Thursday, June 20, 2019

NO CINEMA: Men In Black: International

3,5 / 10
Quarto filme da série MIB é pegadinha do Mallandro!... No melhor sentido literal possível! Personagens rasos como um pires, mal apresentados, traminha vagabunda, e situações constrangedoras marcam o retorno da franquia na época do politicamente babaca.

Confira minha opinião!

Título brasileiro: MIB: Homens de Preto Internacional
Direção: F. Gary Gray
Estrelando: Chris Hemsworth, Tessa Thompson, Liam Neeson, Rebecca Ferguson, Emma Thompson, Rafe Spall, Kumail Nanjiani, Jess Radomska, Ania Sowinski, Stephen Wight, Bern Collaço, Hiten Patel, Nasir Jama, Ruth Horrocks, Gary Baxter, Marcy Harriell, Ashish Chanchlani, Kayvan Novak


Como eu já falei antes, meus caros leitores, estou sem tempo. Por mim, eu faria especiais diversos, sobre franquias que eu gosto, como esta aqui, mas como não estou conseguindo, pelo menos a resenha sai. Fazer o quê, sou só eu escrevendo, não tenho uma equipe, e quando há muito trabalho e preocupação, o caldo entorna. Quem sabe no futuro? Se bem que, pelo filme que eu vi hoje, não merece um especial por conta dele, pela franquia sim, mas não por esse novo filme aí, que pra mim foi uma tremenda pegadinha do Mallandro! Explico já já! Vamos ao que interessa.

MIB - Men in Black. Isso ficou tão popular, mas tão popular nos anos 90, que parecia uma febre! Saiu desenho animado, sairam duas sequências, tudo que você pode imaginar. Eu mesmo, no ano que fui para a Florida, comprei um neuralizador porque sou fã da franquia. Bem antes dos óculos de Matrix, o visual dos caçadores intergalácticos de terno preto e óculos escuros estava bombando. A trilogia de Barry Sonnenfeld, na época, foi baseada em uma história em quadrinhos de Lowell Cunningham que não emplacou, só que o primeiro filme de 1997, estrelando Will Smith e Tommy Lee Jones, fez tanto sucesso que acabou fazendo com que os próprios quadrinhos incorporassem elementos do filme.

No saldo positivo, tivemos uma série animada de TV que eu e meu irmão assistíamos sempre pelo Cartoon Network, uma sequência em 2002 que foi divertida, mas meia-boca, e um terceiro filme ainda em 2012, que fecha de forma definitiva o arco narrativo iniciado em 1997. Foi uma trilogia bacana, e uma ideia que marcou toda uma geração.

Na minha avaliação pessoal, o primeiro filme é superior a todos os outros, a série animada é boa, mas só para passar o tempo, uma vez que não segue a cronologia dos filmes, o segundo filme é mediano, e o terceiro é muito legal, não tanto quanto o primeiro, mas supera o segundo filme fácil.

Este novo filme da franquia não é uma sequência. Os personagens dos filmes anteriores, K e J, não retornam. A ideia disso aqui é mostrar o que acontece em outras unidades da agência intergaláctica, envolvendo outros personagens. Se será uma ideia boa ou não, só o tempo dirá.

Julgando por esta primeira tentativa, eu diria que não poderiam ter começado pior! O filme é tragicamente ruim! Sabem aquele filme que você acaba de ver e não consegue se lembrar de absolutamente nada? Bem assim, como se na saída do filme algum agente da organização te neuralizou!

Sabem qual foi a melhor cena do filme? A participação relâmpago do Sérgio Mallandro! SIM, ELE! Na hora que a agente M está observando o monitor do quartel da MIB, ele aparece lá, fazendo seus biquinhos, seus ié-iés, e glu-glus! Foi o único momento do filme que eu dei risada, inclusive! Foi pra mim o melhor personagem da projeção inteira, e ele nem era parte da trama! Se estivesse como agente, mesmo sendo um ET, que é isso que o filme indicia, eu iria me divertir muito mais vendo ele pegar a arma grilo e dizer "rááá, toma essa monstro, ié-yééé!!"

A trama é babaca, o vilão é fraquíssimo, as situações são absolutamente constrangedoras. Os novos agentes, H e M, entram em situações que eles não tem a mínima ideia de como vão sair, não conhecem diversas coisas do manual da agência que os agentes K e J sabiam de cabeça, o K acima de tudo, e o ritmo acelerado da história simplesmente não ajuda, você fica tão perdido quanto os agentes estão; é obrigado a se sentar na cadeira para ver um roteirozinho pederasta que não tem uma situaçãozinha sequer que te impacta, uma cena que te faz ficar degustando na cabeça. Tudo extremamente burocrático, chato e sem impacto.

A agente M então vem carregada daquelas ideias bobas do politicamente babaca: "aihnn, Homens... de Preto?"... PUTAKIPARIU! Chega a ser irritante! Ninguém mais aguenta essa imbecilidade, daqui a pouco as pessoas vão cansar de tudo isso e vão abandonar o cinema por causa dessas babaquices. Ela é um pouco mais inteligente do que o agente H, que parece um jumento de cabresto, e olha que ele é tido como o melhor agente daquela unidade da organização intergaláctica! É de doer os bagos!

Química entre os dois protagonistas? Zero! Se alguém falar que algum dos dois tem alguma química em cena, vai estar mentindo! O K e o J tinham personalidades muito mais marcantes e distintas, um sério e carrancudo, outro brincalhão, e tinham boa química juntos, eram como Batman e Robin, tinham um histórico, eu sabia que o Kevin tinha uma desilusão, o James Edwards era um policial determinado e competente, você torcia por eles porque eles foram bem desenvolvidos ATÉ O FILME FINAL, então você se sentia motivado a acompanhá-los e temia pelas suas vidas.

Esses dois aqui, H e M... se algum deles morrer num provável segundo filme, não vão fazer a mínima falta! São personagens rasos como um pires, sem desenvolvimento nenhum! A única coisa que você sabe dos dois é que um trabalhava com o agente T, personagem do Liam Neeson, e a outra viu um ET quando criança porque dois agentes irresponsáveis da MIB não tomaram o cuidado de neuralizar todo mundo.

E isso me leva a outra reclamação: o despreparo! Puts, no filme de 97, o Will Smith fez teste de aptidão escrito, teste de tiro, e o escambau, pra só depois ser selecionado! E o cara ainda era policial de NY! Aqui, nós estamos muito longe de ter os "melhores dos melhores", a Molly, que é a M, só porque ela conseguiu invadir o quartel deles, já foi admitida. O outro, só porque estava presente num acontecimento importante, se tornou agente de alta patente... puta merda! Isso contraria toda filosofia dos filmes anteriores!

A nota que eu dei aí em cima é unicamente por coisas técnicas: 1 ponto pela franquia, 1 pela trilha sonora do Danny Elfman, mais 1 ponto pelos efeitos especiais e os quadros na parede da sala do agente T, referenciando a história em quadrinhos e a trilogia original, e mais meio pelo Sérgio Mallandro. De resto, filminho tosco, pederasta, não recomendo em hipótese alguma, caro leitor! Você terá muito mais proveito se fizer uma sessão nostalgia na sua casa e assistir os três filmes anteriores em sequência. Até o segundo, que é o piorzinho da trilogia, consegue ser muito melhor do que esse novo! Se for pra continuar assim, então eu só vou assistir o próximo, se colocarem o Sérgio Mallandro como agente da MIB, do contrário, me esqueçam! Infelizmente é assim. Fui porque gosto muito da franquia, fui com a intenção de gostar, até porque gosto do Chris Hemsworth fazendo o Thor, mas, deu zebra. Que pena! Alguém tem um neuralizador aí?

Men In Black: International (2019)

Produção: Laurie MacDonald, Walter F. Parkes, Barry Sonnenfeld, Steven Spielberg, E. Bennett Walsh
Roteiro: Art Marcum, Matt Holloway (baseado em HQ criada por Lowell Cunningham)
Trilha sonora: Danny Elfman, Chris Bacon

Outros filmes desta cinessérie:
- Men in Black: International (MIB: Homens de Preto - Internacional) (2019)

Trilogia original:
- Men in Black 3 (MIB: Homens de Preto 3) (2012)
- Men in Black II (MIB: Homens de Preto II) (2002)
- Men in Black (MIB: Homens de Preto) (1997)

Trailer:

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