat-horário, neste mesmo bat-canal"), claro, afinal de contas se tratava de um filme.
No fim das contas, nada de Batman trágico, temos o cruzado voltando ao normal, os bandidos sendo presos, tudo acabando bem, as famosas frases do Robin, ao estilo "santa aliança do mal, Batman", etc, etc. Ah sim, temos também uma leve tensão amorosa entre o Batman de West e a Mulher Gato de Newmar, como costumava ser, inclusive, nos episódios. Só não chegaram a consumar a coisa e... bem... como dizia o Adam West em seus dias de glória... "comer leite com biscoitos"! Mas nos créditos finais, temos o Batman de West e a gatuna fazendo números de dança bem ao estilo que vocês conhecem, e o morcegudo tentando se livrar de uma bomba. Coisas que, acredito eu, e analisando até mesmo pela voz cansada de West, ele não conseguiria fazer mais em live-action.
As únicas coisas que faltaram, foram o bat-spray de tubarão e a competição de surf do morcego com o palhaço na praia. Fora isso, a animação teve de tudo, reunindo aí toda mitologia estabelecida do Batman de West durante a série.
Ah, eu não posso deixar de mencionar... algo que achei bem desnecessário! Dick Grayson, aquele viadinho, o Robin, praticando balé!!!
PUTA QUE ME PARIU!
Tá pedindo, hein, dupla dinâmica??
Mas, enfim... esquece. Eu não vou ficar remexendo nessa ferida.
No fim das contas, Batman: Return Of The Caped Crusaders é um prato cheio para o fã da série de 60 degustar e voltar àquele clima lisérgico, maluco e todo colorido do seriado, contendo aí diversas referências com as quais os fãs irão se deliciar. Faz muito tempo que eu não assisto esse seriado, mas foi o primeiro contato que tive com o personagem quando criança, e por isso, eu sou grato a ele. Se você é um cara que ainda curte, então, meu amigo, vá em frente!
Com relação a mim, vocês já sabem. Reconheço o mérito do seriado com Adam West, mas não compartilho da mesma paixão de quem gosta dele. Prefiro ver o Adam West no melhor filme que, na minha opinião, ele fez como o Batman: FEIRA DA FRUTA. Para mim, fica o Batman trágico e amargurado mesmo, o Batman dos games Arkham, o Batman de Bruce Timm, o Batman de Christopher Nolan, o Batman dos quadrinhos em que ele ganha profundidade, complexidade, multidimensional, acho um personagem mais interessante. Quem sabe, agora com o universo da DC nos cinemas, até mesmo o Bat-Affleck!
Mas mesmo assim, recomendo o filme para os admiradores de Adam West e para quem mais curtir esta versão cômica do personagem. No fim das contas, não deixa de ser um filme bem feito e que dialoga perfeitamente com seu público-alvo. Em outras palavras: rápido, cidadão; para o Batmóvel! PARA-RARARARA-RARARARA-RARARA - BATMAAAAAAN!
Batman: Return Of The Caped Crusaders (2016)
Título em português BR: Batman: O Retorno da Dupla Dinâmica
Direção: Rick Morales
Produção: Michael Jelenic, Benjamin Melniker, Sam Register, James Tucker, Michael Uslan
Roteiro: Michael Jelenic, James Tucker (baseado no seriado dos anos 60 criado por William Dozier e Edmond Hamilton, baseado em personagens criados por Bill Finger, Bob Kane, Jerry Robinson, Sheldon Moldoff e Dick Sprang)
Trilha sonora: Kristopher Carter, Michael McCuistion, Lolita Ritmanis, com o tema de Neal Hefti
Estrelando as vozes originais de: Adam West, Burt Ward, Julie Newmar, Jeff Bergman, William Salyers, Wally Wingert, Steven Weber, Jim Ward, Thomas Lennon, Lynne Marie Stewart, Sirena Irwin
Outros filmes desta série:
- Batman vs. Two Face (Batman vs. Duas Caras) (2017)
- Batman: Return Of The Caped Crusaders (Batman: O Retorno da Dupla Dinâmica) (2016)
- Batman: The Movie (Batman: O Homem-Morcego) (1966)
Outros filmes desta série:
- Batman vs. Two Face (Batman vs. Duas Caras) (2017)
- Batman: Return Of The Caped Crusaders (Batman: O Retorno da Dupla Dinâmica) (2016)
- Batman: The Movie (Batman: O Homem-Morcego) (1966)
Trailer:
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