Friday, February 16, 2018

NO CINEMA: Black Panther

7,5 / 10
Nova aventura da Marvel Studios baseada em personagem de terceiro escalão é ok mas não perfeita, e segue a fórmula da Marvel que todos conhecem, só que mais séria e carrancuda!

Confira minha opinião!

Título brasileiro: Pantera Negra
Direção: Ryan Coogler
Estrelando: Chadwick Boseman, Michael B. Jordan, Lupita Nyong'o, Danai Gurira, Martin Freeman, Daniel Kaluuya, Letitia Wright, Winston Duke, Sterling K. Brown, Angela Bassett, Forest Whitaker, Andy Serkis, Florence Kasumba, John Kani, Stan Lee, Atandwa Kani, Ashton Tyler, Denzel Whitaker, Shaunette Renée Wilson, Christine Hollingsworth, Lidya Jewett, Sebastian Stan


O Personagem Pantera Negra é um que eu fiquei realmente curioso de saber o que iriam fazer com ele após ver a sua apresentação em Captain America: Civil War. O filme solo do rei de Wakanda é divertido e não falha em entreter, mas poderia ter sido bem melhor.

Basicamente, quem conhece o personagem das hqs, já está familiarizado com seu histórico; também está familiarizado com seu perfil psicológico. Sendo assim, venho dizer que parte de suas características meio que ficaram de fora aqui neste filme. T'Challa é um habilidoso cientista, um cara realmente muito bom em rastrear seus inimigos, um caçador nato. Só que essas características acabaram ficando de fora, deixando apenas o seu perfil de lutador habilidoso e diplomata. Mas tudo bem, vamos trabalhar com isso.

O filme começa contando como surgiu a lenda da força do Pantera Negra em meio ao povo africano, e como ela se espalhou ao longo dos séculos, vindo até os dias de hoje. Bem rapidamente, é traçado este panorama para os não-iniciados. Pensei que depois disso eles iriam colocar o personagem em uma trama mais abrangente, mas resolveram focar em sua mitologia em Wakanda mesmo. Teve coisas exteriores, mas o foco maior foi na relação entre T'Challa e seu povo, incluindo seu pai T'Chaka, a habilidosa lutadora Okoye e o ancião Zuri, entre outros personagens. Também teve alguns de seus adversários, como M'Baku - o Homem-Gorila - e N'Jadaka, o vilão principal desta história que pretende tomar o lugar de T'Challa como rei de Wakanda.

O filme é bastante habilidoso em mostrar o reino fictício de Wakanda como um reino altamente tecnológico e avançado graças ao metal vibranium, comparado a outros lugares inóspitos da África, dominados por ditadores comunistas e pobreza extrema. Abro parêntesis aqui para a inconsistência narrativa do filme: tudo bem, Wakanda é um reino fechado e que quer permanecer invisível para o resto do mundo, e T'Challa dá uma de Donald Trump por lá, não permitindo a entrada de imigrantes e gente mal-intencionada (certo ele!) que pode tirar a felicidade do lugar, mas... se eles tem essa riqueza do vibranium, por que não exportá-la para outras nações por perto para ajudá-las? De forma controlada, claro, mas enfim, ele sendo um rei influente poderia fazer muitas mudanças e inspirar muitas pessoas por lá a assumirem as rédeas de suas vidas e mudarem seus destinos.

Enfim, devaneios à parte, a ação é bacana, mas na metade do segundo ato, o filme fica meio maçante e dá aquela arrastadinha, eu meio que senti um pouco de sonolência nesta parte. Felizmente dura pouco e a ação volta logo, com o agente Ross, que dá uma mãozinha para o povo de Wakanda para restabelecerem a ordem no lugar deles com suas habilidades de piloto. Gostei muito dos atores escolhidos para os papéis. Boseman realmente foi uma escolha acertadíssima para fazer o Pantera Negra, e Michael B. Jordan também faz um ótimo vilão aqui, melhor até do que a média dos outros vilões da Marvel Studios.

Senti que desta vez, este filme aqui se mostrou mais carrancudão; os filmes da Marvel sempre costumam ter aquele temperinho bom do humor, que eu acho bem bacana, principalmente em histórias como a dos Guardiões da Galáxia. Só que neste, o diretor Ryan Coogler (Creed, Fruitvale Station) resolveu manter o tom sério e sóbrio do filme; não que não tenha um humorzinho aqui ou ali, mas é muito pouco. Não entendi essa mudança brusca de abordagem, mas a ação boa compensa essa testa franzida.

A presença de Martin Freeman aqui neste filme é enigmática para mim! Pensem: temos Benedict Cumberbatch como o Doutor Strange neste universo, e agora temos o Freeman aqui fazendo um papel de assistente neste filme. Quais vocês acham que são as chances da Marvel Studios brincar com uma referência dessas, hein, hein, hein?! Eu tô achando facinho demais!

Mas enfim, de forma geral, achei um filme divertido, e que conta uma história bacana, mas senti que poderia ter sido bem melhor. Vale pela diversão das cenas de ação que são ótimas e pela relativa boa trama de honra e fidelidade que se desenrola, mas poderiam ter ido além disso e feito algo bem mais épico e bacana. Quem sabe numa próxima aventura?

Há, como sempre, a participação de Stan the Man, desta vez como um apostador de cassino, há uma cena entre-créditos no filme, e uma outra cena bem mais interessante no final deles, envolvendo Bucky Barnes, que já dá a deixa para Avengers: Infinity War, então fiquem até o final. Recomendo o filme e fiquei feliz de ter assistido, mas não criem grandes expectativas, vão para se divertir com um filme de quadrinhos típico do MCU, mesmo que desta vez não tenha tanto humor.

Black Panther (2018)
Produção: Kevin Feige, Stan Lee, David J. Grant
Roteiro: Ryan Coogler, Joe Robert Cole (baseado em personagem criado por Stan Lee e Jack Kirby)
Trilha sonora: Ludwig Göransson

Filmes do Universo Cinemático Marvel:
ESPECIAL: Universo Cinemático Marvel

Trailer:

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